Cisne Negro escrita por Corujinha


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá gente,
Pessoal eu tenho uma revelação a fazer, era para eu ter postado ontem só que tive dois grandes imprevistos que acabaram ocupando todo o meu tempo, ai não deu. Terminei o resto hoje - porque estava só sobrando uma pequena parte, que ontem mesmo eu ia terminar de escrever - e estou postando. Será que demorei??? Espero que não né kkk =D

Texto sem revisão então peço desculpas a todos os erros ortográficos e as palavras trocadas e/ou usadas de forma errada sem consentimento.

Boa Leitura!!!



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Os raios solares batem nos olhos de Lucy fazendo ela desperta. A floresta estava silenciosa de tal forma que se podia ouvir o barulho que o vento fazia. Lucy abriu seus olhos lentamente e quando vislumbrou seu pequeno corpo com algumas machas brancas, entrou em pânico. O sol já havia nascido e ela não estava na sua forma humana. Começou a berra com o irritante som que os cisnes produzem ecoando por todo o lugar. Desesperada ela berrava e se agitava, tentando voar. Ela dava leves voos e voltava para o chão.

Aquele insuportável barulho despertou os irmãos que dormiam tranquilamente, descansando. Lucas e Laila dormiam na mesma abertura de tronco e com o barulho de Lucy, eles acabaram se assustando e quase caem do tronco. Luke não dormia, ele cochilava, e estava encostada na árvore ao lado esquerdo da dos irmãos então ele teve apenas um leve susto. Quando eles observam o desespero de Lucy, Lucas é o primeiro a sair da árvore nas pressas, correndo atrás dela e tentando acalma-la. Luke e Laila o acompanharam.

— Lucy, calma. Calma, Lucy — Lucas pedia enquanto tentava pega-la.

Laila acaba tendo uma ideia. Rapidamente ela sussurra no ouvido de Luke que logo se apronta. Depois vai para o Lucas, consegue fazer o seu irmão parar e sussurra no seu ouvido. Não era um plano de capturar Lucy, na verdade era só uma forma de caçada, Lucas ficava no lado direito, Luke no do esquerdo e Laila no centro. Assim para onde quer que Lucy corresse os irmãos a seguiam. Eles tentavam de todas as formas pega-la, pareciam que estavam correndo atrás de uma galinha. Lucy sempre conseguia uma forma de escapar, agora eles entendiam a vantagem que um metamorfose tem quando estar transformado. Às vezes ela dava apenas um giro. Mas o que eles não percebiam era que Lucy não estava fugindo de fato, ela estava fraca, não conseguia verdadeiramente voar então só dava leves pulinhos e uns voos.

— Lucy se acalme por favor — pedia Lucas enquanto Lucy ainda berrava com todos os pulmões.

Eram diversas tentativas. Um...dois...três. Com um leve agito a água e as folhas também começam a perseguir Lucy. Precisavam pega-la. Lucas sentiu um arrepio em sua nunca quando a água passou raspando, ele parou e olhou em volta. Seus irmãos ainda não haviam notado, pois estavam muito concentrados em Lucy. A água e as folhas tentavam pega-la com todo vigor e quase conseguiam.

— Lucy, por favor, pare. Você precisa voltar ao normal. — Lucas grita fazendo todos para e o olhar.

Lucy pode finalmente nota a água e as folhas bem na sua volta. Luke e Laila se acalmaram e também o notaram. Com a cabeça baixa Lucy lentamente volta para o lago. Agora era com eles. Logo a água e as folhas a envolveram, minutos depois uma Lucy humana e vestida surgi. A suas roupas ainda eram a da noite passada, estavam sujas e rasgadas. Completamente desgastadas. Assim como a dos irmãos. Ela, na mesma velocidade que entrou, sai da água. Os irmãos já estavam encostados em uma árvore e Lucas vai em sua direção. Um de frente para o outro Lucy abaixa a cabeça e suspirar, murmurando:

— A minha energia.

— Sinto muito Lucy — diz Lucas pegando em seu braço.

Lucy começa a andar, passando a mão pelos cabelos.

— E agora? O que agente faz? — ela pergunta com desespero na voz

Os irmãos abaixam a cabeça e permanecem calados, não sabendo o que responder. Lucy não gostou daquele silêncio e cada vez mais passava as mãos nervosamente pelo cabelo. Não sabiam o que falar se é que tinha algo para pronunciar. Estavam perdidos.

— Nós temos que achar uma forma de recuperar a sua energia Lucy — Laila diz o óbvio.

— Mas como? Se Lucy ousar se aproximar da sede da organização eles acabam pegando o resto de sua energia — diz Lucas

Laila novamente abaixa a cabeça, de novo sem saber o que dizer. Era mais do que certo de que eles tinham que recuperar a energia de Lucy, mas a pergunta era como. Lucy não podia se aproximar da sede, não tinha suas habilidades, sua forma humana era inútil e sua forma metamorfose estava fraca então o que ela poderia fazer? Não tinha como ajuda-los. Eles não notaram, mas Lucy reparou em cada ferida que os seus corpos mostravam. E pensar que eles passaram por isso porque se juntaram a ela, seu coração doía.

Lucas e Luke se sentaram encostados na árvore, Laila pegou uma caixinha de primeiros socorros e retornou a cuidar dos ferimentos de cada um. Limpado as feridas e colocando um novo curativo. Lucy os notava e ficava apenas observando. Ela não tinha nenhuma ferida expostas, seus machucados eram internos. Os danos dos choques estavam em seu organismo, sua dor era externa. Eles não sabiam o que passou o nível de dor que daqueles choques possuíam. O seu pânico quando viu sua pelagem com machas brancas. E ela agradecia por isso.

As horas se passaram e nada. Já era tardinha, a noite logo chegaria e nada. Eles andaram, pensaram, falaram, cansaram e nada. Já estavam exaustos mentalmente. Lucas estava sentado encostado em uma árvore na ponta da lagoa do lado esquerdo, Lucy estava do outro lado também encostada-se a uma árvore e sentada. Assim os demais também estavam, cada qual sentados e encostados, uma certa distância entre eles. O silêncio reinava já fazia longos minutos, às vezes parecia anos. Então veio como um piscar, a única pessoa que podia ajudar pareceu em sua mente como um cristal. Lucy se levantou em um pulo assustando a todos:

— O que foi Lucy? — Lucas pergunta assustado.

— Eu sei que pode nós ajudar

— Quem? — todos perguntam ao mesmo tempo também se levantando em um pulo.

— Rômulo. Precisamos ir falar com Rômulo.

Após dizer isso cada qual corre para os seus cavalos. Lucy foi com Lucas e Laila com Luke. Já devidamente montados, partiram.

~*~

Algo estar estranho. Algo estar errado. Lucy sentia. Uma sensação estranha se apoderava dela no caminho. Quando chegamos um cheiro forte de sangue penetra nas narinas de Lucy, deixando ela em alerta. Desceu do cavalo rapidamente e ficou parada, analisando a selva. Enquanto isso os meninos prendiam os cavalos. A cabana de Rômulo estava completamente destruída, quando Lucy viu seu coração parou. Correu apressadamente, seu coração já batendo a mil em seu peito, rapidamente retirou alguns estrondos, algumas madeiras para ver se encontrava Rômulo. E encontrou. Tirando mais uma madeira ela visualizar o rosto sereno de Rômulo. Sangue descia por sua boca. Seu coração novamente para e um desespero começa a tomar conta dela.

— Não — ela sussurrou, mas foi como se nada tivesse saído de sua boca. O dor que estava começando a sentir era insuportável.

Os meninos se aproximam e no exato momento em que viram o corpo de Rômulo ficaram boquiaberta e chocados. Parados no canto. Lucy retirar o resto de estrondo em cima de Rômulo e pega sua cabeça depositando em seu colo e abraça seu corpo, já não segurando as lágrimas. Elas vinham como a correnteza de um riacho e não paravam.

— Não. Por favor Rômulo. Não — Lucy ficava delirando. A dor em seu peito, difícil de suportar.

Laila colocou sua mão no peito e apertou. Os outros estavam pra lá de triste. Aquilo não era tristeza, era dor de verdade. O que eles sentiam não era por Rômulo, pois mal o conheciam, era por Lucy. A dor que transmitia em seus olhos, a gonia e o desespero de suas palavras, fazia o coração dos irmãos doer. Principalmente o de Lucas, a única coisa que ele queria era levar Lucy para longe e fazer toda aquela desaparecer.

— Monstro! Desgraçado! Maldito! — Lucy grita com toda a sua força enquanto abraçava cada vez mais o corpo de Rômulo.

Era mais claro que cristalino que o responsável pela morte de Rômulo foi a Caveira da Morte. Lucy sabia disso e sua dor só aumentava. Tanto cuidado para proteger Rômulo pra nada. Ele foi atingido de qualquer forma. Um homúnculo pode ter todo o conhecimento do mundo, mas ele não pode prever o futuro. Rômulo estava morte e a culpa era da Caveira da Morte. Lucy chorava e chorava enquanto gritava e pronunciar palavras nítidas e incoerentes. Um reliche se ouve ao longe e baralho de patas batendo em ganhos caídos sendo quebrados atrai a atenção dos irmãos. Já que Lucy não estava em condições de ouvir nem prestar atenção em nada ao seu redor, entrou em uma esfera de dor somente dela. Lucas se apressa e abraça Lucy a puxando para longe do corpo de Rômulo, precisamos ir embora. Luke e Laila já estavam montados no cavalo, só faltava mesmo Lucas e Lucy. Ele desprende o cavalo e o monta, Lucy estava parada ao seu lado, sem fazer nenhum movimento. Lucas a olhou e disse:

— Vamos. Precisamos ir.

Lucy olha para ele, olha para Rômulo e para ele de novo. Pega em sua mão que estava estendida e mota no cavalo. Partiram rapidamente. Lucy ia com a cabeça encostada nas costas de Lucas, ela não estava bem. Parecia que seu corpo estava ali, mas sua alma em outro planeta. Era noite e Lucy não se transformou. Nem sua pele estava gelada e nem seu corpo estava fraco. Fraco ela estava, mas não da forma quando se transformava, estava fraca de espírito. Além de sua energia não estar completa, ela estava ferida. A dor em seu coração era imensa. Não chorava mais, as suas lágrimas secaram deixando marcas em seu rosto. Os encontraram uma lagoa que era mais ou menos próximo de onde Rômulo vivia:

— Essa não. Vamos atrás de uma mais longe. — diz Laila fazendo os meninos voltarem a correr.

Eles estavam a trás de uma lagoa para Lucy e não sabiam o motivo. Ia além de sua transformação, nem sequer sabia se Lucy queria se transforma ou se iria. Não era noite de lua nova. Eles encontraram uma muito mais distante que a anterior e decidiram permanecer ali. Novamente desceram dos cavalos e os amarram. A partir dali cada qual ficou em um canto. Laila se deitou no tronco de árvore enquanto Luke se deitava encostado em uma árvore a sua esquerda, duas árvores a sua esquerda na verdade. Lucas também se encostou em uma árvore ao lado de direito de Laila, só que ele era bem mais distante, bem próximo ao lago. Ele se sentou e Lucy deitou sua cabeça em seu peitoral. Eles estavam abraçados e Lucy retornava a chorar. Colocou tudo o que restava para fora, encharcado a camisa de Lucas e ele pouco se importando com isso. Enquanto ela chorava Lucas fazia um carinho em seus cabelos, com sua cabeça encostada na dela. Um sentindo o calor do corpo do outro e Lucy finalmente encontrando o conforto que tanto necessitava. Aquele momento não necessitava de palavras, ele era tudo que ela precisava. Naquele momento ela agradeceu por três desconhecidos permanecem com ela, ficarem e insistirem para permanecer ao seu lado, apesar de todos os seus protestos. Foi nesse momento em que ela decidiu aceitar a companhia deles. Que se eles tivessem que enfrentar algum perigo que iriam enfrentar juntos. Eles se tornaram mais do que conhecidos, se tornaram amigos. Fazendo qualquer coisa um pelo outro, Lucy agora encontrou um conforto que nunca sentiu antes. Agora ela tinha amigos.

Lucy se levantou e olhou Lucas. Ele sabia o que ela queria, ela precisava daquilo. Fez um aceno com a cabeça e ela se dirigiu para o lago. Bem no seu centro a água e as folhas fizeram o seu serviço. A envolveram, fazendo sua magia e quando terminaram um pequeno cisne negro com machas brancas surgiu. Ela não se aconchegou e dormiu como faria antigamente, ao invés disso se caminhou para o colo de Lucas novamente. Lá ela se aconchegou e deitou sua cabecinha em seu corpo, Lucas abraçou suas pernas, fazendo assim ficarem mais próximos. Como era bom sentir o calor de Lucas na sua pelagem. Ela se sentia protegida. Aquele momento era só deles, a dor que Lucy sentia ainda existe e nunca irá se catrizar. Mas por enquanto ela queria só aquilo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!
Bjs =* e até a próxima. Bye



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