Construindo a vida escrita por Aymê


Capítulo 7
Acordando


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, mais um capitulo...



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Regina Mills

Desce as escadas arrumando a roupa. Para antes de chegar ao primeiro degrau da escada e respira fundo. Continua os passos, encontrando sua, Robin e Henry na cozinha fazendo o desjejum.

–Mamãe. Grita o menino, sendo o primeiro que vê a morena. – Não gostei dele. Aponta para Robin, sem esconder o seu descontentamento com o homem em sua casa.

–Que bom querido. Diz Regina e pega seu menino no colo, indo ao encontro dos dois adultos em sua cozinha.

–Por que ele ainda está aqui? Pergunta diretamente a sua mãe.

–Regina! Repreende a Cora. – Não foi essa educação que lhe dei.

–Foi sim, me ensinou a ser honesta e é exatamente o que estou sendo no momento. Responde sem encarar Robin.

–Será que podemos conversa? Pergunta tentando ignorar toda hostilidade. – Vai ser rápido e não tem haver com o que sinto por você. Esclarece calmamente.

–Um minuto. Diz Regina sugando o ar com força, coloca o menino na cadeira e segue para fora da cozinha. – Seja breve e depois pode ir embora.

–Não sei por que tanta agressividade. Começa ele e quando Regina vira para abandonar ele falando sozinho. – Apenas me escute, eu sou sim apaixonado por você, mais entendo que não sinta o mesmo. Diz ele pausadamente. – Então se... E antes que termine de falar Regina puxa o braço.

–Por que não para de enrolar e diz logo? Meu dia de folga e quero passar com Henry. Responde rispidamente.

–Ok, eu me meti em um problema. Diz ele fazendo Regina ergue a sobrancelha para ele. – Me envolvi com uma interna e fui expulso do hospital e só aceitei isso, por que era importante para Marian continuar no programa que ela estava. Fala e respira. – Então preciso de um trabalho, sei que pode me ajudar, por que sua mãe é disse que você praticamente é dona do hospital. Diz ele sorrindo de lado para ela.

–Marian? Fala ela rindo. – Sempre soubemos do seu envolvimento o que não está contando? Pergunta ela diretamente.

–Ela ficou grávida. Responde de cabeça baixa. – Quando descobrirem a mandaram embora e preciso de algo estável para cuidar dos dois. Diz ele a encarando agora.

–Ok! Posso ver isso. Diz ela. – Mais você não vai ficar aqui. Diz enfaticamente. – Quero você fora da minha casa até o fim do dia. Explica.

–Combinado. Diz ele levantando a mão para ela. – Obrigado!

–Não é nada garantido. Responde e não pega na mão do homem a sua frente.

–Eu te amo. Diz ele. – Eu sei, sei que a situação não é boa, mais só queria deixar claro, Marian é boa, mais você é quem eu amo e sempre vou amar. Diz ele sorrindo.

–Você é louco né? Diz ela se afastando um pouco. – Nunca tivemos nada que profissional, como pode me amar?

–A pergunta Regina não é essa. Diz ele de forma clara. – A pergunta certa é como não te amar. Responde indo pegar sua mala e casaco. – Já vou, sua mãe disse sobre uma pousada, vou para lá, mais não se esqueça de ver para mim o emprego. Diz ele piscando e abre a porta, para nela e a olha, suspira e sai da casa dela.

Regina respira fundo e vai em direção a cozinha, com passos firmes para na frente da mãe, coloca a mão na cintura e solta tudo de uma vez.

–Não traga loucos a minha casa mãe, principalmente para perto de Henry. Diz a encarando.

–Não é louco. Diz a mãe ofendida. – Perdido. Ele é apenas perdido filha e te ama, para mim já basta ele te amar.

–Eu devia não permiti que você ficasse aqui. Diz indo pegar café para si.

–Olha quem está falando. Diz Cora a encarando de braços cruzados. – Quem foi que trouxe uma mulher desconhecida para casa? E Bêbada? Não fui eu tenho certeza. Fala sorrindo vitoriosa.

–Não é desconhecida. Diz Regina parando todos movimentos. – É a xerife, eu sei quem ela é e ela não é maluca. Fala em defesa da loira.

–Então ela gritando que você não a devia trair? Questionando se ela não era boa de cama o suficiente para você e dizendo que te amava? Tudo isso é verdade? Volta a sorrir quando Regina cora.

–Claro que não mamãe. Fala Regina agora concentrada demais no seu café. – Apenas problemas que não é da nossa conta.

–Mamãe o que é ser corna? Pergunta o menino inocentemente. –E você não a ama o suficiente? Eu achei ela legal. Diz ele a encarando com os olhos em expectativas.

–Quem não é um bom exemplo? Cantarola Cora enquanto se retira da cozinha, sobre os olhos atentos e suplicantes de Regina. – Não tenho boas decisões, deixarei você fazer sozinha querida. Declara Cora saindo de vez do ambiente.

–Muito legal da sua parte mãe. Declara a morena e olha para o filho. – Querido isso são coisas de adultos, quando for mais velho explico tudo bem? Pergunta torcendo para que sim.

–Pergunto na escola. Responde o menino naturalmente.

Regina olha para o filho e pensa quando foi que ele ficou tão inteligente? Resolve deixar para que Mary explique, com certeza ela saberia o que falar, já que ela não tinha noção de como explicar ao menino.

–Que tal termina o café da manhã e irmos passear? Pergunta ela animada.

–Mais e a moça? Pergunta ele realmente preocupado com Emma.

–Vovó fica de olho, ela ficará bem. Diz Regina sorrindo para o filho.

–Ok. Responde satisfeito e termina de comer seu cereal.

Regina pede para que a mãe apenas fique atenta a Emma. Cora não gosta do fato de ter que ser babá da loira, mais no fim acaba concordando, afinal estava sem pique para ir no parque correr atrás do neto.

A manhã passa rápido para Regina e Henry e logo estão em casa. Logo Regina deu um banho em seu príncipe e foi tomar o seu enquanto sua mãe preparava o almoço para eles. Entrou e tomou uma ducha rápida, só para tirar o suor das brincadeiras com seu filho, saiu já vestida, afinal Emma estava em seu quarto.

Quando saiu parou perto da cama. Ficou uns minutos olhando a loira dormi, como ela estava parecendo triste até assim dormindo, como se carrega-se um mundo em suas costas. Regina tira uma mexa da frente do rosto de Emma e quando vai abaixar a mão a sente ser segurada.

–Onde estou? Pergunta a loira, abrindo os olhos e encontrando os castanhos a sua frente.- Como minha cabeça doi. Diz ela soltando a mão e colocando as duas em sua própria cabeça.

–Tome essas aspirinas e um pouco de água, que ajuda a passar. Fala Regina suavemente, para que a dor não piore.

Emma senta na cama e olha para a mulher na sua frente. – Dormimos juntas? Pergunta Emma e quando vê Regina a olhar de modo bem estranho completa rapidamente. – Não fique braba, eu bebi muito e não me lembro de nada, mesmo você sendo muito linda e tals, a bebida é mais forte, ainda mais eu que sou fraca para isso e.... Antes que termine de dizer algo Regina a interrompe.

–Miss Swan... Regina ia explicar quando um pequeno furacão entra no quarto pegando as duas de surpresa.

–Você acordou. Pergunta o menino em cima da cama perto do rosto da loira. – Seus olhos são tristes. Comenta.

–Eu sei. Responde Emma simplesmente. – E você quem é? Pergunta Emma franzindo o nariz.

–Henry Mills, prazer. Diz ele estendendo a pequena mão para a loira a sua frente.

–Emma Swan. Responde a loira rindo pela seriedade do menino. – Eu preciso ir, onde estão... Ela para apontando para ela.

–Secando. Responde Regina. – Henry a deixe respirar menino. Diz a morena puxando ele para seu colo – Desculpe ele é bem curioso. Responde Regina sorrindo para a loira.

–Tudo bem. Responde Emma meio envergonhada. – Gostei dele. Fala levantando a mão e batendo na mão do menino.

–Então você namora a minha mãe? Pergunta o menino em expectativa.

–Bom.. eu..é....bom... Emma não sabia o que falar, nem se lembrava da noite de ontem.

–Henry! Reprende Regina. – Vamos deixar ela acorda direito rapazinho. Diz Regina rindo e pega o menino no colo. – O almoço está quase pronto e suas roupas quase secas, já as trago, sinta-se a vontade. Diz a morena e se dirige a porta para ir embora.

Emma suspira e passa as mãos no cabelo, se sentia ferrada, como pode logo na primeira noite de “farra” dormi com uma mãe de família, suspira pela sua “burrice” sabia que era fraca, mais não lembrava que horas voltou a encontrar a mulher? Como foi parar lá? Tantas perguntas sem respostas que se sentia perdida e de repente o motivo de tudo isso veio a sua cabeça, Mulan, como se sentia uma burra agora.

Passou cinco anos de sua vida sendo a mulher e esposa perfeita, para no final descobri que foi enganada, que ironia, por todas as mulheres que não deu bola ou foram de uma noite só, pagou caro com o amor de sua vida. Joga-se na cama, queria se lembrar da noite passada, para se sentir pelo menos melhor, menos humilhada por saber que foi trocada pelo amigo.

Resolve levantar e ir fazer a higiene matinal, afinal estava sentindo um gosto horrível na boca. Ai que percebe que não está com suas peças intima, e vê alguns arranhões no braço e no joelho.

–Pelo visto a noite foi boa. Diz a si mesma fazendo uma careta ao sentir seus músculos doendo. Termina e volta para o quarto senta na cama de Regina e espera, não tinha coragem de sair assim.

Regina logo entra com as roupas da loira, sem graça, afinal sabia que Emma pensava que tinham feito algo, queria desmentir, mais não sabia como começar a conversa, deu as roupas para a loira.

–Obrigada! Diz Emma sorrindo timidamente. – Sobre ontem eu... para de falar por que a porta abre abruptamente.

–Acordou. Diz Cora sorrindo e ignorando a cara nada feliz de Regina. – Finalmente, o almoço está pronto, venham logo antes que esfrie. Diz olhando para as duas. – E por favor Miss? Pergunta a morena mais velha.

–Swan. Diz a loira ficando em pé. –Emma Swan. Responde a encarando e estendendo a mão.

Cora pega a mão e aperta. – Não seja tão escandalosa dessa vez. Diz com olhar reprovador para a loira.

–Sim senhora Mills. Fala Emma totalmente vermelha.

–Venha Regina, já fiz o almoço, coloque ao menos a mesa. Fala puxando Regina para fora do quarto.

Regina sai com um olhar de desculpas para a loira e se deixa ser levado pela mãe.

Emma olha atônita para a porta, agora se sentia ferrada mesmo, não bastava o guri saber a mãe sabia também, como fazer para se livrar dessa agora. –Parabéns Emma, primeira noite livre se prende em uma mãe solteira com uma mãe terrível, palmas para você. Resmunga para ela mesma enquanto tira a roupa que a morena lhe empresto e coloca as suas roupas.

Termina de se vestir e não sabe o que fazer, se desce e vai embora, se fica para o almoço, se corre ou corre e grita a ao mesmo tempo, vai até a porta e para, respira um pouco e quando abre a porta encontra o menino de olhos esverdeados claros a esperando.

–Até que enfim. Resmunga o menino e estica a mão para ela.

Emma confusa pega a mão do menino e o segue para baixo, logo está sentada a mesa, com Cora, Regina e Henry, almoçando. A conversa entre eles fluem, mais Emma fica em silencio até que o menino resolve a interrogá-la.

–Você tem uma arma né? Emma apenas confirma com a cabeça. – Posso ver ela? Pergunta animado.

–Ela não está comigo e mesmo que estivesse comigo não lhe mostraria, você é pequeno demais para isso. Responde a loira.

–Não sou pequeno. Diz ele emburrado. – Sou o homem da casa, não sou mamãe? Pergunta a menino se virando para a mãe.

–É sim meu príncipe, mais você não pode ver a arma do mesmo jeito. Diz fazendo o garoto cruzar os braços e bufar.

–Ok, mais e as algemas? Pergunta olhando para Emma.

–Não estou com nada do trabalho aqui garoto, foi mal deixamos para a próxima. Diz de maneira inocente.

–Então você vira mais vezes aqui? Pergunta ele se animando novamente.

–Bom...é... Emma passa a mão pelos cabelos em sinal de nervosismo.

Regina resolve interferi. – Querido o que falamos sobre perguntas? Fala a morena atraindo a atenção do garoto.

–Nada de perguntas indis...indis... tenta ele.

–Indiscretas. Completa a morena. – Então deixe a Miss Swan almoçar em paz.

–Ele não está incomodando. Diz Emma tentando soar simpática.

–Viu mãe não estou inço... isso que ela disse. Diz ele sorrindo vitorioso. – Você vem? Pergunta encarando a loira novamente.

–Se sua mãe quiser eu venho. Resolveu jogar a bomba para a morena.

Regina resolveu aproveitar essa oportunidade. – As portas das casa estão abertas Emma. Responde sorrindo.

–Pelo visto não só as portas. Murmura Cora vendo como sua filha estava derretida pela loira.

–Mãe! Repreende Regina. – Está parecendo mais criança que Henry. Fala a morena em tom baixo.

Depois do comentário de Cora o silencio se estabeleceu até o final do almoço, só se ouvia Henry tagarelando sobre como deve ser legal ser policial e a loira apenas concordando com ele.

Assim que termina Emma faz mais uma horinha e anuncia que tem que ir embora, Regina insiste para que ela não vá, mais a loira diz que precisa ir para casa avisar David e dormi mais um pouco. Regina acaba cedendo e diz que acompanhará ate a porta. Emma se despede do menino com um toque de mão, da Senhora Mills com um aceno e segue Regina.

–Bom obrigado por tudo. Diz a loira sem graça, não sabia o que fazer para se despedir.

–Que isso. Fala a morena e sorri.

Emma se inclina e dá um selinho na morena, achando que seria o certo afinal, passou a noite e parte da tarde ali com ela e a família. Regina sorri sem graça e acena quando vê a loira se afastando, assim que Emma está fora de vista, coloca a mão sobre os lábios.

Regina suspira, por que agora tinha certeza, se antes ela achava que tinha se encantado só vendo a loira, agora sabia que tinha se apaixonado a primeira vista, só recriminou por não ter dito a loira que não aconteceu nada, pensou consigo, oportunidades para esclarecimentos não faltaram. Entra e fecha a porta vendo sua mãe, olhando-a com reprovação.

–Só vou dizer uma coisa. Fala Cora descruzando o braços indo até a filha. – Tome cuidado, você lembra-se da ultima vez? Não quero você sofrendo novamente, não agora que se abriu, mais você mocinha gosta de encrenca não? Sorri para a filha e passa as mãos pelo eu rosto. – Você viu o que eu vi? Não é? Dor nos olhos esverdeados dela é perceptível, não acho que ela esteja pronta ou se vai está? Só tente não se machucar ok? Não quero ter que cometer um crime, amo minha liberdade. Sorri novamente e beija o rosto da morena e sai da sala deixando Regina pensativa em tudo que a mãe falou.

Emma Swan

Sai da casa de Regina e segue para a sua, pensando aonde tinha se metido agora, suspira quando coloca a chave na porta, abre ela e se depara com a foto das duas, sua raiva volta, então em um momento de irá. Pega o quadro e o quebra, batendo na parede, no chão, pisando em cima, parecia uma menina mimada quebrando um brinquedo e quando acaba, se joga no sofá e afunda a cara na mãos.

Logo a porta da frente se abre e um David cansado entra.

–Emma? Corre até ela e se ajoelha a sua frente. – Te procurei em todo lugar mulher, não suma assim, quase me matou do coração. Diz ele a puxando.

Emma se afasta e encosta a cabeça no sofá, solta o ar e responde. – Não acho que seja da sua conta. E se levanta.

David prontamente se levanta também. – Não faça isso Emma, não me afaste novamente, por favor. Pede a olhando nos olhos, mostrando todo arrependimento que sentia. – Por que dessa vez, você pode me empurrar mil vezes que eu voltarei para você mil e uma. Diz com convicção.

Emma o olha e analise e de repente se joga em seus braços e chora o apertando contra ele, chora por minutos e vai parando aos poucos.

–Dói tanto. Diz em um sussurro. – Tanto que não sei como passar por isso. Completa.

–Você vai, vou está aqui com você, não se preocupe, juntos vamos passar por isso, juntos podemos passar por tudo minha menina. Diz ele sorrindo e a puxando para que ela possa ver a sinceridade do que ele diz.

–Não sou menina. Responde sorrindo entre as lagrimas.

–É sim para mim sempre vai ser. Diz ele limpando as lagrimas com os dedos. – Agora me diga onde passou a noite, não me diga que fez alguma besteira? Pergunta a encarando.

–Talvez. Diz ela sorrindo timidamente. – Acho que dormi com a Regina Mills. Solta de uma vez e olha para baixo.

David a encara por alguns minutos e solta uma risada. – Bom gosto maninha, bom gosto. Diz ele dando um apertão no ombro dela. – Ela é a maior gostosa, por que essa cara? Diz ele prestando atenção na expressão de Emma.

–Ela é mãe David, e eu conheci não só o garoto, mais a mãe dela também, acho que estou ferrada isso sim. Solta ela de uma vez.

–Vish. Diz ele e cai na gargalhada. – Só você para cair na bebedeira e arrumar algo sério. Diz ele rindo mais ainda da cara dela.

–Não ria David é sério o assunto. Fala o encarando.

–Olha se ela vir aqui pedindo para assumi-la pode deixar que eu defendo você. Diz ele rindo. – Melhor até pego seu lugar, por que ela olha é muito gostosa. Fala rindo mais ainda e leva um soco no ombro.

–Ria mesmo, por que não é você que vai ter que conversa seriamente depois. Fala a loira lamentando. – Quer saber não vou pensar nisso, vou subir trocar a roupa e dormi. Fala já subindo as escadas.

–Pelo menos foi bom? Pergunta David rindo e como resposta, recebe uma das fotos penduradas na parede em sua direção.

Emma sobe e faz exatamente o que disse, tira a roupa e apaga assim que deita. Enquanto David ainda sorrindo, reza para que essa morena construa novamente tudo que Mulan quebrou na sua irmãzinha.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, até a próxima