Regina Mills

Regina acorda e sente um peso sobre si e assim lembra-se que seu pequeno veio no meio da noite para seu quarto e se deitou com ela, abre um sorriso enorme e se levanta. Deixa seu garoto na cama e vai fazer sua higiene matinal.

Após concluir sua rotina desce para a cozinha para preparar um café da manhã para ela e seu anjinho, mais estanca no ultimo degrau, vendo uma figura que muito conhecia e que não imaginou que voltaria a vê novamente, e quando olha para a porta da cozinha vê sua mãe a esperando.

Regina desce rapidamente os restos dos degraus e já se posiciona na frente da mãe.

–O que ele faz aqui? Fala com a voz firme e autoritária para a mãe.

–Veja como são as coisas. Começa ela indo até o balcão da cozinha e colocando uma xícara e enchendo de café. – Estava no hospital, fazendo meu exame de rotina, quando o Dr muito simpático veio até mim. Diz ela levando a xícara até a boca. – E perguntou sobre como você estava e que queria muito conversa com você, mais tinha perdido seu numero, como sou uma boa pessoa disse que ele poderia fazer melhor se ele tivesse um tempo eu o traria até você e imagina só. Diz ela fazendo uma cara animada. – Ele aceitou e cá estamos nós. Diz abrindo os braços no estilo tã..tã...

–Quero ele fora. Diz Regina e leva aos lábios a xícara aos lábios. – Não tem conversa, discussão ou contra argumentação. Ele não fica na minha casa e alias, ele não tinha meu numero por que eu mesma não dei a ele. Diz ela terminando o café e se levantando da mesa.

–Aonde vai? Pergunta Cora a filha.

–Para o hospital, Whale pediu para pegar o horário da manhã dele, ele tinha um compromisso ou sei lá o que. Diz ela como se não se importasse. – E quando eu voltar eu quero Robin longe da minha casa. Diz Regina já saindo da cozinha. – Não esquece que eu só volto amanhã cedo. Diz ela parando um pouco e volta a falar. – Falei sério quero esse homem fora da minha casa mãe.

A morena para no aparador pega a chaves do carro e a bolsa que deixava pendurado ao lado e sai da casa não acreditando no que sua mãe fez, novamente estava se metendo em sua vida e ela odiava isso.

A morena seguiu até o hospital e quando parou o carro viu Tinker e Kathryn a esperando com sorrisos nos rostos.

–Só vocês mesmo para tá com sorriso idiota em pleno domingo. Diz ela de forma divertida.

–Somos felizes não seja estraga prazer ok. Diz Kat a olhando de forma desaprovadora.

–Na verdade eu to feliz por que Jones pediu oficialmente para sair comigo. Diz a loirinha abrindo um sorriso bobo no rosto.

–Finalmente. Exclama Regina e olha para outra loira esperando ela dizer algo.

–Ok, ok. Sabe o Frederick? Pergunta ela animada.

–Sei aquele que faz a guarda florestal? Pergunta fazendo como se tivesse animada.

–Sim ele mesmo. Fala ela quase pulando. – Me chamou de linda. Diz toda derretida.

–Sério? Questiona Regina achando muito engraçado o comportamento da amiga. – Ele já me chamou de gata hein! Diz ela sorrindo e arrancando sorrisos de Tinker junto.

–Como você é horrível. Reclama Kat e sai batendo o pé.

Regina olha para Tinker e comenta. – Vingança completa. Fala rindo e recebendo um afirmativo da loira.

Emma Swan

Emma acorda com dor de cabeça e segue ao banheiro, toma um comprimido a seco mesmo e lava o rosto, com isso resolve tomar logo um banho e depois de fazer sua higiene matinal desce para o primeiro andar da casa.

Não sem antes deter na frente das fotos que estavam penduras dela e Mulan, como aquilo ainda apertava o peito da loira, não conseguia acreditar que tinha perdido a mulher da sua vida assim do nada. Suspira e termina de descer as escadas.

Ao chegar perto da cozinha fica com uma pulga atrás da orelha. O almoço estava pronto e que tinha preparado David, ele só fazia isso quando queria algo ou quando aprontava algo e sempre nenhuma das duas opções era boa, ultima vez que ele fez um algo caprichado para ela ele tinha ido embora ao dia seguinte.

–O que aprontou? Ou o que quer? Emma disse de supetão enquanto se sentava a mesa que ele tinha preparado e não o enxergando.

Ela ia pegar o copo quando ouve a voz de David.

–Sr Lee...(...)... Não mesmo...(...)... Eu já me decidi vou contar para ela sim...(...)... Eu sou como um irmão para ela não posso ficar fingindo que não sei de nada...(...)...Estou falando disso e da traição...(...)...Vou contar hoje a Emma que Mulan a traiu com Philip...(...)...Dói em mim também isso mais...(...)...Não adianta gritar...(...)...eu de.....

David para de falar assim que ouve atrás de si um barulho de algo caindo no chão e vê Emma parada com olhos arregalados.

–O que você disse. Fala Emma entre dentes indo para cima do amigo e empurrando na parede.

Emma o agarra pela gola da camisa e o pressiona com força. – Repita se for homem na minha cara. Diz ela não querendo acreditar no que tinha ouvido. – Não minta sobre ela, não suje sua honra. Grita perto do rosto dele

–Eu não estou mentindo Emma, me larga. Grita ele e estende o celular para Emma.

A loira pega hesitante o celular e aperta contra o ouvido. – Sra Lee, diga que é mentira, por favor. Suplica Emma.

A Mãe de Mulan pensou em mentir, mais não pode, não quando ouviu a voz quebrada de Emma e sabendo que ela precisava de David nesse momento.

–Sinto muito minha filha. Diz a Sra oriental e antes que ela complete o resto Emma desliga o celular.

Ao desligar o celular ela o joga na parede e depois começa a esmurrar a mesma até David a abraçar por trás e a fazer deslizar para o chão com ele.

–Não cara, não pode ser, não ela, não ela. Emma negava a acreditar sendo apertada pelo David.

–Em, sinto muito minha querida, sinto mesmo. Dizia ele apertando-a e fazendo carinho em seus cabelos.

Emma se desvencilha dele e tenta se levantar, mais acaba cortando a mão nos cacos que tinha deixado cair.

–Não venha sentir pena de mim, não preciso disso muito menos de você. Grita Emma para David

David a segura e leva até a pia, o mesmo vê que o corte é fundo.

–Precisamos ir ao hospital Emma. Diz ele suavemente.

–Não quero, não quero nada, só quero toda a minha vida de volta, por favor, devolve tudo para mim. Diz ela escondendo o rosto em seu pescoço agora.

David afaga seus cabelos e depois de minutos a guia para fora de casa, a coloca no carro e estende para ela uma camiseta que tinha dentro do seu fusca.

–Enrole na mão minha menina. Diz ele e quando ela não faz nada, ele pacientemente pega sua mão e faz o trabalho, leva ela para o hospital. O Nolan desce do carro e leva Emma até a entrada do hospital.

Passa pela entrada, quase a carregando e pede por um medico, no mesmo instante que Emma está sentando no banco esperando David preencher sua ficha Regina sai de sua sala, ela iria para a lanchonete, mais ao notar a loira sentada lá resolveu esperar. Quando viu o cara que estava com ela da outra vez sair do balcão foi até o mesmo e questionou recepcionista.

–O que eles querem? Perguntou sussurrando.

–Parece que a Sra Swan se machucou e vai precisar de pontos. Disse a recepcionista sorrindo para Regina.

–Mande ela para mim. Diz Regina a ela.

–Mais você é neuro. Diz ela a encarando. – Chefe de setor, não está aqui só para cuidar de cas... Ia respondendo a recepcionista até que Regina cortou ela.

–Exatamente chefe, agora entregue a ficha dela que já vou atende-la. Diz de forma ríspida e estica a mão, a mulher estica o papel para ela e a vê se afastando.

–Emma Swan? Grita o nome como se não soubesse e quando a mesma não faz nada ela volta a gritar. – Emma Swan?

David se levanta e ancora a minha até perto de Regina.

–Desculpe ela não está bem. Diz ele sorrindo simpático.

Regina não responde apenas abre a porta do consultório e faz um gesto para eles entrarem.

–O que houve? Pergunta Regina encarando já a mão ensanguentada da loira.

–Sou chifruda acredita. Diz a loira a encarando. – Fui traída e estava de luto até agora, mais descobri que fui enganada e não por qualquer um, não. Comigo é diferente, tem que ser sempre pela pessoa que mais confio. Diz Emma se levantando e andando de um lado para o outro.

–Emma você precisa se acalmar. Diz David se levantando e segurando seu braço.

Ela o puxa com força. – Não me diga o que fazer. Grita a loira. – E me deixe termina de falar com a gostosa da medica.

Regina se sentiu desconfortável pelo que Emma disse, não pareceu bom o jeito que ela falou.

–Então Emma, por que não senta e deixe-me suturar, enquanto você termina de contar. Diz a morena percebendo que a camiseta estava muito vermelha.

Emma não discuti, senta onde é apontando e estica a mão. Regina tira a camiseta e dá uma olhada, pega um vasilhame de metal, e coloca embaixo, mandando a loira segurar e pega o soro, limpando o local.

–Vou anestesiar para não sentir dor. Diz Regina pegando a agulha, mais Emma segura sua mão.

–Não precisa. Diz a olhando nos olhos e nesse momento Regina viu uma dor, um sofrimento que jamais desejou vê em rosto algum. – Nenhuma dor vai superar a que sinto aqui. Diz a loira levando a mão ao peito. – Faça rápido, preciso de uma bebida e de uma mulher o quanto antes. Diz a loira ainda a encarando.

Regina engole em seco e suspira, não queria ouvir isso e nem tinha entendido o que tinha acontecido.

–Emma você não vai.... Antes de termina a fala David é interrompido.

–Não comece. Reclama Emma. – Olha está é a medica do outro dia, aquela que o bêbado disse que queria você, dê em cima dela e me deixe em paz, por que vou fazer exatamente o que eu quiser com minha vida. Exalta-se Emma.

O procedimento termina em silencio, Emma se levanta e vai andando na frente, sem olhar para trás, David até tenta se desculpar com Regina, mais a morena diz que está tudo bem.

Regina bufa e suspira e agora? Como ir atrás da loira, por que pelo jeito se antes era difícil agora é impossível e se fecha em seu escritório.

Emma Swan

Emma sai em disparada para fora do hospital e entra em seu carro. David aparece e tenta impedir que ela vá.

–Como pegou a chave? Grita ele batendo no livro.

–Você me ensinou esse truque esqueceu? Diz a loira rindo e ligando o carro. Acelerando e indo embora.

David grita frustrado e sai andando até o hospital novamente.

–Preciso saber onde tem um lugar que serve bebidas. Diz o loiro para a Tinker.

–Só no Robit Hole. A loira mal termina de responder ele já está correndo para fora novamente do hospital. – Mais só funciona mais tarde. Diz a loira mais para si agora e dá de ombros.

Emma tinha a mesma informação, mais a completa então foi com o carro até uma mercearia comprou varias garrafas foi para o porto.

Abriu a garrafa e tomou um grande gole. Sentia-se estúpida, acreditou pela segunda vez em alguém de verdade e a pessoa a lhe enganou, como sobreviver a isso? E pensar que estava sendo a melhor que podia.

Sorri e balança a cabeça, não mesmo a partir de agora só a boa e velha Swan, aquela que não se envolve ou ama. Nada de se apegar ou ser boazinha uma coisa que ela aprendeu é que eles só se ferram.

Passou boa parte do tempo bebendo e bebendo, quando viu a hora ela podia já entrar na boate Robit Hole, não tinha mais condições de fazer isso, estava no porto bêbada e sem ter como ir para casa, queria mandar toda a responsabilidade a merda, mais ninguém tinha nada haver com isso então simplesmente saiu do carro e foi andando, no meio do caminho olhou para os lados e já não sabia onde estava mais, ainda com a garrafa na mão sentou-se no lugar mais próximo e se encolheu e finalmente se deixou chorar.

Regina Mills

Depois que Emma foi embora, Regina não atendeu muitas pessoas, ficou em sua sala pensando no sofrimento que viu em seus olhos. Também na maneira que a tratou como foi grossa e impessoal, diferente da pessoa prestativa que tinha sido outro dia.

Mesmo vendo à dor aquilo sobre ela ter falado que a morena queria ou tinha dado em cima de David a irritou, por que ela não era assim. Tinha passado o dia trancado no hospital, pegou a manhã de Whale, mais o seu plantão que se tinha sido escalada, isso durou seu domingo inteiro. Saiu apenas no dia seguinte de manhã. Tinha perdido um dia inteiro e a coisa mais emocionante tinha sido olhar para a briga de David e Emma.

Estava indo pela praça para ir para casa, como não tinha ido embora, sua mãe tinha ido pegar seu carro para poder passear com Henry e o idiota do Robin que ainda não tinha ido embora como ela tinha mandado no dia anterior.

Regina estava andando pela praça quando vê uma pessoa encolhida no banco da praça, nunca tinha visto isso no tempo que esteve lá, mesmo Leroy não dormia na praça.

Se aproximou aos poucos tentando vê se reconhecia e quando viu a mão enfaixada, sabia exatamente quem era. Pensou no mesmo instante em ignorar, afinal a loira não merecia atenção, mais depois ao olhar novamente e ver ela toda encolhida e indefesa resolveu vê se estava bem.

A primeira coisa que notou foi duas garrafas de bebidas no chão.

–Pelo jeito cumpriu o que disse que faria. Diz Regina a si mesma e vai cutucar a loira.

–Ei acorda. Diz a morena a empurrando levemente.

–Não quero. Resmunga a loira e vira para o outro lado.

–Vai logo Emma, está frio e você ainda precisa cuidar desse corte.

–Mais um pouco só. Resmunga Emma e muda de posição novamente ficando de frente com Regina. – Amor deita aqui tá cedo. Resmunga a loira tentando fazer Regina deita no banco com ela.

–Swan pare com isso agora. levanta a voz. – Levante-se daí. Diz autoritária.

–Nossa para quer gritar mulher. Reclama a loira coçando os olhos. – Espera você não é a vadia da minha esposa é a medica gostosa do hospital, o que faz na minha casa? Oh eu peguei você foi. Diz a loira totalmente embaralhada e tropeçando nas palavras.

–Que sua casa? Estamos na praça, levanta logo daí antes que alguém veja a grande autoridade de Storybrooke totalmente bêbada. Reclama Regina puxando a loira para cima.

–Não estou bêbada. Reclama. –Ei não me empurra. Reclama a loira quando cai no chão sozinha.

–Não estou vem logo. Diz a morena estendendo a mão.

Emma pega a mão dela e se levanta, Regina a apoia em seu corpo e vai saindo da praça.

–Me diz onde mora. Fala a morena equilibrando as duas.

–Na minha casa. Diz a loira rindo. – Você cheira bem. Diz abobalhada.

–Certo na sua casa e onde ela fica? Tenta novamente Regina tentando manter a calma

–Ali. Aponta a loira para trás na praça.

–Não ali é a praça, onde você mora. Tenta novamente.

–Não vou te dizer. Fala a loira seria e se soltando. – E se me roubar? Pior se aproveitar de mim. Diz a loira sorrindo maliciosamente.

–chega. Fala Regina indo para longe da loira. – Se não quer ajuda se vira. Diz ela começando a andar.

–Pode ir, eu nem ligo mulher. Fala a loira parada olhando para frente. – É sempre assim mesmo, eu sempre me viro sozinha e me viro... Não consegue terminar de falar por que tropeça. – PORRA. Grita quando apoia a mão e sente dor.

–Mais que droga não Regina, você tem que ser boa samaritana. Diz a morena a si mesma.

Volta e puxa a loira para cima e tenta questionar sobre sua casa e a loira volta a dar respostas evasivas, Regina desiste e resolve levar até a sua casa.

Entra pela porta e ignora as perguntas da mãe.

–Robin sirva para algo e me ajude a levar ela lá para cima. Diz autoritária.

Robin prontamente se levanta e leva a loira.

Regina a coloca no banheiro e liga o chuveiro no gelado. A loira dá gritos e fica xingando baixinho enquanto treme.

A morena desliga a chuveiro e manda ela tirar a roupa.

–Assim? Sem jantar nem nada. Diz a loira puxando a camiseta para cima, mais se atrapalhando toda.

–Deixe que eu faça. Diz Regina tirando a roupa de Emma e a deixando nua, coloca uma camiseta e um short mais folgado na loira e a bota na cama sentada. Cuida de sua mão novamente e a faz deitar.

–Não vai deitar comigo? E dessa vez a loira soou perdida e carente.

–Não vou deixar você descansar. Responde indo a porta.

Emma na mesma hora cai no sono, não antes de deixar escapar por seus lábios. – Mulan.

Regina estanca no mesmo lugar para vê se ela com ela. E quando vê que não simplesmente abre a porta não antes de escutar mesmo não passando de um murmuro.

–Obrigada.

E deixa a loira dormindo em sua cama. E suspira e pensa consigo mesma, não era assim que a queria na sua casa e na sua cama, mais pelo menos já é algo. Sorri de lado ao lembrar-se do corpo espetacular de Emma e desce as escadas, pronta para o bombardeio de perguntas que viria de sua mãe.

E também entender o que aquele cara ainda fazia em sua casa.