POV.LÉON

– Léon? – ouvi sua voz

– O que foi meu amor? – perguntei me aproximando.

– O que estava fazendo? – indagou com uma voz sonolenta

– Estava vendo você dormir. Sabia que você fica linda assim?

– Ah claro, estou maravilhosa. – rimos.

– Você é a mulher mais exuberante desse mundo.

– Não precisa exagerar também Léon. –sorrimos.

Ela se levantou e se sentou em meu colo.

– Você acredita em tudo isso? – disse ela esperançosa.

– Isso o que? – estava confuso.

– Que vamos nos casar, ter uma família, vamos dormir e acordar todos os dias juntos. Isso é um sonho para mim.

– Para mim também. – comecei a acariciar seu delicado rosto. – Estava pensando nisso antes de você acordar.

– Por favor, me diga que não estou sonhando e que tudo isso é real. Ainda não acredito que você voltou para mim. Pensei que nunca mais iriamos nos ver novamente.

– Eu estou aqui meu amor, e sempre vou estar! Nosso amor é muito mais forte do que qualquer adversidade e de qualquer problema. Nunca se esqueça disso.

– Eu te amo muito sabia? Você sempre vai ser nosso herói! – ela disse olhando para sua barriga. – Não vejo a hora de conhecer esse menininho ou essa menininha.

– Eu também não vejo a hora de ser pai ao lado da minha mulher incrível. – a beijei. – Eu te amo. Obrigada por não desistir de mim, sem você, eu não seria o que sou hoje. Você me completa Violetta Castillo, e é por isso que eu te amo tanto.

Dito isso, ela entrelaçou seus braços em meu pescoço e me beijou. Me beijou com o maior carinho do mundo, com todo o amor que ela podia me dar nesse momento tão especial.

Nosso amor vencerá tudo! Tenho absoluta certeza do que estou dizendo! ...

Trocamos várias caricias e beijos por algum tempo, até que eu me pronunciei:

– Amor, que tal sairmos um pouco, antes de irmos embora?

– Acho uma ótima ideia! Precisamos de um tempo para relaxar depois de tudo mesmo. E por falar nisso o tempo está ótimo!

– Tem razão, vamos sair hoje à noite.

– Aonde vamos Léon? – perguntou curiosa.

– Surpresa. – sorri

– Sabe que eu odeio surpresas. – disse com a cara fechada.

– Sei, e é por isso que gosto tanto de te surpreender. – ela sorriu. – Vou tomar um banho e depois terminarei de arrumar as coisas. Qualquer coisa é só me chamar! – beijei sua testa.

– Tudo bem.

– Vai ficar bem? – perguntei preocupado.

– Léon, eu estou gravida, não morrendo. É claro que vou ficar bem.

– Só perguntei por precaução. – ela revirou os olhos. - Agora vou tomar banho.

Entrei no banheiro, me despi e entrei naquela água morna. Estava cansado!

Fiquei desmontando alguns objetos e os guardando em caixas quase o dia inteiro, e ainda não havia conseguido terminar.

Eu e a Violetta vamos embora amanhã e tudo precisa ficar pronto antes disso.

Quando terminei meu banho me enxuguei e abri a porta encontrando a Vilu deitada em minha cama lendo um livro. Decidi não interrompe-la e voltar para o trabalho.

Acabei tudo quando estava escurecendo. Resolvi me trocar para a surpresa da Vilu.

Vou leva-la em um restaurante requintado muito famoso, o Sotto Sotto.

Quando entrei em meu quarto, a Violetta estava saindo do banheiro somente com uma toalha, sorri.

– Está linda sabia?

– Porque será, não é? – falou irônica.

– Eu estou falando a verdade sabia. De todos os seus vestidos, esse é o meu favorito! – ela deu uma risadinha.

– Quero te perguntar uma coisa.

– Pois diga.

– Pode pelo menos me dizer qual será a ocasião em que vamos? Preciso me vestir de acordo.

– Vá com uma roupa chique. É só isso que posso dizer.

– Por favor, me dê uma pista. – suplicou.

– Não posso dizer nada.

– Você é malvado.

– Ainda bem que você sabe disso. – a olhei. -Acho melhor você se vestir logo, senão vou cancelar os planos para está noite. – disse indo em sua direção.

– Digo a mesma coisa para você querido. – sussurrou em meu ouvido.

– É melhor nos trocarmos. –falei.

Coloquei meu terno e desci para esperar a Violetta que como sempre, estava atrasada.

Depois de um bom tempo, a vejo descer pela escada.

Ela estava maravilhosa com um vestido longo preto com uma pulseira e um colar de joias magnifico.

Fiquei um tempo a fitando até ela se pronunciar:

– Como estou?

– Está exuberante. Nunca vi mulher mais linda. – peguei sua mão.

– Você também está fantástico sabia. - disse ajeitando o nó da minha gravata.

– Vamos?

– Vamos. – nos entreolhamos.

Adentramos o meu carro e fomos rumo ao restaurante. O clima estava agradável e estávamos quase chegando ao local.

– Léon, você não... – disse surpresa.

– Sim. - falei sorrindo.

– Ai meu Deus! Não acredito. – falou animada. – Vamos jantar no restaurante mais caro da cidade.

– Gostou?

– Se eu gostei? Eu simplesmente amei Léon. Ainda não consigo acreditar.

Estacionei o carro no local.

– Sabia que iria gostar.

– Obrigada. – me deu um selinho.

– Espere um segundo. – disse saindo do carro.

Contornei o veículo e abri a porta.

– Está pronta princesa?

– Sim meu príncipe. – rimos.

Peguei sua mão e juntos adentramos o estabelecimento.

– Os senhores tem reserva? – perguntou o funcionário.

– Sim, Léon Vargas.

–Ah sim, me acompanhem.

Ele nos levou até uma mesa de canto como havia pedido.

O lugar era maravilhoso e podia perceber que a Violetta estava feliz, e era bom vê-la dessa maneira. Nesse momento percebi o quanto tinha sentido sua falta.

Nos sentamos e olhamos o cardápio.

– Léon, é muito caro. – disse receosa.

– Não se preocupe com o preço, escolha o que quiser e o que desejar. Tenho dinheiro suficiente para esta noite.

– Tem certeza?

– Absoluta.

Escolhemos nossos devidos pratos e pedimos uma champanhe para beber.

O clima estava tranquilo, um pianista tocava uma música clássica, e a comida estava deliciosa.

– Que delícia. – falou Violetta.

– Concordo plenamente. Isso está divino. – disse de boca cheia.

O resto do jantar transcorreu perfeitamente.

Depois de jantarmos, pedi a conta e saímos daquele local.

– Léon, posso te perguntar uma coisa?

– Tudo o que você quiser.

– Podemos ir ao Roy Thomson Hall? Eu sei que talvez você esteja cansado, mas sempre quis conhecer esse local.

– Claro que podemos, se isso te deixar feliz eu aceito. Faz um bom tempo que não vou lá.

– Obrigada. – abriu um sorriso.

Coloquei minhas mãos em sua cintura e a puxei para perto, nossas respirações estavam se misturando até que nossos lábios se tocaram iniciando um beijo calmo e tranquilo, que foi se aprofundando. Rapidamente senti nossas línguas em uma sincronia perfeita. Infelizmente nosso fôlego acabou e tivemos que nos separar.

– Te amo. – disse.

– Eu também te amo! – falou repousando sua cabeça em meu ombro.

– Olha que meigo. – ouvi uma voz conhecida.

Olhei rapidamente para o lado e avistei quem eu menos queria ver nesse momento.

Percebi a tensão em Violetta e me sobrepus a ela em forma de proteção.

– Stephie. – falei com certa irritação na voz...