Laços de Guerra - 3ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 4
Capítulo 4 - Como as coisas mudam em um mês




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3 de Agosto de 1996.
— É simples, mas os gêmeos conseguiram improvisar bem — dizia Sarah.
As duas estavam no apartamento em cima da loja. Era bem simples, na verdade. Apenas três camas, os guarda-roupas e a porta que dava para o banheiro. O resto do espaço era ocupado por mais caixas de produtos da loja.
Como nenhum dos três sabia cozinhar, Amber supôs que tinham que ficar comprando comida em restaurantes muggles que havia na região de Charing Cross, já que não tinham restaurantes bruxos na região.
— É estranho conviver sozinha com dois garotos — confessou Sarah — Mas me sinto mais livre.
— Claro... Não tem nenhum adulto para mandar vocês dormirem na hora — brincou Amber — Vocês comem na cama?
Sarah deu de ombros sem responder.
— Fico surpresa de que não esteja pior — confessou Amber.
— Eles não são tão desorganizados assim — disse Sarah, rindo — E nem eu. Depois de um tempo tem que arrumar a bagunça, fazer o que. Quem sabe um dia inventamos algo que arrume tudo sozinho.
— Então... Vai mesmo trabalhar aqui quando terminar Hogwarts?
— Acho que sim. Gosto de ver as pessoas sorrirem, mesmo nos momentos mais tristes. E estarei trabalhando do lado do meu namorado o dia inteiro.
— Mas não pense que por isso vai descuidar dos estudos. Vou ficar de olho em você esse ano.
Sarah revirou os olhos.
— Só quero saber como vocês acordam cedo o suficiente para a abertura da loja — disse Amber curiosa, deixando de olhar a habitação para olhar para a melhor amiga.
— A loja só abre depois das 10 — explicou Sarah — Ninguém em sã consciência vem à loja às 7 horas da manhã.
— Mas em dia de compra de materiais as pessoas vêm o mais cedo possível para não estar muito cheio. Outra coisa: ser depois das 10 da manhã não tira o fato de que você tem dificuldade para acordar até quando é 1 hora da tarde.
— Infelizmente, tivemos que aderir a um objeto dos infernos chamado despertador.
— Ah tá! Isso explica.
Elas ouviram passos na escadaria e Ginny entrou no quarto, com um bichinho peludo roxo no ombro.
— Sua mãe deixou você comprar? — perguntou Sarah.
— Os gêmeos conseguiram convencê-la de que não é nada perigoso — disse Ginny, fazendo carinho no bichinho — Coloquei o nome de Arnold.
— Você para escolher nome de bichinhos é terrível, Ginny — implicou Sarah — Primeiro Pigwidgeon agora Arnold. Tenho pena dos seus futuros filhos.
— Acho melhor você ficar quieta, cunhadinha. Antes que lhe mostre a minha azaração contra bichos-papões — ameaçou Ginny.
— Que bichinho é esse? — perguntou Amber.
— Um Puffskein — disse Sarah — É só um animal de estimação.
— Rony tinha um quando éramos menores — lembrou-se Ginny.
— Não é coisa de mulher? — perguntou Amber, com uma sobrancelha levantada.
Ginny deu de ombros levemente, para que o Puffskein não caísse, rindo.
— O Fred pegava para treinar no quidditch — disse Ginny.
— Não me surpreende que ela tenha tão pouca auto-estima, os gêmeos sempre implicaram com ele — disse Sarah, com o cenho levemente franzido.
Amber e Ginny levantaram as sobrancelhas para Sarah.
— O que foi? Nós nos damos muito bem — defendeu-se Sarah — Mesmo que não andemos de um lado pro outro grudados.
— Eu e Harry também nos damos bem e não andamos grudados — apoiou Ginny.
— E tem se dado mais do que bem, não é? — implicou Amber.
— Fleur não veio? — perguntou Sarah, mesmo sabendo a resposta.
— Ficou em casa com Bill — respondeu Amber, enquanto Ginny fazia careta.
— Cara feia para mim é fome — retrucou Sarah.
— E se eu estiver? — desafiou Ginny.
— Então desce e come.
— Não tô afim.
— Então não tá com fome.
Ginny finalizou a discussão mostrando a língua para a morena, antes de descer as escadas.
— Muito madura — gritou Sarah.
— Vem, vamos cumprimentar os outros — pediu Amber, indo atrás de Ginny — Tenho certeza que a Srª Weasley vai querer ver como você está.
Elas desceram e foram para onde a família estava, Sarah recebeu um abraço da Srª Weasley e cumprimentou o Sr. Weasley.
— Vocês viram Rony, Hermione e Harry? — perguntou a Srª Weasley, olhando em volta nervosa — Não consigo encontrá-los em lugar nenhum.
— Não creio que estejam em perigo — disse Sarah, tranquila — Devem ter se metido em algum lugar aprontando como sempre.
Eles procuraram por toda a loja e alguns minutos depois eles apareceram, insistindo que estavam na parte de trás da loja. Sarah, Amber e Ginny sabiam que isso não era verdade, mas não insistiram.
— Temos que ir. Está ficando tarde — disse a Srª Weasley, ainda nervosa — O carro já deve ter chegado.
Todos se despediram relutantemente dos gêmeos e Sarah, antes de saírem da loja.

31 de Agosto de 1996.
Amber finalmente descobriu onde o trio estava quando sumiram na loja, um dia antes de regressarem a Hogwarts. Estava indo para o seu quarto com Harry para pegar um livro quando ouviu os três conversando pela porta entreaberta.
— ...Mandei o pai de Malfoy para Azkaban, não acham que ele vai querer se vingar? — dizia Harry.
— Malfoy, se vingar? — perguntou Rony, meio incrédulo — Mas o que ele poderia fazer sobre isso?
— Isso é o estranho, eu não faço a mínima ideia também. Mas é algo para termos cuidado e ficarmos atentos. Já que o seu pai é um Death Eater e...
Harry parou de falar e Rony e Hermione ficaram alarmados.
— Harry? O que aconteceu? — ela ouviu Hermione perguntar.
— Sua cicatriz não está doendo de novo? Está? Hein, Harry? — perguntou Rony.
— Malfoy é um Death Eater — disse Harry lentamente — Se tornou um para substituir seu pai como Eater.
O silêncio no quarto era total e Amber arregalou os olhos.
— Malfoy? Ele só tem dezesseis anos, Harry! Você acha que You-Know-Who deixaria Malfoy se tornar um Death Eater? — perguntou Rony.
“Regulus tinha essa idade quando entrou para o círculo” pensou Amber, concordando.
— Parece meio improvável, Harry — disse Hermione — O que te fez pensar nisso?
— Quando ela estava na Madame Malkin, ela relou em seu braço e ele o tirou de perto dela e saiu apressado da loja. Era seu braço esquerdo. Braço onde os Death Eaters são marcados com a Dark Mark.
— Bom... — disse Rony, não convencido.
— Acho que ele apenas quis sair de lá, Harry — disse Hermione.
— Ele mostrou a Borgin algo que não pudemos ver — continuou Harry — Algo que o assustou seriamente. Era a marca, tenho certeza.
“Então eles foram para Borgin & Burkes atrás do Malfoy?” pensou.
Amber saiu andando distraída, esquecendo o que tinha ido pegar. Harry era bem observador, não lhe surpreendia que Moody dissesse que seria um bom auror. O problema era que Rony e Hermione o subestimavam demais.
Minutos depois, a porta abriu bruscamente e Harry foi descendo as escadas com o uniforme de quidditch na mão apressado. Ela pensou em falar com Rony e Hermione, mas desistiu. Eles eram muito teimosos. Principalmente Hermione.
Continuou caminhando até o quarto de Ginny que estava guardando as roupas na mala com um grande sorriso no rosto.
— Que alegria toda é essa? — perguntou Amber curiosa.
Ginny parou de guardar as roupas e se jogou na cama.
— Eu acho que o Harry tá começando a prestar atenção em mim, Amber — confessou — Temos conversado bastante.
— Eu também acho — disse Amber, piscando um olho.
— Não vai arrumar as malas? — perguntou Ginny, sem conseguir tirar o sorriso do rosto.
— Já arrumei, antes que o trio fosse conversar no meu quarto.
— E eles contaram qual são os mistérios da vez?
— Eu tive que escutar atrás da porta, mas acho que o Harry vai vir falar comigo depois.

1º de Setembro de 1996.

Weasley Wizarding Wheezes.
— Frederick! Por que você não me acordou antes? Vamos nos atrasar! — gritou Sarah, enquanto escovava os dentes apressadamente e procurava alguma blusa para colocar.
George tirou o travesseiro de debaixo da cabeça e apertou-a em volta de seus ouvidos.
— Calem a boca! Eu tô tentando dormir! — reclamou.
Assim que Sarah encontrou uma blusa, voltou para o banheiro e cuspiu a pasta de dente, jogando água na escova, deixando-a no armário atrás do espelho e fechando a torneira.
Nem se incomodou em fechar a porta quando colocou a blusa rapidamente por cima da regata e trocou o short do pijama pela calça jeans. Voltou correndo para dentro do quarto, onde Fred observava tudo divertido.
— Dá para me ajudar? — reclamou Sarah, jogando algumas roupas dentro da mala aberta.
Ele não se moveu, fazendo-a bufar.
— Por que não fez a mala ontem? — perguntou o ruivo.
— Eu tentei, mas você deixou? — ela retrucou, sentando em cima da mala para fazê-la fechar.
Ele riu e a ajudou a puxar o zíper da mala cheia.
— Já que não quis me ajudar, você leva — mandou Sarah, enquanto voltava para o banheiro para ajeitar o cabelo.
— Se ferrou — zombou George, ainda com o travesseiro em volta da cabeça.
— Você não ia dormir? — rosnou Fred, recitando o feitiço de peso de pena na mala para facilitar.
— Gosto de ver quem manda no relacionamento.
Sarah voltou correndo para o quarto, se aproximou do armário e pegou um par de sapatilhas que colocou rapidamente nos pés.
— Vamos logo, Fred! — pediu, puxando-o.
— Onde está Halo? — ele perguntou.
— Deixe com a minha mãe para ela me mandar cartas. Provavelmente, ela for não terão corujas.
Os dois desceram as escadas da loja e foram para o lado de fora para poderem aparatar, já que os gêmeos haviam colocado feitiços de proteção devido às circunstâncias.

The Burrow.
Foi realmente uma boa ideia terem arrumado as malas no dia anterior, já que os carros do Ministério chegaram na hora exata. Devia ser um recorde para os Weasley, já que sempre chegavam atrasados.
Não foi Hagrid que os levou de fora da estação até dentro da plataforma, como Amber suspeitou, foram dois aurores.
Era completamente desnecessária essa proteção toda. Como se Voldemort fosse romper na estação King’s Cross para atacar a Harry.
Só quando eles atravessaram a barreira que Amber percebeu que eles não estavam tão adiantados assim.
— Vamos logo para o trem, vocês tem que ir, falta só um minuto — disse a Srª Weasley, antes de começar com as despedidas, mas Amber estava olhando em volta.
Harry afastou-se rapidamente para falar com o Sr. Weasley.
Quando o trem começou a apitar, ela avistou Sarah e Fred aparecendo correndo na barreira.
A Srª Weasley e Fred ajudaram a passar a mala para Amber, que a jogou para trás, puxando Sarah, no momento em que o trem começou a andar.
Ainda puderam escutar a bronca que a Srª Weasley deu em Fred pela demora para chegarem.
— Quase perdeu o trem, não é, maluca? — bronqueou Amber, enquanto elas se levantavam.
— Vamos procurar uma cabine — pediu Harry, incomodado que todos o olhavam fixamente.
— Onde estão Rony e Hermione? — perguntou Sarah.
— Monitoria, esqueceu? — perguntou Amber, puxando a sua mala pela alça.
— Vamos procurar uma cabine? — Sarah perguntou para Ginny.
— Eu não posso. Eu disse que me encontraria com Dean — disse Ginny, corando — Vejo vocês depois.
— Certo — disse Harry, desanimado, enquanto Ginny se afastava.
Sarah bufou frustrada.
— Eu não acredito nisso! — reclamou — Agora ela vai ficar grudada nesse tal Thomas. Eu quando namorava com o Fred no colégio não me afastei tanto assim dela.
— Mas de mim sim — disse Amber.
— É diferente. Somos de turmas diferentes, é inevitável — disse Sarah, enquanto passava o braço no ombro e cutucava o ombro de Harry — Sem ressentimentos, Potter?
Harry deu uma risada, revirando os olhos, parecendo um pouco mais relaxado.
— Oi, gente! — disse uma voz atrás deles.
— Neville! — exclamou Harry, olhando para trás.
— Olá, Harry, Amber, Sarah — cumprimentou Luna, enquanto aproximava-se do grupo com Neville.
— Luna, oi, como vai você? — perguntou Harry.
— Muito bem, obrigada — respondeu Luna.
— O The Quibbler está bem, então?
— Oh sim, está circulando muito bem.
— Sem querer ser mal educada, mas acho melhor procurarmos algum lugar para nos sentarmos — interrompeu Amber.
No último vagão conseguiram encontrar uma cabine vazia, onde subiram as malas e se acomodaram.
— Estavam todos olhando para nós — observou Neville para Harry — Por quê? Por que estávamos com você?
— Estavam olhando porque vocês também estavam no Ministério — disse Harry, ajudando Amber a subir a mala dela — Nossa pequena aventura até saiu no Daily Prophet, você deve ter visto.
— Eu só sei que no final do ano passado veio um monte de pirralhas me pedirem desculpas porque meu pai não era um assassino — resmungou Sarah.
— Sarah, me deixa sentar aí — reclamou Amber, puxando a perna da morena que estava estendida nos assentos.
Neville contou que a avó ficou feliz com a publicidade que ele tinha dado e que até tinha comprado uma nova varinha para ele, estava mostrando-a quando Trevo pulou para debaixo do assento.
— Ainda teremos as reuniões da D.A esse ano, Harry? — perguntou Luna, lendo o The Quibbler.
Harry respondeu que como Umbridge não lecionava mais, não precisavam das reuniões. Neville e Luna se mostraram bem decepcionados.
— Eu adorei muito as reuniões também. Era como ter amigos — disse Luna sonhadoramente.
Harry ficou em silêncio encabulado.
— Somos seus amigos, Luna. Quantas vezes temos que repetir? — reclamou Sarah, enquanto Amber abaixava para ajudar Neville a pegar Trevo.
Nesse momento, a porta da cabine abriu.
“De novo não” pensou Amber, lembrando-se do ano passado.
— Oi, Harry. Eu sou Romilda Vane — ela ouviu uma garota dizer — Por que você não se junta com a gente na nossa cabine? Você não precisa se sentar com eles.
Amber levantou-se bruscamente, batendo a cabeça na de Neville.
— São meus amigos — disse Harry, friamente, surpreendendo a garota.
Antes que Romilda pudesse dizer qualquer coisa, Amber apontou a varinha para ela:
— Eletricus — conjurou, fazendo a garota dar um pulo para trás gritando.
— Sua louca! — ela gritou, antes de sair correndo com as amigas.
— Fiquem longe do meu irmão, suas vadias — gritou Amber, na porta da cabine, antes de batê-la com força.
Amber corou fortemente ao ver que todos olhavam surpresos para ela.
— Só quero ver como vai ficar o cabelo dela na hora do jantar — disse Sarah, rindo.
— As pessoas esperam que você tenha amigos melhores — disse Luna para Harry, enquanto Amber afundava no assento ainda envergonhada.
— Nenhum deles estava no Ministério. Nenhum lutou comigo — retrucou Harry, olhando divertido para a irmã.
— Nós não o enfrentamos — disse Neville, segurando um Trevo inquieto em sua mão — Você deve ouvir o que minha avó fala sobre você. “Esse Harry Potter fazendo acontecer tudo isso com o Ministério da Magia contra”. Daria qualquer coisa para tê-lo como neto.
Harry novamente ficou quieto, sem saber o que dizer.
— A sua avó devia ficar orgulhosa de quem você realmente é — disse Sarah — E não querer outro neto.
Neville deu de ombros, já estava acostumado com esse tratamento.
— Ela está muito orgulhosa de você. Alguns pais agem dessa forma para que seus filhos dêem o melhor de si, para orgulhar-los — sugeriu Amber — Talvez seja isso.
— Talvez — disse Neville, sem parecer muito seguro.
Harry começou a falar com Neville sobre os OWL’s e quando o assunto acabou falaram sobre quidditch.
Quando o sol já não aparecia no céu, Rony e Hermione apareceram e comentaram que Malfoy não estava fazendo seu trabalho como monitor, o que fez Harry sentar reto na cadeira.
Antes que Harry pudesse voltar ao assunto, uma garota do terceiro ano abriu a porta.
— Eu devo entregar isso a Neville Longbottom, Ambrose Potter e Harry P-Potter — ela gaguejou entregando três pedaços de pergaminho envolvidos em fita violeta.
Assim que eles pegaram os pergaminhos, ela saiu tropeçando da cabine.

“Ambrose,
Eu seria deleitado se você se juntasse a mim na hora do almoço na cabine C.
Sinceramente,
Horace E.F Slughorn”

Pela cara de Neville e Harry, o deles dizia basicamente a mesma coisa.
Harry e Amber trocaram um olhar, já tinham uma ideia do que se tratava. Entretanto, Neville estava nervoso com o convite.
Infelizmente, Amber não tinha coragem de recusar o convite do professor, então seguiu a Harry e Neville pelo corredor lotado até a cabine C.
— Harry, meu garoto! — cumprimentou Slughorn, entusiasmado quando eles chegaram — Bom te ver, bom te ver! Ambrose! E você deve ser o Sr. Longbottom!
Eles sentaram-se apertados no espaço restante.
O professor Slughorn apresentou todos os outros que estavam na cabine: Blaise Zabini, um Slytherin amigo de Malfoy, Cormac McLaggen, um Gryffindor insuportável, Marcus Belby e Ginny Weasley, que Amber sentou-se ao seu lado.
— Só assim para você sair de perto do Thomas, não é mesmo? — alfinetou Amber.
— Não enche — murmurou Ginny — Eu não queria estar aqui.
— Nem eu. Por que ele te chamou?
— Me viu azarando Zacharias Smith. Ele estava me enchendo o saco.
Enquanto isso, Slughorn descartava Marcus de seus alunos favoritos já que esse admitiu que ele não se dava muito bem com seu tio, que era famoso.
Então, ele se dirigiu a Cormac McLaggen, do qual Amber encontrou extremamente arrogante. Falou com Zabini, que sua mãe tinha sido casada sete vezes e todos os seus maridos morreram misteriosamente deixando-lhe fortuna.
Quando foi a vez de Neville foi extremamente desconfortável. Neville tinha o mesmo problema de Rony: péssima auto-estima. Poderia até pedir a Cormac McLaggen para fazer uma cirurgia de transfusão de auto-estima para Neville e Rony, já que ele tinha tanta que poderia repartir para uma casa de Hogwarts inteira.
— Ambrose Potter — disse Slughorn, tirando-a de sua conversa com Ginny — Naturalmente, creio que todos ficaram surpresos quando Rita Skeeter publicou aquela matéria no Daily Prophet. Quem poderia imaginar?
Amber não respondeu, apertando o punho fortemente ao se lembrar da jornalista mesquinha que tinha causado tantos problemas.
— Dizia que estava morando com a sua madrinha, Marlene McKinnon, não é mesmo? Uma grande bruxa, assim como os seus pais... Imagino como deve ter sido uma grande surpresa para Harry.
O professor continuou com seu monólogo, sendo respondido por alguns monossílabos de Amber e, algumas vezes, de Harry. Até que resolveu começar a interrogar Harry sobre os boatos do Daily Prophet.
Amber, Ginny e Neville apoiaram a Harry, desmentindo sobre a profecia, mas Slughorn não pareceu ter acreditado muito.
A tarde passou com o professor contando sobre histórias de vários bruxos que lecionou e fizeram parte do Clube do Slug.
A porta da cabine abriu ligeiramente.
— Amber, a Astoria tá te procurando. Acho que é algum recado que o professor Flitwick lhe passou — mentiu Sarah, enquanto dava uma piscadela para a ruiva.
— Com licença, professor — disse Amber, saindo da cabine sob o olhar fuzilante de Ginny.
O professor Slughorn olhou fixamente para Sarah parecendo reconhecer traços de Sirius nela, mas a garota fechou a porta da cabine antes que ele pudesse falar qualquer coisa.
— Eu te amo — disse Amber, quando elas estavam há várias cabines de distância.
— Eu sei — riu Sarah — De qualquer forma, o professor vai liberá-los daqui a algumas horas. As luzes já vão se acender.
Era verdade, pelas janelas dava para ver o pôr do sol.
Elas entraram na cabine em que estavam antes de Slughorn mandar os convites. Agora só estava Rony, Hermione, Luna, Sarah e agora Amber.
— Por que tanta demora? — perguntou Rony.
— Slughorn desde que entrou no colégio pela primeira vez tem mania de criar um clube dos melhores estudantes que ele leciona — explicou Sarah.
— Escolheu a Harry por ser famoso, a mim por ser irmã dele e a Neville por causa dos pais dele — disse Amber, sentando-se — Não sei quanto tempo vão ficar ali.
— Com certeza a Hermione vai entrar — murmurou Rony, mas ela o ignorou.
— Está escurecendo, é melhor nos trocarmos — ela aconselhou e todas olhamos para Rony.
— Que? Ah! Ah tá! — ele exclamou, se levantando atrapalhadamente, antes de sair da cabine com as vestes de Hogwarts.
— Acha que devíamos tirar Harry de lado? — perguntou Hermione.
— Ia ser suspeito demais — disse Sarah.
— Assim como o fato de Amber sair para conversar com a Astoria e não voltar — retrucou a castanha.
— Detalhes... Detalhes... — Sarah restou importância enquanto tirava a blusa e a regata para colocar a camisa do colégio.
— Por que você tá com a regata que você usa para dormir debaixo da blusa? — perguntou Amber.
— O meu namorado me acordou faltando 10 minutos para o trem partir e eu não tinha feito a mala — justificou-se Sarah.
— E por que não fez a mala no dia anterior? — perguntou Hermione.
— Você acha que ele deixou? Disse que tínhamos que nos despedir.
Amber e Hermione negaram com a cabeça, divertidas, enquanto amarravam a capa em volta do pescoço.
Ginny passou pela cabine delas quando o trem começou a parar para todas desceram juntas.
— Já liberaram vocês? Mas e o Harry? — perguntou Sarah, estranhando.
— Já deve ter descido. Vamos — respondeu Ginny, esquecendo a sua raiva anterior por Sarah.
Elas desceram junto com Rony do trem, olhando em volta, procurando por Harry.
— Ele já deve ter ido — disse Hermione, tentando se convencer — Ou Slughorn pediu para falar mais um tempo com ele.
— Não acha que Harry esperaria por nós? — perguntou Amber.
— Deve estar atrasado se trocando. Bem, vamos encontrá-lo no castelo — disse Rony, dando de ombros.
Assim, eles subiram em uma das carruagens e seguiram para Hogwarts.


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