POV. MARCOS

Claro que eu conseguiria fazer isso, sabia que havia conseqüências, mas no memento que eles disseram que haviam conseguido minhas esperanças aumentaram. Sabia que não podia ficar criando esperanças quando vida de varias pessoas estava em risco. Eu optei por ela. Era a única coisa que me mantinha focado no objetivo e acreditar que finalmente poderia dar tudo certo. Finamente quando ela entrou na sala, me senti como estivesse flutuando, como pude não perceber antes? Era por causa dela que eu queria me curar logo, era por isso que eu estava nervoso, eu estava com medo. Medo de ela perceber o quão idiota eu fui, medo de perde-la. Medo de nunca mais poder ouvir seu riso. Acho que alem de criar esperanças, criei um medo.

–E então nervoso?-diz ela sorrindo.

–Nenhum pouco e você?- minto pra ela e ela sorri.

–Pode parecer loucura, mas sim estou nervosa- diz ela tímida.

–Nervosa por quê? Não é você que vai tomar um antídoto- digo fazendo piada e ela fica me encarando.

–Você realmente não entende né- diz ela com raiva.

–O que eu não entendo?- pergunto confuso.

–Inacreditável- murmura.

–Foguinho se você não me contar não vou entender-digo a chamando do apelido carinhoso que lhe dei.

–Esquece ta legal- diz ela- Agora deita pra mim aplicar o antídoto- diz ela em ordem.

–Manda quem pode, obedece quem tem juízo- digo e ela ri.

–De juízo você não tem nada né- diz ela rindo pra mim.

–Ai esta- digo sorrindo.

–Esta o que?-pergunta.

–Um sorriso de verdade que eu nunca mais vi você usar- digo a ela que cora.

–Talvez seja porque não achei nenhum motivo pra sorrir de verdade- diz

–Fico feliz que eu seja o motivo- digo e ela me encara sem dizer nada.

–Agora descanse, volto para verificar seus sinais vitais- diz ela saindo me deixando.

Descansar era a ultima coisa que eu queria fazer. Queria continuar conversando com ela. Queria voltar no tempo e fazer tudo diferente. Meu Deus como eu queria poder reviver nossos momentos felizes, momentos que brigávamos por coisas bobas e logo estávamos rindo. E foi com essas lembranças que acabo adormecendo. Não me recordo por quanto tempo dormi só me lembro de estar tendo um sonho incrível, que infelizmente não me recordo.

–Oi- diz uma voz suave próximo de mim, abrindo os olhos aos poucos vejo a Annie.

–Oi- digo sonolento- Por quanto tempo dormi?-pergunto tentando me sentar.

–Umas seis horas por enquanto- diz ela sentando na cadeira- E então como se sente?- pergunta.

–Bem, acho que finalmente esta funcionando- digo.

–Que bom assim você pode cumprir o acordo que fizemos- diz ela.

–Verdade –digo sorrindo- Mas ou logo avisando ela vai me achar um louco e ai sim ela nunca vai falar comigo novamente- digo.

–Que nada, conhecendo a Carol tenho certeza que ela vai adorar- diz ela.

–Bom é só espera que de certo mesmo- digo olhando no momento exato em que a Carol entra olhando pra Annie confusa.

–Ah Annie não sabia que você tava aqui- diz ela sorrindo.

–Dei uma fugida pra ver o Marcos, sei que eu não deveria ficar próxima dele já que ele esta em teste, mas não pude deixar de me preocupar, apesar de saber que ele esta em ótimas mãos - diz ela piscando pra mim– Bom eu já vou indo, foi bom te ver Carol, espero que em breve eu possa te abraçar estou sentindo muita falta de você e da Sarah e lógico do Tommy também - diz ela triste.

–Também estamos e tenho certeza que o Thomas é o que mais sente- diz ela sorrindo pra Annie.

–Disso eu não tenho duvidas- diz ela- ate mais- diz ela saindo pela porta que tinha no outro lado do quarto.

–Nossa não sabia que esse quarto tinha duas entradas- digo a ela.

–Pois é-diz ela verificando minha pressão- Como você esta se entindo?- pergunta ela.

–Melhor agora- digo sorrindo pra ela.

–Estou falando serio Marcos- diz ela indignada.

–Eu também estou falando serio- digo rindo- Ta bom não precisa ficar brava não foguinho, estou me sentindo bem- digo a ela.

Que bom, seus sinais vitais parecem ótimos também- diz ela- Sou vou precisar coletar uma amostra do seu sangue pra ver como esta-diz ela já coletando meu sangue- e também vou precisar de uma amostra de urina- diz corando.

–Eu pensei que você ia coletar isso de mim também- digo rindo, mas quando a vejo me olhando com raiva eu paro de rir- Tudo bem- me levanto e indo ao banheiro- Pronto senhorita- falo entregando amostra.

–Bom eu já vou indo- diz ela saindo de perto de mim.

–Carol- a chamo e ela se vira –Eu queria falar com você- digo.

–é so falar- diz ela se aproximando de mim novamente.

–É... É... - passo a mão na cabeça nervoso- Eu queria te pedir perdão- digo a ela.

–Você não precisa pedir perdão por nada Marcos- diz ela.

–Um encontro- digo e ela me olha confusa- Eu quero um encontro com você.

–Ta bom a gente marca alguma coisa- diz ela querendo se afastar.

–Não, droga como vou te dizer isso- digo olhando pro teto- Eu realmente quero ter esse encontro com você- digo olhando nos olhos dela através da capa protetora dela.

–Tudo bem eu vou ao encontro com você- diz- Mas iremos somente como dois amigos e nada mais que isso- diz ela quebrando meu sorriso.

–Amigos- digo como se a palavra tivesse um gosto ruim na minha boca- Tudo bem, somos somente dois amigos não é?-digo tentando sorrir.

–Bom eu realmente preciso ir agora, você vai ficar bem?-pergunta preocupada.

–Claro, pode ir- sorrio pra ela.

–DROGA- grito de raiva assim que ela sai.

Amigos. Amigos. Será que nunca sairei dessa linha de friend zone? Acho que pra mim poder sair dessa teria que ganhar a confiança dela de novo, mas eu não quero mais ser só amigo quero ser mais que isso. Será que ainda tenho uma chance? Deus! Eu espero que sim, espero que a Annie e a Marih tenha razão se não irei fazer papel de bobo no jantar. Preciso tomar atitude e urgente, antes que outro pegue o que é meu. Será que ela já tem outro? Ai meu Deus não quero pensar nela com outro, preciso me concentrar em conquistá-la aos poucos, somente assim poderei ficar com ela.