Imediatamente o calor de sua boca percorreu todo o meu corpo, me fazendo estremecer. Seu beijo era definitivamente a melhor coisa que eu já provei em toda minha vida. Sua língua brincava dentro da minha boca me levando a um mundo novo um mundo completo, meu e dele. O beijo tinha começado rápido e urgente, mais mesmo assim com delicadeza. Quando percebi que ele diminuía o ritmo do beijo, agarrei seus ombros e levei minha boca mais perto da dele. Ele continuou me beijando, mais logo diminuiu o beijo novamente. Quando parou me deu um selinho de leve e se afastou.

Ficamos um tempo parados, tomando grandes goles de ar. Quando ele se recuperou, olhou pra mim e um olhar de culpa atravessou seus olhos. Ele passou a mão pelo cabelo e suspirou frustrado.

– Olha Luna, me desculpe. Eu não sei... O que aconteceu aqui. Não vai mais acontecer, eu prometo. Eu só perdi o controle, mais... – Ele disse e parou como se não soubesse mais o que falar.

Balancei a cabeça. Ele não ia se desculpar por isso. Não quando eu também tinha gostado do que aconteceu.

– Sonne, por favor, não se desculpe. É serio. – Falei olhando pra ele.

Ele fechou os olhos e negou com a cabeça. Então eu levei minha mão até seu rosto.

– Nada do que aconteceu aqui foi contra a minha vontade. Então ao menos que você não queira nada foi errado. – Garanti a ele.

– Claro que foi. Eu aproveitei de você em um momento que você estava sensível. Eu sou um idiota. – Retrucou.

Sorri um pouco.

– Sonne, eu não sou uma criança de cinco anos. Por mais que eu me comporte como uma saindo correndo e chorando por ai, não significa que eu não possa me defender. Eu podia te empurrar e gritar pra algum guarda do castelo pedindo ajuda. Mais eu não fiz. Porque eu quero estar aqui, junto com você.

Ele riu também.

– Você não se comporta com uma criança de cinco anos. – Disse.

Revirei os olhos.

– Não importa. A única coisa importante aqui somos nós dois.

– Então, o que acontece agora? Quero dizer com nós dois? – Perguntou.

– Bom, acho que agora alguém tem que pedir alguém em namoro. – Respondi sorrindo.

Ele arregalou os olhos.

– E mesmo, eu me esqueci dessa parte. – Falou.

– Não tem problema, Você resolve isso agora. – Eu disse fazendo um gesto com a mão.

Ele franziu o cenho.

– Não vou te pedir em namoro dentro de um galpão.

– Você quer que a gente vá lá pra fora então? – Perguntei confusa.

Ele sorriu e balançou a cabeça.

– Não, estou dizendo que não vou te pedir em namoro assim. – Falou.

Eu ainda não entendia nada.

– Então vai pedir como?

Ele sorriu mais ainda.

– Você não tem nenhum compromisso não é?

Levantei uma sobrancelha.

– Provavelmente não. – Que tipo de compromisso eu teria aqui?

– Ótimo. Agora tem.

– Qual? – Perguntei sorrindo.

– Me encontra as sete horas no Jardim.

– Pra que? – Eu tentei falar mais ele já tinha se virado e estava indo embora. – Não, Sonne, volta aqui. – Eu gritei mais ele se foi.

Encostei-me novamente na parede e suspirei.

Ele tinha me beijado, depois me fez ficar curiosa e me deixou ali sozinha.

– Como eu me apaixonei por alguém assim? – Sussurrei pra mim mesma.

Então botei a mão por cima da Boca. Eu estava mesmo apaixonada por ele?

Não era o mais coreto a se fazer. Ele era do Povo Sol. Eu do Povo Lua. Nossos Reinos se Odiavam. Isso tinha alguma chance de dar certo? Talvez depois de ganhar a guerra o Pai dele apenas me mate ou algo assim. Ou então ele perdesse a Guerra é o meu pai matasse Sonne como castigo. Não. Ele não faria isso, faria?

Clareei meus pensamentos.

Eu não ia me importar com isso.

Disse pra mim mesma que estava disposta a correr os riscos.

Estava na hora de fazer isso. Não ia pensar no Futuro, ia viver o presente. Mesmo que ele se transforme em um caos no final. Mais eu não ligava. Tinha um encontro às Sete horas.