Contos de Bleach escrita por Kuchiki Gaby, Larissa Prescott


Capítulo 4
4. Grimmjow João e Renji Maria


Notas iniciais do capítulo

Gaby: E ai meu povo? Prontos para mais uma história?
Espero que curtam, apesar desse capitulo ter fugido bastante da história original *-*
Boa Leitura!



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Grimmjow João e Renji Maria ~ (João e Maria)

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Ao pé de uma floresta do Rukongai havia uma pequena vila com algumas casas meio afastadas pela vegetação. Em uma dessas casas vivia um jovem chamado Grimmjow João, filho de um lenhador que havia se casado recentemente.

A madrasta de Grimmjow não gostava do menino, tal por suas madeixas e olhos da cor do céu, tanto pelo seu relacionamento com o garoto da casa vizinha, Renji Maria. Renji tinha quase a mesma idade de Grimmjow e morava com sua avó, uma senhora bem velhinha que já nem podia mais andar. Ele chamava atenção pela cabeleira escarlate, afinal quem não vai reparar num homem lindo e com um cabelo de fogo? Só se for retard...deixa.

As pessoas falavam mal de Grimmjow pelo vilarejo, achando que ele fosse uma má influencia para os outros garotos, tal pelo seu cabelo azul como pelos passeios que fazia ao lado de Renji pela floresta.

Opa.

Esses passeios eram suspeitos à vista do pessoal do vilarejo. Sabe como é né, fofoca de vila, bem assim. Eles saiam de manhã e voltavam só no fim da tarde, dizendo que foram pegar lenha, frutas ou treinar a caça. Mas a verdade é que Renji e Grimmjow iam até a floresta para ficarem juntos e outras coisas não muito descentes, já que aos olhos das pessoas aquilo era repugnante. Ainda bem que ela não viam mesmo, senão...

Além de fofoqueiros, essas criaturas são preconceituosas? Mas é muita sorte desses dois não?

Algum tempo depois, uma grande fome se alastrou pelo vilarejo. A seca nas plantações chegou, o trabalho dos lenhadores estava difícil e a maioria já passava necessidades. O pai de Grimmjow começou a se preocupar, dizendo a esposa:

– Meu Deus, e agora? – ele disse, suspirando. – O alimento que temos está acabando, o que faremos para que a gente não morra de fome?

– Bem, eu tenho uma boa ideia. - respondeu sua esposa. - Amanhã, bem cedinho vamos levar o Grimmjow para o lugar mais escuro e denso da floresta. Vamos fazer uma fogueira para ele e lhe dar um pedaço de pão, depois vamos trabalhar e os deixaremos lá. Ele não vai conseguir encontrar o caminho de volta.

– Não! - disse o homem. - Eu não quero fazer isso. Como poderia abandonar o meu filho na floresta? Os animais selvagens vão comê-lo.

– Oh, seu bobo! - Exclamou sua esposa. - Se não fizermos isso todos nós três vamos morre de fome. É isso o que você quer? – ela o pressionou. – Como desculpa, poderíamos chamar aquele ruivo com que o seu filho tem ‘amizade’. “E assim estaremos livres deles!” - ela vociferou em pensamento.

E a maldita não o deixou em paz até ele concordar. Morre diabo.

Renji estava no quarto de Grimmjow escondido, e ao ouvirem vozes conversando, ficaram atentos e escutaram toda a conversa.

– Grimmjow, o que nós vamos fazer, cara?

– Fique quieto Renji, antes que alguém te descubra. A coisa já está preta pra nós. - disse ele. - Não se preocupe, eu vou encontrar um jeito de nos livrar dessa enrascada.

Quando os pais adormeceram, Grimmjow levantou-se, vestiu-se e saiu sorrateiramente pela janela. A lua estava brilhante e as pedrinhas que estavam em frente da casa brilhavam como moedas de prata. Ele abaixou-se e encheu os bolsos com tantas pedrinhas quantas conseguiu carregar. Em seguida voltou para a cama. Ninguém trolaria Grimmjow, mas de jeito nenhum!

Na manhã seguinte, bem cedinho, uma hora antes do amanhecer, a mulher o acordou, sacudindo-o rudemente.

– Acorde, seu moleque preguiçoso. – ela vociferou. – Você não vai mais ter a vida boa de antes. Agora nós todos temos que ir para a floresta juntar lenha.

– Este é o seu café da manhã. – ela disse, lhe entregando um pedaço de pão. - Mas não o coma muito depressa porque vocês não vão ganhar mais nenhuma comida hoje. Fora isso, você pode se engasgar. – ela deu um sorriso de escárnio.

Mas que capeta de mulher é essa? Morre diabo.

– Vai chamar aquele seu amigo, ele vai junto. – ela suspirou. – Afinal eu tenho certeza que ele também precisa de lenha.

Grimmjow correu até a casa do ruivo, e o chamou. Assim que se viram, colocou os dois pedaços de pão nos bolsos de Renji, porque os bolsos dele estavam cheios de pedrinhas, e em seguida eles foram juntos para a floresta.

Durante todo o percurso, Grimmjow tinha na verdade ficado alguns passos para trás a fim de poder marcar uma trilha com as pedrinhas que tinha escondido no bolso. Uma por uma ele foi deixando as deixando cair no chão.

– Agora vocês dois vão apanhar um pouco de lenha, que eu vou fazer uma fogueira para que não fiquem com frio. – o pai de Grimmjow disse, ao chegarem no meio da floresta.

Grimmjow e Renji, juntos, fizeram como ele disse e logo juntaram uma pilha de lenha tão alta como um morrinho. O homem acendeu uma fogueira. O tempo de as chamas ficarem altas foi o tempo de começar a escurecer.

– Meninos, sentem-se junto ao fogo e descansem. Nós vamos mais para dentro da floresta, para cortar árvores. Quando terminarmos, vamos voltar para buscá-los. – disse a mulher, parecendo até amável.

Quem não conhece que compre esse ser desprezível. Se bem que nem de graça isso presta...

Grimmjow e Renji sentaram-se perto do fogo e ambos comeram os seus últimos pedaços de pão. Durante esse tempo todo eles ouviam o som do machado, pensando que o pai de Grimmjow não devia estar muito longe. Mas o ruído não era de um machado, era somente um galho que o pai havia amarrado a uma árvore, e que estava se do soprado para trás e para frente pelo vento.

Eles aproveitaram a deixa para ficarem juntos. Trocaram alguns beijos e carinhos ali mesmo. A sensação de perigo eminente era a melhor parte. Ui. Depois de algum tempo, aconchegados um no outro, deixaram que os olhos se fechassem de cansaço e eles caíram num sono profundo.

Quando finalmente acordaram já estava escuro. Renji ficou um pouco preocupado, pensando em como voltariam para casa, já que, tinham consciência das intenções dos pais de Grimmjow.

– Como vamos encontrar o caminho para sair da floresta? – Renji perguntou.

– Espere até a lua aparecer. - respondeu Grimmjow, abraçando-o. - E então vamos encontrar nosso caminho de volta.

Pelo menos alguém é espertinho nessa história.

Assim que a lua surgiu, eles seguiram a trilha de pedrinhas que brilhavam como moedas de prata e indicavam o caminho de casa. Estava quase amanhecendo quando eles chegaram ao vilarejo. Eles bateram na porta e quando a mulher abriu e viu que era Grimmjow e Renji, ela bufou, raivosa. Rapazes 1, Madrasta 0. Chupa essa.

O pai ficou contentíssimo de vê-los e recebeu-os com alegria em casa. Mas não demorou muito e, outra vez, eles escutaram a mulher se queixar ao pai.

– Nós só temos metade de um filão de pão e depois que terminar não vai ter mais nada para comer. Temos que nos livrar desses dois. Vamos levá-los ainda mais para dentro da floresta, assim eles não vão conseguir encontrar o caminho de volta. Não há outra solução."

O pai ficou com o coração partido e pensou que era melhor repartir o último pedaço de pão com o filho, e até com Renji em vez de mandá-los para longe, mas a mulher não queria saber disso e começou a ralhar até que ele finalmente cedeu outra vez.

Quando os pais estavam adormecidos, Grimmjow, que já estava disposto a aprontar com essa mulherzinha de uma figa, se levantou e foi juntar pedrinhas de novo, mas dessa vez a janela estava travada de uma forma que nem com a ajuda do ruivo eles não conseguiram abrir. E agora, como ia ser?

– Não se preocupe, eu vou encontrar um jeito de nós livrarmos de voltarmos. – Grimmjow disse, irritado.

De manhã cedo a mulher fez os dois se levantarem da cama e deu a cada uma apenas um pedacinho de pão, menor ainda que da ultima vez. Eles ficaram pensando no que fazer, até que, Renji teve uma grande ideia. Uma grande ideia pra ele né, tadinho.

– Grimm. – ele cochichou. – Já que não temos pedras, use o pão!

Ele sorriu, ao ouvir aquela solução. Enquanto iam pela a floresta, ele seguia devagar, deixando cair no chão, as migalhas tiradas do pão que ele tinha no bolso.

Eles foram levados cada vez mais para dentro da floresta, onde nunca antes na vida tinham estado. Tal como da primeira vez, o pai fez a fogueira grande, e a mulher veio com a mesma ladainha de que voltariam para buscá-los. Só que não, e dessa história já estavam cansados. Não seriam feitos de besta de novo.

Ao meio-dia, Renji dividiu o seu pedaço de pão com Grimmjow, já que o mesmo tinha esmigalhado o seu pedaço de pão no caminho, em seguida eles adormeceram. Eles só acordaram quando já estava escuro e ninguém veio buscá-los, como já previam.

Como da outra vez, quando a lua surgiu eles se levantaram, mas não conseguiram encontrar nenhuma migalha porque os pássaros da floresta tinham comido tudo. Não era possível, era muito azar! Só porque o Renji teve uma boa ide...Que no fim deu errado né.

– Não faz mal, nós vamos encontrar o caminho de volta sozinhos. – disse Grimmjow irritado.

Não ia deixar aquela megera ter vitória sobre eles. Voltariam para o vilarejo a qualquer custo. Mas eles não conseguiram encontrar o caminho. Andaram a noite inteira e até o dia seguinte, desde nascer até o pôr do sol, sem poderem encontrar o caminho para fora da floresta. Eles estavam com muita fome, pois só tinham comigo algumas frutas silvestres que cresciam a beira do caminho. Finalmente eles estavam tão cansados que suas pernas não conseguiam mais levá-los, por isso deitaram-se embaixo de uma árvore e adormeceram.

No dia seguinte eles tentaram outra vez encontrar o caminho de casa, mas cada vez eles iam entrando mais e mais para dentro da floresta.
Perto do meio-dia, eles viram um lindo pássaro, branco como a neve, empoleirado num galho e cantando tão bonito que os rapazes quase esqueceram a fome quando pararam para escutar.

Em seguida o pássaro abriu asas e voou para longe. Eles seguiram o pássaro até uma casinha. Quando chegaram mais perto eles viram com espanto que a casinha era feita totalmente de comida.

– Isto é exatamente o que nós precisamos! - disse Renji. - Nós vamos fazer uma boa refeição disso. Eu vou começar pelo telhado.

Renji subiu no telhado e quebrou um pedaço, enquanto Grimmjow começava a lamber as janelas. Ao observar dentro da casa, estava meio escuro lá dentro.

– Quem está comendo minha cabana? – uma voz suave veio do lado de dentro da casa.

Eles continuaram a comer sem pensar, pois ainda estavam com muita fome. Renji, que havia gostado do sabor do telhado, arrancou um pedaço grande dele e Grimmjow empurrou para fora uma vidraça inteira e começou a mordiscá-la. De repente a porta abriu-se e um homem saiu de lá. No mesmo minuto os dois rapazes pararam de comer.

– Mas olha só. – ele sorriu. - Como rapazes tão bonitos como vocês conseguiram chegar até aqui?

– Nós estávamos perdidos na floresta. – disse Grimmjow, meio desconfiado.

– Entrem e fiquem comigo em minha casa. Vocês vão gostar daqui. – Eu me chamo Aizen, e vocês?

– Eu sou o Grimmjow e ele, Renji.

Eles adentraram juntos na casa. Ali Aizen deu-lhes uma refeição deliciosa - leite e panquecas com açúcar, maçãs e nozes. Em seguida ele preparou uma cama para os dois e eles logo caíram num sono profundo, pensando que estavam no céu.

Ora, esse tal Aizen parecia ser muito bonzinho, mas na realidade ele era um bruxo que apanhava e ‘comia’ rapazes e moças. É, nesse sentido mesmo. Ele tinha construído a sua casa com comida para atrai-los. Quem resistiria a uma casa feita de comida no meio de uma floresta densa? Em seguida ele os preparava devidamente até ficarem prontas para serem ‘comidas’. Meu Deus, o que seria deles agora, na mão de um ninfomaníaco desses? Oh God.

Na manhã seguinte ele acordou Grimmjow, agarrou-o e levou-o para um pequeno quarto, onde trancou o rapaz atrás de uma porta, com grades que serviam de janela. Em seguida ele se voltou para Renji e o sacudiu até acorda-lo.

– Levante-se, ruivo. - ele gritou. - Vá pegar um pouco de água para eu poder cozinhar algo gostoso para o seu amigo. Ele está no quartinho e tem que se alimentar bem. Ele está muito fraco e magro, desse jeito ele não vai aguentar o tranco. Assim que ele tiver se revigorado, vou comê-lo.

Deste dia em diante, todas as manhãs Aizen caminhava até o quartinho para ver como Grimmjow estava. Ele obrigava Renji a cozinhar e levava aquela bela pratada de comida para o outro, dizendo:

– Grimmjow, estique o seu dedo para fora para que eu possa ver se você está mais fortinho.

Mas ele, que era muito esperto, esticava um pedacinho de osso que ele tinha encontrado no chão e, devido ao fato de que Aizen não enxergava bem, ele pensava que era o dedo do rapaz e ficava surpreendido que ele não tivesse se revigorado nem um pouco.

Quatro semanas passaram-se dessa maneira. Grimmjow, continuava a engana-lo com sua falsa magreza até finalmente a impaciência dele dominou-o. Um dia ele decidiu que já não podia mais esperar. Precisava devorá-lo.

Meu Deus, mas que carinha esfomeado!

– Se apresse Renji. Deixe a cama pronta. - ele ordenou. - Tanto faz se Grimmjow está revigorado ou não, eu vou comê-lo amanhã mesmo.

Eiiita Lasqueira, isso é que é querer.

– Poupe-me de seus lamentos. - disse ele. - Isso não vai ajudá-lo em nada.

Na manhã seguinte o ruivo teve que trocar as fronhas e lençóis, e deixar tudo bem esticadinho para Aizen.

– Primeiro vamos fazer testar a cama. - disse ele, empurrando Renji em direção à cama. – Quero que você teste ela agora mesmo.

Renji juntou toda esperteza que tinha dentro de si e concluiu que, uma vez na cama, Aizen iria dominá-lo e ‘comê-lo’ também, por isso ele coçou a cabeça num gesto típico, que aparentou estar perplexo.

– Eu não consigo imaginar como posso fazer isso.

– Ora, seu palerma, estúpido! - disse ele. – Esta é a coisa mais fácil de se fazer, até eu consigo!

Ele se jogou de bruços na cama. Renji imediatamente pegou um travesseiro e o sufocou até a morte. Em seguida ele trancou a porta com todas as trincas que conseguiu. Parece que temos um salvador da pátria! Então ele correu depressa até a masmorra, pegando as chaves que estavam penduradas e abriu a porta do quartinho.

– Grimmjow, nós estamos livres! Aizen está morto!

Eles então se beijaram e se abraçaram alegres! Em seguida já que não tinham mais nada a temer, eles percorreram a casa toda onde encontraram todas as riquezas que ele possuía. Rindo parecendo dois retard...Errh... duas crianças juntaram todo o tesouro que conseguiram carregar, enchendo os bolsos. Mas não perde o costume de encher os bolsos, né ruivo?

– Agora vamos embora depressa. Tenho certeza que nós conseguiremos encontrar o caminho para fora desta droga de floresta. - disse Grimmjow.

Depois de terem andado pela floresta durante uma ou duas horas e parado para descansar, eles começaram a andar outra vez. À medida que caminhavam, a floresta ia se tornando mais familiar e os rapazes começaram a ver coisas que já podiam reconhecer. Finalmente eles comemoraram em alegria quando viram a clareia o de estava o vilarejo. Eles irromperam dentro da casa de Grimmjow, ode seu pai estava sentado de frente ao fogo.

O homem ficou extasiado ao ver o filho são e salvo. Ele não tinha tido um momento de paz dede que havia deixado os para trás na floresta. E agora sua esposa já tinha morrido, graças a Deus!

Renji esvaziou o bolso e toda aquela dinherama que juntou se espalhou pela sala. Grimmjow fez o mesmo. Finalmente todas as suas preocupações haviam terminado. Também né, o que um bolo de dinheiro não resolve? Não preciso nem dizer que daquele dia em diante a família nunca mais passou fome né?!

Grimmjow revelou ao pai o que sentia pelo ruivo, e que se tivesse seu consentimento, queria que Renji pudesse morar com eles. O lenhador, vendo a alegria brilhando nos olhos do filho, não recusou o seu pedido, completando que estava satisfeito com a presença do ruivo ali. Desde então, Renji passou a morar com Grimmjow e seu pai pelo resto de seus dias. E de vez em quando, ainda se escutavam os murmurinhos pelo vilarejo. Mas isto é outra historia!

E viveram felizes para sempre!


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Notas finais do capítulo

Gaby: E então, capitulo aprovado?
Deixem seus comentários ;)
E leitores anonimos, eu sei que vocês estão ai, escrevam para nós n.n Contamos com vocês para continuar :3
Beijos e até sexta!



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