Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 56
Explicações e descobertas...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Ae vai mais um cap inédito! Boa leitura, e não esqueçam de comentar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551816/chapter/56

Mili bebia seu copo d'água quando ouviu um barulho vindo do corredor, logo decidiu ver se não se tratava de uma das garotas, mas ao chegar lá deu de cara com uma cena bastante esquisita. Mosca carregando Ana com cuidado, e Bia os acompanhando.

– O que vocês tão fazendo? – Perguntou a garota sem entender, deixando ambos sem saber o que dizer.

***

– É... A gente... – Bia tentou porém não pensou em nenhuma desculpa.

– É que a Ana tava... – Mosca também não conseguiu inventar nada.

– Você ficarem enrolando só vai piorar a situação. – Disse Mili.

– Tá bom, melhor você saber a verdade do que ficar imaginando mil coisas. – Nessa hora Mosca encarou Bia, temendo o que a garota estava prestes a falar. – É que nós achamos a mãe da Ana. – Revelou Bia, deixando tanto Mili quanto Mosca surpresos.

– O quê?! – Exclamou Mili.

– Pois é, e a gente ta vindo de lá. – Continuou Mosca.

– Pera aí gente. – Mili ficou confusa. – Será que vocês podem explicar isso direito, eu não to entendendo nada! – Disse Mili. Bia e Mosca entreolharam-se tensos, então Mosca assentiu.

– Tudo bem Bia, pode contar, ela sabe do Brian... – Disse Mosca.

– Quê?! É sério? – Perguntou Bia surpresa.

– Sim... – Disse Mosca.

– Mas o lance é: Será que ela vai acreditar? – Perguntou Bia.

– Ô gente, eu ainda tô aqui se vocês não repararam... – Disse Mili.

– Tá, a gente conta, mas antes deixa eu colocar a Ana no sofá porque ela tá pesando... – Disse Mosca levando Ana até o sofá. Em seguida os três direcionaram-se à cozinha para conversar direito.

– Bom, é o seguinte Mili, eu espero que você acredite em tudo que nós vamos contar, porque sinceramente não é qualquer pessoa que acredita. Eu mesma não acreditava há um tempo atrás. – Disse Bia.

– Preparada? – Perguntou Mosca.

– Contem logo! – Exclamou Mili.

– Ok. – Disseram os dois. Logo Mosca e Bia passaram a contar tudo conforme o que havia acontecido, desde que conheceram Madame Esmeralda.

Minutos depois...

– Caraca! – Exclamou Mili chocada com toda a história.

– Ta vendo eu sabia que ela não ia acreditar. – Disse Bia.

– Mas ela nem disse nada. – Disse Mosca. Mili estava em choque com toda aquela história.

– Diz alguma coisa Mili! – Pediu Bia.

– Ai gente, eu não faço ideia do que dizer... – Falou Mili. – Quer dizer que vocês conheceram essa vidente por acaso, e por acaso você Bia, descobriu que ela por acaso é a mãe da Ana, que por acaso é uma médium, e por acaso se meteu na história entre o Mosca e o espírito vingativo do cara que ele matou, com isso tentou matar o Mosca no banheiro e você apareceu e salvou a vida dele por acaso, daí vocês levaram a Ana para ser exorcizada pela própria mãe?!

– Sim é exatamente isso! – Exclamaram os dois.

– Vocês tem razão, não é qualquer pessoa que acreditaria numa coisa dessas. – Disse Mili.

– A gente não ia ter porque inventar isso... – Disse Bia.

– Eu sei, e eu acredito em vocês. – Disse Mili.

– Tá vendo, eu disse que ela não ia... Hein?! – Exclamou Bia surpresa.

– Agora eu fiquei besta... – Disse Mosca.

– No dia que a Janu veio contar a verdade, a forma como você agiu foi muito estranha, e depois você não lembrava de nada. E ontem você tava totalmente diferente como se um peso tivesse saído de você, você tava bem. – Disse Mili encarando Mosca, logo Mosca a encarou de volta e sorriu. Bia ficou desconcertada.

– Caham! – Pigarreou Bia. – Acho que tô sobrando na conversa... – Disse. – Vou ver como a Ana ta. – Concluiu saindo.

– Tá vai lá Bia, qualquer coisa chama. – Disse Mosca.

– Não chamo não. – Disse Bia, esta percebeu o clima entre Mili e Mosca, e deduziu que já estavam bem um com o outro.

Na sala...

Ao chegar na sala Bia assustou-se ao ver Ana sentada no sofá.

– Ana? – Chamou.

– Bia! – Exclamou a garota chorando.

– Você ta bem? – Perguntou Bia.

– Aquela mulher é minha mãe? – Perguntou a garota, deixando Bia surpresa.

– Como você soube? – Perguntou Bia.

– Eu ouvi, eu não tava dormindo... – Revelou Ana. A garota ainda estava fraca devido à possessão e o exorcismo.

– Ana, você ainda tá fraca, precisa descansar. – Disse Bia.

– Mas eu preciso saber! – Exclamou a garota.

– Amanhã eu te conto Ana, eu prometo. – Prometeu Bia. – Agora vem, vamos subir. – Pediu. Logo as duas subiram para o quarto.

Na cozinha...

Mosca e Mili continuavam conversando sobre o ocorrido com Ana.

– Ainda não consigo imaginar a Ana tentando matar alguém... – Dizia Mili.

– É mas não era a Ana era o Brian no corpo dela... – Disse Mosca.

– Se não fosse a Bia, você podia...

– Ter morrido. – Completou mosca Interrompendo Mili. Mili ficou em silêncio. – E tudo isso por minha própria culpa... – Completou.

– Não começa Mosca... – Pediu Mili.

– Eu só tenho trazido problemas Mili, e tudo por culpa dessa maldição que nem faço ideia de como quebrar. – Disse Mosca. Este também havia contado sobre maldição.

– Se você ficar pensando assim você nunca conseguirá sair do lugar.– Disse Mili. – A tal Madame disse que com um tempo você vai descobrir não é? – Perguntou.

– Sim. – Respondeu Mosca.

– Então acredita, que você consegue. Porque quanto mais a gente bota na cabeça que uma coisa é impossível de acontecer, mais impossível ela fica. – Aconselhou Mili.

– Você tá certa... – Disse Mosca.

– Pois é, agora muda essa expressão do rosto. – Disse Mili.

– Fácil falar, não foi você que quase ia sendo assassinada no banheiro, e de toalha ainda mais! – Lembrou Mosca.

– Quê?! De toalha?! – Exclamou Mili.

– Pois é... – Disse Mosca.

– Quer dizer que a Bia e a Ana te viram de toalha? – Perguntou Mili.

– Eu acabo de dizer que quase fui assassinado e ela fica preocupada porque eu tava de toalha! – Afirmou Mosca rindo.

– Mas pelo menos você tá rindo. – Afirmou Mili.

– É, não é sempre que se pode rir quando tem o espírito de um serial killer tentando te matar. – Disse Mosca.

– Cê vai continuar com esse assunto? – Perguntou Mili, apoiando os braços na mesa.

– Vou! – Afirmou Mosca.

– Pois tá bom, então fica falando sozinho! – Disse Mili levantando-se.

– Não! Espera! – Exclamou Mosca levantando-se.

– O que foi? – Perguntou Mili.

– Eu tenho um assunto melhor... – Disse Mosca.

– Qual? – Perguntou Mili.

– Nós... – Disse Mosca. Logo ambos entreolharam-se fixamente, e passaram a se beijar. Foi um beijo calmo e intenso de início, então Mosca colocou as mãos em volta da cintura de Mili, e esta o agarrou pela nuca, intensificando o beijo que teve direito a língua. Os dois passaram quase um minuto se beijando parando apenas pela falta de ar. Nessa hora Mosca aproveitou para dizer algo. – Mili...

– O quê? – Perguntou Mili.

– Sabe aquele dia que você me deu um tapa, por causa da Janu...

– Sei, o que tem? – Perguntou Mili.

– Depois que ela me agarrou de surpresa no cinema, eu disse pra ela que não queria... E eu tava indo te pedir em namoro. – Revelou Mosca deixando Mili boquiaberta.

– Se você tivesse me contado tudo isso antes... – Disse Mili.

– Eu sei, eu fui um imbecil fiz tudo ao contrário. – Disse Mosca.

– É você foi sim. – Disse Mili, deixando Mosca com cara de tacho. – Mas tudo bem, se aconteceu desse jeito era porque tinha que acontecer, o importante é que agora tá tudo resolvido... – Afirmou.

– Sim... – Disse Mosca sorrindo, logo o mesmo aproximou-se de Mili e os dois passaram a se beijar de novo.

***

No dia seguinte...

Era de manhã cedo quando Teca acordou, esta havia pedido permissão para ir se despedir de Fábio antes de ir à escola. Thiago, Rafa e Tati a acompanharam, para se despedir do amigo também.

– Vamo logo gente ele já deve tá se preparando pra ir ao aeroporto! – Disse Teca andando apressada.

– Tem calma, o voo dele não ia sair às 7:40? – Perguntou Thiago.

– Sim demente, você acha que eles vão sair de casa em cima da hora de pegar o avião? – Perguntou Tati.

– Tá tanto faz! – Disse Thiago.

– Ah quer saber eu vou é correndo! – Afirmou Teca. Logo a garota passou a correr.

– Nossa, isso que é amor mesmo! – Disse Rafa. Logo todos passaram a correr também.

Ao chegarem na casa de Fábio o garoto já ajudava o tio à por as malas no carro.

– Fábio! – Gritou Teca correndo na direção do garoto.

– Teca! – Exclamou o garoto a abraçando. – Eu já tava pensando que você não ia vir...

– Eu nunca faria isso! – Afirmou Teca, se distanciando, logo a garota passou a encará-lo.

– Porque tá olhando assim pra mim? – Perguntou o garoto.

– É que eu não quero esquecer da última vez que olhei pra você antes de você ir embora... – Disse a garota.

– Nossa cara eu vou chorar... – Disse Rafa sentimentalizando.

– Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. – Disse Fábio se dirigindo à Teca.

– Você também... – Disse Teca, beijando o garoto.

– E também vou sentir falta de vocês pessoal, são ótimos amigos! – Afirmou Fábio direcionando-se aos amigos.

– A gente também cara! – Disse Thiago.

– Nem todos puderam vir, mas todos mandaram um abraço pra você! – Disse Tati.

– Manda um abraço pra todos eles também. – Disse o garoto.

– Tchau cara! – Disse Rafa. Então Fábio cumprimentou a todos e seguida seu tio também os cumprimentou, então ambos entraram no carro e foram a caminho do aeroporto. Nessa hora Teca passou a chorar desesperadamente.

– Por que eu perco todos que amo? Por quê?! – Gritou aos prantos ajoelhando-se ao meio da pista.

– Não fica assim amiga... – Pediu Tati a abraçando.

– É, o importante é que vocês passaram tempos felizes. – Acrescentou Rafa. Fábio observou tudo da janela no carro, e ficou triste também.

– Eu não queria ir tio... – Disse o garoto. – Não queria deixar ela. – Completou.

– Se o amor é verdadeiro ele permanece para sempre Fábio. – Afirmou mestre Chen, o tio do garoto.

Enquanto isso no orfanato...

No quarto das meninas...

As garotas terminavam de se arrumar para ir à escola, com exeção de Ana que ainda estava dormindo.

– Nossa que estranho a Ana ainda tá dormindo... – Reparou Cris.

– Também ficou acordada até tarde. – Lembrou Vivi. – Ah, e por falar nisso, onde vocês tavam ontem a noite? Nem vi quando vocês vieram dormir. – Perguntou dirigindo-se à Bia.

– Ah é que a gente tava na internet. – Disse Bia.

– Na internet? – Perguntou Marian. – Mentira! Vocês não estavam, por que eu me levantei e não vi. – Disse.

– Vai ver foi na hora que...

– Elas foram assaltar a geladeira na cozinha, eu vi. – Disse Mili ajudando Bia.

– Pois é, isso aí... – Concordou Bia.

– Tando faz, melhor a gente descer pra dar tempo de tomar café direito. – Disse Cris. Logo todas as meninas desceram, menos Bia que ficou para acordar Ana. Logo a garota se aproximou e sacudiu a amiga que dormia profundamente.

– Ana? – Chamou Bia.

– O quê? – Perguntou a garota com a cara no travesseiro.

– A gente tem que ir pra escola. – Lembrou Bia.

– Ah, eu tinha esquecido... – Disse Ana. Logo a garota acordou aos pouco e sentou-se em sua cama.

– Você tá bem? – Perguntou Bia.

– Sim, eu acho.. – Disse Ana espreguiçando-se.

– Você por acaso, lembra do que aconteceu ontem? – Perguntou Bia.

– Sim, teve a festa do Fábio e o Duda foi pro hospital. – Disse Ana, omitindo a parte da conversa com o espírito.

– Você sabe que eu não tô falando disso... – Disse Bia. Ana ficou em silêncio. – Ana desde quando você consegue ver espíritos? – Perguntou Bia indo direto ao ponto. Ana respirou fundo.

– A primeira vez foi naquele dia que o Mosca tava surtando no quarto. – Revelou Ana. – Depois disso eu continuei vendo ele todas as vezes, do lado do Mosca... – Completou.

– Nossa Ana, e porque você não contou? – Perguntou Bia intrigada.

– Porque ninguém ia acreditar em mim! – Disse Ana. – Você acreditaria?

– Acharia loucura... – Confessou Bia.

– Tá vendo...

– Mas acreditaria sim. – Completou.

– Sim? – Perguntou Ana surpresa.

– Sim... Mas, prossiga... – Pediu Bia.

– Ta. – Concordou Ana. – Eu tava evitando o Mosca porque fiquei com medo do espírito, porque toda vez ele tava lá, aí o Mosca percebeu que eu tava estranha e veio me perguntar porque eu tava agindo daquele jeito. Eu até tentei dizer o motivo, mas depois desisti achando que ele também não ia acreditar.

– Pois é mais ele acreditou, tanto que assim que você disse, ele veio conversar comigo sobre achar que você era paranormal. – Disse Bia.

– Sério? – Perguntou Ana.

– Sim, e quando ele me disse eu acreditei. – Afirmou Bia. – Tanto que depois da festa do Fábio eu ia conversar com a... – Antes que completasse a frase Bia parou de falar.

– Com a? – Perguntou Ana.

– Nada... – Bia não queria dar falsas esperanças à Ana de reencontrar sua mãe, pois antes disso queria esclarecer completamente esse assunto.

– Ta bom... – Concluiu Ana, então continuou contando. – Depois que eu tentei falar pro Mosca eu não sei o que aconteceu, mas eu não vi mais o espírito do lado dele, ele tinha sumido. Depois na festa eu comecei a ouvir umas vozes estranhas e o espírito apareceu pra mim. No início eu fugi da presença dele, mas aí depois da festa eu subi pro quarto e ele apareceu de novo, daí eu perguntei o que ele queria e... – De repente Ana parou de falar.

– E o quê Ana? – Perguntou Bia.

– Eu não posso falar... – Disse Ana.

– Por quê? – Perguntou Bia.

– Você também não me respondeu aquilo que te perguntei! – Disse Ana.

– Tá eu respondo, mas só depois que você terminar de me contar. – Disse Bia.

– Então deixa pra lá. Tenho que me arrumar pra escola! – Disse Ana encerrando o assunto.

– Qual é Ana... – Bufou Bia, saindo do quarto.

Na cozinha...

– Nossa Bia ô demora! – Reparou Cris.

– A Ana não queria acordar. – Disse Bia pegando uma maçã verde pra comer.

– Você só vai comer isso? – Perguntou Binho.

– É, por quê? – Perguntou Bia.

– Cê tá ficando muito magra gatinha. – Disse Binho.

– Tô? Nem tava notando... – Disse Bia dando uma mordida na maçã.

– Cês viram o Mosca? – Peguntou Mili.

– Ele demorou a acordar, foi dormir tarde. – Contou Samuca.

– Ouvi meu nome. – Disse Mosca entrando na cozinha. Mili o encarou e sorriu, o garoto sorriu de volta. As garotas sacaram de cara o clima rolando.

– Hm... Vejo um clima no ar... – Disse Cris aos risos.

– Aconteceu algo que você não contou Mili? – Perguntou Vivi.

– Hã? Nem sei do que vocês tão falando... – Disfarçou Mili.

– Não sabe né? – Disse Pata rindo.

– Até você? – Perguntou Mili. – Eu hein... – Concluiu sem jeito. – Ah, e a Teca com os outros onde tão também? – Perguntou Mili.

– Eles foram da casa do Fábio direto pra escola. – Disse Cris.

– Ah tá... – Concluiu Mili. De repente Carol chega na cozinha.

– Bom dia crianças! – Exclamou.

– Bom dia Carol... – Responderam. Nessa hora Ana passou correndo pra cozinha.

– Carol você tem notícias do Duda? – Perguntou Pata.

– Sim eu tenho princesa. – Disse Carol. – Ele já recebeu alta e tá em casa.

– Graças a Deus! – Exclamou Pata aliviada.

– E o lance de ir na casa do Juca, vai dar certo? – Perguntou Marian.

– Depende de vocês princesa, de você principalmente porque é a única que sabe onde ele mora. – Disse Carol. – E aí vocês querem mesmo continuar com isso?

– Sim! – Disse Pata tomando a frente de todos.

– É, melhor tirar a limpo essa história de uma vez por todas. – Disse Mosca.

– Pois então eu vou com o Júnior pegar vocês assim que a aula terminar. – Disse Carol.

– Xi, mas e a aula de teatro? – Lembrou Marian.

– Melhor a gente faltar a aula de teatro, nem é tão importante. – Afirmou Mosca.

– Então tá combinado? – Perguntou Carol.

– Sim... – Concordaram.

Depois, na escola...

Na hora do intervalo

– Ai meu Deus eu nem acredito que o professor de matemática passou prova surpresa, me dei mau... – Dizia Bia.

– Né, eu também, não tinha estudado nada. – Disse Vivi.

– Mesmo que tivesse, burra do jeito que é... – Falou Samuca, deixando todos perplexos. Logo Vivi Levantou-se e se colocou na frente do garoto.

– Repete o que você disse. – Ordenou num tom de voz alto.

– Além de burra você é surda também? – Perguntou Samuca, levando um tapa na cara.

– Vai pro inferno seu idiota! – Exclamou Vivi saindo correndo dalí.

– Nossa que grosso, o que ta dando em você imbecil? – Perguntou Pata.

– Não te interessa. – Respondeu Samuca.

– Ei, pra quê falar assim cara? – Perguntou Thiago.

– Falo do jeito que eu quiser. – Disse Samuca.

– Também não é assim né filhão? – Disse Binho.

– Eu tenho meus motivos, mas também ninguém se importa! – Surtou Samuca saindo de perto dos amigos.

– Nossa gente... Ele tá ficando revoltado que nem o Mosca. – Disse Cris.

– Não compara esse imbecil com o meu irmão! – Retrucou Pata.

– Tá gente, você não vão brigar por causa do Samuca vão? – Perguntou Bia.

– Não... – Disseram.

– Ótimo. – Concluiu Bia.

Perto dalí...

Marian recebeu outro telefonema.

– Alô. – Atendeu.

"Ei patricinha sou eu.", disse Paçoca ao telefone.

– Eu sei idiota. – Disse Marian.

"Ó, eu já entreguei o bagulho pra um parça meu que estuda aí, e pedi pra ele te entregar, mas ó num vai da grana pra ele não, ele tava me devendo uma.", avisou Paçoca.

– Tá. – Disse Marian desligando o celular, de repente alguém se aproximou.

– Ei, tu que é a Marian? – Perguntou um garoto grandalhão.

– Sim sou. – Disse Marian.

– Hum, sou o Caio amigo do Paçoca, ele mandou te entregar isso. – Avisou o garoto, entregando um saquinho com duas capsulas de ecstasy.

– Ah! Tá certo. – Marian recebeu. O garoto continuou parado onde estava. – Que foi? – Perguntou Marian.

– Cadê o pagamento? – Perguntou o garoto.

– Nem vem com essa, desinfeta! – Expulsou Marian, logo o garoto saiu. – Ai ai com essa vai ser fácil incriminar aquele otário do Juca... – Falou sozinha. Porém o que não esperava era que alguém estivesse ouvindo tudo.

No outro lado da escola...

Mili e Mosca conversavam (numa proximidade suspeita u-u).

– Você já contou pra alguém sobre a gente ter voltado a ficar? – Perguntava Mili.

– Não e você? – Perguntou Mosca.

– Ainda não... – Disse Mili. – Mas as meninas já tão começando a desconfiar.

– Mas te incomoda que o pessoal saiba? – Perguntou Mosca.

– Bom, não, mas é que...

– Lé vem bomba... – Disse Mosca.

– Nada haver Mosca. – Disse Mili. – É que ontem mesmo eu tava ficando com o Juca, aí de repente tô com você, eles iam acha que eu virei piriguete. – Explicou Mili.

– Ah, tendi... – Disse Mosca.

– Você ficou chateado? – Perguntou Mili.

– Claro que não, o importante é que a gente ta junto de novo. – Disse Mosca sorrindo, em seguida aproximou-se de Mili a a beijou.

Enquanto isso...

Vivi saía do banheiro feminino, esta estava chorando devido a grosseria de Samuca, pois sempre o considerou seu amigo. Ao sair do banheiro sentou-se em um banco longe do pessoal do orfanato. De repente alguém se aproximou.

– Se perdeu dos seus amigos? – Brincou o garoto sem notar que Vivi não estava bem.

– Vai à merda André! – Disse Vivi encarando o garoto seriamente.

– Nossa Vivi, você tava chorando? Desculpa brinquei na hora errada... – Disse André.

– Tá... – Disse Vivi.

– Por que você tá assim? – Perguntou André sentando do lado da garota.

– Nada... – Disse Vivi.

– Tudo bem não precisa falar... – Disse André. – Mas se for por algum garoto, só avisando, ele não merece que uma garota perfeita como você chore assim. – Afirmou, deixando Vivi de olhos arregalados.

– Agora da licença, vou lá pra minha turma... – Disse o garoto saindo de perto.

– Nossa, que estranho... – Disse Vivi, pensativa com a situação.

Depois das aulas...

O pessoal que ia na casa do Juca ficaram esperando Carol e Júnior chegarem.

– Será que eles vão demorar muito? – Perguntou Marian.

– Acho que não, eles já devem tá no caminho... – Disse Mili.

– Dava tempo ter ido pra aula de teatro... – Reclamou Marian.

– Para de recamar garota! – Ordenou Pata sem paciência. De repente Samuca veio em direção do pessoal.

– Pessoal, eu tenho que falar com vocês! – Exclamou o garoto.

– O que é garoto? – Perguntou Pata com arrogância.

– Ou melhor, só com um de vocês... – Disse Samuca.

De repente Carol e Júnior chegam.

– Vamos Crianças?! – Exclamou Carol sem sair do carro.

– Melhor a gente ir gente, eles tão apressados. – Disse Mili.

– Xi Samucão, vai ter que ficar pra depois... – Disse Mosca lamentando.

– Mas...

– Você ouviu Samuca, pra depois! – Disse Pata interrompendo o garoto. Logo direcionaram-se ao carro, deixando Samuca sozinho.

– Merda! – Exclamou o garoto que tinha algo importante á contar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentem! Beijos e até o proximo!