Contos de Bleach escrita por Kuchiki Gaby, Larissa Prescott


Capítulo 3
3. Renji e a Lâmpada Maravilhosa


Notas iniciais do capítulo

Gaby: E ai minha gente? Prontos para mais uma história? Esperam que curtam ~
Desculpem qualquer erro n.n
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551151/chapter/3

Renji e a Lâmpada Maravilhosa ~ (Aladdin)

.

Na região do Rukongai, bem próximo a capital Seireitei, vivia um rapaz chamado Renji. Andava pobremente vestido e passava os dias correndo descalço pelas ruas com outras crianças marotas. O pai e a mãe tinham morrido e ele morava com uma garota chamada Rukia, de quem ele cuidava como irmã. Ela ganhava a vida fiando desde o amanhecer até o entardecer.

Uma tarde, quando estava brincando numa Praça do Seireitei, um homem se aproximou dele. Era um desconhecido e, embora Renji não soubesse, um grande mago assassino, usando seus poderes para a ganância e a violência. Ele era alto, forte, tinha uma cabeleira farta e displicente, meio envolvida no turbante e usava um tapa olho. O homem se apresentou como Zaraki.

Ninguém ensinou ao moleque não devia falar com estranhos?

– Você gostaria de ser rico? - ele perguntou ao rapaz.

– É claro! – disse Renji. - Mas para ganhar dinheiro à gente precisa trabalhar, e eu prefiro brincar.

É né, quem não queria ser rico sem trabalhar? Só o Brasil todo. Só o mundo.

– Trabalhar? Que ideia! – Zaraki sorriu. - Faça como eu e terá mais tesouros que um rei!

Renji acreditou nas palavras do mago e foi com ele.

Ninguém ensinou esse moleque a não ir com estranhos?!

Primeiro o homem levou Renji a um mercador de roupas, onde lhe comprou um traje magnífico: uma jaqueta bordada com fio de ouro, um par de sapatos e um chapéu de pele. Aquelas vestes realçavam a beleza do garoto, que tinha o rosto emoldurada por uma farta cabeleira ruiva. Ele realmente estava se sentindo bonito e importante. Naquele tempo, apenas as pessoas ricas se vestiam assim. E suas roupas, não passavam de farrapos peto daquela.

– Isto é porque você precisa estar apresentável para entrar no lugar onde vou levá-lo. - disse o mago, enquanto Renji admirava o traje.

Eles caminharam por um bom tempo, até cruzarem a cidade inteira. Quer dizer, o cara era rico e não tinha nem a droga de um cavalo? Quando chegaram ao campo, eles finalmente pararam, bem ao pé de uma montanha. Renji olhou para o enorme jardim ao redor, cheio de arbustos e ficou intrigado.

– Será que é preciso se vestir assim, todo chiquetê para vir até aqui, no meio do mato? - ele perguntou.

– Espere e veja... - respondeu Zaraki.

Então, sem se apressar, ele começou a acender um fogo, onde salpicou incenso tirado de uma garrafinha de vidro. Uma fumaça azul cobriu o céu enquanto ele gritava:

– Desça, espirito fiel, e revele seu segredo!

De repente, Renji sentiu o chão tremer aos seus pés e ficou amedrontado. Além de assustador, o cara ainda era macumbeiro? Estava começando a ter um mau pressentimento. Pulou para trás e ali, na sua frente, o chão se abriu. Onde o chão se abriu tinha uma pedra quadrada com um grande anel de ferro preso.

– Agora é sua vez de brincar. - disse Zaraki. - Esta pedra é mágica, e você é o único que pode levantá-la. Debaixo dela você encontrará um pomar encantado.

– É pesada demais! - Renji se queixou, ao tentar puxar o anel. Estava começando a ficar com duvidas a respeito de tudo aquilo.

– Escute. - disse o homem. - Se você disser em voz alta o nome do seu avô e do seu pai ao mesmo tempo em que puxar o anel, você não terá nenhuma dificuldade para levantar a pedra.

O rapaz fez como ele disse... E levantou a pedra. Mas em vez de um pomar, ele viu uma caverna escadaria que dava para uma caverna escura. Ele se arrepiou todo.

– O pomar fica muito mais longe. – Zaraki explicou. - Primeiro você precisa descer a escada, em seguida atravessar três salões e finalmente sair por outra escada. Como você pode ver, a escada é estreita demais pra mim. Somente você consegue passar por ela. Mas tenha cuidado para não encostar nas paredes á medida que for andando, senão você será atingido por um raio!

Renji estava com medo, mas o mago lhe deu um anel e disse: - Isto vai servir como um talismã para protegê-lo. Se você fizer como eu disse, não terá o que temer. A segunda escada leva ao pomar, onde você pode pegar todas as frutas que quiser. Mas a coisa mais importante que eu quero é uma lâmpada pequena escondida num lugar secreto na parte de trás do pomar. Traga-a para mim!

Agora o bagulho tinha ficado sério.

Renji hesitou, mas o homem o empurrou para dentro. Ele desceu as escadas devagar, passo a passo, apertando as roupas contra o corpo, com medo de tocar em algo e ser atingido por um raio. Do jeito que era desastrado e azarado, duvidava que fosse sair ileso daquele lugar.

Quando chegou ao fundo da escada, atravessou os três salões sem nenhuma dificuldade, dando graças a Deus. O último deles dava para o começo da segunda escada. O ruivo começou a subir essa escada e viu uma luz que vinha de cima. Animado, começou a andar mais depressa...

Quando chegou ao topo, ele se encontrou em um jardim fantástico com centenas de árvores cheias de frutas que brilhavam! No entanto, essas frutas não eram para comer: as árvores estavam cheias de pedras preciosas, diamantes cintilantes, rubis maravilhosos e perolas magníficas.

Oh God. Era o paraíso?!

O pobre Renji pensou que as frutas fossem de vidro, como a bijuteria barata que Rukia usava. Mesmo assim, ele decidiu pegar algumas para ela e começou a encher os bolsos. Mas só para não perder o costume. Nesse momento ele viu a lâmpada em cima de uma rocha côncava e se lembrou da razão de sua visita. Parou de pegar as frutas e correu na direção dela.

Lâmpadas como aquela havia aos milhares em todo o oriente naquele tempo e Renji não entendeu porque o mago queria aquela particularmente. Se o homem tinha dinheiro para lhe comprar aquelas roupas bacanas, podia comprar dezenas de lâmpadas como aquela. Porque ele queria exatamente aquela, que estava no fundo de uma desgraça de buraco escuro? Quando pegou o caminho de volta, encontrou o desconhecido onde o tinha deixado.

– Você pegou a lâmpada? Ótimo! – Zaraki escancarou um sorriso, e estendendo a mão para o rapaz completou. - Agora me de a lâmpada. Será mais fácil para você subir os últimos degraus estreitos sem ela.

O ruivo percebeu que os olhos do homem brilhavam com tanta ganância que ficou desconfiado.

– Não, obrigado, eu consigo passar sem dificuldades! - ele respondeu, enfiando a lâmpada embaixo do braço.

Zaraki insistiu, mas quando viu que não conseguiria persuadir o rapaz tão facilmente, ficou muito zangado.

– Como se atreve a me desobedecer moleque? - disse ele furioso. - Você vai pagar caro por isso!

Ele despejou o restante do conteúdo da garrafinha de vidro sobre o fogo e pronunciou umas palavras que fizeram o chão tremer. Antes que Renji pudesse dar mais um passo, a entrada fechou-se. O rapaz correu o mais rápido que pode de volta ás escadas que levavam ao pomar, mas aquela passagem também estava fechada. É a coisa tinha ficado preta para ele. Preta mesmo, já que o lugar era todo escuro.

– Eu caí como um rato numa ratoeira! - disse o ruivo desesperado, gemendo em lágrimas nos degraus da escadaria.

Certo de que estava destinado a morrer sozinho naquele buraco escuro, Renji adormeceu. Por quanto tempo? Difícil dizer já que lá não entrava a luz do dia. Quando acordou estava mais morto de fome do que já era e com muito frio. Esfregou as mãos para aquecê-las e ao fazer isso esfregou o anel que Zaraki havia lhe dado.

Não foi necessário esfregar muito para que, de repente, uma figura surgisse do chão. Com as mãos dobradas, cabelo negro e espetado e... Espera? O que era aquilo no rosto dele? Números? Mas porque diabos alguém tem um seis e nove pintado na cara? Vai entender né.

– Eu sou o gênio do anel e, me chamo Hisagi. – ele disse. – Seu desejo é uma ordem. O que deseja?

– Quero sair deste lugar! – exclamou Renji.

Assim que ele fez o desejo, este foi satisfeito. O gênio desapareceu e a caverna se abriu. Renji ficou contentíssimo e pulou para fora, livre como um passarinho. Então, sem perder mais tempo, correu para casa.

– Renji, seu ruivo idiota! – Rukia gritou, em alegria. - Pensei que estava morto! Onde esteve este tempo todo?

O ruivo contou à Rukia o que lhe tinha acontecido e mostrou-lhe a lâmpada, assim como as pedras preciosas. Ela também pensou que eram de vidro. Não pensaram mais nas pedras e as colocou numa caixa onde ficaram esquecidas. Mas tinha que ser o Renji. Mal tinha o conhecimento de que estavam ricos!

Gentinha sem cultura, viu.

Quanto à lâmpada, decidiram vendê-la. Renji estava mais esfomeado do que nunca e havia devorado toda a comida que tinha na casa. Com o dinheiro da venda, poderia repor o que o saco sem fundo comeu. Ela pegou um pano e começou a polir a lâmpada... Mas dois segundo depois Rukia deixou o trapo cair no chão e olhou fixamente para a lâmpada. Deixou um grito escapulir quando se deparou com a figura extraordinária a sua frente. Ele era alto, forte, tinha os cabelos e olhos azuis celestes. Era bonito, mas parecia irritado, como se os dentes grandes que carregava na lateral do rosto fossem atacar a qualquer momento. Logo Renji apareceu, tentando entender o que um homem bonito daqueles fazia na sua cozinha.

– Eu sou o gênio da lâmpada e me chamo Grimmjow. – ele disse. – Digam-me quais são os seus desejos e eles serão satisfeitos.

De novo essa história?!

Renji arregalou os olhos, falando primeiro: - Queremos algo para comer! Ainda estou faminto!

Assim que ele fez o desejo, este foi satisfeito. O gênio trouxe pão, duas garrafas de vinho e todo o tipo de comidas deliciosas, servidas em baixelas de prata. Havia o suficiente para pelo menos quatro refeições! Nunca tinham visto tanta comida na vida, então os dois se fartaram de tanto comer, sob os olhos do gênio.

Logo Rukia foi para seu quarto descansar, já que depois toda aquela comida, estava sentindo um sono incontrolável. Grimmjow ainda estava encostado na mesma parede, observando Renji insinuar fazer o mesmo.

– Eu posso satisfazer o meu amo em mais alguma coisa agora?– o gênio se aproximou do rapaz.

– Hmm... Eu acho que não, obrigada. – o ruivo deu um passo para trás.

– Tem certeza? – Grimmjow o puxou pela borda das calças, aproximando-o de si.

Não conseguia parar de observar o seu mais novo amo. Ele era tão bonito e chamativo, apesar de jovem. Ele estava ali, totalmente disposto, querendo que o ruivo desejasse que ele o satisfizesse.

– Bom... – agora o tonto... Quer dizer, o ruivo começava a entender. Ele também achara o homem bem atraente. Por que não? Já começava até a sentir um calor repentino e certo incômodo nas pernas.

Deu um pequeno sorriso para o gênio. Pra bom entendedor, meia palavra basta. Ou um sorriso.

Acredite, naquela noite Renji dormiu com a fome completamente saciada. Nos dois sentidos. E agora que eles sabiam como fazer o gênio aparecer, podiam pedir tudo o que quisessem. Um leve toque com um pano na lâmpada da felicidade e, dois minutos depois, o jantar estava pronto! Eles ainda não tinham dimensão dos poderes do gênio Grimmjow, já que só sabiam pedir por comida. Eita povinho esfomeado!

Logo eles tinham mais pratos, garfos e colheres do que precisavam e, sem saber o que fazer com tudo aquilo, decidiram vendê-los. Os talheres eram de prata e foram vendidos por um bom preço. Pelo menos, Renji e Rukia tinham encontrado uma boa forma de ganhar a vida sem se cansarem. Finalmente eles iam tirar a barriga da miséria!

O gênio da lâmpada os manteve bem de vida por muitos anos. Á medida que crescia, Renji foi perdendo a atitude preguiçosa e começou a se interessar em aprender coisas novas. Os mercadores ricos com quem fazia negócio lhe ensinaram boas maneiras e a arte de fazer a distinção entre diamante e vidro.

Oh God!

Finalmente ele compreendeu que as frutas coloridas do pomar eram pedras preciosas e que ele e Rukia eram, na verdade, ricos! Ele ainda estava contando toda a sua riqueza e procurando saber como gastá-la, quando algo aconteceu, interrompendo seus pensamentos: Byakuya, o filho do sultão Kuchiki Ginrei, e um príncipe muito bonito, passou por perto de sua casa.

Seguida pela criadagem, ele foi até as fontes termais, encontrar-se com algumas pessoas. Ele era famoso pela sua grande beleza, mas com um véu sobre o rosto, tornava meio impossível verificar se era verdade. Renji, intrigado pelo princípe, seguiu-o em segredo. Quando chegaram lá, o ruivo se escondeu atrás de uma porta e ficou observando o príncipe atentamente. Quando ele tirou o véu, o jovem viu o rosto mais lindo que já tinha visto. Em um segundo ele se apaixonou por ele!

E é claro que havia aprendido a admirar a beleza dos outros rapazes com seu velho amigo gênio, então decidiu ficar mais alguns instantes, na expectativa de que ele tirasse o restante das roupas. Olha o tipo de coisa que esse gênio safado ensinava para o ruivo! O que o rapaz esperava infelizmente não aconteceu. Decepcionado, o ruivo saiu de seu esconderijo e foi caminhando distraído, sem deixar de pensar no príncipe.

– Ei, garoto. – uma voz grave interrompeu seus devaneios.

Ele se virou devagar, encarando a quem o chamava. Seus olhos se arregalaram, surpreendido ao ver o príncipe ali, parado a sua frente. Ele levantou o véu, que protegia sua pele alva do sol escaldante.

– Pensa que eu não o vi? – ele o encarou com seriedade. – O que você quer?

– Eu... – ele fez uma pausa, mas decidiu ser sincero. -... Queria descobrir se você era tão bonito quanto dizem. – o ruivo sorriu, vendo que o príncipe o encarava meio surpreso pela ousadia. – E agora, eu pude constatar de perto que é a mais pura verdade.

– Eu nem deveria estar falando com você. – ele disse, meio corado. – Logo vão sentir a minha falta. – em seguida, ele cobriu o rosto com o véu. Deu um leve sorriso e voltou para perto de sua criadagem.

Assim que eles se afastaram, Renji correu para casa e contou tudo á Rukia. Ela pensou que ele tinha ficado doido, especialmente quando lhe disse que queria se casar com o príncipe.

– Se casar com ele? – ela gritou. – Mas o pai dele é um sultão riquíssimo e nós, somos pobres! Ou você já se esqueceu disso?

– Já não somos mais pobres! – respondeu o ruivo, indo procurar a caixa onde estava o tesouro do pomar. Levou a caixa para a garota e completou. – Elas são verdadeiras! Um diamante é mais valioso do que todas as baixelas de prata que vendemos. Se talvez uma pessoinha fosse ao palácio com um presente como esse, tenho certeza que eles a deixariam entrar.

– Ao palácio! – ela se espantou. – Eu nunca me atreveria a fazer isso! O que diria ao sultão?

– Que seu amigo, Abarai Renji ama o príncipe e deseja se casar com ele! – respondeu o ruivo. – Em seguida a senhorita vai colocar o presente aos pés dele. Por favor, Rukia, eu te peço de joelhos! – ele deixou os joelhos entrarem em contato com o chão.

– Tá, tá. – ela bufou. – Agora levanta desse chão. Vai ter que me conseguir uma roupa melhor, não posso ir assim ao palácio! – ela apontou para as roupas velhas e gastas que usava.

– Isso é o de menos. – ele sorriu, depositando um beijo na bochecha dela.

Rukia ficou um pouco temerosa, mas mesmo assim foi ao palácio no dia seguinte e bateu no protão. Ela segurava as joias junto ao peito: uma taça grande com as pedras preciosas e diamantes cobertos com um tecido branco. A garota sentiu-se mais confiante quando viu que não estava só. Muita gente vinha ao palácio, às vezes de muito longe, para pedir um favor ou conselho ao sultão e isso acontecia quase todos os dias.

Depois de um tempo, os visitantes foram recebidos um a um. Rukia sentou-se num canto e esperou. Quando chegou a sua vez, o Kuchiki fez um sinal com a mão para que ela se aproximasse de seu trono majestoso. A garota então se inclinou para lhe beijar os pés.

– O que posso fazer por você mocinha? – ele perguntou.

– Vossa Majestade. – ela começou a falar, receosa. – Acredito que meu pedido não lhe agradará... É tão absurdo e insensato...

– Vamos! Diga de uma vez. – o Kuchiki já estava impaciente com todo aquele lengalenga. – Não importa o que me peça, estará perdoada.

– Ah, bem – ela disse. – tratasse do meu irmão, Renji, ele... Ele... – ao invés de admitir a verdade, ela levantou o tecido que cobria os diamantes e completou. – Ele gostaria de lhe oferecer este simples presente.

O sultão Kuchiki ficou surpreendido: nunca tinha visto tanta riqueza! Rukia aproveitou a oportunidade para acrescentar:

– Renji ama seu filho. Ele está totalmente apaixonado e quer casar-se com ele. – então ela abaixou a cabeça, olhando para os próprios pés, certa de que o sultão ficaria furioso...

– Diga a ele que a minha resposta é sim! – ele disse contente. Parecia que o tesouro teve algum efeito sobre o sultão.

Não foi difícil imaginar a alegria de Renji naquela noite, quando Rukia voltou para casa. Ele ia se casar com o filho do sultão! Rico, bonito, gostoso, mas...

Como alegria de pobre dura pouco, na manhã seguinte o ruivo recebeu uma mensagem do sultão que dizia:

“Se o jovem Renji quiser a mão do meu filho em casamento, ele terá que me trazer quarenta vasos cheios de pedras preciosas, diamantes e pérolas, entregues por quarenta criados.”

– Ele mudou de ideia, - disse Rukia disse quase desesperada. – Eu sabia que isso iria acontecer, ele descobriu que nós somos pobres de verdade! Ele não quer admitir que quebrou a promessa e, por isso, está pedindo coisas que você não pode dar.

– Ah, isso é o que nós vamos ver! – o ruivo respondeu, indo imediatamente buscar a lâmpada mágica. Assim que ele á esfregou, Grimmjow apareceu.

– O que é que você quer? – ele disse.

Renji lhe disse o que queria e dois segundos depois, todos os quarenta criados apareceram. A casinha de repente ficou abarrotada. Os criados estavam resplandecentes nas suas roupas brilhantes, e carregavam na cabeça vasos de prata enormes, cheios de diamantes.

O ruivo ordenou que eles fossem até o palácio e que colocassem os presentes aos pés do príncipe. Então ele disse a garota:

– Vá com eles Rukia, e traga a resposta do sultão.

Passado uma hora, ela voltou do palácio aos prantos, o que deixou o pobre o ruivo assustadíssimo, quase arrancando os cabelos, pensando que tinha dado tudo errado. Já estava acostumado com o azar que tinha mesmo...

– Não fique triste, seu besta, estas são lágrimas de alegria! – ela exclamou. – Quando o sultão viu os criados chegarem, ele não pensou duas vezes e disse: ‘Quem é capaz de me oferecer tantas riquezas, merece o príncipe m ais bonito do mundo!’ Ah, eu estou até orgulhosa de você, seu ruivo idiota!

Renji estava encantado. Abraçou a garota diversa vezes e dançou com ela ao redor do aposento.

– Há só uma coisa que me preocupa, - ela disse finalmente. – O grão-vizir do sultão, um homem chamado Aizen, foi o único que não ficou contente. Ele pretendia se casar com o príncipe. Você tem que tomar muito cuidado com esse homem no futuro.

Mas o ruivo não quis ouvir mais nada. Ele pegou a lâmpada mágica e a esfregou. Quando o gênio apareceu, ele ordenou. - Eu quero tomar um banho!

Ele mal tinha pronunciado estas palavras quando se sentiu levantado por mãos invisíveis e mergulhado numa banheira imensa cheia de água perfumada. O próprio Grimmjow estava lá, inspecionando o trabalho. Que banho maravilhoso! Como ele se sentiu bem! Saiu do banho limpo e com a pele macia da cabeça aos pés. Depois foi vestido com uma roupa magnífica. Quando Rukia o viu, ela ficou surpresa ao constatar que ele estava muito atraente.

– Isto é só o começo. – ele disse sorrindo. – Grimmjow me prometeu cem criados e um cavalo! E para você, baixinha, trinta criados fieis!

Assim que ele disse essas palavras, tudo o que tinha pedido apareceu. Renji nunca tinha montado num cavalo antes, mas ele não teve nenhuma dificuldade, pois gênio já tia pensado em tudo.

– Para o palácio no sultão! – ele exclamou, instigando o cavalo para frente.

O cavalo obedeceu e todos o seguiram. Todos os que viram passar o cortejo maravilhoso não podiam acreditar em seus olhos, especialmente quando os criados começaram a atirar moedas de ouro no ar!

– Viva a Renji! – gritava a multidão enquanto apanhavam as moedas.

Então os portões do palácio se abriram completamente para ele. O sultão Kuchiki lhe deu boas vindas. Apesar da sua aparência exótica do futuro genro, ele não pareceu decepcionado. Mas Byakuya não pode deixar de ficar surpreso.

Ele olhou para Renji detrás de uns biombos, não acreditando que seu futuro marido era aquele rapaz, que o espionava nas fontes termais. Não podia negar que ele parecia bem mais atraente naquela roupa elegante. Alguma coisa naquele ruivo mexeu com o coraçãozinho do príncipe. Oh God. No lugar onde residiam era tão quente, que ele tinha que manter o rosto coberto com o véu para não danificar sua pele alva, então o moreno passava o tempo todo com o rosto escondido no véu. Renji conversou com Ginrei. Tudo correu bem e o sultão convidou o ruivo e a garota para uma festa magnífica.

– Parabéns, Renji! – ele disse, erguendo sua taça. – Você merece o meu filho e eu lhe dou a mão dele em casamento! Quando você quer se casar?

– Assim que eu tiver construído um palácio suficientemente belo para ele morar. – respondeu o jovem.

– Muito bem! – disse o sultão, e esvaziou a taça.

Naquela mesma noite, em casa, Rukia parecia espantada:

– Explique-me isso, ruivo, porque eu não consigo entender. Durante todo esse tempo você esteve sonhando em se casar com o príncipe. Justamente agora que o seu sonho está para se realizar, você destrói tudo fazendo uma promessa que não pode manter! Ficou maluco?

– De maneira nenhuma, Rukia.– respondeu Renji, pegando a lâmpada mágica.

Antes que o gênio tivesse tempo de falar, ele já tinha feito o seu pedido: um palácio todo de mármore, dignodo príncipe. As paredes tinham que ser decoradas com diamantes, o chão de mosaico, o acabamento e tudo mais de primeira qualidade e o palácio devia ser rodeado de jardins deslumbrantes! O gênio ouviu tudo, meio desanimado. Então o casamento ia mesmo acontecer. Estava chateado, pois Renji nem mesmo queria mais se divertir, apenas pensando no príncipe. No fim, ele era seu amo e tinha de realizar seus desejos.

– E onde quer que este palácio fique situado? – ele finalmente falou.

– Em frente ao palácio do sultão. – respondeu o ruivo.

– Muito bem. - disse o Grimmjow. E com isso, ele desapareceu.

Na manhã seguinte, o gênio surgiu e disse a Renji:

– O palácio está pronto. Quer vê-lo?

O jovem ficou admirado com tal rapidez, mas acenou que sim e em um segundo depois tinha sido transportado para o palácio. Ele era exatamente como ele tinha ordenado, mas...dez vezes maior, dez vezes mais surpreendente e mais deslumbrante! Quando ele entrou lá dentro, viu que já havia muita gente trabalhando, criadas de quarto, cozinheiros, lacaios e guardas. Todos fizeram uma profunda reverencia quando o viram passar.

Da janela da frente ele conseguia ver o palácio do sultão Kuchiki. Estava situado bem á sua frente, como ele tinha pedido, com uma longa avenida entre os dois. O ruivo estava encantado e agradeceu á Grimmjow diversas vezes. O príncipe poderia facilmente visitar o pai todos os dias, mesmo depois de casado. E também, Renji e Rukia não precisavam ficar como “agregados” no palácio do sultão. E também não podia levar Byakuya para morar no barraco que ele chamava de casa. Agora eles tinham o palácio deles.

Mas alguém no palácio do sultão não estava contente. Não era o príncipe, e muito menos o pai dele. Na realidade, quando acordaram ambos bateram palmas de alegria quando viram o milagre. A pessoa que se queixou, protestou, ficou enfurecido e suspirou foi Aizen, o grão-vizir. Ele não se conformava em perder o príncipe, assim de bandeja, para um estranho.

– Aquele palácio não é de verdade! – Aizen exclamou para o sultão. – É um truque mago! Ninguém consegue construir um palácio desses numa noite!

– Mago ou não, ele está ali! – respondeu o sultão Kuchiki. – Graças a Renji, que é rico e poderoso! Pense o que quiser, ele merece o príncipe e vai se casar com ele amanhã!

Dito e feito. O casamento realizou-se na manhã seguinte, no palácio do sultão, e nessa noite os recém-casados se mudaram para a o magnífico palácio em frente.

E assim começou uma linda história de amor. O casal se adorava cada dia mais e Rukia, que morava no palácio, se dava muito bem com Byakuya.

Renji ajudou a governar o reino do sultão e, com o passar do tempo, seus súditos o adoravam cada vez mais. Cada vez que ele ia á uma missão ou a uma caçada, ele distribuía moedas de ouro para a multidão. Todos no reino elogiavam muito a sua bondade, generosidade e o seu talento para manter a lei e a ordem.

Tornou-se tão famoso além das fronteiras, montanhas e mares que seu nome era conhecido até na África. Ali vivia alguém que o conhecia muito bem, mas que pensava que ele tinha morrido há vários anos: Zaraki, o mago malvado!

Mas ele se lembrava do jovem como se fosse ontem. Se o pobre ruivo estava rico agora, era graças à lâmpada que ele tinha encontrado no pomar. O mago prometeu a si mesmo que iria recuperá-la.

Usando seus poderes mágicos, ele logo chegou ao Oriente. Ali se disfarçou como um mercador ambulante, vendendo-as e comprando lâmpadas. Então, ao descobrir que Renji saíra para caçar, ele começou a rondar o palácio. Enquanto andava, gritava:

– Quem quer trocar uma lâmpada velha por uma nova?

Logo uma janela do palácio se abriu e uma jovem criada apareceu, com uma lâmpada na mão. Zaraki reconheceu a lâmpada mágica imediatamente. Ficou tão contente, que trocou doze lâmpadas por aquela. A criada agradeceu-lhe muito, mas o mago já tinha ido embora, levando a lâmpada consigo. Quando se encontro longe do palácio, ele esfregou a lâmpada.

– Ordene que eu obedecer... Ei, quem é você? Cadê o ruivo? – Grimmjow disse, meio assustado.

– Calado! Eu sou o seu novo amo agora e você tem que me obedecer! – o mago bradou.

– Ordene que eu obedecerei. – ele disse, sem escolha.

– Eu quero que você leve o palácio de Renji para a África, o mais rápido possível! – ordenou o mago. – Com tudo o que está dentro e todos que trabalham ali.

Seu desejo foi satisfeito imediatamente e, mesmo a contra gosto do gênio, dois segundos depois saiu voando, levando consigo o mago e palácio com tudo o que estava dentro.

Vocês podem imaginar a cara do pobre ruivo quando voltou da caçada para casa e descobriu que tudo havia desaparecido: Não havia mais palácio, nem móveis ou criados, e o pior de tudo, Byakuya também tinha desaparecido. Renji, fora de si de tão preocupado, correu como louco para o palácio do sultão.

– Ah, aqui está o trapaceiro. – gritou o sultão. – Onde está o meu filho? Então Aizen tinha razão em amaldiçoar o seu palácio, dizer que era tudo um truque de magia. Bem, meu jovem mendigo, você tem quarenta e cindo dias para trazer meu Byakuya de volta, e se não conseguir encontrá-lo até lá, vou mandar cortar sua cabeça e darei a mão de Byakuya á Aizen!

Renji compreendeu que o sultão estava muito zangado e decidiu partir. Atravessou a cidade toda, procurando pelo príncipe, mas ninguém o tinha visto. E olha que seria difícil Kuchiki Byakuya passar despercebido em qualquer lugar. Quando ele dizia que ele havia desaparecido junto com o palácio, as pessoas pensavam que o ruivo tinha enlouquecido. Ele procurou por cidades vizinhas e, logo pelo reino todo, mas em vão.

Depois de quarenta e três dias, estava tão cansado e desesperado, chorando por talvez nunca mais ver o rosto de seu amado, que ao ver um rio, decidiu acabar com tudo. Mas antes de chegar ao rio, ele escorregou e caiu.

Ora, todos esses anos ele tinha usado o anel mágico e havia se esquecido completamente dele. Quando ele caiu esfregou o anel por acaso, e o gênio do anel, Hisagi, apareceu imediatamente.

– Estou aqui, o que é que você quer? – ele perguntou.

– Eu quero ver o Byakuya de novo! – gritou o ruivo.

O gênio satisfez logo o seu desejo. Mas para surpresa de Renji o gênio o levou consigo para a África. Ali estava o seu maravilhoso palácio, como um imenso oásis verde no meio do deserto.

Ele se aproximou da janela e bateu levemente. Alguns segundos mais tarde o príncipe em pessoa abriu a janela. Ele ficou contentíssimo ao ver Renji e contou-lhe que, era prisioneiro do mago asqueroso Zaraki, que queria casar-se com ele contra a sua vontade, mas Grimmjow, sempre que podia, tentava protegê-lo. O ruivo ficou radiante de alegria ao vê-lo, roubando um beijo rápido de seus lábios, mas ainda estava confuso.

– Porque é que você não ficou surpreendido em me ver aqui? – ele perguntou.

– Na noite passada, vi você num sonho. – respondeu Byakuya . – Desde então estive esperando por você. Entre, que eu tenho um plano.

Assim que Renji estava a salvo dentro do palácio, o lindo príncipe lhe contou o seu plano.

– Neste momento ele não está aqui. – ele disse. – Assim que ele voltar vou colocar um veneno, que Grimmjow arrumou para mim, na bebida dele. Depois disso, você terá que encontrar uma forma de nos levar para nossa terra outra vez.

– Isso não vai ser muito difícil. – disse o ruivo. – Mas primeiro temos de encontrar a lâmpada que me pertence e que deve estar nas mãos daquele maldito neste exato momento. - ele mal tinha acabado de falar, quando se ouviu uma porta bater.

– Ele está aqui. – sussurrou o príncipe. – Depressa, esconda-se!

O ruivo pulou dentro de um baú e ele fechou a tampa. O tempo parecia passar tão devagar para o pobre rapaz naquele esconderijo escuro. Mil perguntas se passavam pela cabeça dele, chegando até a pensar que Byakuya tivesse calculado mal seu plano. E se o veneno não fizesse o efeito esperado? E se Zaraki desconfiasse e se recusasse a beber? Quanto mais o tempo passava, mais angustiado ele ficava.

Finalmente ele ouviu passos e prestou muita atenção. Seriam do príncipe ou do mago? Antes que pudesse pensar duas vezes o baú se abriu. Era Byakuya! E ele sorria para o ruivo, parecendo contentíssimo.

– Venha e veja! – ele exclamou.

O ruivo pulou do baú e a seguiu em direção ao salão de jantar. E assim que chegou lá, suspirou aliviado. Zaraki estava mortinho no chão e lâmpada mágica estava bem ao seu lado.

– Eu a encontrei quando revirei os bolsos dele. – o príncipe explicou.

– Agora estamos salvos! – exclamou Renji.

Então ele pegou a lâmpada e a esfregou. Em menos de um segundo Grimmjow apareceu, ficando felicíssimo ao ter o seu amo de volta. O jovem então pediu que eles voltassem par casa. Ele mal tinha pronunciado estas palavras quando o palácio, os jardins, os criados, os móveis e o casal foram levados de volta para o reino deles.

Quando o sultão abriu as janelas do enorme palácio na manhã seguinte, uma visão maravilhosa se apresentou diante de seus olhos espantados. Ficou fora de si de alegria quando viu que o palácio de Renji estava de volta. Ele não se importou nem um pouco quando o teimoso grão-vizir repetiu que tudo não passava de um truque de magia, somente desejando reencontrar o filho.

Naquele dia, mais tarde, uma grande festa foi feita para celebrar o regresso de Renji e Byakuya e se, de vez em quando, no meio dos risos se podiam ouvir uns suspiros profundos, ninguém mais ficava surpreendido: era somente Aizen, o grão-vizir! Mas isto é outra história.

E viveram felizes para sempre!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gaby: Gente gostaria de agradecer a quem está lendo e acompanhando ~ Beijo especial para Gloria San :3
Leitores lindos e anonimos, não sejam tímidos e escrevam para as autoras aqui, que escrevem com carinho e dedicação para vocês ~ Nem que seja um '' legal, to gostando muito da história já é valido n.n Contamos com a opinião de vocês *-*
Dois Beijos e até sexta ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contos de Bleach" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.