Segredos Da Eternidade escrita por Cá
Notas iniciais do capítulo
Ai gente, esse capitulo ficou pequeno, mais muito fofo. A Luna e o Sonne estão cada vez mais próximos
– Não é assim que segura Luna. – Sonne me disse pela décima vez desde que chegamos ao centro de treinamento.
– Mais não é culpa minha, a flecha não vai. – Eu choraminguei.
–Claro que não vai, você está segurando no meio da flecha também. Assim não vai passar nem do seu pé. – Falou e levou minha mão até a ponta de trás da flecha.
– Mais assim fica difícil. – Eu argumentei.
Ele balançou a cabeça e ficou atrás de mim. Então agarrou minha cintura. Um arrepio delicioso percorreu todo o meu corpo. Ele me puxou pra um pouco mais longe do alvo, - o qual eu não tinha nem chegado perto de acertar até agora – e concertou minha postura. Levantou um pouco meus braços e saiu.
– Tente agora. – Ele falou e cruzou os braços sobre o peito.
Respirei fundo e soltei a flecha.
Ela caiu bem na minha frente.
Suspirei e abaixei a cabeça.
Então olhei pra ele.
– Pelo menos passou do meu pé. – Brinquei.
Ele colocou uma mão no rosto.
– Você não existe. – Ele falou.
– Existo sim, eu estou aqui não é?
– É, está. – Ele concordou.
– Quer saber, eu desisto. Isso daqui não é tão fácil quanto parece. – Disse. Quando eu era pequena e via os guardas do castelo atirando parecia tão simples. Agora vejo que me enganei.
Ele deu de ombros.
– Talvez você não leve jeito pra coisa.
– Jura? Eu nem tinha percebido. – Falei com ironia.
Ele sorriu.
– Ok, que outra coisa você gostaria de aprender?
Eu franzi o cenho. Pensei. Olhei pra ele.
– Espada. – Respondi. Eu sempre fui fascinada por espadas. Mais nunca aprendi a lutar. Mamãe sempre foi contra. E já que ela não está aqui, porque não arriscar?
Ele sorriu mais ainda.
– Minha especialidade.
Ergui uma sobrancelha.
– Sério?
– Seríssimo. Você pegou o melhor professor que poderia encontrar.
– Que ótimo. Então, quando começamos, professor?
– Agora. – Ele respondeu e pegou minha mão.
Ele foi me guiando até chegarmos a um galpão.
Fiquei paralisada quando entrei.
Havia milhares de armas de todos os tipos. Armas de fogo, armas de choque, arcos e flechas, espadas, tridentes, bastões. Havia também escudos e armaduras.
– Uou. – Foi à única coisa que saiu da minha boca.
– E um pouco assustador, eu sei. – Ele disse.
Eu olhei pra ele.
– Porque vocês tem tudo isso? – Perguntei.
– Bom, tirando que vivemos em guerra com seu Reino, eu também não sei. – Ele brincou.
– Ah, e mesmo. Eu esqueci. – Era mais fácil fingir que vivíamos em paz. Pelo menos em quanto eu estava aqui.
– Não se preocupe, isso vai acabar. – Ele falou olhando pra mim.
Dei um sorriso triste.
– É, eu espero.
– Bom, vamos escolher sua arma. – Ele falou.
Fomos até a ala das espadas.
Ele olhou todas atentamente e então pegou uma de porte médio prateada e me entregou. Depois pegou outra um pouco maior e mais escura.
– Porque a minha não é do tamanho da sua? – Perguntei.
– Porque você ia cair tentando segurar uma dessas.
– Ei, eu não sou fraca assim.
Ele deu de ombros.
– Fraca não, sensível.
Revirei os olhos.
– Vê se não me mata ok? – Ele brincou.
– Ah, cale a boca. – Disse e ele sorriu.
– Vamos, aponte a espada pra mim. – Ele instruiu e eu obedeci.
Ele me analisou.
Então endireitou minhas costas e subiu um pouco a minha espada com sua.
– As pernas tem que ficar mais separadas. – Ele disse apontando com a espada pra minhas pernas juntas. Separei um pouco.
– Assim? –Perguntei.
– É. – Ele falou.
Então se posicionou na minha frente e apontou a espada pra mim.
– Pronta?
– Sim. – Respondi confiante.
Mais então toda minha confiança foi para o ralo.
Com um único movimento ele derrubou minha espada.
Arregalei os olhos. Olhei para a espada no chão e depois pra ele que estava sorrindo.
– Você tem muito que aprender. – Ele disse.
Sorri também.
Não me importaria em aprender desde que fosse ele me ensinando.
Eu realmente estava ficando louca.
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