Quando chegamos à casa dos Potter, Alvo já foi direto pro banheiro e eu e as meninas fomos pro quarto que a Senhora Potter tinha arrumado para nós. Emily não parava de tagarelar e eu me perguntava o que ela estava fazendo lá. Ela estava falando tanto que eu nem tinha percebido que a dor do meu pé tinha sumido. Nem sei se era de tanto remédio e poções que eu tomei, ou que a falação da Emily me fez preocupar mais com quando ela calaria a boca do que com uma simples dor.

Quando Alvo saiu do banho ele e os outros garotos se juntaram a nos, e felizmente Mercedes, Penélope e Ivy tinham chegado também.

_ Olá pessoal, como estão? – disse Mercedes

_ Emily o que você faz aqui? – perguntou Penélope sem esconder sua cara de reprovação

_ Eu fui convidada, só que ao contrario de vocês eu pagarei pelo meu ingresso. – respondeu Emily – Quando o Alvo falou com a Rosie eu animei a ir pro jogo, dai eu pedi pra ele reservar o meu ingresso, entendeu?

_Ou seja, você auto se convidou? – disse

_ Não o Alvo me chamou! – respondeu Emily

_ Eu chamei por educação. – disse Alvo

_ Coitada da garota gente! – reclamou Rosie

_ E deixa-a e seja bem vinda a nossa casa – disse Lysander

_ Nossa casa? – perguntou Scorpius – Achei que a mansão fosse dos Potter.

_ O que é do tio Harry é nosso – respondeu Lysander

Ficamos sentados conversando até que a voz da senhora Potter, fez a alegria pros nossos ouvidos.

_ Crianças a comida tá na mesa!!

_ Graças ao bom Merlin!! – gritou Lysander – Minha lombrigas que estavam praticando canibalismo umas com as outras.

_ Que nojo!! – falei passando por ele

_ Amor você tem lombrigas? – perguntou Mercedes

_ Devo ter, se não eu não teria tanta fome. – ele respondeu fazendo todos rirmos.

Jantamos e fomos para a sala, os meninos foram jogar xadrez e eu e as meninas ficamos conversando um pouco. Do nada os meninos começaram a discutir e Alvo se levantou, e se sentou ao meu lado.

_ Acorda Alvo, não está vendo que nós estamos conversando? – disse Rosie bem nervosa

_ Pensei que eu pudesse entrar no assunto. – ele respondeu com um meio sorriso

_ Não aqui e papo de garota, some! – disse Ivy

_ Suas chatas!! – ele disse se levantando e indo em direção a cozinha.

Depois de algum tempo ele voltou e ficou parado na porta, encarando alguma coisa, mais sem demonstrar muito interesse pro que via.

_ Gente pra vocês que ficam eu vou dormir! – disse Alvo depois de um tempo parado na porta – Boa noite e não sonhem comigo.

_ Boa noite maninho. – disse Lily – Durma bem, porque o pomo que você pegar amanhã tem que ser meu, está ouvindo.

_ Tudo bem Lily, eu te dou o pomo. Mais só se o meu presente de aniversario for bem grandão. – ele respondeu subindo as escadas – Megan sobe aqui!! – gritou da parte de cima.

_ Hummm... vão da uma namoradinha antes da meia noite né Meg – falou Mercedes com uma cara de palhaça.

_ Logico que não. – respondi

_ Qual é Megan, não precisa ficar negando. Todo mundo aqui sabe que namorar antes de pegar no sono é uma delicia. – disse Lysander

_ Vocês são um bando de idiotas maliciosos!! – falei enquanto saia pela porta

Quando cheguei ao quarto de Alvo ele estava sentado na cama do lado oposto ao da porta, quando me viu bateu a mão no colchão num ato de me convidar a se sentar. E me aproximei e sentei na beirada da cama. E fiquei o encarando por alguns minutos, até que ele resolveu quebrar o silencio.

_ Megan? – ele começou – Eu nem sei como te falar uma coisa dessas.

_ Que tipo de coisa Alvo? – perguntei no mesmo instante – Você não vai terminar comigo vai?

_ Meu Merlin é claro que não!

_ Então o que é?

_ Eu não vou ficar enrolando muito pra falar isso, mais é que por eu estar no time de quadribol profissional eles tem exigido um treino mais reforçado – ele disse com leves pausas em busca das palavras corretas – E eu recebi uma proposta que sinceramente, fez com que minha mãe ficasse muito empolgada. Ela disse que isso é uma coisa única, uma unica chance sabe.

_ E que proposta é essa? – perguntei

_ De eu me transferir pra Durmstrang!! – ele disse se deitando na cama e a julgar pela sua respiração aquilo parecia estar o corroendo – Lá eles levam o quadribol bem mais a serio, e o diretor de lá Victor Krum disse que pode me ajudar com isso.

_ Você tem que ver o que é bom pra você Alvo. – respondi com os olhos queimando de vontade de chorar e implorar pra ele não ir. – Não deve ficar pensando demais nos outros, ou o que eles querem pra você. A escolha é sua, a vida é sua!

_ Eu sei e foi exatamente por isso que eu decidi não ir – ele respondeu com um meio sorriso – Lá é muito diferente da minha vida, 75% dos alunos de lá são os vilões das historias, já eu cresci ouvindo falar da gloria do meu pai. E eu tenho o nome do melhor bruxo do mundo. Se eu ficar do lado oposto eu seria deserdado.

_ Como eu disse você tem que ver o que é o melhor pra você. – respondi – E claro que ao longo do tempo você vai ter perdas e também irá adquiri algo. Pense em você Alvo, nos seus gostos e em seus sonhos.

_ Eu pensei Meg e eu acho que eu estou fazendo tudo ao contrario – ele me respondeu encarando o teto como se a culpa de tudo fosse dele – Não acho que quadribol seja algo que eu deva dar muito valor, não mais. Depois que eu entrei nessa vida de vez eu estou pensando se isso realmente é pra mim. Acho que só vou continuar até fazer um ano depois eu vou trabalhar como auror. Essa vida eu acho que é pra mim.

_ Faça o que você achar melhor! Contando que não se esqueça de mim – eu disse deixando fugir um sorriso

_ Você é a única pessoa que eu não esqueço. A primeira coisa que eu pensei quando me mandaram assinar os papeis de transferência de escola foi em você. Eu lembro que depois que eu recusei eu disse “Não posso abandonar a Megan”.

_ Você é muito idiota!

_ Você me fez ficar idiota, quando eu era menor eu sempre dizia que todo mundo que estavam se amando se tornavam idiotas. E olha pra mim agora. Também faço parte do time dos idiotas.

_ Então você me ama?

_ Amo desde o terceiro ano – ele me respondeu sorrindo e me puxando para deitar ao seu lado.

Enquanto eu o observava, percebi que todo o meu mundo estava ali na minha frente, tinha no mínimo um metro e oitenta de altura e como se nada fosse bom o bastante ao que me parecia ele me amava de verdade. E fui tomada por um desejo estranho e avassalador de me aproximar o máximo possível, de me fundir a ele numa promessa de que eu jamais permitiria que nos separássemos.

Levantei da cama e sem dizer uma palavra tirei a blusa e a deixei cair no chão. Alvo e lançou um olhar curioso e eu devolvi seu olhar com a mesma intensidade. Não senti um pingo de vergonha, apenas a sensação de liberdade. Tirei a calça e a deixei que enroscasse aos meus pés, ficando exposta e vulnerável diante dele.

Alvo não disse nada, ficou em pé e imitou meus movimentos, deixando a camiseta e o jeans amontoados no chão. Aproximou-se de mim, e suas mãos percorreram minhas costas. Suspirei e me deixei mergulhar em seu abraço. O toque de sua pele na minha fez uma onda de calor percorrer meu corpo, e o abracei ainda mais forte.

Beijei seus lábios macios e passei a mão em seu rosto. Seu cheiro era puro e doce, e eu apertei meu peito contra o dele. Ficamos nos beijando por alguns minutos e Alvo me pôs deitada novamente na cama e jogou seu peso contra mim. Naquele momento não tinha um lugar onde seus lábios e suas mãos não tivessem percorrido no meu corpo. Apertei suas costas e ele deixou escapar um suspiro prazeroso, se apertando ainda mais contra mim. Alvo era a combinação perfeita de todos os sonhos de uma garota.

Até mesmo nesse momento ele estava sendo gentil. A respiração dele já estava bastante pesada, até que ele se afastou abruptamente e ficou me encarando.

_ O que foi fiz algo de errado? – perguntei , tentando me lembrar de tudo que eu tinha feito até o momento.

_ Não mais você tem certeza de que quer fazer isso? – ele disse

_ Tenho Alvo, eu quero que seja com você!

_ Tudo bem, mais não hoje! – ele me disse

_ Por quê?

_ Eu estou despreparado, e vai ser sua primeira vez. Tem que ser especial.

_ Vai ser especial só de ser com você. – respondi o puxando

_ Não Meg, você não está entendendo. Eu nem tenho camisinha. Eu sinto muito mais ser pai e o meu ultimo sonho. Mesmo que o filho seja com você, eu acho que nós temos mais umas coisas pra resolver antes disso.

_ É só conjurar um feitiço, qualquer coisa! – respondi com mais uma tentativa fracassada de trazê-lo de volta.

_ E outra coisa. Se fizermos isso hoje, imagine o que seu pai vai falar de mim se souber que na segunda vez que a filha dorme na casa do namorado ela engravida? – ele disse com um olhar pensativo, sem ligar para o que eu disse – Eu vou fazer 17 anos Megan, estou muito jovem pra morrer.

Eu ri

_ Então está bom – eu disse – Mais eu posso pelo menos dormir aqui com você hoje?

_ Pode mais eu vou ter que deixar a porta aberta, se não a minha mãe é quem vai pensar que eu vou fazer um neto pra ela com a porta trancada.

_ Okay!