Experiencias Sobrenaturais escrita por Alex


Capítulo 2
A minha macabra história.


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia Das crianças meus lindos, passei a manha toda escrevendo pra vocês como presentinho :) Adoro vocês



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Finalmente havia amanhecido, não aguentava mais ficar olhando para os furos que o teto tinha e os barulhos de água correndo por dentre os canos.

Deu a hora do café da manhã e fui correndo para acordar Marcelo, meu melhor amigo do orfanato.

Desci a beliche chutando a cara dele.

– Acorde Marcelo, pelo amor de Deus, tive novamente um pesadelo com aquele lobisomem. Acorda logo cara, o café já deve estar pronto.

–Café? Onde? – Falou Marcelo com os olhos entreabertos e num bocejo.

– É cara, levanta, vamos comer.

– Tudo bem já estou levantando – Disse ele se espreguiçando.

–Pessoal vamos levanta, está na hora do café, vamos- Disse a tia Lucy acendendo a luz, o que fez meus olhos arderem. E ao que parece, de todos os outros que estavam dormindo, pois acordaram aos murmúrios.

Pulei do beliche e arrastei Marcelo comigo até a cozinha.

– Vamos cara tenho que te contar tudo.

–Está bem cara, já estou indo.

E Assim seguimos, nós e todos os outros cincos meninos do orfanato, até a cozinha.

Todos bem sonolentos, acabaram de acordar.

Contei todo o meu sonho maluco para Marcelo, que já conheci minha história. Falando nela, contarei pra vocês o que aconteceu naquela noite, algo que queria esquecer. A noite em que meus pais foram mortos. Vivíamos em um campo, longe da cidade grande, porém não éramos desatualizados, só éramos pobres demais para ter uma casa na cidade.

Era uma casa pequena de madeira, rangia muito, mas eu já estava acostumado.

Parecia uma noite normal, não éramos a família perfeita, meus pais brigavam por quase tudo, mas as vezes se davam bem, e era uma noite em que eles estavam se dando bem.

Estávamos em frente à TV, que aliás era nossa única fonte de entretenimento e velha, assistindo algum programa de Auditório, não lembro o nome, também não importa.

Eu minha mãe e meu pai, estávamos no mesmo sofá, entretidos com aquele programa.

Foi quando me levantei para buscar um copo de agua, estava morrendo de sede. O Bebedouro ficava ao lado de uma janela enorme, e agora escura, pois a casa era pouco iluminada.

Peguei o copo de vidro da prateleira ao lado, coloquei no bebedouro e comecei a enche-lo de agua, encarando aquela janela, sempre me pareceu muito assustadora a noite, quase tudo ficava praticamente na penumbra.

Após alguns minutos encarando a janela, percebi que a agua já estava a escorrer em minhas mãos. Parei imediatamente de aperta a torneira, e segui com o copo até a minha boca, com os olhos sempre fixos na janela, mesmo tendo que levantar a cabeça pra água descer mais fácil pela minha garganta.

A vasta escuridão me deu um arrepio, quando de repente, foi que eu vi, um vulto, algo negro, encurvado, e muito rápido.

Deixei o copo cair e se estraçalhar no chão da cozinha. Meu pai brigou comigo e minha mãe me fez limpar a sujeira.

Fiquei um pouco assustado por alguns instantes, mas ignorei, falando para meu cérebro de que não houve nada lá, apenas ilusão minha.

Após terminar de arrumar aquela bagunça, me aconcheguei no sofá ao meio, entre meu pai e minha mãe. Me sentia mais seguro assim.

Foi quando ouvimos barulhos de passadas, ao fundo do quintal, de onde tinha visto o tal vulto.

– Tem alguém vasculhando o meu quintal! – Disse meu pai já se levantando.

–Deve ser só o vento, não vai lá não. – Disse eu puxando seu braço de volta para o sofá, porém já era tarde demais.

Ele seguia para o fundo do nosso quintal com a espingarda que guardava com honra em sua parede.

–Quem está ai!? – Berrou meu pai

E minha mãe se agarrando na coberta enquanto eu seguia meu pai de perto.

– A última vez que repito. Quem está ai?

A sala foi tomada por silencio e expectativas por alguns instantes.

–Tudo bem, estou indo ai

Meu pai caminhou lentamente pelo o corredor da casa. Cada vez mais perto da porta de madeira, já entreaberta.

Pisamos o pé para fora de casa, olhamos pra um lado, e para o outro, não havia nada

– Não tem ninguém aqui, pensei... - Meu pai tentou terminar a frase, mas não conseguiu. Tinha visto aquele vulto se aproximar de meu pai. O ser estava escondido em algum lugar atrás dos arbustos.

–Pai, cuidado, atrás de você !! – Usei todas as minhas forças para gritar, em vão. A estranha criatura já havia atravessados suas enormes garras sobre o estomago de meu pai.

Minha mãe e eu ficamos paralisados olhando aquela criatura que virou e soltou uma coisa que me lembrava um uivo, em direção a lua. Gritei tanto que atraiu a atenção daquele monstro para mim que começou a correr atrás de mim. Sai correndo puxei minha mãe pelo braço, ela estava completamente paralisada agarrada ao cobertor e chorando. Quando a puxei ela pareceu ter acordado daquele transe.

Corri em sua frente, me arrependo disso.

Em nossa porta, de madeira e esturricada, havia um degrau, que, no momento do desespero era esquecido.

Passando pela porta tropecei no degrau, mas consegui me equilibrar sem cair

–Mãe cuidado com o degrau!

Minha mãe, chorando, desequilibrada, e em um desespero total, parecia não ter me escutado e tropeçou na escada.

O Bicho estava logo atrás, aqueles olhos vermelhos, e pele peluda, me enchiam de medo.

Ele olhou em meus olhos, senti aquele arrepio na espinha novamente, era como se ele estivesse lendo meus sentimentos. Logo em seguida ele olhou para minha estirada no chão, que estava desacordada por ter batido a cabeça em um pedregulho que havia ali.

– Deixe minha mãe em paz!

Ele olhou novamente para mim, não entendeu ou fingiu não entender o que eu disse, olhou novamente para minha mãe, aproximou seu focinho, ou seja lá o que for aquilo, até o pescoço dela, e pareceu cheira-la por um momento

Mas, de repente, abriu sua boca e começou a devora-la, pedacinho por pedacinho, e parecia estar sentindo prazer ao fazer isso.

– Nãaaaao! Seu Monstro – Gritei para ele, chorando, paralisado, observando minha mãe morrer sem poder fazer nada.

–Socorro, alguém me ajude.

O bicho correu até o lugar que eu estava, não consegui me mover, sentir seu bafo em minha cara, aqueles olhos vermelhos olhando diretamente aos meus assustados.

Baforou três vezes em minha cara, enquanto olhava em minha cara, tive a certeza de escutar outra voz em meu pensamento, “Eu me vinguei, agora vingue-se você”. Se virou e correu pela mata.

Escutei um uivo algum tempo depois.

Corri até minha mãe, que mesmo toda arranhada e depois de ter perdido muito sangue, conseguiu sussurrar algumas palavras.

– Passado.... Pai... Lobos...

–Calma mãe, respira vou buscar ajuda.

Mas já era tarde, ela havia morrido em meus braços.

Aquelas palavras não faziam sentido algum para mim.

Minha estava morta em meus braços, seus sangues escorrendo de seus cabelos a minha mão e meu colo.

–Alguém me ajude pelo amor de Deus – Tentei gritar com a voz embargada.

– Pelo amor de Deus, alguém?

Felizmente, havia alguns caçadores por perto que me ouviram e vieram correndo.

Suas roupas eram esquisitas, de peles de animais, mas quem sou eu para discutir esquisitices agora.

–Meu Deus, o que aconteceu aqui menino

E agora, se falece que tinha visto um Lobisomem, provavelmente me chamariam de louco, tenho que mentir.

–Fomos atacados por um urso. – Ele matou meu pai... Na cozinha, e dilacerou minha mãe... –Falei em choros e Berros

– Vamos chamar o controle de animais e a polícia, acalme-se, vai dar tudo certo

Depois que a polícia chegou dei a eles a mesma versão que dei aos caçadores, depois de alguns meses, aos 15 anos, fui para um orfanato, o que é melhor que um sanatório, ou a prisão.

Marcelo ficou de boca aberta quando terminei de contar.


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