Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 55
"Ana"... Part. Final.


Notas iniciais do capítulo

Oieee genteee! Volteeeei, com o primeiro cap postado em 2015 uhuuu! E aí como está sendo o ano novo pra vocês? Espero que ótimo! Enfim, sem mais demoras, tenham uma ótima leitura, e não se esqueçam de comentar! Beijos!!!
ps: Quero agradecer à Princess Portilla Herrera e a Adriely Emily pelas recomendações! :)



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Ao ver a situação em que a garota se encontrava, madame Esmeralda rapidamente prontificou-se em ajudá-la, porém a mulher explicou que não era especialista em exorcismos e que faria apenas o que estivesse ao seu alcance. Logo Mosca e Bia entraram carregando Ana para dentro da casa, a qual já havia sido energizada contra espíritos malignos por pura coincidência. Ao entrarem madame Esmeralda pediu para que colocassem-na em um dos quartos, logo Mosca deitou a garota ainda desacordada na cama.

– Agora preciso que saiam e coloquem sal grosso na porta. – Disse a mulher.

– O que a senhora vai fazer? – Perguntou Bia.

– Só façam o que eu digo, se quiserem que a garota volte ao normal... – Disse Madame. Bia e Mosca notaram que a mulher parecia estar mexida com a situação.

– Ela vai ficar bem? – Perguntou Bia.

– É o esperado... – Disse a mulher. – Agora façam o que eu disse, e haja o que houver não abram esta porta. – Concluiu fechando a porta. Em seguida Mosca e Bia fizeram o combinado, colocaram sal grosso na porta do quarto e saíram de perto indo esperar em outra parte da casa.

Na sala de estar...

Bia e Mosca aguardavam ansiosos pela expulsão do espírito maligno do corpo de Ana.

– Acho que essa é a hora em que você deve me explicar tudo... – Disse Bia, ainda tensa.

– É uma história muito longa Bia... – Afirmou Mosca.

– Uma história muito longa, a qual está envolvendo a vida da minha melhor amiga. Eu tenho todo o direito de saber... – Insistiu Bia.

– Tudo bem... – Mosca respirou fundo. – Eu vou te contar... – Logo Mosca passou a contar tudo, desde o dia em que assassinou Brian por tentar estuprar sua irmã, até os dias de hoje, quando passou a ficar transtornado com isso. Mosca também contou sobre o que Madame Esmeralda havia o revelado, e sobre Ana ter dito conseguir ver Brian, até quando tentou o matar no banheiro. Bia ficou totalmente assustada com toda aquela história.

– Mosca, eu sinto muito... – Disse. – Deve ter sido horrível pra você, e para a Pata... Meus Deus eu nunca imaginaria uma coisa dessas acontecendo com vocês... – Completou ainda em choque.

– Pois é... – Disse Mosca. – Depois que isso aconteceu eu e a Pata decidimos que íamos recomeçar do zero e deixar isso enterrado, mas de repente tudo voltou na minha cabeça e eu não consegui controlar, foi quando eu descobri o verdadeiro motivo, através da madame Esmeralda... – Acrescentou Mosca.

– Por isso você tava tão agressivo esses últimos dias ... – Deduziu Bia.

– Sim... – Confirmou Mosca.

– Mas eu só não entendo uma coisa... – Disse Bia. – O que a Ana tem haver com tudo isso? – Perguntou procurando entender.

– Eu também não sei... – Disse Mosca. Ambos ficaram pensativos.

– Espero que a Madame Esmeralda consiga ajudar ela, porque se algo ruim acontecer à minha amiga, Mosca, eu não sei o que vai ser de mim... – Bia, ao pensar no pior, não se conteve e passou a chorar. Nessa hora Mosca aproximou-se da garota e colocou a mão em seu ombro.

– Não fica assim Bia, vai dar tudo certo, você vai ver... – Disse Mosca tetando confortá-la.

– Você não sabe o quanto me dói lembrar que eu tive que machucar a Ana naquela hora! – Lembrou Bia em meio à soluços.

– Você fez o certo Bia... – Disse Mosca.

– Mas eu ainda sim me sinto mau! – Afirmou Bia.

– Mas você me salvou... – Disse Mosca. – E salvou a Ana. – Completou. – Você foi uma heroína Bia. – Afirmou. Nessa hora Bia o encarou por alguns segundos.

– Você vai ver que tudo vai ficar bem. Agora para de chorar, beleza? – Disse Mosca fazendo Bia sorrir.

– Beleza... – Disse Bia, esta já estava melhor.

– Ótimo, assim você fica até mais simpática! – Brincou Mosca.

– Mais simpática?! Valeu hein! – Disse Bia rindo. Logo ficaram em silêncio de novo. – É incrível...

– O quê? – Perguntou Mosca.

– Que mesmo passando por todas essas barras, você consiga ser tão forte... – Afirmou Bia.

– Pra falar a verdade eu ainda tenho muito o que aprender com o que passei. Ainda não sou forte o suficiente. – Afirmou Mosca.

– Pois se fosse eu no seu lugar, garanto que já tava internada num manicômio! – Afirmou Bia, Mosca ficou em silêncio. – Desculpa eu não queria ofender... – Disse Bia ao notar que não devia ter falado aquilo.

– Não esquenta... – Disse Mosca. – Mas sabe, eu te acho muito mais forte do que eu. – Afirmou.

– Quê? Claro que não! – Disse Bia.

– Sim você é! – Disse Mosca. – Porque eu aposto que se fosse qualquer outra pessoa que tivesse entrado naquele banheiro, e não você... Eu estaria morto, e provavelmente a Ana também. – Afirmou. Bia ficou surpresa. – Obrigado Bia, sério.

– Não tem de quê... – Disse Bia. – Mas se bem que você tem razão, se fosse uma das outras meninas teriam saído correndo assim que percebecem que você tava de toalha... – Disse Bia rindo.

– Ei! Eu nem tava me lembrando desse detalhe! – Disse Mosca constrangido.

– Pois é... – Disse Bia. De repente algo chamou a atenção de ambos, parando a conversa inesperadamente. Um grito macabro vindo do quarto, era Ana. Mosca e Bia se entreolharam tensos imaginando o que podia estar havendo. – Será que a Madame tá precisando de ajuda? – Perguntou Bia levantando-se.

– Não faço ideia... – Disse Mosca. Ana continuava gritando.

– É melhor a gente ir lá! – Disse Bia preocupada, indo em direção ao quarto.

– Não Bia! – Exclamou Mosca. – Ela pediu pra gente esperar aqui e não abrir aquela porta por nada! – Lembrou Mosca. – Só Deus sabe o que pode acontecer se a gente atrapalhar... – Afirmou. Logo Bia voltou à sentar-se no sofá.

– Espero que ela consiga... – Disse Bia preocupada.

– Eu também... – Concluiu Mosca.

Enquanto isso no orfanato...

Todos se aprontaram para dormir.

No quarto nas meninas...

– Nossa gente que escândalo foi essa festa do Fábio! No mau sentido... – Afirmou Vivi.

– A festa tava ótima, o Duda foi quem estragou. – Afirmou Teca.

– Eu já disse que ele não teve culpa garota! – Retrucou Pata. – Se alguém tem culpa nessa história e o Juca e ninguém mais! – Completou.

– Mas nós também não podemos acusar sem provas Pata... – Disse Cris.

– Pois é, e o Juca parece ser um garoto tão legal... – Acrescentou Vivi.

– Pelo que eu percebi todas as provas estão apontando para ele. – Intrometeu-se Marian. – Sem falar que pelo perfil que ele tem, tá na cara que a culpa foi dele mesmo. Sem ofensas Pata... – Completou.

– Vai se foder Marian ... – Retrucou Pata.

– Tá bom gente, esse assunto já deu! – Interrompeu Mili. – A gente só vai ter certeza disso amanhã, quando formos na casa do Juca. – Completou. – Agora vamos dormir que já tá tarde... – Concluiu.

– Tá bem, boa noite gente! – Concluiu Cris.

– Boa noite! – Responderam todas. Então apagaram as luzes.

Alguns segundos depois...

– Ô gente... – Disse Cris.

– O que foi dessa vez? – Perguntou Mili.

– Vocês não estão dando falta de ninguém? – Perguntou Cris.

– Não. De quem? – Perguntaram as garotas.

– Olhem direito lesadas! – Disse Cris ascendendo a luz.

– Nossa! É mesmo, as camas da Bia e da Ana estão vazias. – Reparou Mili.

– Caraca eu nem tinha me dado conta... – Disse Pata.

– E nem eu. – Disse Vivi. – Pra falar a verdade, eu não vejo elas à pelo menos umas duas horas atrás... – Afirmou.

– Ai gente não esquentem, a Bia com certeza deve tá se agarrando com o Binho por aí! – Disse Mariam.

– Credo Marian! – Exclamaram as garotas.

– Tô mentindo? – Perguntou.

– Mas e a Ana? Ela também não tá na cama. – Disse Vivi.

– Aff calem a boca, eu quero dormir! – Pediu Tati.

– Ai gente que coisa, vai ver elas tão usando os computadores, só isso. – Disse Teca que também ouvia a conversa.

– É, tem razão, deixa pra lá então. – Disse Cris.

– Então tá, problema desvendado. – Concluiu Mili. – Boa noite meninas!

– Boa noite Mili! – Responderam. Logo as garotas passaram a não dar mais importância ao sumiço de Ana e Bia.

No quarto dos meninos...

– Galera vocês viram o Mosca? – Perguntou Thiago.

– Não vejo ele desde que ele chegou naquela hora e foi tomar banho... – Disse Rafa.

– Mas a gente foi no banheiro e ele nem tava mais lá. – Lembrou Samuca.

– Será que aconteceu alguma coisa? – Perguntou Binho.

– Ai que saco, calem a boca e me deixem dormir, vai ver ele ta sem sono só isso! – Disse Neco.

– Eu hein, que revolta! – Afirmou Thiago. Logo os garotos também passaram a não dar impotância no sumiço de Mosca.

Enquanto isso na casa da Madame Esmerada.

Bia e Mosca continuavam aguardando na sala, enquanto ouviam os gritos desesperadores de "Ana", ao mesmo tempo que Madame Esmeralda murmurava palavras estranhas. Até que finalmente houve um silêncio.

– Será que já acabou? – Perguntou Mosca, reparando o silêncio.

– Será que ela conseguiu? – Perguntou Bia, preocupada. De repente a porta se abriu, então Mosca e Bia levantaram-se esperando algum sinal de vida. Logo Madame Esmerada saiu do quarto.

– E então?! – Perguntaram os dois.

– Entrem e vejam vocês próprios... – Disse a mulher. Logo, os dois entraram no quarto e viram Ana ainda adormecida, porém o aspecto da garota estava bem melhor. Também viram um círculo de sal no chão.

– Ana! – Exclamou Bia correndo em direção a garota. – A senhora conseguiu afastar o espírito? – Perguntou direcionando-se à Madame Esmeralda.

– Sim eu consegui. – Respondeu a mulher.

– E como a senhora fez? – Perguntou Mosca.

– Eu dei um banho de ervas de absinto na garota, e isto fez com que o espírito se afastasse, entretanto, não foi o suficiente, pois ela permitiu a possessão, e isto dificultou o processo de expulsão do espírito. – Explicou a mulher, deixando Mosca e Bia chocados.

– Meu Deus! Por que a Ana permitiria uma coisa dessas? – Bia perguntou a si mesma, em choque.

– Mas então quer dizer que ele pode encorporar na Ana de novo? – Perguntou Mosca.

– Não ele não pode. – Disse a mulher. – Eu também bloqueei a passagem e quebrei a conexão entre os dois. – Completou. – Porém, por ser médium ela poderá continuar vendo e se comunicando com ele, o que trás novamente o risco de possessão se assim ela permitir novamente.

– Quer dizer que ela é médium? – Perguntou Mosca.

– Sim, ela pode ver todo e qualquer espírito. – Respondeu a mulher.

– Que nem a senhora? – Perguntou Bia, deixando a mulher em silêncio. Agora Bia não tinha mais dúvidas, Ana era sim filha da Madame Esmeralda.

– Mas eu só não entendo uma coisa... – Disse Mosca. – Antes, mesmo com o espírito do Brian perto de mim, a Ana nunca pareceu assustada na minha presença. – Afirmou.

– Porque talvez ela não o visse antes. – Deduziu a mulher.

– Ah... – Concluiu Mosca. – É... Madame Esmeralda... – Desde que havia entrado no quarto, Mosca ficou inquieto com o círculo de sal no chão, logo, supôs que Brian pudesse estar lá, este então iria perguntar isso à Madame Esmeralda, mas nem foi preciso.

– Sim Mosca, ele está preso alí, mas não posso deixa-lo lá para sempre, e quando ele sair provavelmente voltará para perto de você. – Disse a mulher, deixando Mosca tenso. – Você precisa ser forte.

– E não tem nenhum jeito de expulsar esse fantasma de perto do Mosca? – Perguntou Bia.

– Não. – Respondeu a mulher. – Não enquanto eles tiverem um assunto pendente. – Acrescentou.

– E que assunto pendente é esse por acaso? – Perguntou Mosca. – Me matar? – Deduziu.

– Não. – Negou a mulher. – O assunto pendente dele, é a sua maldição. Quebre-a, e ele partirá. – Respondeu, tornando a lmbra-lo de sua maldição.

– Mas que maldição é essa eu não consigo entender?! – Exclamou Mosca.

– Não está a meu alcance revelá-la à você. Tornarei a dizer, com o tempo você descobrirá a resposta sozinho, e com a resposta virá a solução... – Disse a mulher, porém Mosca continuou sem entender. De repente Ana passou a acordar.

– Ela tá acordando! – Exclamou Bia.

– É melhor que vocês a levem de volta para o orfanato, não é seguro para ela ficar aqui. – Afirmou Madame Esmeralda. Logo Mosca e Bia assentiram e agradeceram pela ajuda, então Mosca pegou Ana no colo e saiu com a garota, que já estava consciente, porém zonza e delirando. Entretanto, antes que voltassem para o orfanato, Bia pediu para que Mosca a esperasse com Ana lá fora e decidiu esclarecer um assunto com Madame Esmeralda.

– Madame Esmeralda... – Disse a garota dando início a conversa.

– Sim? – Atendeu a mulher.

– Eu vi nos seus olhos quando nós chegamos com a Ana, você ficou emocionada... – Afirmou.

– Foi impressão sua. – Afirmou a mulher.

– Não foi... – Disse Bia. – E agora tudo faz sentido... – Afirmou Bia. – Primeiro foi a foto, depois o encontro inesperado no shopping, a Ana me falou que você chamou ela de Safira. E agora de repente ela se torna paranormal que nem você e consegue ver almas perdidas? – Completou. – Cara, é sério! Se ela não for a sua filha então só pode ser muita coincidência! Porque não fala logo a verdade? A sua filha não morreu né? Você abandonou ela! – Afirmou Bia grosseiramente. De repente Madame Esmeralda passou a chorar...

– Saia da minha casa! – Exclamou a mulher. – Agora! – Ordenou. Bia ficou em silêncio e saiu, reconhecendo que havia pegado pesado. Em seguida a mesma voltou à caminho do orfanato acompanhada de Mosca e Ana.

Enquanto isso no orfanato...

Mili não conseguia dormir, esta não parava de pensar em Mosca, e no que havia acontecido no hospital. E pela primeira vez depois de tanto tempo, pensar em Mosca estava sendo uma coisa boa. Não conseguia parar de pensar nos beijos, no olhar do garoto. E em como estava feliz por ter finalmente se resolvido com o mesmo. Logo Mili decidiu descer até a cozinha para tomar um copo d'água. Ao levantar-se da cama, notou que as camas de Bia e Ana continuavam vazias, e também a cama de Marian dessa vez. Então aproveitou para ver as mesmas não estavam lá embaixo, porém antes de chegar na sala, Mili deparou-se com alguém conversando ao telefone no corredor.

– Então tá combinado, vê se não vai falhar... – Falava Marian ao telefone. – Eu sei, não se preocupa idiota, eu vou pagar tudo. Olha mas não vai esquecer, tem que ser o quanto antes! – Concluiu Desligando o telefone. Então ao se virar deu de cara com Mili levando um baita susto. – Caralho! Que susto Mili! – Exclamou a garota.

– Com quem você conversava Marian? – Perguntou Mili.

– Ah, com uma amiga da escola! – Mentiu Marian. – É que... A mãe dela vende cosméticos, e eu encomendei uma maquiagem, e ela fica adiando pra me entregar achando que eu não vou pagar, pode uma coisa dessas? – Mentiu Marian.

– Hum, então tá. – Concluiu Mili. – Você viu a Bia ou a Ana? – Perguntou.

– Não. – Disse Marian. – Bom eu vou voltar pro quarto... – Concluiu Marian voltando ao quarto.

Em seguida, Mili foi a cozinha. Enquanto bebia seu copo d'água a mesma ouviu um barulho vindo do corredor, logo decidiu ver se não se tratava de uma das garotas, mas ao chegar lá deu de cara com uma cena bastante esquisita. Mosca carregando Ana com cuidado, e Bia os acompanhando.

– O que vocês tão fazendo? – Perguntou a garota sem entender, deixando ambos sem saber o que dizer.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?! Comentem! Beijos e até o próximo :*