Just One More Day escrita por Ana Viollet


Capítulo 5
Capítulo IV - Decisões


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores.
Quero pedir desculpas pelo pequeno atraso. A semana foi realmente cheia e mal tive tempo para parar e escrever. Agradeço a todos os comentários, leituras e todo o apoio que recebi de alguns de vocês que ainda me aguentam. Obrigada mesmo (:
*
Uma pergunta: Vocês gostariam de uma espécie de "flash back" no próximo ou próximos capítulos? Seria uma forma de conhecer ainda mais o passado dos nossos protagonistas, mas quero saber a opinião de vocês.
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Leiam as notas finais, por favor.
Boa leitura.



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Os barulhos voltavam a soar cada vez mais alto. Sasuke estava temendo pela segurança de todos naquela casa, não queria nem podia colocar ninguém em risco. Antes de tudo, pensou que teria que certificar-se da identidade da pessoa presente no andar de baixo. Se era sua esposa, ou não. Mas infelizmente, não era tão fácil quanto pensava.

Não podia perder mais tempo, mas não conseguia se movimentar normalmente. E então permaneceu na mesma posição por alguns segundos, apenas absorvendo aqueles barulhos e prestes a ter um ataque de pânico.

Sakura percebeu o desespero silencioso do homem, e sem pronunciar uma palavra, largou levemente a sua mão e dirigiu-se até a porta. Sasuke tomou força e finalmente se levantou, até pensou em dizer algo, considerando que sua paciente podia apenas abrir e sair pela porta, mas não.

Ela retirou a chave da fechadura, caminhou em direção a Sasuke, e sem hesitar, colocou o objeto sobre a mesa. Sakura lançou um olhar penoso para o moreno, se controlando para não abraçá-lo ou mesmo falar com ele.

“Não, eu não quero te deixar sozinha aqui. Você tem certeza disso?” Perguntou, já assimilando o que ela quis dizer com aquilo. Sakura era maior de idade e podia fazer praticamente o que bem entender, porém, ela estava dependente agora. Não podia voltar atrás.

Então apenas afirmou com sua cabeça.

Sasuke não entendia o silêncio que cercava ambos, parecia eterno em meio ao nervosismo e os barulhos, que cessaram por um momento lá embaixo. A única conversa – Se é que pode ser chamada dessa forma - que tiveram foi horas atrás e com certeza, não foi de agrado para nenhum dos dois. Um péssimo primeiro contato.

Sasuke nunca quis ser um médico negligente, mas no momento, teve que pensar em todos lá, menos em si mesmo.

“Eu volto logo.. prometo” Falou enquanto deslizou as mãos pelo cabelo de forma nervosa, deixando com que alguns fios caíssem sem rumo pelo seu rosto. Pegou as chaves e saiu, podendo-se ouvir apenas o trancar de porta do lado de dentro do quarto.

O barulho martelava a cabeça de Sakura, que sentia-se atordoada ao perceber o tom triste na voz de Sasuke. Mas ela não iria se comunicar, pelo menos não tão cedo. Ela sabia que se tentasse, iria “desabar” como uma louca.

Sakura morria de medo de não ser perdoada por Sasuke por algo que nem mesmo era culpada.

Saindo de seus devaneios, passou a observar o prato na mesa e quase deixou sair um suspiro de insatisfação. Ela realmente desejava devorar aquele prato de comida até não sobrar mais nada, porém, uma voz soava mais alto em sua cabeça, e ela gritava para que ela desse um fim naquilo enquanto tinha chance, para garantir pelo menos alguns gramas a menos. Pegou o prato recheado e proibiu a si mesma de sequer se aproximar para sentir o cheiro de tudo aquilo, só o que via eram os números. Eles pairavam sobre cada alimento, causando ânsia e repulsa na garota. Ela não iria colocar aquilo em seu corpo.

Sakura foi até o banheiro com dificuldades, mas conseguiu abrir o vaso sanitário e despejar grande parte da comida lá dentro, deixando um ou dois pedaços no prato apenas para disfarçar. Sentia-se muito mal por desperdiçar comida da aquela forma, era totalmente errado. Mas a voz de dentro dela sempre falava mais alto, e mesmo lutando contra ela, era algo automático, Sakura sempre a obedecia

Enquanto apertava o botão de descarga, deixou com que malditas lágrimas caíssem dos seus olhos. E então, seus pensamentos se preencheram com o que mais desejava por dentro. Aquilo que era contra a sua voz interior que dominava suas ações. Pronunciando com sua voz fraca e cansada em seguida:

“Sasuke-kun, por favor, me salve..”

[...]

No momento em que trancou sua paciente, nem pensou duas vezes em correr e conferir rapidamente o quarto de Daisuke. O menino se encontrava aparentemente dormindo, enrolado dos pés à cabeça em sua bela manta azul royal, que estava o protegendo do frio que fazia em Konoha e na imaginação fértil da criança, um escudo, capaz de deter possíveis monstros presentes embaixo de sua cama.

Sasuke se aproximou da cama do menino, retirando uma parte do cobertor que cobria sua cabeça e direcionando um pequeno beijo de proteção em sua testa, para então, sair de mais um quarto e finalmente enfrentar a fera do andar de baixo.

O que poucos sabem é: Todos os monstros são humanos.

O barulho no andar de baixo diminuiu, se resumindo apenas em um grito feminino abafado e balbucios que mais pareciam de alguém bêbado, o que provavelmente era verdade. Desceu as escadas e acendeu as luzes, se deparando com móveis fora do lugar e uma porta praticamente escancarada. Seguiu os pequenos murmúrios e chegou até o banheiro, onde Karin estava deitada no piso liso e gelado, com cabelos pregados ao rosto e maquiagem escorrendo, ainda murmurando algumas coisas mas quase que adormecida.

“Karin, Karin! O que aconteceu com você?” Sasuke falou um pouco mais alterado, pegando a esposa pelo colo com um pouco de dificuldade e andando em direção ao sofá.

“M-Me larga, seu filho da mãe!” Karin o xingou, enquanto despertava e adquiria um tom ainda mais furioso. O empurrou e sentou-se no sofá, fungando um pouco o nariz para absorver qualquer resquício do pó branco e suspeito, inserido em pouco tempo em seu organismo.

“Onde você estava? Você está bem?”

“Estava. Você não devia se preocupar comigo, idiota” Respondeu ajeitando um pouco o óculos e fungando mais uma vez o nariz. Sasuke começou a perceber as ações de Karin, observando a ponta de seus dedos e o resto do seu estado, mas ainda sim indignado com a atitude da esposa.

“Karin, eu sou seu marido. É meu dever me preocupar com você..”

“Você não precisa ter controle da minha vida! Eu faço o que quiser da minha vida. Ouviu bem, Sasuke?! Só porque eu tenho seu sobrenome, não significa que você pode cuidar da po*** da minha vida!” Karin gritava cada vez mais alto. E a medida que suas palavras ganhavam mais força, Sasuke sofria ainda mais. Ele não queria acreditar que um amor de tanto tempo estava se desgastando dessa forma. O sentimento sumiu.

E não foi de uma hora pra outra.

“E-Eu só estou agindo como seu marido, Karin. Nós temos um filho juntos, uma relação de anos! Porque você vem me tratando assim?” Sasuke estava se contendo para permanecer firme.

Enquanto isso, o garotinho antes deitado, havia caminhado até a beirada da escada. Próximo o suficiente para ouvir toda a discussão, mas não era preciso. Mesmo do quarto, Sakura também escutava a discussão, e caia em lágrimas por causa do sentimento preocupação que vinha a sua mente. Ela sabia que Sasuke estava sofrendo desde que fitou seu olhar pela primeira vez em anos.

“Você realmente quer saber, Sasuke?” Karin articulava irritada, Sasuke não precisou nem responder ou gesticular, ela apenas continuou atirando suas farpas. “Eu não te amo, Sasuke. Eu amo o seu dinheiro” Abriu um pequeno sorriso maquiavélico e passou a mão pelo nariz novamente. Sasuke se aproximou dela e segurou sua mão, olhando fixamente para o pó branco que se acumulava por dentro de suas longas unhas postiças.

“Você está drogada, Karin.” O moreno pronunciou essas palavras em um tom raivoso. Porém, duas lágrimas no máximo chegaram a sair de seus olhos. “É a cocaína. V-Você não sabe do que está falando” Tentava se convencer do contrário a todo custo.

“A droga apenas me dá a coragem de dizer o que quero. Eu estou te traindo a anos, Sasuke. Desde o início do casamento, e você é um idiota por não perceber. Sabe porque digo isso agora? Eu já tenho fama e credibilidade o suficiente, meu amor! Tenho tudo que eu preciso e ainda vou ter mesmo sem você e aquele menino retardado” Sorriu novamente, jogando mais farpas em direção ao coração de Sasuke.

Quando falou em Daisuke, o homem adquiriu um semblante ainda mais sério. Ele estava frustrado, indignado.. Decisões tinham que ser feitas, por bem ou por mal.

“A partir de hoje, eu vou entrar na justiça. E juro a você que conseguirei a guarda total de Daisuke e irei me separar legalmente de você, Karin. Eu quero o divórcio”


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Notas finais do capítulo

Hoje foi um dia muito feliz, recheado de emoções e sentimentos nostálgicos. Para quem não sabe , tivemos a confirmação de Naruhina E Sasusaku em Naruto e o tão esperado – E maravilhoso- fim do mangá. Confesso que não me contive e deixei algumas lágrimas cair enquanto estava lendo e comemorando com alguns fãs. É incrível como Naruto cresceu durante todos esses anos, atingindo muitas idades e cativando grande parte do mundo



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