Conversão - in review escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 9
Capítulo IX




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Ao chegar em casa, deixo meus pais agora subirem primeiro enquanto eu paro no gramado do jardim, da porta da frente minha mãe se vira para me interpelar:

— Venha, filha!

— Não tenho certeza se me receberão bem – respondo a título de escusa.

— Não se preocupe, criança. Você é amável, é quase impossível não gostar de você - Carlisle diz, me incentivando.

Se aproxima e com o braço em minhas costas me conduz pela entrada – me senti um pouco estranha, desconfortável, mas me lembrei que não havia motivo para me preocupar com o toque de Carlisle – a porta já está aberta por mamãe. Ao passarmos por ela esta me afaga o ombro:

— Vamos lá, querida! - ela também me encoraja.

Ao entrar todos já estão na sala me esperando. Alice me olha com viva curiosidade. (sua aura é amarelada demonstrando sua clarividência) Edward me observa com expectativa (sua aura é esverdeada, um tom claro, que demonstra calma, assim como a da esposa). Bella, ao lado do marido, me admira. Jasper me encara com indiscrição (que me deixa constrangida). Emmett me perscruta divertido, animado com a nova irmã. Rosalie nem me percebe, ou ignora porque com certeza ela sente meu cheiro. Jacob e Renesmee não estão em casa no momento, vou conhecê-los mais tarde.

Tudo isso aconteceu em segundos, apenas passei o olhar pela sala. Por um momento fiquei hipnotizada, olhando com olhos arregalados para aquelas pessoas pálidas – agora meus irmãos. Eram assustadoramente belos e belas quase demais para serem descritos. Me arrisco a dizer:

— Hi!

Emmett exulta, Jasper bufa. Edward fala comigo:

— Bem vinda, Carol. Não se preocupe, pode falar em português mesmo, vamos entender. – e percebendo minha confusão com as reações dos irmãos, complementa – Emmett apostou que você falaria primeiro inglês. Ele ganhou.

— Compreendi. Obrigada.

Alice se coloca de pé em um salto, puxando Bella pelo braço e vem me cumprimentar com um abraço que me pega de surpresa:

— Prazer em conhecê-la ao vivo.

Edward me explica de novo:

— Ela já conhecia você através das visões.

— Ahh!

— Bem vinda irmã – Bella me estende a mão.

Tenho medo de machucá-la, então vou bem devagar. Edward dessa vez fala com a esposa:

— Ela está com medo de te machucar, querida.

Bella me tranquiliza:

— Não tenha medo.

— Não quero machucar ninguém.

Enquanto eu me viro para olhar o que meus pais acham, Emmett se aproxima e me abraça tirando-me do chão. O que me assusta um pouco.

— Macaquinho, cuidado! – exclama Rosalie.

— Tudo bem ursinha, ela é mansa, como Bella era – Emmett irrompe em gargalhadas me pondo no chão.

— Ei! – Bella protesta.

— Não é verdade, irmã? – intervém Rosalie. – ela também é patética como você.

— Garotas! – Esme e Carlisle dizem quase que simultaneamente.

Apesar do claro esforço de Jasper o clima começa a ficar carregado na sala.

— Porque eu nunca sou consultada? Trouxeram essa daí para casa - aponta para mim. Sinceramente não gostei do jeito que ela falou de mim, como se eu não estivesse presente. Ou pior, como se eu fosse um objeto, uma coisa. Nunca gostei de ser maltratada, e acho que ninguém merece ou gosta disso.

— Porque você deve se conformar, você sempre é voto vencido nessa casa, Rose – Edward surge em socorro da esposa.

— Você não vai dizer nada macaquinho? – olha inquisitivamente para o marido.

Emmett permanece calado.

— Oh, por favor! –exclamei sentindo-me embaraçada. – Sinto muito por ter causado tanto aborrecimento. Se tivesse imaginado o que iria acontecer asseguro-lhes que não teria vindo. Por favor, não discutam por minha causa. Detestaria pensar que fui a causadora de um rompimento permanente na família Cullen. Se quiserem posso ir embora... – viro as costas e rumo para a porta.

— Não, filha, por favor – Esme roga. – Fica, por mim. – Ela me segura pelo pulso, o que me provocava uma sensação desconfortável quando humana, mas agora sendo Esme é diferente.

— Sim, mamãe. – Edward pode ler em minha mente as razões que me fariam obedecer Esme de qualquer forma, mesmo se eu tivesse que me sacrificar para isso. Ela é minha criadora, a quem eu devo obedecer em tudo e sempre. Ela é minha mestre e guia.

— Quanta ousadia - sibila Rosalie. Sua aura vermelha reluz com tons vermelhos mais escuros indicando agressividade.

— Deixe Rosalie, ela vai te aceitar com o tempo, Carol - diz Carlisle.

— Nunca! – rosna Rosalie. Sinto que ela me mataria se não estivéssemos no meio de tantas pessoas em que ela teria desvantagem se tentasse me machucar. O que me fez ficar com medo de ficar sozinha com ela.

Me viro para ela, vejo a hostilidade brilhando em seus olhos. Como quando meu pai me batia e fico ainda mais apavorada. Rosalie percebe e sorri satisfeita por ter conseguido me amedrontar.

— O que eu te fiz Rosalie? – pergunto, uma pergunta idiota, eu sei. Me sinto a pessoa mais imbecil do universo por ter feito isso. Estou me estapeando mentalmente. É claro que ela não precisa de um motivo. Ela apenas me odeia. esse é o motivo.

— Eu não preciso te responder, mas vou. Você, Carolynne, existe. Não deveria ter vindo. Sua respiração é um insulto para mim. Não sei por que meus pais te escolheram, não fui com a sua cara e ponto – ela se levanta e desaparece correndo.

Passei a mão trêmula sobre o rosto, como recolhendo as lágrimas que nunca mais cairiam. Senti minhas asas se contraindo e então um soluço escapou pelos meus lábios. Por acaso, assim descobri como vampiros choram.

Esme me abraçou.

Carlisle olhava assombrado para onde a filha sumiu mais velha. ele sabe como me sinto, ele póprio é vitima da rejeição de Rosalie. Os demais também estavam atônitos.

— Não se preocupe Carol, acredito que falo por todos, queremos que fique – diz Jasper.

Alice quase transborda de orgulho do marido e inclinando-se para ele lhe dá um beijo apaixonado.

— Ela tem asas… - fala Emmett ainda constrangido pelo comportamento da esposa.

— Sim, ela tem – responde Bella.

— Mas como? – questiona Emmett.

— Eu tenho uma teoria – responde Carlisle.

— Hum – interessante. Exclama Edward lendo o pensamento do pai.

— Podem, por favor, explicar em voz alta? – pedem Alice e Bella.

Eu também quero saber porque o assunto é sobre mim. Esme aperta mais a minha cintura para junto de si.

— Carol é um anjo, porque nós Cullen somos uma família diferente de vampiros. Não fazemos mal aos seres humanos como os outros. Vivemos com eles em sociedade, não nos distanciamos por sermos superiores, buscamos ajudá-los. Não somos egoístas de nossa condição, pelo contrário buscamos fazer o bem que podemos.

— Concordo pai – levanta-se Alice.

— Carol, irmãzinha, pode desculpar o que Rosalie te fez? – pede Emmett.

— Claro! - Desde que ela não tente me matar, está tudo certo.

— Viu. Ela é muito boa por isso a escolhemos – diz Esme com os olhos brilhando de sublime orgulho e alegria.

— Não precisa explicar mãe, sabemos que vocês fizeram a escolha certa. Vocês tem suas razões, não precisa nos dar satisfação alguma - diz Edward.

...XXX...

 


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Notas finais do capítulo

Trilha sonora: We don’t need another hero e Simply the best, Tina Turner.



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