Eles não esperavam por isso.

Um Bispo e um Peão invadiram a cozinha e se movimentaram, fazendo as luzes piscarem rapidamente, e logo todos desmaiaram. Menos Johanne.

Sua surdez fazia com que os outros sentidos se apurassem, e ela não sofria com aquela manifestação de poder.

Ela segurou suas facas, e abriu suas bolsas de veneno. Ela fez um movimento com as mãos e líquidos começaram a sair delas. Azul, roxo, verde, diversas cores enchiam o ar enquanto ela se preparava para a batalha, surpreendendo seus oponentes com tamanho poder, levando em conta que ela era um Peão.

Raios de escuridão e luz saíam das armas de seus oponentes, descobrindo seus reinos, Individualidade, que controla a escuridão e a Fortuna, que controla luz.

Ela lançava suas facas, jogava veneno, fazia cortes, e logo todos eles estavam no chão, suas armas banhadas pelo sangue de seus donos. Cortes faziam o líquido quente sair, e, enquanto ainda viviam, fez a única coisa que ela pensava para assustá-los: Ela lambeu o veneno e sangue de suas facas, sorrindo para eles psicoticamente.

Ela usou suas forças restantes para acordar Thomas, usando uma pequena dose de Veneno de Dor.

"Ai!" Ele gritou. Depois olhou para ela e riu, se aproximando, talvez até demais, do rosto dela. "Sabia que você me acordaria primeiro. Garotas amam um loirinho Bad Boy." Ele recebeu uma risadinha e um tapa no rosto, enquanto ela levantava e escrevia do ar com seus venenos.

"Você terá que fazer muito mais que isso."

"Sou persistente o suficiente." Ele se levantou, indo até Zack e fazendo algo que ele queria fazer, lhe deu um tapa bem dado, fazendo-o levantar. Enquanto isso Johanne usava seus venenos para acordar os outros, mas quando tentou acordar o Peão desconhecido, seu corpo resistiu aos veneno.

Ela suspirou e pediu para que todos a ajudassem, já que estava cansada da luta e por usar seus poderes por tanto tempo, e logo o corpo do desconhecido foi colocado em uma maca. Johanne o investigou, escrevendo com aflição a resposta no papel.

"Ele não vai acordar tão cedo"

"Pensei que letra de médico era ilegível..." Diz Gabe, fazendo uma onda de risadas percorrer a sala.

E logo todos saíram, menos Thomas, que fingiu sair para se aproximar dela por trás e dizer em seu ouvido.

"Se você quiser uma boa recompensa por nos salvar hoje, saiba que posso ou não estar te esperando no meu quarto a noite." As palavras fizeram um calafrio lhe percorrer a espinha, e ela corou levemente com isso, mas não pode deixar de sorrir.



Todos estavam no salão principal, conversavam sobre o porquê de tudo aquilo enquanto um papel caía na mesa.

NÃO DAREI REGRAS Á VOCÊS. FAÇAM SUAS PRÓPRIAS. E AVISEM TODOS QUE CHEGAREM DEPOIS DELAS.

– COM AMOR, SEU (OU SUA) JOGADOR(A)

Eles leram aquilo com espanto, não sabendo o quê fazer, até mais uma peça se adentrar no recinto, literalmente chutando a porta.

Mais um Peão entrava no Reino.