P.O.V. Emma Swan

Depois de tudo que aconteceu no café da manhã, tentei me focar no caso, mas confesso que não conseguia parar de pensar em Killian, na nossa conversa e nas nossas trocas de olhares e sorrisos intensos. Além disso, um nervosismo surgiu em minha mente, até porque o nosso primeiro foi de longe um tanto quanto desastroso.

Na hora do almoço fui comer a famosa lasanha da Granny, e quando terminei notei que Henry havia me ligado há uma hora. Sorri ao lembrar de seu sorriso e de sua companhia. Paguei a comida e rapidamente fui para a delegacia para conversar com meu filho em paz.

– Hey filho – disse animada.
– Oi mãe – disse um pouco preocupado.
– Tudo bem querido? Aconteceu alguma coisa com você?
– Mais ou menos mãe, não aconteceu nada comigo, mas com a Grace.
– O que aconteceu? Ela está bem?
– Ela torceu o pé.
– Como?
– Um homem esbarrou nela e ela caiu.
– Nossa, mas agora ela está bem?
– Acho que sim, a professora levou ela para o hospital depois. AÍ agora ela está no quarto e a diretora disse para gente que ela só vai passear com a turma depois de amanhã.
– Que pena, ela vai perder o passeio.
– É mesmo – disse – e não vai poder me ajudar com a Gretel – disse praticamente sussurrando.
– O que filho? Não escutei.
– Nada não mãe – disse fugindo do assunto.
– O que foi? Aconteceu mais alguma coisa?
– Não, é só a Grace ia me ajudar com a Gretel.
– Ah sim, conversa com ela então.
– Mas é que ela ia me ajudar, e você sabe que eu sou tímido mãe.
– Vocês já foram na Times Square?
– Não, por que?
– Compra um presente pra ela lá.
– Tem certeza?
– Absoluta.
– Vou tentar então. Ah, já comprei seu presente também.
– Sério?! O que é? – disse curiosa.
– Quando eu chegar você descobre – disse rindo.
– Tudo bem – ri também.
– Mãe, tenho que ir.
– Tudo bem, manda melhoras para Grace.
– Ok, beijos.
– Beijos filho.

Aquela conversa só deixou mais claro para mim o quanto eu sentia falta de Henry, o quanto eu precisava dele, e o quanto doía mentir sobre o Graham, a única coisa que eu podia fazer era torcer para que ele entendesse meus motivos quando voltasse do passeio.

Depois de alguns minutos de culpa um sorriso surgiu no meu rosto. Eu tinha um encontro com Killian. Confesso que parecia uma adolescente apaixonada e nervosa. Eu estava curiosa para saber qual era a surpresa que Jones havia me dito, queria saber a fonte daquele mistério. Notei que já estava tarde, então fui para casa, afinal a noite seguinte prometia muitas surpresas.

Entrei dentro de casa e fui direto para o banheiro, eu precisava relaxar. Enchi a banheira com água quente e entrei nela. Senti meus músculos que estavam tensos relaxarem cada vez mais. Aproveitei o tempo e comecei a pensar na roupa que iria usar no encontro. Os dias em Storybrooke estavam ficando mais frios, então dispensei todos os vestidos que me fizessem congelar. Pensei mais um pouco e concluí que o vestido ideal seria o que Henry havia me dado de presente.

Vesti meu pijama com um sorriso vitorioso no rosto, afinal pensar em roupas não era bem o meu passatempo favorito. Comi um sanduíche e deitei-me na cama, fechando os olhos e conseguindo relaxar. Depois de alguns minutos consegui dormi, pensando nos possíveis acontecimentos da noite seguinte.

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Acordei tão animada que nem mesmo os raios de Sol que atingiam o meu rosto podiam me incomodar. Tomei banho e vesti uma blusa azul marinho, calça, jaqueta e botas pretas. Desci as escadas e fui em direção à cozinha, onde comi torradas acompanhadas por um copo de suco de laranja. Depois disso fui para a delegacia, onde fiquei boa parte da tarde alternando meus pensamentos entre o assassino de Graham e meu encontro com Killian.

Eram três horas da tarde quando David bateu na porta da delegacia. A princípio pensei que fosse algum problema na rua, porém ele rapidamente começou a falar o porque de sua vinda.

– Hey David.
– Oi Emma.
– Aconteceu alguma coisa? – disse.
– Não, claro que não.
– Então... – disse sinalizando para que ele se explicasse.
– É que eu vou ficar tomando conta da delegacia.
– Você quer dizer que... – travei.
– Sim, o Killian me pediu para tomar conta.
– Então essa era a surpresa – conclui.
– Bom, é a única que eu sei – disse sorrindo – se é que me entende.
– É... – disse envergonhada.
– Então...
– Oi?
– Você vai ficar aqui ou vai para casa?
– Você está me expulsando? – disse indignada.
– Claro que não, só estou garantindo que eu consiga meu barco – disse rindo.
– Barco? Como assim?
– Longa história, o importante agora é que você vá para casa e descanse um pouco.
– Tem certeza? Quero dizer, você não quer que eu te ajude ou algo do tipo?
– Não precisa, já trabalhei aqui uma vez, esqueceu?
– Ah, é mesmo. Então eu já vou – disse pegando minha jaqueta.
– Boa sorte – disse sorrindo.
– Obrigada – sorri.

Quando cheguei em casa, fiz um lanche e mandei uma mensagem para Henry perguntando se estava tudo bem. Depois disso deitei na cama e dormi por quase três horas. Acordei às seis e meia e resolvi tomar um banho. Fiquei na banheira por quinze minutos, na maioria das vezes estava pensando em Killian, em como ele estaria vestido e em sua surpresa.

Vesti meu roupão e penteei meu cabelo. Depois disso coloquei meu vestido, meus saltos, fiz um penteado e uma maquiagem leve. Eu estava nervosa e minhas mãos me lembravam disso, já que estavam tremendo.

Olhei-me no espelho pela última vez. Eu estava com um vestido ombro a ombro de cor azul marinho. Suas mangas iam até os meus pulsos, então não coloquei nenhum acessório. Estava com salto alto preto que combinava com a minha carteira que era da mesma cor. Meu cabelo estava jogado de lado e minha franja insistia em cair nos meus olhos. Minha maquiagem era leve, uma sombra clara e um batom rosa. Peguei meu casaco preto e desci para esperar Killian.

Depois de alguns minutos escutei alguém tocando a companhia. Não pude deixar de sorrir ao imaginar Killian do outro lado da porta. Jones estava com uma blusa social branca, uma calça preta, assim como seus sapatos e seu casaco.

– Boa noite Emma – disse deslumbrado.
– Boa noite Killian –disse sorrindo.
– Nossa, você está maravilhosa – disse me entregando algumas rosas brancas.
– Obrigada – sorri envergonhada – posso dizer o mesmo de você.
– Então, vamos? – disse me oferecendo seu braço.
– Com certeza – sorri e segurei seu braço.