Avarosa Guides Me. escrita por Ez is my waifu


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente fiquei muito feliz com o retorno que tive da fic no facebook e resolvi postar o cap 2 antes do final de semana mesmo. Obrigada e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/552189/chapter/2

Capítulo I.

O sol dava a graça de sua presença e a esquentou um pouco quando ela estava na varanda. Levantou o olhar e viu uma fênix azul sobrevoando por ali.

– Olá, Anivia… – Ela disse, debruçando-se sobre o parapeito. O pássaro desceu e pousou em seu braço.

– Ashe. – Ele disse, fazendo uma reverência. – Somos amigas, quantas vezes te disse para não fazer isso ?- A loira sorriu. O olhar mantinha-se na floresta

. – O que há de tão interessante lá ? Não compreendo.

– Anivia – Ela começou. – Conte-me novamente sobre aquele lugar, Piltover…

– É um lugar barulhento e confuso, você não iria querer ir para lá. Não por aquele garoto loiro, não só por isso.

– Que garoto ? Está falando de Ezreal ? – Ashe endireitou-se na janela e olhou feio para a criofênix. As maçãs de seu rosto ficaram cor-de-rosa. – Sabe que tenho curiosidade para ir a outros lugares, para ir a Demacia. Precisamos passar por Piltover e, além do mais, dizem que Demacia é um lugar lindo.

– Demacia, sim, com certeza. – Ela concordou. – Não deveria se arrumar ?

Com um pulo, Ashe foi para o quarto. Realizou a higiene pessoal matinal e colocou um vestido longo e branco, com detalhes dourados. Colocou luvas e a capa, penteando os cabelos desgrenhados e meio ondulados, indo ver sua mãe.

– Ashe, querida. – A mãe sorriu. Era como a filha, só que talvez, 30 anos mais velha. – Sente-se, estávamos esperando por você.

– Mamãe… Srs. – Ela sorriu e fez uma reverência, sentando-se ao lado de sua mãe na grande mesa redonda.

Encarou o mapa de Freljord. Pontos marcados ao deserto, pontos vermelhos significavam ataque. Pontos azuis as colinas. Onde os arqueiros se postariam.

– Mãe ? O que é isso ?

– Hoje… faremos um ataque a Garra do Inverno.

– Por que isso tão em cima da hora ? – A loira mais nova odiava aqueles ataques. Todos acabavam da mesma forma: sangue e desgraça por todos os lados. Ninguém vencia, todos perdiam.

– Precisamos pegá-los de surpresa. – A mãe explicou.

– Por que não podemos simplesmente resolver isso com um acordo ?

– Ashe levantou-se. Os guardas pegaram seus postos, prontos para levar Ashe para seu quarto a força se necessário.

– Filha, sabe como eles são. Bárbaros ignorantes, jamais aceitariam um acordo.

– Isso não é verdade, não mãe, por que não paramos com isso ? Por favor… – As duas esmeraldas em seu rosto se enchiam de água.

– Atacaremos ao entardecer… e você virá comigo.

– Boa sorte. – Foi a última coisa que ouviu quando montou em um urso polar e se postou ao lado da sua mãe. Olhou para trás. Arqueiros montados em cavalos brancos. Precisavam ser rápidos e ágeis. Ashe gostava deles. Olhou para frente. Guerreiros com armaduras brilhantes, escudos e espadas. Olhou para o lado. Sua mãe com o maior ar de onipotência observava tudo a frente. Seu coração apertou quando começaram a marchar em direção ao deserto gelado.

– Filha… – Sua mãe começou a medida que se aproximavam. Não olhou para a filha em nenhuma hora. Mas Ashe também não olhou para sua mãe.

– Sim, mamãe ? – Haviam quatro esmeraldas. Duas de Ashe, duas de sua mãe. Atravessaram o rio congelado.

– Você deverá ficar escondida entre os arqueiros. São homens bons e espertos, e nunca são pegos.

– Eu sei, mamãe. – Ela sabia disso, de fato. Começaram a entrar no deserto.

– Ajude-os, atirando com o seu arco. Você é muito boa nisso, sabia ?

– Obrigada, mamãe. – Ela sorriu. Viu ao longe as primeiras casas da tribo inimiga.

– Se algum inimigo chegar perto, crave as adagas no meio de suas cabeças.

– Certamente, mamãe. – Começou. Os guerreiros a frente lutavam e ela ouvia o bater das espadas contra os machados. Os bárbaros, muito mais experientes, matavam os cavaleiros um a um

. – Se eu morrer, quero que assuma o trono.

– Não… – Ela encarou a sua mãe. Não. Aquilo nunca acontecia. Sua mãe sempre saía bem. Elas se aproximavam da guerra e Ashe parou sua montaria, dando meia volta. Um dos arqueiros gritou “Princesa Ashe! Rápido”

– Vá, minha criança! – E ela, com um aperto no peito, foi.

Quando se juntou aos arqueiros, pegou o arco e a flecha. Sua montaria era menor porém mais forte. Corria a frente dos arqueiros e atirava em todos os bárbaros. Flechadas no joelho e na cabeça eram recebidas com surpresa. E assim se seguiu, até que o branco se tingisse de vermelho. Até a cor da paz tornar-se carmesim, até que os rios corressem vermelhos. Ashe foi obrigada a recuar, mas como parte da função dos arqueiros, juntou-se a patrulha para reconhecimento do corpo dos mortos. Sua mãe não havia voltado. Ela puxava as flechas da carne dos bárbaros com angústia. Colocava as flechas na aljava e assim fez, até que a chamassem.

– Princesa Ashe. – Um mago a chamou. – Temo ter más notícias.

– O que foi ? – Ela virou-se e andou até ele. Seu coração diminuiu. Foi a impressão que teve. Parou de bater por algumas… horas. Talvez nunca mais batesse de novo. Seus olhos se encheram de lágrimas. Não encontrou forças que a segurassem, pois as dela mesma já haviam se esgotado. Caiu de joelhos no chão, encarando o corpo. – Mãe… – Ela cravou as unhas no corpo. Não soube ao certo porque fez aquilo, só fez. E sacudiu o corpo. – Não, mãe.. não, por favor, não se vá, nós precisamos de você… EU preciso de você! – Chamou sua mãe entre soluços. Não era algo bonito de se ver, a cabeça de sua mãe dava a impressão de poder sair de seu próprio corpo a qualquer momento. Quem teria feito uma crueldade dessa ? – Não mãe, fique comigo. Por favor… – Debruçou-se sobre o corpo. A roupa branca ficou suja de sangue de sua própria mãe, e ela enxergou isso com esforço, pois seus olhos estavam mais alagados do que qualquer rio farto. Depois de um longo tempo chorando, percebeu que todos os aliados se juntaram em volta dela. Todos de cabeça baixa. Algumas arqueiras também choravam. Ela levantou a cabeça, soluçando e gritando. Queria falar, mas não conseguia. Gritou o mais alto que pôde, e em meio a esses gritos e soluços, saíram de sua boca palavras que nunca pensou que seria capaz de pronunciar. – Eu vou matar vocês… TODOS VOCÊS! Farei pagá-los por isso, um a um! Porcos imundos! EU VOU MATAR VOCÊS!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Avarosa Guides Me." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.