Cisne Negro escrita por Corujinha


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oii gente,
Peço as minhas mais sinceras desculpas. Eu sei que demorei demais, poxa, dois meses é muito. Mas gente eu tive uma imensa dificuldade para escrever esse capítulo 9, tanto que teve momentos em que eu achei que não ia conseguir e chegava a pensar em desistir, mas graças a Deus eu consegue e estou postando ele hoje.

Texto sem revisão então peço desculpa a todos os erros ortográficos e as palavras trocadas e/ou usadas de forma errada sem consentimento.

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550970/chapter/9

Sua mão agarra a terra e a puxa para si, ganhando apoio para erguer o peitoral e tossi com muita força, puxando Laila a colocando em seu lado. Ela também começa a tossi acompanhando Lucas com muita força, já Luke ainda estava inconsciente ao seu lado direito enquanto Laila estava do seu lado esquerdo. Lucas e Laila tossiam com muita força, era como se suas estribas fossem sair para fora, e Laila ainda solta o restinho de água que existia em seu pulmão finalmente o sentindo aliviado. Todos os dois estavam fracos, principalmente o Lucas, e logo apagaram.

Uma insuportável e desconfortável dor fazia a nuca de Lucas lateja e isso faz com que ele abra seus olhos lentamente levando um susto logo em seguida por nota que estava no fundo do mar e rapidamente prende a respiração. Lucas mentalmente agrade por ainda estar de tarde, pois só assim podia ver seus irmãos com clareza, inconscientes. Lucas rapidamente pega cada um pela blusa, mas não tinha forças o suficiente para leva-los a superfície então ele rapidamente solta Laila e pega Luke o colocando em suas costas. Já na superfície ele coloca Luke deitado na terra de barriga para cima e volta a mergulha. Com certa dificuldade consegue alcançar Laila que já estava mais um pouco ao fundo e, assim como Luke, ele a coloca em suas costas. Mas quando já estava próximo à superfície Laila da um grande agito e Lucas se desesperar, rapidamente a erguendo para o ar onde ela coloca toda a água para fora e tossi com toda a sua força. Lucas agarra a terra...

Uma fungada no cabelo de Lucas o bagunça e de repente uma lambida em sua bochecha faz despertar dando de cara com o seu cavalo o olhando e o cheirando freneticamente. Ele acaricia a cabeça de seu cavalo com as suas mãos e murmurar:

— Vocês nós acharam.

O cavalo de Luke também o cheirava freneticamente, percorrendo todo o seu rosto e um pouco do pescoço, se virando devagar ele coloca uma pata bem no seu peitoral como se fosse pisar nele e realmente empurrar sua pata fazendo de uma vez só Luke bota para fora toda água presa em seu pulmão, ele tossi com toda sua força, fazia parecer que ia acabar com sua garganta. Luke pega seu cavalo belo rosto com suas duas mãos e agita, sussurrou:

— Bom moço

Luke vira o rosto para olhar os irmãos e mentalmente agradece por notar que todos os dois estavam bem, machucados, mas bem. Lucas e Laila não conseguiram segurar as lágrimas ao observa seu irmão mais novo bem... e vivo. Não tiveram forças o suficiente para avaliar seu irmão e por essa irresponsabilidade ele poderia ter morrido, e Lucas se culpava por isso. As lágrimas de seus irmãos foram o suficiente para Luke também cai no choro, eles estavam vivos. As lágrimas representação toda a preocupação, todo o sufoco que os irmãos passaram. O desesperado de Lucas e o extinto de proteção de Luke e Laila. Aquelas lágrimas eram sinceras, verdadeiras e demonstravam todo o alívio que os irmãos sentiam. Eles estavam vivos.

O cavalo de Lucas foi avaliar Laila. Fez o mesmo processo: cheirou, lambeu e fez carinho. Já de Luke foi para Lucas, também fazendo o mesmo processo. Saindo de Laila o cavalo de Lucas foi para Luke e por último o cavalo de Luke foi verificar Laila. Quando os dois cavalos já fizeram suas devidas examinadas eles retornaram para seus donos. Aqueles cavalos já eram fiéis e leis aos seus donos, graças a Lucy. Ela tinha essa magia. Por ser uma metamorfose Lucy fazia com que qualquer animal a adorasse e se apegasse a ela rapidamente, era assim, um metamorfose tem uma ligação direta com a natureza. Eles são Interligados. Então os cavalos se importavam sim, com eles.

Lucas pegou na crina de seu cavalo e se levantou, se apoiando nele. Olhou para os seus irmãos que estavam fazendo o mesmo e brincou:

— Vocês estão horríveis

Laila estava se apoio no chão mesmo, em posição de quatro, enquanto se levantava lentamente. Ela virou seu rosto para olha bem para o seu irmão que estava virado para o seu lado só que à sua direita

— Há há olha quem fala.

Laila coloca sua perna direita na frente de seu corpo, respirou fundo, e se apoio colocando sua mão direita em seu joelho e se levantando de uma vez. Ela cambaleou um pouco, mas conseguiu se manter firme. Lucas olhou para trás e observou que seu irmão já estava de pé e igual a ele, apoiado em seu cavalo.

Os irmãos estavam machucados, feridos e literalmente acabados. Havia arranhões, cortes e partes roxas por todo os seus corpos. Eles se ajeitam e começam a sua caminhada. Laila observa que seu irmão mais velho mancava e quando observa sua perna descobri um corte profundo. Esse corte foi quando obrigaram ele a se ajoelha, mas ele acabou se ajoelhando em uma das armas que os Progenes utilizavam, então foi feito o corte. Ele estava em sua perna esquerda, bem na panturrilha.

— Meu irmão, sua perna não estar doendo? Não é melhor você ir montado? — ela pergunta

Lucas somente vira seu rosto para observa Laila e responde:

— Que é isso Laila? Claro que não, estou bem, não estar doendo. Só um pouco. Posso aguentar. Quem tem que ir montada é você.

Lucas para, vai até Laila, a pega na cintura e a levanta a fazendo se sentar no cavalo. Ela pesava que nem uma pluma. No momento que Laila se senta, seu corpo inteiro relaxa e as dores aparecem a fazendo fazer caretas.

— Você estar mal minha irmã — diz Lucas — Fique sentada — e com essa ordem eles voltam à caminha.

Eles tinham que achar algum abrigo, estavam acabados. Cada dor, cada estremecida e cada gemido demonstravam o quanto eles lutavam para defender a única pessoa mais sofrida que eles conheceram. As pessoas se enganam se machucam, se matam e se traem, mas a força que a aquele pequeno bando criou entre eles foi tão forte que Lucy já fazia parte deles. Poucas vezes na vida nós encontramos pessoas pela qual vale a pena lutar e Lucy era uma delas. Todos os três estavam feridos e algumas feridas iam se tornar cicatrizes e essas cicatrizes eles faziam questão de ganhar, pois aquilo era uma prova de que eles podem ter perdido uma luta, mas vão ganhar a guerra.

A mente de Lucas estava abarrotada de perguntas, como: Como será que Lucy estava? Será que ela estava bem? O que fizeram com ela? Será que ela estava... viva? Essas perguntas, e principalmente a última, faziam Lucas estremecer e se desesperar. Ele falhou em proteger Lucy. Deixaram que a pegassem. Caíram em uma armadilha. E Lucas faria de tudo para tê-la de volta, queria ela de volta.

Os irmãos estavam calados, não conseguiam dizer, nem ao menos pensar em algo para dizer. Eles não tinham pista de suas armas, se elas ainda tivessem naquela sala que com certeza estava destruída ainda podiam ir busca-las, mas era um risco. Muito a frente eles sentem o cheiro incomum de queimado e quando chegam ao local observam uma fogueira desarmada e restos de cinzas, mas tinha algo errado, as cinzas tinham um coloramento diferente. Laila ao observa aquilo rapidamente desce do cavalo correndo para perto das cinzas esquecendo suas feridas e o cansaço em um passe de mágica e pega uma pequena quantidade colocando em sua palma. Seus irmãos estavam com as testas franzidas e uma sobrancelha erguida. Laila nem precisou analisar as cinzas, no exato momento em que viu a coloração das cinzas, soube o que era e isso a sobressalto.

— Lucas, Luke olhem isso.

Ela correu imediatamente para perto deles e no exato momento que notou o conteúdo das mãos de Laila eles arregalam os olhos e abriram a boca. A coloração daquelas cinzas era roxo queimado, podia parecer nada, mas Laila sabia muito bem o seu significado e não gostava nadinha. Luke, agora de boca fechado, pois ele e Lucas já haviam se recomposto, notou um leve brilho no canto do seu esquerdo e quando olhou mais atentamente chamou por Laila com a voz extasiada.

— Laila olha aquilo.

Laila voltou sua atenção rapidamente para o local em que seu irmão apontava e teve um pequeno surto. Rapidamente limpa sua mão e corre para pegar o objeto que seu irmão apontava. Era sua esfera, a coisa vital de qualquer alquista. Ela abraça sua esfera ao seu corpo, seta no trono que servia como acento e começa a se balançar, abraçada as pernas como se estivesse na posição fetal. Lágrimas rolam por seu rosto, ela chora como nunca antes, alívio e agonia em seu peito batalhavam. Lucas e Luke se aproximam e cada qual senta em seu lado, a abraçam, eles sabiam o significado que aquela esfera era para ela.

— Eles queimaram... as nossas...armas — Laila fala em soluços e chora ainda mais. Lucas acaricia sua cabeça e lhe da um beijo na testa. Ele olha o resto da fogueira e suspira.

— Temos que conseguir novas armas.

Luke que estava com a cabeça encostada no ombro da irmã a ergue para observa o seu irmão e fala:

— Onde Lucas?

Os irmãos se entreolham e já sabiam o que Lucas queria transmitir, só podiam ir para aquele lugar afinal de contas, apesar de não quererem. Eles pegam seus cavalos e partem.

O local era aberto e bem longe de onde Lucy estava, mas se eles queriam salvar Lucy, precisavam das armas. Já estavam fora da floresta, à floresta tinha entrada, ela só não tinha saída. Era um local afastado da cidade do mesmo modo afastado da floresta e completamente protegido. Uma imensa mansão protegida por um portão enorme se colocava bem à frente deles, o local era muito bem protegido, não havia como entrar nem sair sem ser identificando. Lucas se aproxima do imenso portão e na lateral do lado esquerdo ele aperta um botão secreto, imediatamente um painel surge, nele estava um reconhecer de voz e do lado esquerdo do reconhecedor três aparelhos. Esses aparelhos eram retangulares com uma tela na frente, semente em um havia uma agulha. Lucas se anuncia no reconhecer e puxa um fio de seu cabelo, o colocando no aparelho do meio, imediatamente o aparelho o reconhece liberando sua entrada e aquela pequena abertura volta a se fechar.

A entrada da casa era quadriculada e em seu centro havia um lindo chafariz que em volta deles podia se observar lindas flores. Deixavam o ar mais limpo e cheiroso. Nas paredes eram apenas portas e mais portas, no máximo só haviam cinco corredores que levavam ao resto da casa e a mais salas. A recepção que os irmãos receberam era a esperada. Todos os servos e empregados da mansão curvados em respeito para com seus senhores e todos, em uníssono, deram as boas vindas. Lucas entra na frente acompanhado por Laila, Luke e os cavalos. Bem na frente estava à serva mais fiel de toda a mansão, Amma. Ela cuidou dos três como se fossem seus próprios filhos já que ela não pode ter. Amma abriu um delicado sorriso, um sorriso materno, após se curva rapidamente:

— Bem vindos meus senhores.

Os três param bem na sua frente e dão um sorriso de canto:

— Olá Amma — cumprimentar Lucas.

Lucas, Laila e Luke se encaminham para a primeira porta que se encontra do lado esquerdo do segundo corredor junto com Amma, os cavalos ficaram perto do chafariz. Ela era patrão igual às outras, feita de madeira e designer listrado. Lucas a abre e uma escada surge. Eles descem encontrando uma outra porta. Aquela já era de ferro e muito bem programada. Lucas se dirigi para um painel que ficava do lado esquerdo da porta. Digitou o código e mais uma vez fez o "exame de sangue" retirando um fio do cabelo e o colocando no aparelho. A porta se abre revelando uma sala média completamente escura. As paredes eram lisas e a mesa era em formato paralelepípedo. Lucas entra e digita um novo código em um painel que havia entro da sala. E então ela ganha vida. As paredes anteriormente vazias e completamente lisas se enchem de armas. A mesa da mesma forma. Os irmãos entram cada qual pega uma mochila preta e começa a enchê-la de armamentos.

O país de Lucas, Laila e Luke não eram simples pessoas. Espiões profissionais, eles eram os melhores e os mais perigosos do mundo inteiro. Também os mais procurados. Agiam de forma silenciosa e quando o inimigo se dava conta já era tarde demais, mestres nas lutas e simplesmente geniais. A mansão era seu forte, fortemente armada e protegida, até hoje. A mãe de Lucas e Laila já tinha a espionagem no seu DNA, conheceu o país dos meninos lá. Quando ele morreu em uma missão veio o pai de Luke, que também era um espião. Lucas, Laila e Luke cresceram aprendendo. Adquirindo conhecimento de todo o que era preciso, para que no futuro eles ocupassem o lugar de seu país, uma coisa da qual eles sonhavam. Mas esse sonho foi destruído quando seu país foram mortos em uma missão. Seus país tinham o conhecimento de sua morte, pois aquela missão era de extremo perigoso. Uma invasão ao território sobrenatural. Eles tinham que atacar a sede de um inimigo que era estalada na floresta e no final acabaram sendo atingidos pelo ataque de alguma espécie e morreram na hora. Com o território sobrenatural não se brinca, e eles sabiam perfeitamente disso. Foi um choque para Luke, Laila e Lucas. Sofreram bastante. Mas um dia eles perceberam que não era bom continuar morando aquela mansão então partiram para se aventurar no território sobrenatural onde eles encontraram uma metamorfose que agora tinham que salvar.

Os irmãos continuavam enchendo as mochilas sabiam exatamente o que coloca nelas. Laila foi para uma ala da parede esquerda em que possuía diversos bastões, pegou um e centralizou a esfera no comecinho do bastão, ela por si é absorvida. Segundos depois o bastão ganha o seu costumeiro tom prateado e se transforma em uma lança. Laila agora tinha sua arma de volta. Ela fez a lança volta a sua forma original. Lucas abriu uma porta que guardava os arcos e flechas bem no topo da parede direita. Ele pegou um par de arco de flechas negros e com melhorias. Pronto! Todos os dois já estavam com suas armas de volta.

— Os senhores vão voltar? — Amma pergunta com o peito apertado e pequenas lágrimas nos olhos. Para Amma, eles eram como verdadeiros filhos, já que ela não pode ter e sem perceber acabou transferindo esse amor incondicional para eles. Então ela não suportava a ideia de vê-los morando na floresta e colocando suas vidas em perigo, como estavam agora, todos arranhados e feridos. Isso acabou com o fraquinho coração de Amma. Eles se voltam para ela e a olham com ternura, acenado positivamente com a cabeça, e voltam a preencher as mochilas. Amma coloca sua mão em seu peito apertado fortemente.

O som da porta sendo aberta atrai a atenção dos irmãos rapidamente deixando cada qual atento. Um sargento bastante alto adentra o local. Quando os irmãos o vêem imediatamente relaxam e abrem um imenso sorriso. Era o sargento Brian, melhor amigo de seu país e homem de maior confiança. Ele estava com um sorriso de orelha a orelha e os braços esticados.

— Ouve a anunciação de Lucas e vim o mais rápido possível os encontrar — sua voz era rouca e transbordava alegria.

Laila correu para os seus braços estendidos e pulou neles, ele a pegou e a girou no ar. Depois a soltou e ficaram olhando e sorrindo um para o outro por um curto tempo. Depois foi a vez de Lucas e Luke abraça-lo. Após isso Brian abraça Amma que encosta a cabeça em seu peito e começa a chorar baixinho, em meio aos soluços ela fala:

— Eles estão pensando em voltar para lá Brian

Brian arregala os olhos e fica olhando de um para o outro.

— Eu pensei que vocês tinham voltando para ficar — ele confessou fazendo um carinho no braço de Amma

Os meninos se entreolham, suspiram e é Lucas que responde:

— Não! Nós só vinhemos buscar armamentos, precisamos voltar. Iremos apesar passar a noite.

Brian assente e abaixa a cabeça. No fim não tinha nada que eles pudessem fazer. Quando os meninos terminam de encher as mochilas vão para um quarto bem reservado. Que antigamente era deles. Ao chegaram colocam as mochilas no canto perto da porta. Luke se joga na cama, Lucas se senta no sofá e Laila pega uma caixa de primeiros socorros. Primeiro ela começa a cuidar de Lucas, limpando as feridas e dando uma atenção especial ao corte na perna. Ninguém queria falar, seus pensamentos estavam cheios demais. Apos terminar com Lucas Laila foi cuidar de Luke. Lucas se levantou bruscamente e se mudou para um outro cômodo. Laila e Luke apenas observaram, não disseram nada. Lucas só pensava em Lucy, rezava para que ela estivesse bem. Viva ela estava, ele podia sentir, mas será que estava bem?

Anoitece. Cada qual tomou um banho e limpou toda a sujeira de seus corpos. Depois colocaram um curativo em cada ferida e se vestiram. As suas vestimentas eram negras, a marca registrada de um espião. A mascara não é para o rosto inteiro, elas iam somente até o nariz deixando os olhos e cabelos soltos. Prontos, pegaram as mochilas e saíram do quarto. Agora só tinham que passar em um cantinho especial.

O quarto de Amma era bem simples, bem reconfortante. Ela já estava dormindo, em seu criado mundo havia um copo meio cheio e uma tabela de comprimido, com certeza ela havia tomando um remédio para dormir. Os meninos se aproximam da cama e a observam. Lucas se ajoelha e começa a acaricia-la no rosto:

— Nos desculpe Amma, mas não vai adiantar nada você se preocupar com agente.

Lucas lhe da um beijo na testa e se levanta. Os cavalos já estavam do lado de fora, Lucas pediu para um serviçal que os coloca-los lá discretamente. Eles montaram e partiram.

~*~

A sala era sombria. Não havia muito coisa, de certa forma era pequena. Tinha formato de meia lua. Na parede esquerda havia alguns tubos vazios e muitos fios. Na parede direita um armário. Em seu centro uma esfera prateado um tanto grande que flutuava por si só, sem ajuda nem suporte. E em sua frente um painel de controle com diversos botões.

A esfera se abri e uma Lucy desacordada aparece. Seus punhos e pernas estavam presos, seu corpo estava em formato de x. Um forte incômodo em sua nuca faz Lucy desperta, abrindo os olhos lentamente. A única iluminação que havia naquela sala era a dela, a que focava nela. A iluminação incômoda um pouco os olhos de Lucy que rapidamente se acomoda, ela começa a fazer uma varredura com o olhar. Claro! Só conseguindo pegar o que a luz disponibilizava.

— Acordou.

Uma sombra ganhava forma na escuridão enquanto se aproximava. Lucy já sabia quem era só pela voz. Khan se pós a frente de Lucy e ela pode claramente visualizar seu rosto. Ele carrega um sorriso maléfico. Lucy fecha seus pulsos e range os dentes, o nome de Khan saia de sua boca como veneno. Khan deu as costas e foi para trás do painel de controle onde já se encontrava um funcionário.

Veio como um déjà vu. Todas as lembranças naquele momento vieram à tona. A luta, a armadilha, o desespero... a dor. E principalmente os meninos. Onde será que eles estão? Será que estão bem? Será que estão... vivos? O estômago de Lucy revirava só de pensar no pior. Ela olha para Khan e a raiva sobe a sua cabeça:

— Onde estão os outros?

Ele por si só a olha e isso só faz aumentar a sua raiva

— O que você fez com eles?

Khan a olha e uma forma estranha e responde:

— Você não precisa mais se preocupar com eles.

Os olhos de Lucy se arregalam. Ele não seria capaz disso... os seria? Argh! Lógico que séria. Porque ela ainda duvidava? Ela aperta seu pulso e começa a se agitar, muito. Khan vai para trás do painel e gira um botão vermelho. Lucy recebe um imenso choque que percorre todo o seu corpo e que possui uma força extrema, quando acaba Lucy pende a cabeça para baixo e respirar lentamente. Aquele choque era diferente da rede elétrica, era muito mais forte e mais duro. Mexia com o corpo inteiro dela, sem contar o sistema. Ela não gostava daquilo, ficar exausta rapidamente, não era um bom sinal. Na verdade nada era daquele momento. O botão vermelho do painel possuía diversos níveis e aquele era só um dos primeiros. Khan coloca as mãos para trás e começa a falar:

— Interessante não é? Eu mesmo projetei essa belíssima arma. Ela foi criada especialmente para metamorfose. O choque penetra em seu corpo e em seu sistema, de pouquinho em pouquinho você vai morrendo. Um único choque e você já estar ofegando. Mas vamos ao que interessa: Você é muito bisbilhoteira, não acha? Mexendo em arquivos que não lhe interessam.

Foi como um clic. Logo os pensamentos voltados para os arquivos retornaram, a fúria de Lucy aumentou. Os seus pulsos que já estavam fechados ficaram ainda mais cerradas, chega as suas unhas machucavam a sua palma. E Lucy fala com a voz controlada:

— Você é louco? Tem ideia do que vai acontecer se traze-los de volta a vida? Vai ser um inferno.

Khan a olha de forma fria e se aproxima, com as mãos nas costas. Retorna a falar:

— Você acha que sou idiota? Acha mesmo que não pensei em um plano antes de querer traze-los de volta a vida? — Khan começa a dar voltas em volta de Lucy — Com pequenas mudanças no DNA os vampiros que irei ressuscitar serram evoluídos, eu terei o total controle sobre eles. Agiram como os Progenes, viveram pelas ordens e saberão controla o imenso poder de matar. Mas para isso eu preciso da energia da espécie mais poderosa que existe: Os metamorfoses.

‘ Tentei por diversas vezes, mas nunca chegava ao resultado que me agradava. Perdi muito tempo caçando e capturando diversos metamorfoses de habilidades completamente diferentes. Foi quando perceber que eu tinha que capturar uma habilidade específica: A de animais. Apenas metamorfoses de animais tinham uma composição química perfeita na energia para trazer os meus vampiros de volta a vida. Retornei a tentar e a fracassar, as energias não eram suficientes, não tinham poder o bastante. Até você aparecer, sua energia é perfeita. Com ela eu poderei enfim trazer os meus vampiros a vida. ’

Lucy não podia acreditar no que ouvia. Quantos metamorfoses já caíram nas garras de Khan? Quantos ele já matou? Uma espécie tão raro como a dela não merecia esse destino. Eles não mereciam essa vida. A respiração de Lucy começa a ficar irregular, isso não podia estar acontecendo. Khan não podia ter achado tanto metamorfoses assim, não era possível.

Uma parte em que a luz chegava aos poucos chamou a atenção de Lucy. Ela olhou um retrato que ficava bem do lado da porta, a luz chegava aos poucos lá, mal dava para ver, mas Lucy conseguia sem nem aos menos força o olhar. Era um retrato de uma garota, ela tinha lindos cabelos e olhos castanhos. Do lado uma mini ficha com o nome da espécie como título e em baixo a habilidade. O parou de Lucy parou uma batida, ela era uma metamorfose. Um enorme x vermelho marcava a foto da garota. Khan percebeu para onde Lucy olhava e fez questão de ligar todas as luzes. A sala antigamente sombria ganhou vida e Lucy se espantou. Em todas as partes, até mesmo no teto, havia diversos retratos com uma ficha do lado. Todos eram metamorfoses de diversas habilidades, homens e mulheres, e todos tinham um x vermelho em cima da foto. O coração de Lucy começa a bater acelerado, aquele x só significa uma coisa. Todos, todos, estavam mortos. Lucy não conseguia encontrar nenhum sem o x vermelho. Isso a assustou, um pânico começou a crescer dentro dela. Tantos metamorfoses com um final tão errado, não era para ser assim. Os metamorfoses não mereciam esse destino, nenhuma espécie merece algo assim. Lucy abaixa a cabeça e fecha os olhos, lágrimas escorriam por seu rosto e sua palma já estava dolorida de tanto fecha-la. Lucy ergue o olhar para ver Khan e cerrou os dentes, raiva era transmitida no olhar de Lucy. Ela já não suportava e quando deu por si já gritava com Khan:

— Seu monstro! Seu monstro!

Nada passava no rosto de Khan. Ele continuava sério, sem expressar absolutamente nada. Sem reação e sem emoção. Cansado dos gritos e do choro de Lucy Khan ordenou:

— Nível máximo.

O funcionário obedeceu. Lucy sentiu seu corpo inteiro ser invadido e soltou um grito agonizante e perturbador. O choque não parava e Lucy já não aguentava. Seus gritos não cessavam e sua garganta já não aguentava. Precisava parar, precisava que isso parasse, mas não parava, só piorava. Os choques viam cada vez com mais força, um atrás do outro. Lucy agitava o seu corpo sem parar, como se quisessem expulsar aqueles choques de dentro de si. Khan olhando o sofrimento de sua vítima retornou para trás do painel e pronunciou:

— Hora de apaga-la.

Ele inseriu uma chave em uma abertura dando um único giro no sentido anti-horário, um botão amarelo surgi e Khan o aperta. Duas seringas aparecem cada qual de um lado de Lucy e sem dor penetram nos seus braços, Lucy dar um grito de dor e apaga.

Khan se retira da sala. Os seus funcionários começam a tira-la da esfera. Já solta eles colocam um tubo no lugar da esfera e a despecham lá dentro. Dentro da câmara já havia um líquido verde, Lucy ficava imóvel e em pé. Completamente desacordada. Eles fecham e insiram o código. Cabos rapidamente penetram na pele de Lucy e sua energia começa a ser sugada.

~*~

Os meninos se encontravam em frente ao enorme muro. Agora eles sabiam o motivo de antes não terem visto, era quase impossível. A plantação era grande naquela área e cobria quase todo o muro, menos o topo. Eles deixaram os cavalos escondidos e preparados. Luke se agacha e prepara a ancorar, gira três vezes e lança. Quando ela detecta piso firme automaticamente se prende. Luke testa e confirma que estava seguro. Primeiro vai Laila, quando ela chegou perto retirou um spray e passou uma boa parte pelo piso, automaticamente as linhas vermelhas parecem. Era o alarme, era de se esperar que aquela sede fosse tão protegida como a mansão, mas eles sabiam como desativar. Laila pegou um aparelho e o jogou sem que ele tocasse em qualquer linha, rapidamente ele desativou o alarme do teto inteiro. Tranquilamente ela subiu, depois foi os irmãos. Luke rapidamente guardou a âncora e eles ficaram analisando.

— Eles dividiram o teto em algumas partes de vidro e outras de concreto. Precisamos saber aonde Lucy estar. — diz Laila

— Deixa comigo — fala Luke.

Ele se senta em perninha de índio e retira um notebook da mochila. O aparelho liga sem fazer nenhum ruído, Luke logo escreve a localização deles e rapidamente a maquina se enche de códigos. Luke retira um microchip circular do notebook e fala:

— Eles nem vão perceber.

Como a sede tinha uma estrutura circular e o seu centro era aberto dando para ver as pessoas passando e até tendo uma ideia de quantos andares eram, Luke apenas chegou um pouco perto da ponta e jogou o microchip que caiu bem no centro. Segundo depois toda a planta da sede se encontrava no notebook de Luke. Ele começou a vasculhar e rapidamente encontrou a localização de Lucy. Como uma luva.

— A Lucy estar bem abaixo de anos á alguns metros, na segunda vidraça.

Apos terem recebido a informação Lucas e Laila correram para a segunda vidraça que ficava no lado direito, Luke rapidamente fechou o notebook e acompanhou os irmãos. O micro-chipe se autodestruiu, ficando pó e sendo levado pelo vento. Os irmão chegam na vidraça e Lucas se abaixa retirando quatro aparelhos da mochila e colocando cada qual em uma ponta da vidraça. Logo eles fazem um clic e o vidro ameaça cair, mais Laila é mais rápida e o prende pelas pernas, se apoiando pela mão. Com muito esforço ela consegue trazer o vidro para si, Lucas e Luke ajudam à pega-lo e lentamente o colocou sobre a vidraça. Eles amaram uma corda na cintura de Laila e lentamente a desceram, quando ela estava quase pisando no chão ela solta o aparelha que automaticamente desliga o alarme, isso sem o funcionário que trabalhava no painel se desse conta, e suavemente pousou no chão. Sem fazer qualquer ruído. Desprendeu-se da corda e lentamente caminhou em direção ao funcionário, botando ele para dormir.

Já desacordado Laila deu um sinal para os irmãos que cada qual desceu de forma silenciosa e rápida. Laila se ocupou em esconder o corpo, enquanto Lucas vigiava a porta e Luke procurava uma forma de tirar Lucy naquela câmara. Depois de esconder o corpo Laila troca de lugar com Luke que vai ficar de frente para câmara. Luke da algumas instruções que Laila segue direitinho e logo a câmara é aberta. Todos os cabos largam o corpo de Lucy e ela cai direto nos braços de Luke.

— Luke leve Lucy daqui — Lucas ordena ainda de vigia.

Luke tem Lucy em seus braços, Laila ativa a ancora e lança, quando tem a confirmação que ela esta segurar amara na cintura de Luke que pende o corpo de Lucy para um braço e com o outro sobe. Já em cima ele primeiro coloca o corpo de Lucy para depois sobe por inteiro, depois é a Laila e em seguida o Lucas. Eles colocam o vidro de volta, pegam de volta os aparelhos, exceto os do alarmes, esses já viraram pó e retornam a descer.

Todos já devidamente montados partiram para bem longe dali, Lucy ia com Luke e ainda permanecia desacordada. Já bastante longe eles caçam por uma lagoa e quando finalmente encontram descem dos cavalos. Lucas pega Lucy dos braços de Luke e a leva para a lagoa, seu coração já batendo acelerado, ela não acordava. Quando a depositou na lagoa, na parte rara, se distanciou. Imediatamente a agua e as folhas a envolvem, eles levaram seu corpo bem para o centro do lago e lá terminaram o serviço, quando tudo acabou surgi um pequeno cisne. Mas tinha algo errado...quando a água e as folhas se dissiparam e o cisne apareceu eles notaram de imediato que havia diversas partes brancas espalhadas pelo corpo de Lucy. Aquilo não era um bom sinal. Os olhos de cada um se arregalaram e Lucas engole em seco. E agora?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem gente é isso. Espero que tenham gostado!!!
Bjs e até a próxima =*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cisne Negro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.