POV ADAM.

Finalmente havíamos conseguido o antídoto. Agora vinha a etapa final, saber em quem aplicar para ver se realmente funciona. Ficamos em silencio perdidos em nossos pensamentos que ninguém disse uma palavra. O medo de aplicarmos em alguém e as chances de não de não dar certo eram grandes, mas tínhamos que tentar.

–Acho que devemos avisar a Dra. Torres e saber qual a opinião dela- diz Megan.

–Eu concordo- diz Carol- eu vou avisar meus amigos que finalmente conseguimos- diz ela.

–Acho que não devemos criar tantas esperanças- digo e elas me encaram- Calma não quero ninguém chorando no meu ombro depois- digo a elas.

–E quem você acha que vai ser a louca que vai chorar nos seus braços?- diz Megan fazendo a Carol rir.

–há- há houve um tempo que você só procurava meus braços pra se lamentar- digo e ela cora.

–Ta legal casal depois vocês discutem a relação, agora temos que nos focar em salvar essas pessoas- diz Carol- Vocês avisem a Dra. Torres e peça para encontrar conosco na sala de visita dos isolados assim podemos dar a noticia e ver quem se disponibiliza a ser o primeiro- diz ela.

–Eu preciso fazer uma ligação antes- diz Megan se afastando de nós.

Assim que ela esta longe de ouvir nossa conversa a Carol me bate.

–Ai, porque fez isso?-pergunto passando a mao onde ela me bateu.

–Porque você tem que ser tão chato com ela?-pergunta Carol.

–O que? Eu não fiz nada- digo inocentemente.

–Quero saber a sua historia com ela pra ver se consigo entender essas faíscas que saem de vocês quando estão juntos- diz Carol.

–Faíscas? Mas ela me odeia- digo e ela me encara- Oh faíscas de raiva, entendi, pensei que era faíscas de amor ou algo assim- digo entendo e ela revira os olhos.

–O que você fez no passado com ela?-pergunta Carol.

–Eu nada eu vou la falar com a Nyssa, nos encontramos lá ta bom- digo e ela segura meu braço.

–Seja lá o que você fez com ela concerte, não me interessa quem estava errado- diz ela- Megan é uma mulher encantadora então pare de agir como se você não se importasse com ela- diz.

–Como pode ter tanta certeza que eu me importo?-pergunto.

–Porque eu te conheço e alem do mais você tenta esconder que não gosta dela, mas quando ela não ta vendo você fica igual um apaixonado olhando pra ela.

–Ual acho que você tem me observado demais- digo a ela.

–Um apaixonado reconhece outro- diz ela- Agora vai atrás da Nyssa porque temos trabalhos a fazer.

–Fui, não esta mais aqui quem falou- digo já saindo.

Será que é possível? Um amor de anos enterrado voltar com apenas um olhar? Provavelmente desse ser ilusão da Carol, nunca que ela me perdoara pela escolha que eu fiz.

“-Eu sei amor... agora eu tenho que desligar... também te amo muito meu amorzinho” escuto Megan falar pra alguém no telefone, mas é lógico que ela tem marido e provavelmente uma família , o que eu fiquei pensando? Que ela me esperaria para um dia sermos felizes juntos. Isso nunca aconteceria mesmo que eu me explicasse e contasse a verdadeira historia, ela já tem uma vida. Fico perdido em meus pensamentos que nem a vejo se aproximar.

–Não sabia que você ouvia as conversas dos outros- diz ela.

–Eu não fiz de propósito e alem do mais aqui é um hospital e posso andar e passar por onde eu quiser-digo a ela- se você realmente quisesse um pouco de privacidade tenho certeza que encontraria outro lugar para conversar- digo- agora se você já terminou de falar com o seu amorzinho podermos voltar ao trabalho- digo me afastando quando a escuto bufar.

Seguimos em silencio pelo corredor atrás da Nyssa.

–Sera que ela não foi embora?-pergunta ela quando paramos na recepção.

–Acho que não vamos até o refeitório pode ser que ela esteja la- digo já indo pro refeitório sem esperar por ela. Estava planejando manter distancia, já sofri uma vez e não queria sofrer novamente, mas seu cheiro ainda me afeta com nossas lembranças felizes dos momentos juntos.

–ADAM- escuto alguém me chamar.

– O que?- pergunto confuso.

–eu to falando com você há horas e você ta ai viajando- diz ela brava.

–Eu não tenho culpa se você ainda usa o mesmo perfume- digo simplesmente.

–E como saberia? Pelo que eu fiquei sabendo cada noite é uma na sua cama- diz ela.

–como você ....-a encaro sorrindo- andou perguntando de mim?- pergunto.

–Mas é claro que não- diz corando- eu nem precisei você já se dedurou, alem do mais a Carol andou falando das pessoas do hospital- diz dando de ombros.

–Sei- digo pensativo.

–Não adianta ficar com esse sorrisinho na cara não, nada mudou- diz ela.

–Eu na verdade queria conversar com você, sobre o que aconteceu com a gente- digo tomando coragem.

–Adam não faz isso a gente era ingênuos, somos adultos agora eu não quero voltar ao passado e alem do mais nós não temos tempo para conversas- diz ela.

–Depois que tudo isso acabar um jantar é tudo que eu te peço- digo.

–Eu não posso, jantar seria muito intimo- diz ela- seria como se fosse um encontro e eu não quero isso- diz ela.

–Tudo bem, mas você não acha que devemos sentar e conversar?-Pergunto.

–Sim mas...- ela começa e eu a interrompo.

–Sem mas, assim que tudo isso estiver acabado e todos curados e felizes novamente nós teremos a nossa conversa nem que seja pra mim te amarrar em uma cadeira e fechar a sua boca para que me escute-digo e ela me olha espantada.

–Estavam me procurando?-Diz Nyssa atrás de mim.

–Precisamos conversar sobre o antídoto- digo e vejo que ela fica tensa- Conseguimos e deu tudo certo, mas temos um problema- digo a ela.

–Que seria?- pergunta.

–Que tal termos essa conversa com os outros? De preferência la na sala de visitas da área de isolamento- diz Megan.

Assim que chegamos a sala vi que todos estavam ali, ate mesmo a Marih que já tinha tirado o gesso.

–E entao quais são os problemas? Pergunta Nyssa.

–Bom como todos aqui já sabem conseguimos fazer o antidutos e todos os testes deram positivos para a cura mas há um porem –digo me virando pra olhar pra Annie e Marcos que estavam próximos pra ouvirem a noticia- Precisamos aplicar em alguém e não quero que isso seja por escolha nossa- digo – quero que seja de livre espontânea vontade- digo.

– Há alguma possibilidade de não dar certo?-pergunta Deby.

–Sim, mas já estamos preparados para aplicar um controvérsia- Diz Megan.

–E como sabem que isso vai funcionar?-pergunta Lety.

–Achei que perguntariam isso- diz Megan entregando uns papeis pra ela- Aqui esta toda nossa pesquisa desde o começo do vírus e os resultados- diz ela.

–Quanto tempo demora pra surgir efeito?-pergunta Annie.

–Dentro de 12 horas- diz Carol.

–Então podem aplicar em mim- diz ela segurando a mao do Marcos.

–Não Annie eu faço isso, alem do mais fui um dos primeiros a ser infectado então é mais fácil fazerem o teste em mim- diz Marcos.

–Me deixa ver se entendi- diz Pierre- Vocês vão aplicar o antídoto no Marcos e vão aguardar 12 horas pra saber se funciona-diz ele.

–Sim, mas não se preocupe eu mesma vou ficar de olho nele- diz Carol segurando o antídoto.

–Pode aplicar Carol –diz Megan

–espero que de tudo certo dessa vez- diz Pierre abraçado na Lety.

–Claro que vai dar certo, se o antídoto não o curar o amor deles cura- diz Marih apontando pro Marcos que estava com os mesmo brilhos nos olhos que o da Carol.

–Você tem razão, o amor pode curar tudo- diz Deby sorrindo, neste instante meu olhar se cruza com os da Megan vom a única pergunta: Será possível de perdoar também?