Capítulo 5

Amanhece o dia 16 de outubro de 2005, eu acordo envolvida pelos braços de minha querida Esme.

— Feliz aniversário Esme! – digo sorrindo para ela.

— Obrigada sweetie. I like you just the way you are.

...A tarde quando eu volto da escola colho uma flor para ela. Chego em casa toda contente e antes de meus afazeres a procuro:

— Esme – chamo.

— Estou aqui – ela aparece atrás de mim, o que me assustava nas primeiras vezes, mas agora estou acostumada.

— Trouxe um presente para você.

— Não precisava se incomodar querida. Eu sei que você não tem muito dinheiro.

— Eu sei que isso não importa para você. Pois você vê além do fato de eu ser pobre, me aceita como eu sou. Mas o presente que eu te trouxe Esme não custou nada e o mais importante é o sentimento com que lhe entrego – estendo-lhe a flor.

— Oh! Obrigada querida!

— Você é uma flor para mim.

— Mas não precisava arrancar, nem machucar a árvore.

— Eu ajuntei do chão. Sei que não vai durar muito, mas o que conta é o sentimento.

Esme me abraça, cuidadosamente, agora eu sei que ela precisa ter muito cuidado para não me machucar porque ela é muito forte – com certeza poderia matar meu pai, mas eu não pediria para ela sujar as mãos, ele não vale a pena e Esme não merece ter de ficar com peso na consciência por causa sua e nem manchar seu histórico.

...XXX...

Estamos já no dia 21 de outubro. Quando eu acordo Esme ao meu lado me felicita:

— Feliz aniversário, querida!

— Obrigada – digo me levantando para tomar café da manhã.

— Eu tenho um presente para você. Na verdade eu e Carlisle que escolhemos. Feche os olhos.

Sinto os longos dedos gelados dela em meu pescoço.

— Pode abrir.

Ela me traz um espelho de mão e assim eu posso ver o pingente crucifixo que me deu de presente.

— É lindo. Obrigada.

— De nada querida.

— Você merece – complementa Carlisle.

Eu ruborizo fortemente com o elogio ao qual não estou acostumada.

...XXX...