Segredos Da Eternidade escrita por


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, esse capitulo ficou pequeno, mais muito fofo. A Luna e o Sonne estão cada vez mais próximos



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– Não é assim que segura Luna. – Sonne me disse pela décima vez desde que chegamos ao centro de treinamento.

– Mais não é culpa minha, a flecha não vai. – Eu choraminguei.

–Claro que não vai, você está segurando no meio da flecha também. Assim não vai passar nem do seu pé. – Falou e levou minha mão até a ponta de trás da flecha.

– Mais assim fica difícil. – Eu argumentei.

Ele balançou a cabeça e ficou atrás de mim. Então agarrou minha cintura. Um arrepio delicioso percorreu todo o meu corpo. Ele me puxou pra um pouco mais longe do alvo, - o qual eu não tinha nem chegado perto de acertar até agora – e concertou minha postura. Levantou um pouco meus braços e saiu.

– Tente agora. – Ele falou e cruzou os braços sobre o peito.

Respirei fundo e soltei a flecha.

Ela caiu bem na minha frente.

Suspirei e abaixei a cabeça.

Então olhei pra ele.

– Pelo menos passou do meu pé. – Brinquei.

Ele colocou uma mão no rosto.

– Você não existe. – Ele falou.

– Existo sim, eu estou aqui não é?

– É, está. – Ele concordou.

– Quer saber, eu desisto. Isso daqui não é tão fácil quanto parece. – Disse. Quando eu era pequena e via os guardas do castelo atirando parecia tão simples. Agora vejo que me enganei.

Ele deu de ombros.

– Talvez você não leve jeito pra coisa.

– Jura? Eu nem tinha percebido. – Falei com ironia.

Ele sorriu.

– Ok, que outra coisa você gostaria de aprender?

Eu franzi o cenho. Pensei. Olhei pra ele.

– Espada. – Respondi. Eu sempre fui fascinada por espadas. Mais nunca aprendi a lutar. Mamãe sempre foi contra. E já que ela não está aqui, porque não arriscar?

Ele sorriu mais ainda.

– Minha especialidade.

Ergui uma sobrancelha.

– Sério?

– Seríssimo. Você pegou o melhor professor que poderia encontrar.

– Que ótimo. Então, quando começamos, professor?

– Agora. – Ele respondeu e pegou minha mão.

Ele foi me guiando até chegarmos a um galpão.

Fiquei paralisada quando entrei.

Havia milhares de armas de todos os tipos. Armas de fogo, armas de choque, arcos e flechas, espadas, tridentes, bastões. Havia também escudos e armaduras.

– Uou. – Foi à única coisa que saiu da minha boca.

– E um pouco assustador, eu sei. – Ele disse.

Eu olhei pra ele.

– Porque vocês tem tudo isso? – Perguntei.

– Bom, tirando que vivemos em guerra com seu Reino, eu também não sei. – Ele brincou.

– Ah, e mesmo. Eu esqueci. – Era mais fácil fingir que vivíamos em paz. Pelo menos em quanto eu estava aqui.

– Não se preocupe, isso vai acabar. – Ele falou olhando pra mim.

Dei um sorriso triste.

– É, eu espero.

– Bom, vamos escolher sua arma. – Ele falou.

Fomos até a ala das espadas.

Ele olhou todas atentamente e então pegou uma de porte médio prateada e me entregou. Depois pegou outra um pouco maior e mais escura.

– Porque a minha não é do tamanho da sua? – Perguntei.

– Porque você ia cair tentando segurar uma dessas.

– Ei, eu não sou fraca assim.

Ele deu de ombros.

– Fraca não, sensível.

Revirei os olhos.

– Vê se não me mata ok? – Ele brincou.

– Ah, cale a boca. – Disse e ele sorriu.

– Vamos, aponte a espada pra mim. – Ele instruiu e eu obedeci.

Ele me analisou.

Então endireitou minhas costas e subiu um pouco a minha espada com sua.

– As pernas tem que ficar mais separadas. – Ele disse apontando com a espada pra minhas pernas juntas. Separei um pouco.

– Assim? –Perguntei.

– É. – Ele falou.

Então se posicionou na minha frente e apontou a espada pra mim.

– Pronta?

– Sim. – Respondi confiante.

Mais então toda minha confiança foi para o ralo.

Com um único movimento ele derrubou minha espada.

Arregalei os olhos. Olhei para a espada no chão e depois pra ele que estava sorrindo.

– Você tem muito que aprender. – Ele disse.

Sorri também.

Não me importaria em aprender desde que fosse ele me ensinando.

Eu realmente estava ficando louca.


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