Contos de Bleach escrita por Kuchiki Gaby, Larissa Prescott


Capítulo 5
5. As Roupas Novas do Kuchiki


Notas iniciais do capítulo

Gaby: E ae meu povo? Mais uma historia quentinha para vocês n.n
Espero que gostem ~
Boa Leitura!



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As Roupas Novas do Kuchiki ~ (As Roupas Novas do Imperador) .

Muitos anos atrás havia um grande e bonito Imperador chamado Kuchiki Byakuya. Ele gostava tanto de roupas novas que gastava boa parte de seu dinheiro em roupas. Ele mudava de roupa a cada hora do dia. Pior que mulher, meu Deus. Quer inspecionasse suas tropas, ou fosse ao teatro ou desse um passeio, a verdadeira razão pela qual ele saía era para ostentar as roupas novas.

Havia um tecelão de quem sempre comprava roupas, um rapaz ruivo chamado Abarai Renji. Ele era muito talentoso e suas roupas, tão extravagantes quanto sua aparência, caiu no gosto do Imperador. E tinha mais: o ruivo era secretamente apaixonado pelo Kuchiki. Adorava a ideia de que o moreno se despia apenas para ele, quando experimentava as roupas. Ou quando tinha de tirar as medidas dele, podendo ficar tão próximo de seu amado. Ele achava que Byakuya desconfiava de sua paixão por ele, pois sempre parecia ceder as investidas do ruivo.

O Seireitei era uma cidade muito animada graças ao grande número de pessoas que ali trabalhavam. Um dia, chegaram um casal vigaristas na cidade, Ikkaku e Yumichika. Tomando conhecimento da predileção do Imperador por roupas, espalharam a história de que eles eram tecelões e que sabiam como tecer o tecido mais magnífico do mundo. Não só as cores e os padrões eram incrivelmente bonitos como as roupas feitas deste tecido eram mágicas. Elas eram invisíveis para qualquer pessoa que não fizesse o seu trabalho direito ou para qualquer um que fosse estúpido. Ora, além de faturar muito dinheiro, Yumichika, que não aceitava que um ser tão bonito quanto ele pudesse ser tão arrogante, daria uma lição no Imperador Kuchiki, o fazendo descer do salto da superioridade.

E olha quem estava falando.

“Essa roupas são de um valor inestimável. ’’ pensou o Imperador. “Se eu tivesse um traje desse tecido eu poderia saber quem no meu governo não está apto para seu trabalho e seria capaz de diferenciar os sábios dos tontos”. Eu realmente tenho que obter este tecido.”

Ele deu aos vigaristas uma grande quantia em dinheiro e lhes pediu que começassem a trabalhar imediatamente. Eles armaram dois teares e fingiram que estavam tecendo, na maior cara de pau, embora não houvesse absolutamente nada para se ver. Constantemente eles pediam os mais finos fios de seda e ouro, mas na verdade eles escondiam tudo dentro das próprias sacolas e simplesmente fingiam trabalhar até altas horas da noite nos teares vazios.

Renji, que não gostou nada da ideia, tentou alertar o imperador, pois nem ele mesmo pedia tantas coisas para fazer um tecido, que ele podia estar sendo enganado. Fora que, não podia suportar a ideia de que Byakuya iria experimentar um traje invisível na frente de outras pessoas. Mas ele não quis ouvir, levando a mão ao queixo do ruivo e dizendo que não se preocupasse, pois ele ainda era seu predileto.

“Gostaria de saber até onde eles avançaram como meu tecido. ’’ Pensou Byakuya, alguns dias mais tarde. Mas ficou receoso de ir pessoa, pensando no que Renji disse e, sabendo qualquer um que fosse estúpido ou incompetente em seu trabalho não conseguiria ver o tecido. Então ele decidiu fazer um teste. Em vez dele mesmo ir, era melhor mandar outra pessoa para inspecionar o tecido.

– Vou mandar o meu velho e fiel ministro Ukitake para visitar os tecelões. Ele é a melhor pessoa para examinar o tecido. É um homem inteligente e conhece o seu serviço muito bem. - decidiu o imperador.

E assim, apesar de doente, o velho e honesto ministro foi para o quarto onde o casal de trapaceiros, Yumichiki e Ikkaku, estavam trabalhando nos teares vazios.

“Oh, meu Deus!” Ukitake pensou, quando abriu bem os olhos. “Eu não consigo ver nada.”

Os dois tecelões fizeram sinal para ele se aproximar e lhe perguntaram o que ele achava das cores e do desenho, apontando para os teares. O velho olhou para os teares de perto, mas não conseguiu ver nada, pela simples razão de que não havia nada para ver! Que merda.

“Oh, meu Deus!” ele pensou. “Será que sou tão estúpido? Será que sou incompetente no meu trabalho? Ou pior: será que além de doente, estou ficando cego? Só era o que me faltava! Isto não pode ser descoberto de maneira nenhuma. Não me atreverei a admitir que não consigo ver o tecido.”

– É bonito, é encantador! – o ministro Ukitake disse em voz alta, ajeitando os óculos . – Esses desenhos, essas cores! Sim, sim, vou dizer ao imperador que estou muito contente com o trabalho.

– Estamos contentíssimos em ouvir isso. – disse Ikkaku, um dos tecelões, rindo como se não houvesse amanhã.

E a brincadeira havia começado. Vamos testar até que ponto a loucura e a hipocrisia das pessoas chegariam. Se desse certo, ia ser a trolagem do século.

Os caloteiros então pediram mais dinheiro, mais fios de seda e linha de ouro, dizendo que precisavam de muito material para este tecido. Mas sem ser bobos, outra vez eles colocaram tudo dentro dos próprios bolsos, e nada de tecer tecido algum, apenas fingindo que trabalhavam. É mole?!

Pouco tempo depois, o imperador mandou outro funcionário honesto da corte para examinar o tecido, Kyourako Sunshui. A mesma coisa que ocorreu com o ministro Ukitake, se passou com ele. Olhou e olhou por um bom tempo, mas não viu nada.

– Este tecido não é lindo? – perguntou Yumichika, enquanto alisavam o tecido e elogiavam as cores e desenhos bonitos. E sorriam descaradamente.

“Eu certamente não sou estúpido!” pensou Kyourako. “Então isso significa eu não sou bom o suficiente em meu trabalho? Será que foi por causa da dose de saquê? Não, não é possível. Tenho que ter cuidado para não ser descoberto.”

Então, ele elogiou o tecido e lhe garantiu que estava contentíssimo com a escolha das cores e dos padrões.

– Nunca se fez um tecido tão magnífico! – ele contou ao imperador, e logo a história do belo tecido estava na boca do povo.

Mais um peixe que caiu na rede.

Finalmente, o próprio Kuchiki decidiu ir verificar o tecido por si mesmo, enquanto este ainda estava no tear. Acompanhado de um grande número de subordinados escolhidos a dedo, entre eles os dois que já tinha enviado antes, o Imperador fez uma visita ao casal de trapaceiros, que fingiam que trabalhavam descaradamente.

– Não é magnífico? – disseram os dois homens. – O desenho e as cores combinam perfeitamente com o senhor, Majestade. – Yumichika apontou para o tear vazio.

“O que é isso?” pensou Byakuya. “Mas que droga de tecido é esse? Eu não vejo nada! Será que sou incapaz de governar? Oh God, isto é terrível! Serei eu um tolo?’’

Não, claro que não fera. Vou até bater palmas pra você. Sabe de nada,inocente.

– É magnífico! – ele exclamou, de repente. - Estou extremamente contente. Por favor, prossigam com o trabalho e terminem o traje para mim.

Ninguém poderia imaginar que Kuchiki Byakuya, o homem mais nobre, belo, rico e importante como ele, era um trouxa. Mas infelizmente esse dia ia chegar e a trolagem seria descoberta. Oh God.

Ele sorriu, enquanto olhava para o tear vazio. Não se atreveu a dizer a verdade, nem por cima do próprio cadáver. Todas as pessoas que ele tinha levado consigo, também olhavam para o tear fixamente. Embora os bando de bestas não vissem nada, eles repetiam as palavras do imperador: “É magnífico! Encantador!”.

Renji estava por ali, para ver o tal tecido, mas até então estava achando tudo aquilo um absurdo. Tolo ou não, ele não conseguia ver nada ué, o que podia fazer. Mas não daria sua opinião ao julgar por como as pessoas estavam agindo. Tinha pena de Byakuya nesse momento.

Todos pareciam contentes com o resultado e o Imperador ordenou que se fizesse um cortejo no dia seguinte, no qual usaria o novo traje. Invisível, só pra lembrar.

Naquela noite, Ikkaku e Yumichiki voltaram a ‘trabalhar’. Fingiram que retiraram o tecido do tear, cortaram o ar com uma tesoura enorme e costuraram com uma agulha sem linha. Finalmente, anunciaram que o traje estava pronto. O Imperador Kuchiki, juntamente com seus cortesãos, foi ver o traje pronto.

– Aqui estão as calças, o casaco e a capa. – os caloteiros estenderam os braços, fingindo que seguravam alguma coisa, sem tirar o sorriso do rosto um minuto sequer.

– É tão leve quanto uma pena, o que lhe dará a impressão de que o senhor não está usando nada. Mas esta é uma das qualidades fundamentais deste tecido. – Yumichika completou, com um sorrisinho de escárnio.

– Sim, claro! – responderam os cortesões, apesar de não estarem vendo nada. É claro, não havia nada para ver!

– Vossa Majestade pode fazer o favor de tirar as roupas, para que possa experimentar o novo traje em frente ao espelho grande. – disse Ikkaku.

Byakuya, apesar de envergonhado tirou a roupa. Só havia feito provas de roupas na presença de Renji. E os vigaristas fingiram vesti-lo. Ele se virou e tornou-se a se virar em frente ao espelho. Estava começando a ficar com medo das tais roupas: eram extremamente transparentes!

– Meu Deus! Como lhe cai bem Majestade! – todos exclamaram.

– A carruagem que levará o senhor até o cortejo está pronto, Majestade! – o mestre de cerimônia disse.

Merda. Não tinha mais volta. Ou vai ou racha.

– Excelente! – o Imperador respondeu. – Eu estou pronto! Eu acho...

Os camareiros, que tinham que carregar a longa cauda do manto, fingiram levantá-la do chão, e em seguida, levantaram as mãos como se a tivessem segurando, pois não queriam que ninguém pensasse que eles fossem bestas e que não podiam vê-la.

O Kuchiki caminhou orgulhosamente no cortejo, e todas as pessoas na rua e nas janelas exclamavam:

– Que traje esplêndido!

Só que não, coitado.

Ninguém queria deixar que os outros pensassem que não conseguiam ver a roupa do Imperador. E isso virou um círculo vicioso. Nunca um traje dele tinha sido tão admirado antes. Lógico né.

Então uma criancinha de cabelos cor de rosa, se empurrou para frente da multidão, e assim que viu o Imperador passar por perto dela, exclamou:

– Mas ele não está vestindo nada!

– Meu Deus, escutem á voz da inocência! – alguém disse.

Então a multidão começou a cochichar e repetir as palavras da criança, segurado o riso. Finalmente admitiram que o Imperador não vestia absolutamente nada! Então o riso rolou solto. Também né, não é todo dia que a gente vê um indivíduo andando pelado e na rua e ainda por cima, se exibindo por isso.

O Kuchiki se sentiu extremamente ridículo, se dando conta de que eles tinham razão. Na mesma hora suas bochechas coraram. Tentou usar as mãos para se esconder, mas foi em vão. Logo, algumas garotas que tinham uma queda pelo belo Imperador tomaram á frente da multidão, correndo atrás do Kuchiki aos gritinhos. E ele, corria como se não houvesse amanhã é claro. Do contrário não sobraria nem poeira de Byakuya pra contar essa história.

Por sorte, Renji, o seu fiel tecelão, estava por ali. Ele se colocou na frente das mulheres, tentando pará-las, mas em vão. E ai do ruivo se não saísse da frente delas, senão acabaria pisoteado. Então, depois de correr mais alguns metros juntos do Imperador, teve um grande ideia.

Parou onde estavam e encarou Byakuya. Em seguida o agarrou, do jeito que ele estava mesmo e deu-lhe um beijo na boca. Aquela muvuqueira de mulheres pararam aos tropeços, olhando aquela cena decepcionadas. Algumas até choravam. Parece que o plano do ruivo havia dado certo. Byakuya ficou o olhando, meio sem entender, e então ele aproveitou a deixa para se declarar de uma vez para o amado. O Kuchiki retribuiu a declaração de Renji e os dois saíram dali rapidinho, até estarem sãos e salvos no castelo.

E querem saber mais? Depois disso, o Imperador nunca mais foi tão vaidoso com suas roupas, mesmo tendo um tecelão ao seu lado. Mas isto é outra história!

E viveram felizes para sempre!


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Notas finais do capítulo

Gaby: Eu ri muito com essa historia. E vocês?
Contem tuuuuudo para nós ;)
Agradecemos a quem está acompanhando n.n
E leitores fantasminhas, deixem um coments pra nós, meus amores :3
Até sexta