Laços de Guerra - 3ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 9
Capítulo 9 - Não é possível escolher se vai ou não se ferir...


Notas iniciais do capítulo

Me enganei, gente. O Nyah posta em até 60 dias...
***
Oi oi, gente! Hoje eu vim falar de uma fanfic que estou lendo chamada "Memories Before Darkness". Vou escrever a sinopse para vocês conferirem:
"A morte pode ser um pouco assutadora e falo por experiência própria. A nossa vida está no auge, ainda somos jovens, estamos na idade de fazer parvoíces, de apanhar bebedeiras, de nos apaixonarmos, de termos desilusões amorosas, quando de repente tudo isso deixa de existir devido a um pequeno fato: a morte. E sabem o pior de morrer? Não há ninguém que nos acolha. Não há ceu. Não há inferno. Nem ninguém que nos explique nada. É como pisar território inexplorado. E como eu sei disso? Simples. Estou morta".
Sinistro não é mesmo? A fanfic é original com classificação de 18 anos, mas quem obedece essa regra? O prólogo já foi postado, então se vocês quiserem ler o link é: www.fanfiction.com.br/historia/569477
Obrigada a quem leu as notas até o final.



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14 de Novembro de 1996.
Assim que todos foram para o campo de quidditch, Astoria levantou-se da sua mesa e seguiu a sua mesa até a porta de fora, depois aproveitou a multidão de alunos para se afastar para o outro corredor.
Foi caminhando apressada e olhando para trás. Não alcançou nem o 5º andar, quando foi empurrada contra a parede de pedra.
— O que faz aqui, Greengrass? — perguntou Draco, furioso.
— Isso é o que eu deveria perguntar para você — retrucou Astoria, com uma máscara fria.
— Eu já disse para ficar longe disso — disse Draco, apertando o punho dela.
— Me solta, Malfoy — cuspiu Astoria, empurrando-o — Ao que eu saiba o corredor não é proibido. Caminho para onde eu quiser.
— Não se intrometa nos meus assuntos — pediu Draco, levemente exasperado — Qual é o seu problema? Quer arrumar confusão?
— O que é tão importante a fazer que nem a Parkinson sabe?
— Perguntou para ela? Sabe as mentiras que tive que inventar para ela me deixar em paz?
— Isso é problema seu.
— Dumbledore lhe pediu para me seguir? É isso, não é?
— Eu não sei do que você está falando.
— Diga a Dumbledore e a Snape para cuidarem dos seus assuntos. E se continuar me seguindo, eu vou ter que tomar medidas drásticas.
Ele puxou a varinha e colocou uma barreira invisível no corredor, antes de guardar a varinha no bolso do casaco e seguir andando para o outro lado.
Astoria bateu com força na barreira, mas ela não cedia.
— Malfoy! Tira isso daqui! — ela gritou, mas o garoto seguiu fingindo não escutá-la — Droga...
Ela se escorou na parede, escorregando até se sentar no chão com os joelhos dobrados.
— Pensa, Asty, pensa... Tem outro caminho para o 7º andar? — ela se perguntou, olhando para o teto.
Logo depois levantou-se correndo para as escadas. Se não conseguisse segui-lo, iria esperar para abordá-lo.
***
Assim que chegaram ao vestiário, Ginny já veio informá-los:
— Condições geniais. E adivinha? Vaisey, aquele chaser da Slytherin, ele levou uma bludger na cabeça ontem durante o treino e está muito dolorido para poder jogar! E o melhor é que Malfoy está doente também!
Malfoy doente? Estava na cara que tinha algo de errado. Ou ele não queria enfrentar Harry no quidditch ou ele estava aproveitando que todos estavam no jogo para fazer algo que ninguém deveria saber. Como por exemplo o que fazia quando sumia.
— ...É ótimo para nós. Harper vai jogar no lugar dele, está no mesmo lugar que eu e é um idiota — continuou Ginny, alegre.
Só nesse momento, quando o grupo se afastou Rony percebeu que Harry “colocou” Felix Felicis no suco dele, mas Harry não respondeu as acusações implícitas em suas palavras. Bem, era melhor assim: não estaria se comprometendo.
— Nós estaremos começando em, aproximadamente, cinco minutos, é melhor você calçar suas botas — ela ouviu Harry dizendo para Rony que estava estupefato.
Os Hufflepuff e Ravenclaw estavam apoiando a Gryffindor, como todos os anos. Harry e Urquhart deram o usual aperto de mãos dos capitães e Madame Hooch apitou para logo depois soltar as bolas.
A quaffle foi jogada para cima e Amber pegou a bola, mas Urquhart pegou a bola com um empurrão indo para o campo da Gryffindor com Demelza e outro chaser da Slytherin em sua cola.
Para piorar a situação, o jogo estava sendo narrado por Zacharias Smith, um Hufflepuff que só desonrava a casa e só estava nela por ser descendente da fundadora.
Rony conseguiu defender o gol e Amber admirou-se de como as coisas mudam quando você pensa estar fazendo o que faz porque algum amuleto dá sorte ou coisa parecida.
O jogo foi seguindo, Rony defendeu todos os gols, Gryffindor estava na frente em sessenta pontos e Ginny estava fazendo a maioria dos gols na Slytherin. Depois das jogadas espetaculares dos irmãos Weasley, Zacharias passou a falar que Coote não era uma escolha esperada já que os beaters são mais musculosos.
Sarah viu quando Harper colidiu com Harry de propósito e foi voando em direção a golden snitch. Preparou seu bastão e nesse momento uma bludger passou próxima dela, fazendo-a jogar na direção de Harper que se distraiu com Harry. A bludger acertou, fazendo-o quase cair da vassoura e Harry fechar as mãos em volta da snitch.
Ginny deu uma piscadela cúmplice para Amber e foi voando diretamente na direção de Zacharias, colidindo com ele. A professora McGonagall ficou furiosa, mas Ginny fingiu ter “esquecido de frear”.
— Ele deveria estar agradecido. Se ela não fizesse isso, eu teria ido batê-lo com o meu bastão — murmurou Sarah com raiva, mas essa raiva acabou com a alegria de terem ganhado a partida.
Amber viu Harry abraçando Ginny, mas afastando-se rapidamente e sorriu levemente. O time foi rapidamente no vestiário para se trocar.
— Festa no Salão Comunal! — gritou Seamus, exuberante.
— Eu vou buscar a comida! — gritou Sarah, saindo correndo para pegar uma das passagens para Hogsmeade.
— Eu vou com a Sarah! — gritou Amber, seguindo-a.
As duas foram pela passagem da bruxa de um olho só e colocaram um monte de comida e doces em uma bolsa com feitiço indetectável de expansão.
— Mal posso esperar para contar a Oliver — disse Amber, animada, enquanto elas voltavam pela passagem da Honeydukes.
— E eu a Fred — disse Sarah, carregando a bolsa.
Elas voltaram a correr até chegarem ao Salão Comunal onde a festa já havia começado e todos do time já estavam lá com os outros alunos comemorando.
— Chegamos, gente! — gritou Sarah, tirando as comidas da bolsa e colocando na mesa, todos se aproximaram para pegar.
Uma coisa era a comida da cozinha, outra bem diferente era a comida de Hogsmeade.
Rony estava no centro da sala recebendo os parabéns, quando Harry e Hermione entraram, nesse momento Lavender se jogou beijando-o na boca e ele correspondeu, fazendo todos aplaudirem e assobiarem.
Hermione sentiu o coração doer e as lágrimas chegarem aos olhos, enquanto via eles se beijando. Virou-se para sair do Salão Comunal antes que alguém percebesse. Harry olhou para trás percebendo a sua ausência e foi atrás dela.
— Mas é muito idiota mesmo — resmungou Ginny, bebendo um copo de butterbeer.
— Eu te avisei, Gin. Não deveria ter dito aquilo — disse Amber, cansada.
— Mas é a verdade! — retrucou Ginny — Pensei que dizendo aquilo, o faria se tocar que gosta da Hermione.
— Mas o feitiço saiu pela culatra — completou Sarah.
Nesse momento, Rony e Lavender saíram rindo do Salão Comunal para terem privacidade.
— Isso não prestar — disse Ginny com um sorriso maligno — Harry e Hermione acabaram sair daqui. Vão encontrá-los no meio do caminho.
Dito isso, minutos depois Hermione entrou correndo no Salão Comunal e foi correndo até os dormitórios femininos.
Amber e Ginny se entreolharam e foram andando até as escadas. Nesse momento, Angus Matlock aproximou-se de Sarah que levantou a bolsa cheia de livros ameaçadoramente.
— Eu vou tacar essa mochila em você, seu vagabundo — ela ameaçou.
O garoto desviou o caminho, fingindo que iria pegar mais uma butterbeer.

19 de Dezembro de 1996.
O natal estava se aproximando e com ele a festa de natal de Slughorn. Sarah já tinha jogado cara ou coroa e escolhido convidar Callum. Enquanto Amber aproveitou que encontrou Hannah na biblioteca para conversar com ela.
— Ei, Hannah — cumprimentou.
— Oi, Amber. Estou dando uma olhada nas matérias que a professora Sprout ainda vai dar — disse Hannah, lendo o livro de Herbology e marcando as partes mais importantes.
— Você sabe que o Slughorn criou um clube para os alunos que mais se destacam, não é?
— Ouvi falar, mas não passei em Potions para esse ano.
— Eu estava pensando em convidar o Neville. Você não se importa, não é? É só que ele foi convidado no trem para almoçar com Slughorn, mas ele meio que o excluiu.
Hannah fechou o livro com um baque.
— Eu odeio professores assim — ela reclamou — Por que você está me perguntando?
— Porque eu sei que você gosta dele — disse Amber, fazendo-a corar — Eu só quero deixar claro. É que não tenho ninguém mais para chamar.
— Ter você tem, mas tudo bem — brincou Hannah.
— Vai passar o natal em Hogwarts? — perguntou Amber, preocupada.
— Neville tá insistindo para eu ir passar o natal com ele e a avó dele — disse Hannah, revirando os olhos — Mas é uma data para comemorar com a família. Eu tenho o meu avô, mas acho que vou ficar sozinha mesmo.
— Você não vai estar atrapalhando ninguém.
— Eu sei, mas eu realmente acho melhor assim. E pode convidar o Neville sem problemas, eu sei que o seu coração já tem dono.
Amber sorriu largamente, enquanto Hannah re-abria o livro na mesma página.
— Nós devíamos ajudá-lo. Ele tem talento, mas não consegue entender muito as matérias porque desde o 1º ano ele pratica com aquela varinha que não era dele — disse Amber.
— É realmente uma boa ideia. Eu e Ernie já estávamos pensando em fazer grupos de estudo para ajudar quem estiver com dificuldades. Cada um que se der melhor com uma matéria, ajuda o outro e em troca obtém ajuda — disse Hannah.
Elas olharam para trás quando ouviram a Madame Pince reclamar com Harry e Hermione que saíram de lá.
— Senhorita Potter, Abbott — ela chamou, ainda aborrecida com Harry — Está na hora de fechar.
Hannah e Amber pegaram os livros rapidamente e foram andando.
— Estão insuportáveis — disse Amber, quando saíram da biblioteca — Não sei como esses dois vão ficar juntos se continuar assim.
— Os opostos se atraem — disse Hannah, dando de ombros — Mas acho que deveria falar com a Astoria.
— Por quê? Aconteceu alguma coisa?
— Ela não quer falar. Fica estranha toda vez que Malfoy some...
“Vou perguntar a Luna depois se ela está passando bem porque não é possível” pensou Amber.
— Eu resolvo isso depois. Filch anda mais insuportável do que nunca — murmurou, enquanto subia as escadas.
— Vou nessa, tchau! — despediu-se Hannah, no pé da escada.
Assim que entrou no Salão Comunal, Amber dirigiu-se para onde Harry estava já sozinho.
— Foram expulsos por quê? — perguntou divertida.
— Só porque estávamos falando mal do Filch — disse Harry — Ela deve ter um caso com ele.
— Isso são boatos jamais comprovados desde a época dos nossos pais no colégio — disse Amber, rindo — Se você pudesse provar seria mais um dos logros de Harry James Potter nessa escola.
— Deixa a missão para Sarah — riu Harry — Ela parece estar bem disposta nisso. Aliás, creio que ela está empenhada nisso neste momento.
— Que nada! Marcou de encontrar o Fred na Honeydukes — confessou Amber — Mas é capaz de ela pedir emprestada a câmera de Colin para aprontar durante a noite.
— Ouvi falar que o Oliver tem jogo amanhã, não é? — perguntou Harry.
— Sim, contra um time americano. É um clássico do quidditch, tipo Gryffindor e Slytherin — disse Amber.
— Os melhores times do mundo? — perguntou Harry.
— É, realmente é bem parecido com o futebol... — murmurou Amber.
— Já sabe quem vai convidar para a festa do Slughorn? — perguntou Harry, divertido.
— Estava pensando no Neville — respondeu Amber.
Olhando em volta pela primeira vez, Amber o encontrou concentrado no livro de Spells.
— Eu vou lá falar com ele — avisou Amber, se levantando e indo para perto dele — Neville, eu preciso da sua ajuda.
Neville olhou-a surpreso pensando no que poderia ajudá-la e isso fez Amber querer batê-lo.
— No que? — ele perguntou.
— Amanhã tem a festa de natal do Slughorn e eu não quero ir sozinha, mas também não quero convidar alguém que vai querer forçar a barra — explicou Amber.
— E você quer que eu fale de alguém?
Agora realmente ela lhe deu um tapa no braço.
— Ai! — reclamou Neville, esfregando a área.
— Não, seu idiota, eu queria que você fosse comigo — disse Amber, com a cara fechada.
— Eu não sei se isso vai dar certo... Slughorn nunca mais me convidou.
— Porque ele é um idiota que nunca viu o seu talento. É só te ver nas aulas de Herbology para perceber, inclusive em Spells você é bom.
— Mas a McGonagall não me deixou continuar Transfiguration.
— Não é porque você não é bom em uma ou duas matérias que você não tenha talento. Você só nunca se deu bem com o método de ensino do Snape e Transfiguration não é uma matéria fácil. De qualquer forma, não precisa ser do Clube do Slug para ir. Eu posso convidar quem eu quiser e eu quero convidar você.
Neville ainda estava indeciso e mesmo que fingisse ler o livro, era evidente que sua cabeça estava longe. Amber mordeu o lábio para não rir.
— Não se preocupe, eu já falei com a Hannah e ela disse que tudo bem — continuou Amber, divertida, fazendo-o corar fortemente.
Ele gaguejou uma resposta e Amber começou a rir levemente.
— A festa será as sete — disse, ainda rindo, enquanto se levantava — Não se atreva a me deixar plantada.
Quando se virou viu o motivo pelo qual Hermione tinha ido para o quarto mais cedo: Rony e Lavender se beijando em um canto do Salão Comunal.
Suspirando frustrada, Amber também se dirigiu para o dormitório feminino. Estava impossível de conviver com Ronald já que para todo lugar em que ele ia, Lavender ia junto, grudada pela boca dele.
Ao chegar em seu quarto, ouviu o som dos edredons e percebeu que Hermione fingia dormir.
— Se eu fosse você convidava o McLaggen — disse Amber, sentando-se na cama dela, enquanto acariciava os cabelos dela.
— Para que? Ele é detestável! — murmurou Hermione, dando um soluço.
— Mas o Rony tem ciúmes dele. Pensa nisso... — ela se levantou.
— Eu quero que o Ronald seja muito feliz com a Brown.
Amber suspirou olhando triste para Hermione que estava de costas para ela. Compartilhar quarto com Lavender e Parvati não facilitava a vida para Hermione, já que Lavender vivia falando de como Rony beijava em altas vozes para Hermione ouvir.
Passando pela cama de Parvati que estava com um barulho de poker jogado, provavelmente continuação da matéria de cartomancia só que com baralho de cartas normal. Só esperava que elas não lhe pedissem para fazer outra “consulta”.

20 de Dezembro de 1996.
Amber conseguiu mudar a cor das sobrancelhas diversas vezes, mas Hermione não conseguiu se concentrar depois que Rony fez uma imitação cruel dela de como ela agia toda vez que a professora McGonagall fazia uma pergunta.
Assim que tocou o sinal, ela saiu correndo da sala, enquanto Lavender e Parvati riam da imitação de Rony. Harry pegou a mochila dela e foi atrás dela, já Amber esbarrou convenientemente em Rony fazendo um feitiço não-verbal.
Logo depois, ele começou a se coçar sem parar fazendo Lavender correr para ajudá-lo e os outros rirem.
Sem esperar para ver como iria terminar, Amber correu atrás de Harry. Mas demorou demais e quando chegou encontrou Harry sem a mochila de Hermione, na frente do banheiro feminino conversando com Luna.
— Droga... — resmungou, dando a volta.
Mas tinha valido a pena dar uma lição no Ronald. Provavelmente, Hermione estaria escondida em algum lugar onde não tivesse que encontrar Lavender, ou seja, não estaria nem no quarto nem no Salão Comunal.
Ela estava caminhando pelo corredor quando esbarrou em Peeves que cantava/gritava a plenos pulmões:
— Potty convidou Loony para ir a festa! Potty ama Loony!
Na hora do jantar, todos já sabiam dessa novidade. A parte boa foi que Romilda e companhia pararam de armar planos para que Harry as convidasse e passaram a lamentar a sua sorte.
Assim que chegou ao Salão Principal, dirigiu-se para Hermione que estava sentada afastada de Harry e Rony, virando a comida no prato.
— Já chega, Herms — disse Amber, jogando o livro pesado na mesa fazendo-a estremecer levemente — Você vai agora convidar o Cormac e jogar na cara do Ron. Ele tá ali numa boa, se agarrando com a vadia da Lavender enquanto você está aqui lamentando.
Hermione olhou para o lado e viu Lavender agarrando Rony, isso foi a gota d’água. Ela levantou-se bruscamente e foi em direção a McLaggen que estava conversando com Aaron Bradley.
— Oi, Cormac — cumprimentou Hermione, sorrindo abertamente.
— Oi, Hermione — respondeu McLaggen, embobado, enquanto Aaron lhe dava uns tapinhas nas costas e se afastava.
— Então... Eu pensei muito e queria saber se o convite ainda está de pé.
— Claro! Eu te busco às oito?
— Perfeito!
Hermione deu um beijo na bochecha dele e foi andando em direção a Amber, confiante e dando uma piscadela para a ruiva que sorria aprovadoramente.
— Ele já tinha te convidado? — sussurrou Amber, discretamente.
— Na verdade, sim. Aí eu disse a ele que iria pensar — respondeu Hermione, mexendo no cabelo — Bem, acho melhor nos apressarmos se quisermos estar bonitas para a festa.
— Primeiro vamos cumprimentar o meu irmãozinho — disse Amber, levantando-se, com um sorriso inocente.
As duas andaram em direção a Harry que estava conversando desconfortavelmente com Parvati enquanto Rony beijava Lavender.
— Olá, Hermione! Amber! — cumprimentou Parvati, percebendo a presença delas e fazendo Harry se virar.
— Oi, Parvati! — disse Hermione, ignorando Lavender e Rony — Você vai hoje à noite para a festa de Slughorn?
— Nenhum convite — disse Parvati, tristemente — Eu amaria ir, no entanto... Parece que vai ser realmente boa... Você vai, não é?
— Sim, eu vou encontrar Cormac às oito, e nós vamos. Estamos indo a festa juntos.
Rony afastou-se de Lavender, olhando estranho para a mesa.
— Cormac? Cormac McLaggen, você quer dizer? — perguntou Parvati, ansiosa pela nova fofoca.
— Eu gostei de você ter convidado a Luna, foi muito legal — disse Amber para Harry.
— É, Ginny disse a mesma coisa... — disse Harry, sem pensar, mas Amber decidiu não comentar nada.
— Você sabe como as pessoas a tratam — ela olhou para a mesa da Ravenclaw onde Luna estava jantando sozinha, olhando distraída como sempre.
Sarah pareceu perceber também, já que Amber conseguiu ver a garota aproximando-se de Luna e sentando-se para jantar com ela. Já que Ginny não desgrudava de Dean, elas estavam se aproximando nos tempos livres.
Não era muito normal ver alguém jantando na mesa de outra casa e isso atraiu alguns olhares, mas Sarah e Luna agiram como se não estivessem vendo nada.
— Vamos, Amber? — chamou Hermione, apoiando a mão no ombro da ruiva que voltou sua atenção a ela.
— Vamos — respondeu Amber e as duas caminharam para fora do Salão Comunal — Você foi brilhante!
— Obrigada. Suponho que com o tempo você se acostuma a fingir que não se importa.
— Tinha que ter visto a cara do Ronald.
— Hoje eu não quero pensar nele. Vou me divertir! Não vou deixar que ele estrague a minha noite como fez no Yule Ball.
Elas tomaram um banho bem demorado, secaram e ajeitaram o cabelo com feitiços para isso e vestiram os seus vestidos. Hermione pegou algumas mechas e prendeu atrás, já Amber preferiu deixar o cabelo solto.
— Eu vou descendo — disse Hermione, depois de passar uma maquiagem básica.
— Boa sorte, Herms — disse Amber, dando um sorriso de lado, enquanto passava o rímel.
Hermione deu um sorriso enigmático para Amber, antes de descer as escadas. Amber olhou para trás de cenho franzido, confusa.
— O que deu nela? — se perguntou, enquanto voltava o olhar para o espelho e passava o gloss.
Parvati e Lavender entraram no quarto rindo escandalosamente. Nesse momento, Amber considerou oportuno já ir descendo também.
Encontrou com Neville próximo aos aposentos do professor Slughorn, ele não parecia tão hesitante em entrar quanto Amber esperava e ela estranhou.
O escritório de Slughorn era maior do que o dos outros professores e estava decorado como se fosse uma tenda. Os risos e a música eram ouvidos desde alguns quilômetros. Amber não tinha ideia de como Slughorn convenceu os outros professores a deixarem-no fazer isso.
Aparentemente, Harry e Luna já tinham chegado, já que conseguiram vislumbrá-los conversando com Hermione que parecia estar escapando de Cormac.
— Ambrose! — Slughorn apareceu cumprimentando-a — Eu realmente fico feliz em vê-la aqui! Senhor Longbottom!
Neville acenou com a cabeça tímido e Slughorn não sabia o que dizer a ele.
— Bem, aproveitem a festa! — ele disse, animado — Hoje veio o meu amigo Eldred Worple, autor de Irmãos Consangüíneos, foi aluno meu. Ele parece bem interessado em fazer uma biografia de Harry, uma oportunidade maravilhosa. Deveria convencê-lo!
— Não creio que Harry gostaria disso, professor. O senhor sabe o quanto ele é discreto — disse Amber, incomodada.
— Já percebi — disse Slughorn, rindo — Ainda bem que puxaram esse lado de Lily. Se bem que a sua amiga, a senhorita Black, tem o estilo do pai e tem se saído perfeitamente bem em minhas aulas.
— Eu vou pegar alguma coisa para beber. Já volto — murmurou Neville — Com licença, professor.
Antes que Amber pudesse protestar, foi abandonada sozinha com o professor Slughorn.
— Mas Sirius e o meu pai foram talentosos e não participaram do Clube — disse Amber, tentando estender o assunto, enquanto fuzilava as costas de Neville que se dirigia para falar com Harry.
— Sim, bem... Eu realmente lamento muito por isso — disse Slughorn, desconcertado — Remus, você deve o conhecer, não se dava bem muito em Potions e mesmo que James e Sirius se dessem estavam mais preocupados em fazer brincadeiras. Confesso que não os levei muito a sério, mas eram ótimos alunos.
Ele interrompeu seu diálogo olhando para o lado e exclamando radiante:
— Oliver, meu caro! Não esperava que viesse!
Amber cobriu o rosto rindo, sem conseguir acreditar. Ela ia matar Harry! E Neville também, porque ela tinha certeza que ele sabia.
Quando conseguiu se recuperar, olhou para trás vendo como Oliver cumprimentava Slughorn. Ela se aproximou tentando se equilibrar nos saltos robustos de 3 centímetros (bendita Sarah que a havia ajudado a andar neles).
— Como Slughorn decidiu lhe convidar? — perguntou Amber, desconfiada, enquanto cruzava os braços.
— Ele já convidou Gwenog Jones, não? E digamos que os Puddlemere estão em uma boa fase — disse Oliver, dando de ombros.
— Certo... E isso não tem nenhuma relação com o meu irmão nem a minha melhor amiga, não é? — disse Amber, balançando a cabeça.
— Talvez eles tenham mencionado a data ou falado com o Slughorn... — confessou Oliver, divertido.
— Não sei porque estou surpresa.
Graças ao salto ela não precisou se pôr na ponta dos pés para beijá-lo. Infelizmente, o beijo não durou muito tempo já que ela ouviu Harry fazendo som com a garganta.
— Por favor, Harry. Não faça isso! Me lembra a Umbridge — Amber fez uma careta, virando-se para ele.
— E vocês se agarrando assim me lembram o Rony e a Lavender, então estamos quites — brincou Harry, recebendo vários socos seguidos de Amber no seu braço — Ai! Ai! Ai! Ai! Para! Ai!
— Me comparar com a Lavender? Parei contigo, Harry — brigou Amber — Quer saber? Tomara que quando você tenha namorada ela tenha um irmão bem ciumento, para você ter que aguentar o mesmo que eu tenho que aguentar com você.
— Ai, Amber, para de rogar praga — reclamou Harry, mas Amber teve a sensação de que ele ficou incomodado com o que ela disse — E você cala a boca, Wood.
Oliver tentou disfarçar o riso olhando para o lado contrário.
— Ai, tá bom, Harry. Já deu o seu recado! Agora vai lá com a sua acompanhante! — disse Amber, empurrando-o na direção de Luna.
Alguns minutos depois, Draco Malfoy entrou arrastado por Filch e saiu logo depois acompanhado por Snape e Harry, que foi escondido para espioná-los.
— Seu irmão ama fazer o papel de espião, não é? — perguntou Oliver, divertido.
— Nem me fala — reclamou Amber.
O resto da festa passou sem maiores incidentes. Sarah e Callum chegaram logo depois, atrasados e dançaram iguais a dois Salgueiros Lutadores (horrivelmente), o que rendeu boas risadas.
A festa acabou lá para a meia-noite quando a professora McGonagall veio dar uma bronca em Slughorn já que os alunos tinham que dormir cedo para partir na manhã seguinte para casa.
Amber e Oliver saíram do escritório rapidamente e foram caminhando em direção ao hall de entrada do castelo para se despedirem com mais calma. Claro que esse caminho demorou mais do que seria o normal.
— E quando você ter férias do quidditch? — murmurou Amber.
— Espero que nunca — respondeu Oliver — Sou o capitão, se receber férias vai ser por demissão.
— Deixa de ser exagerado, Oliver — brigou Amber, dando um tapa no braço dele — O quidditch vai continuar aí, você só vai ter uma folga de algumas semanas alguma vez na vida.
— Mas por enquanto isso é uma perspectiva distante — disse Oliver, dando mais um selinho nela enquanto paravam em frente a porta do castelo.
— Não seria mais fácil ir pela lareira? — perguntou Amber, preocupada.
— Eu vou ficar bem. Você quem deveria ter cuidado — disse Oliver, caminhando até a porta.
Amber suspirou e girou-se para caminhar de volta em direção às escadas com o pé já reclamando de dor. Tirou os sapatos no meio do caminho para o Salão Comunal e pegou um dos atalhos quando teve a impressão de ouvir Filch caminhando pelo corredor.
Quando chegou ao seu dormitório, jogou os sapatos em um canto e sentou-se na cama, massageando os calcanhares.
— Pensei que iria demorar mais — ela ouviu Hermione murmurar.
— Como foi a festa para você? — murmurou de volta, girando-se ligeiramente para olhar o escuro, já que seus olhos ainda não tinham se acostumado à falta de claridade.
— Considerando que passei fugindo do McLaggen... Não aproveitei tanto quanto o Yule Ball.
— Nossa! Ele é tão ruim assim?
— Se eu tivesse convidado o Zacharias Smith teria sido mais proveitoso.
— Ai, desculpa, Herms! Eu pensei que seria uma boa...
— Não é culpa sua.
— Eu te dei a ideia.
— Você não teria como saber que as coisas aconteceriam assim.
— Bem, eu vou tomar banho. Amanhã acerto as minhas “contas” com a dona Sarah.
Amber levantou-se e Hermione deu uma risada baixinha.
Abriu a porta e trancou. Uma coisa que se aprende com Sarah é que quando alguém está com sono não presta atenção em nada do que acontece ao seu redor. Principalmente se o banheiro está sendo usado.
Tomou uma ducha rápida, colocou um pijama leve e quando foi se deitar, Hermione já havia dormido, ainda com o vestido.

21 de Dezembro de 1996.
Quando Amber acordou, no dia seguinte, Hermione já havia saído. Ela apressou-se em se trocar e descer. Deu uma passada no quarto de Sarah que, obviamente, arrumava a mala apressadamente, ainda com o vestido do dia anterior.
— Você é ou não é uma bruxa? — ela perguntou, fazendo Sarah olhar para trás.
— Eu estou morrendo de sono e se eu tentar resolver com magia é capaz de piorar a situação — respondeu Sarah.
— Pack — disse Amber, apontando a varinha para a mala.
Todas as roupas de Sarah foram dobradas para dentro da mala e Sarah passou o zíper, descendo a mala da cama para o chão.
— Se arruma depressa. Temos que tomar café da manhã ainda — disse Amber, antes de descer para o Salão Comunal.
Hoje parecia que Rony estava querendo se afastar de Lavender, mas é claro que ela não o soltou por um segundo já que era o dia em que voltariam para as suas casas. Claro que Rony nem a convidou para ir para passar o natal juntos, Oliver tinha mencionado sobre a data para Amber, mas ela achou melhor esperar um pouco. Não se sentia confiante para conhecer a sua família agora.
Tomaram o café da manhã rapidamente e se encontraram com Harry no meio do caminho, partindo para a plataforma em Hogsmeade.
Nem Hermione nem Ginny se sentaram com eles e Sarah saiu no meio da viagem para falar com Callum, Kevin e Liam.
Harry e Rony se sentaram do lado da janela enquanto Amber se sentava do lado de Harry, lendo um livro. Por sorte, Lavender foi se sentar com Parvati e Padma, só deu uma passada na cabine deles.
Ela soltou ar pela boca, fazendo a janela da cabine embaçar e desenhou um coração com o dedo com as inicias R & L. Amber percebeu que Rony deu um sorriso amarelo, mas Lavender pareceu satisfeita com isso.
— Vou sentir saudades — ela murmurou através do vidro, antes de sair andando.
Por azar, Hermione passou nesse mesmo momento e iria entrar, mas viu o desenho e mudou de ideia, voltando a caminhar. Amber ficou satisfeita em ouvir Rony reclamando que Lavender não o deixava em paz, mas preferiu se manter a margem do assunto, assim como Harry.
Quando o trem parou e eles passaram pelo corredor, Sarah veio correndo para a cabine deles pela multidão.
— Onde você estava? — perguntou Amber, puxando a mala.
— Dormi e eles me sacanearam — explicou Sarah que ainda tinha uma gota de tinta debaixo do nariz, indicando que os meninos desenharam um bigode nela — Mas tudo bem, eu teria feito o mesmo. Vamos descer!
— Ainda está cheio.
— Vem!
Sarah puxou Amber para a saída mais próxima e a ruiva viu a ansiedade da garota.
Encostada em uma das barreiras da plataforma estava Marlene McKinnon.


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Notas finais do capítulo

Vestido da Amber: http://www.polyvore.com/cgi/img-thing?.out=jpg&size=l&tid=58446287
Vestido da Sarah: http://3.bp.blogspot.com/-hErxsyahZ0U/T237RTfikaI/AAAAAAAAC_4/Lrz5XaQ5AKw/s1600/mullet-orleans.png
O vestido da Hermione, Luna e da Ginny são os mesmos do filme.
Hermione: http://images6.fanpop.com/image/polls/1233000/1233735_1372703967741_full.jpg
Ginny: http://images5.fanpop.com/image/polls/878000/878444_1321209427664_full.jpg
Luna: http://images5.fanpop.com/image/polls/878000/878444_1321203455417_full.jpg
Imaginem a dança da Sarah e do Callum tipo a dança do Carlton do Fresh Prince haha



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