P.O.V Killian Jones

Emma Swan é linda, isso já estava claro para mim, porém hoje ela estava mais linda, estava deslumbrante, magnífica, perfeita. Não posso negar que olhei para seu corpo quando ela foi e direção ao banheiro, afinal sou um homem, tenho minhas manias. Estávamos no sofá – Emma estava em sua quinta taça de vinho - conversando sobre a vida, mas bem que eu queria estar fazendo algo um pouco mais, digamos que interessante.

– Olha – disse me mostrando o celular – nossos garotos chegaram.
– Que bom – disse sorrindo.
– Tomara que eles gostem.
– É, com certeza – sorri – então? – disse apoiando a cabeça na mão.
– O que? – ela disse sorrindo.
– Já contei boa parte da minha vida e você continua escondendo a sua.
– Minha vida não é interessante – ela levantou um pouco os ombros – não igual a sua – ela aproximou-se um pouco de mim – afinal eu não sou nenhuma viajante que já foi em todos os sete mares.
– Vamos lá Swan! Aposto que a sua vida também é interessante – sorri para ela – afinal você é trabalha na delegacia, deve ter algum caso misterioso ou algo do tipo.
– Quem dera... – pensou – o máximo de interessante são os sabores dos donuts que o Graham ganha da Granny – disse rindo.
– O vinho acabou – apontei para a garrafa vazia – você aceita mais? – eu não queria deixá-la bêbada, mas tudo dependia da resposta dela.
– Não, obrigada – ela olhou diretamente para mim – mas eu aceito um copo d’água.
– Tudo bem – levantei-me e fui em direção à cozinha – gelada?
– Pode ser.
– Aqui – disse entregando o copo.
– Obrigada – disse sorrindo.
– Disponha.
– Então... – disse bebendo um pouco da água.
– O que?
– Não vai me contar mais sobre suas aventuras em alto mar – disse um pouco brincalhona.
– Não sei se seria adequado – ri com o rosto confuso de Emma – não é nada disso, bom, mais ou menos – ri um pouco – é que Milah geralmente me acompanhava – disse um pouco incomodado.
– Entendi – disse abaixando um pouco a cabeça – desculpa, eu não sabia disso.
– Hey, não tem problema – segurei a sua mão – já segui em frente – dei um sorriso honesto.
– Ah... – ela olhou para nossas mãos unidas – é... – ela olhou diretamente para meus olhos – acho melhor eu ir embora – disse se levantando.
– Por que? – disse confuso.
– Henry está me esperando – ela pensou um pouco – nossa – colocou a mão na cabeça – é mesmo, ele viajou – um sorriso fraco e constrangido surgiu em seu rosto.
– Swan – disse me levantando – você não precisa fugir – segurei suas mãos – nós somos adultos – sorri fraco – é só uma conversa – disse guiando-nos para o sofá.
– Eu sei, é só que – disse incomodada.
– Hey, vem cá – disse puxando-a para um abraço, que ela rapidamente correspondeu – está tudo bem – deslizei minha mão sobre seu cabelo.
– Isso realmente não está sendo um bom encontro – ela riu fraco e alternou o seu olhar entre meus lábios e meus olhos.
– É, você tem razão – olhei fixamente para seus olhos – mas ainda pode ser.

O beijo começou calmo, passei uma de minhas mãos em volta da cintura de Emma, enquanto a outra segurava seu delicado rosto. Sua mão estava em minha nuca, enquanto que a outra passeava sobre meu peito. O beijo foi ficando cada vez mais intenso pelo incentivo de Swan, ela me beijava de forma desesperada, sua mão que antes estava em meu peito, agora estava abrindo os botões de minha camisa.

Depois de abrir os botões, percebi que estava em desvantagem, então a deitei no sofá e comecei a distribuir beijos- que se tornaram manchas avermelhadas- por todo o seu pescoço, percebi que ela soltava gemidos fracos toda vez que meus lábios encostavam em sua pele. Distribui beijos por todo o seu colo, até que voltei a beijar sua boca, pedi passagem para minha língua, que rapidamente foi aceita por ela.

Depois de muitos e muitos beijos, dei uma pausa, ambos estávamos ofegantes, afogando em meio a um mar de paixão e desejo. Olhei no fundo de seus olhos e confirmei, mais uma vez, o quanto estava apaixonado por aquela mulher. Ficamos nos encarando por alguns longos segundos, que pareciam não ter fim, sendo que esse tempo me deu a oportunidade de pensar “ Emma tinha tomado uma quantidade considerável de vinho, ela estava um pouco alterada, embora essa mudança fosse quase imperceptível.”

Meu pensamento foi interrompido pelo beijo de Swan, que logo enroscou suas pernas em minha cintura. Emma queria aquilo, assim como eu, porém a ideia de que ela talvez não estivesse sentindo a intensidade de nossa paixão, como eu definitivamente estava me incomodava muito.

Emma parou de me beijar, me encarou por alguns segundos e soltou uma risada, que serviu como uma confirmação para mim. Swan estava alterada, e isso provavelmente faria com que ela esquecesse alguma parte da noite, o que eu realmente não queria. Eu queria que a noite fosse especial, memorável, inesquecível.

Beijei Emma novamente, só que com o objetivo de distraí-la. Depois disso peguei-a no colo e a levei para o meu quarto. Chegando lá, coloquei-a sobre minha cama e deitei de frente para ela, eu estava me segurando, afinal queria que a noite fosse especial, nem que para isso eu tivesse que esperar mais alguns dias.

Passei meus braços em volta de seus ombros e a abracei. Confesso que fiquei com medo de sua reação, por sorte ela ficou brincando com botões já abertos de minha camisa e conversando, ou pelo menos tentando, porque em meio às frases soltava palavras desconexas e até mesmo algumas risadas, que apesar de não fazerem sentido, eram adoráveis e me faziam rir também.

Depois de alguns minutos ela adormeceu nos meus braços. Tive um pouco de dificuldade, mas no fim consegui me levantar, tirei seus sapatos e a cobri com um cobertor. Fui em direção ao meu armário, onde peguei uma camisa e deixei do lado da cama, afinal se ela acordasse provavelmente iria querer trocar de roupa. Beijei sua testa e desci as escadas, notei que o celular de Emma estava tocando, mas preferi não atender, afinal isso seria invasão de privacidade. Olhei para o sofá e logo senti um incomodo em minha coluna, então pensei “vamos lá, é só uma noite. Pelo bem da Emma.” Deitei no sofá e fechei os olhos, relaxando o corpo e adormecendo logo em seguida.