Laços de Guerra - 3ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 2
Capítulo 2 - Conhecendo o possível novo professor




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12 de Julho de 1996 às 23:40.
Era difícil para Amber estar fora do colégio com o homem que impediu-a de estudar em Hogwarts desde o seu primeiro ano, que levou seu irmão para os Dursley... Ela não demonstrava explicitamente o rancor que sentia por estes acontecimentos, mas ela quase nunca conversava com o diretor, ao contrário de Harry.
Mas, ao que parece, o bruxo percebeu que ela poderia ser importante para a guerra. Amber odiava a sensação de estar agindo como um peão, mas o que ela poderia fazer? Não havia ninguém que Voldemort temesse mais do que ele. Outra coisa era que ela não conseguia guardar raiva de alguém por tanto tempo. O diretor havia errado muitas vezes, mas ela entendia o seu desespero, o desespero de todos para se livrar de Voldemort de uma vez por todas.
Dumbledore estava animado para chegar... Seja lá onde eles estavam indo. Mas com que a Srª Weasley disse, provavelmente, seria para algum lugar onde pudessem encontrar Slughorn.
Em certa ocasião, Marlene já lhe contara sobre o professor, mas o que confundia Amber era que Slughorn era professor de Potions e ela não sabia o que pensar sobre isso... Talvez o professor também fosse especializado em Defense Against the Dark Arts. Talvez o professor Snape tivesse sido demitido e,além de procurar um professor para DADA, também precisava procurar um professor par Potions. Tinha que ser alguma das duas, porque a última opção não a agradava muito.
Apesar do que Dumbledore ou o próprio Snape diziam, ele era um Death Eater.
Mantenha a sua varinha à mão, Harry disse Dumbledore, animado, interrompendo os pensamentos da ruiva.
Mas pensei que não tinha licença para usar magia fora da escola, professor disse Harry.
Na verdade, pode se não for detectado murmurou Amber, mas foi escutada da mesma forma Tem alguns pais que não deixam, como a Srª Weasley, mas tem outros que permitem que os filhos pratiquem durante o recesso escolar. O Ministério só detecta magia em volta de bruxos menores deidade, se você morar em uma residência muggle sem nenhuma outra presença bruxa, receberá advertência.
Eles não detectam elfos domésticos Harry lembrou-se de suas férias após o primeiro ano.
Mas se você morar em uma residência bruxa como os Weasley... Jamais poderão provar que foi você finalizou Amber, dando de ombros.
Você percebeu que está se entregando na frente do diretor? brincou Harry.
Eu fico extremamente curioso para saber como o Ministério não detecta suas atividades incomuns*, senhorita Potter disse Dumbledore, divertido.
Não é como se eu fizesse sempre. Ainda mais no meio de um bairro muggle Amber deu de ombros, um pouco envergonhada Onde vamos que possivelmente teremos que usar contra-feitiços ou contra-maldições?
Qualquer lugar, atualmente, precisará que mantenhamos as varinhas em punho. Mesmo assim, duvido que vão precisar respondeu Dumbledore.
Por quê? perguntou Harry.
Porque estarão comigo disse Dumbledore, simplesmente.
O senhor não respondeu a minha pergunta resmungou Amber, fazendo o diretor rir levemente.
Aqui está bom.
O bruxo pareceu bruscamente no final da Privet Drive.
Naturalmente, vocês ainda não passaram no teste de aparatação, não é? perguntou.
Não. Pensei que precisava ter dezessete anos respondeu Harry.
Amber não respondeu, Marlene já a ensinara a aparatar, para algum caso de emergência. De qualquer forma, seguia sem ter a autorização oficial do Ministério para fazê-lo.
Precisa. Então, segure com força no meu braço. No esquerdo, se não se importar... Você deve ter reparado que o braço com que seguro a varinha está um pouco sensível no momento.
Esse é o eufemismo do século pensou Amber, segurando a mão de Harry.
Bem, então vamos.
Tudo em volta deles escureceu. A impressão que passava para quem aparatava pela primeira vez era que estava sendo puxado para todos os lados, não dava para respirar direito, pois era como se estivesse se espremendo por um tubo de ferro, todas as partes do seu corpo estavam retornando para dentro.
Não era uma sensação agradável, mas, ao menos era um modo de locomoção mais rápida. Amber manteve apertando a mão do irmão, desconfiava que era a primeira vez que ele aparatava. Harry respirou fundo, mas não vomitou (ainda bem) nem nada. Ele parou por alguns segundos, então olhou em volta, percebendo finalmente que tinha aparatado.
Como você é lerdo! murmurou Amber, soltando sua mão da dele.
Você está bem? perguntou Dumbledore Leva algum tempo para acostumar com a sensação.
Estou ótimo respondeu Harry, esfregando as orelhas Mas acho que prefiro as vassouras.
Dumbledore sorriu, ajeitando a capa em volta do pescoço, e Amber revirou os olhos. Não era apenas na aparência que Harry agia como um Potter.
Vamos por aqui disse Dumbledore, passando por uma estalagem vazia e algumas casas Agora, me diga, Harry, a sua cicatriz... Tem doído?
Não respondeu Harry, esfregando a cicatriz e tenho me perguntado o porquê. Pensei que iria arder o tempo todo, agora que Voldemort está recuperando o poder.
Já eu pensei o contrário disse Dumbledore, satisfeito Lord Voldemort finalmente percebeu como é perigoso o acesso que você tem tido aos pensamentos e emoções dele. Imagino que agora esteja usando a Occlumency contra você.
Os papéis se inverteram riu Amber, a cena de Voldemort com medo era algo que lhe agradava.
Por mim, tudo bem Harry deu de ombros.
Eles continuaram caminhando por um tempo, até que Harry decidiu fazer a mesma pergunta que Amber.
Professor? chamou.
Harry? respondeu Dumbledore.
Hã... Onde é que nós estamos exatamente?
No encantador povoado de Budleigh Babberton.
Amber bufou. Quando era Harry quem perguntava, ele respondia.
E o que estamos fazendo aqui? tornou a perguntar.
Convencer certo professor a voltar? arriscou Amber.
Exatamente respondeu Dumbledore Estamos novamente desfalcados de um funcionário no nosso corpo docente.
Espere um pouco, professor! interrompeu Slughorn é professor de Potions.
Sim confirmou.
Ele vai ensinar Defense Against the Dark Arts? perguntou o que estava lhe deixando curiosa desde que a Srª Weasley deixou escapar sobre o professor.
Bem, veremos isso em 1º de Setembro, não é mesmo? disse misterioso.
Ele tá testando a minha paciência, só pode pensou Amber.
Como vamos ajudar o senhor? perguntou Harry, quando percebeu que Amber não insistiria no assunto.
Ah, acho que encontraremos uma maneira. À esquerda aqui.
Amber duvidou que Dumbledore estivesse contando com o improviso. Certamente, eles já tinham um papel. Eles continuaram andando por uma rua estreita e repleta de casas com janelas escuras.
Professor, por que não aparatamos diretamente na casa do seu ex-colega? perguntou Harry.
Um pouco de noção lhe faria bem, irmãozinho pensou Amber.
Porque seria tão grosseiro quanto derrubar a porta da casa a pontapés respondeu Dumbledore A cortesia exige que demos aos colegas bruxos a oportunidade de nos negar entrada. Em todo caso, a maioria das casas bruxas são magicamente protegidas de pessoas indesejáveis de aparatarem. Em Hogwarts, por exemplo...
... Não se pode aparatar nos prédios nem nos terrenos disse Harry, rapidamente Foi a Hermione Granger quem me disse.
Aula prática com o tio Dumby pensou Amber, antes de se horrorizar Merlin! Eu estou pensando igual a Sarah.
E está certa. Viremos à esquerda outra vez.
Você já deve estar cansado de ouvir a Hermione dizer isso disse Amber, divertida.
O relógio da igreja badalou, indicando que já era meia-noite. Enquanto Amber estava ficando cansada por causa do horário, Harry parecia estar mais acordado do que nunca.
Professor, eu li no Daily Prophet que Fudge foi demitido... começou Harry.
É verdade confirmou Dumbledore.
Bem, o que poderíamos esperar? disse Amber Você o avisou que isso poderia acontecer, professor.
Sim, mas Fudge estava tomado pelo pânico de perder o cargo disse Dumbledore.
Como Percy lembrou-se Harry.
Foi substituído, e tenho certeza que você também leu isso, por Rufus Scrimgeour, que costumava chefiar a Seção dos Aurores continuou o diretor.
Ele é... O senhor acha que ele é bom? perguntou Harry.
Uma pergunta interessante. Sem dúvida, ele é competente. Mais decidido e energético do que Cornelius...
Mesmo depois do que lhe fez, ainda o chama pelo primeiro nome pensou Amber.
Harry e Dumbledore continuaram conversando sobre o novo ministro, o Daily Prophet e o folheto que receberam junto do jornal, falando sobre as medidas de segurança.
Depois de mais alguns minutos, ela percebeu que eles aproximavam-se de uma casinha de pedra muito bem cuidada, com um jardim em volta. Ela também percebeu o estado da porta, arrancada das dobradiças, ao pararem em frente ao portão. Harry estava distraído e colidiu com Dumbledore.
Que lástima! Que lástima! exclamou Dumbledore, inicialmente preocupado, mas Amber revirou os olhos para a situação.
O diretor olhou para todos os ângulos da rua deserta, antes de sussurrar:
Peguem a varinha e me sigam.
Amber puxou a varinha do bolso, apesar de ter uma leve desconfiança de que não estava acontecendo nada, não iria se arriscar. Eles entraram rápida e lentamente para dentro da casa. A varinha do diretor acendeu-se, iluminando o corredor, eles seguiram até a porta aberta à esquerda do corredor estreito.
Toda a sala estava destruída: um relógio derrubado, o mostrador estilhaçado, o pêndulo jogado; o piano virado de lado e todas as teclas espalhadas pelo chão; o lustre havia caído; os enchimentos das almofadas escapando pelas laterais; cacos de vidro e louça cobriam o chão como se fossem um tapete. As paredes estavam cobertas por manchas vermelho-escuras.
Amber poderia reconhecer a substância de longe, mesmo sendo rara, ela aproximou-se sob a respiração um pouco ofegante do irmão e passou o dedo por cima, estudando a substância com os dedos e cheirando-a.
Sangue de dragão disse.
Dumbledore que estava falando com Harry, olhou rapidamente para ela, registrando o que ela havia dito.
Não deveria estar surpreso Amber sussurrou.
Ele caminhou pela sala de estar, procurando por mais alguma coisa que confirmasse a suspeita de que ninguém havia atacado a Slughorn. Já havia descartado a opção dos Death Eaters, já que a marca negra não estava pairando sobre a casa. Harry o seguia de perto.
Talvez tenha havido uma luta... E o levaram embora, professor? sugeriu Harry.
E o que explica o sangue de dragão nas paredes, Harry? perguntou Amber, descartando rapidamente a ideia.
Dumbledore parou, espiando atrás de uma poltrona excessivamente estofada e tombada de lado.
Eu acho que não ele trocou um olhar com Amber.
O senhor quer dizer que ele... começou Harry, atento ao olhar que eles haviam trocado.
Ainda está por aqui? Isto mesmo.
Então, o diretor avançou, enfiando a ponta da varinha no assento da poltrona, fazendo-a gritar.
Ai!
Boa noite, Horace cumprimentou Dumbledore, tornando a se erguer.
Amber aproximou-se do irmão para fechar a sua boca que estava escancarada.
Seis anos no mundo mágico e você ainda não se acostumou? perguntou, divertida.
Acho que nunca vou me acostumar disse Harry, em resposta.
O professor Slughorn estava deitado, no exato lugar onde a poltrona estava, massageando o baixo ventre, olhando quase chorando de dor para Dumbledore.
Não precisava enfiar a varinha com tanta força reclamou, levantando-se Doeu.
O professor era exatamente como Marlene havia lhe descrito: tão baixo que mal alcançava o queixo do diretor, gordo, careca e com bigode, lembrando ligeiramente um leão marinho. Vestia um roupão cor de vinho sobre um pijama de seda lilás.
Que foi que me denunciou? resmungou, ainda esfregando o baixo ventre.
Meu caro, Horace disse Dumbledore, divertindo-se Se realmente os Death Eaters lhe tivessem feito uma visita, a marca negra teria sido deixada sobre sua casa.
O bruxo deu um tapa na testa, ainda não tinha percebido a presença dos irmãos na sala.
A marca negra murmurou Eu sabia que havia uma coisa... Ah, bem. Seja como for, eu não teria tido tempo. Tinha acabado de dar os últimos retoques no estofamento quando você entrou na sala.
Ele deu um longo suspiro.
Quer a minha ajuda para arrumar a sala? ofereceu-se Dumbledore.
Por favor aceitou o outro.
Amber o teria feito, mas estava começando a entender o que ela e Harry faziam ali. Seus minutos de invisibilidade passariam em poucos segundos e ela queria aproveitar enquanto podia.
Os dois viraram-se de costas um para o outro e fizeram um amplo movimento com as varinhas. Os móveis automaticamente voltaram para suas posições normais, o estofamento das almofadas voltou para dentro das mesmas, o lustre voltou para o teto, os livros rasgados consertaram-se e voltaram para a prateleira, as rachaduras e buracos consertaram-se e as manchas de sangue sumiram das paredes.
Deve estar curioso para saber que substância era aquela disse Slughorn, percebendo o interesse que Dumbledore olhava para a parede.
Na verdade, Ambrose já me esclareceu. Foi um dos fatos que nos fizeram desconfiar que você não havia sofrido ataque algum disse Dumbledore, desviando o olhar das paredes.
Slughorn virou-se para perguntar a Dumbledore quem era Ambrose, quando seus olhos passaram para os gêmeos. Amber gemeu, antes de virar-se de costas para examinar os porta-retratos do professor.
Oho! disse o professor, surpreso Oho!
Este é Harry Potter e Ambrose Potter, como você já deve ter lido no Daily Prophet adiantou-se Dumbledore Harry, Amber, este é um velho amigo e colega, Horace Slughorn.
Slughorn percebeu na hora o que Dumbledore estava pretendendo, mesmo que Harry parecesse confuso quanto este disse:
Então foi assim que você pensou que ia me convencer? Pois bem, a resposta é não, Albus.
Suponho que pelo menos possamos tomar uma bebida? perguntou Dumbledore Para lembrar os velhos tempos?
Amber parou no porta-retrato em que apareciam os seus pais.
Tudo bem, então, um drinque concedeu de má vontade, passando por Amber para pegar bebida a eles.
Dumbledore e Harry sentaram-se nos sofás, mas Amber permaneceu observando aquele porta-retrato. Não importava quantas vezes nem quantas fotos diferentes visse de seus pais, apenas observando suas formas e juntando com as histórias de Marlene poderia ter a imagem completa dos bruxos que eles foram.
Ambrose? chamou Dumbledore, provavelmente convidando-a para sentar-se com eles.
Ela olhou rapidamente para trás e logo depois voltou seu olhar ao porta-retrato, como se tivesse um ímã. Harry era The Boy Who Lived, não ela.
Não, obrigada respondeu.
Horace passou novamente por trás dela para chegar onde o diretor e Harry estavam.
Tome... ela ouviu-o dizendo.
Bem, e como tem andado, Horace? perguntou Dumbledore.
Não muito bem. Fraqueza no peito. Asma. E reumatismo também. Não consigo me mexer como antigamente. Bem, é o normal. Velhice. Cansaço.
Mas não consigo imaginá-lo fazendo apenas um movimento com a mão e de repente toda a sala ficar no estado em que ficou interrompeu Amber, roubando as palavras da boca do diretor Teve quanto tempo de aviso? Três minutos?
Slughorn estava dividido entre o orgulho e a irritação por ter sido desmascarado. Dumbledore deu uma piscadela quase imperceptível a Amber.
Dois. Não ouvi o meu feitiço contra intrusos disparar, estava tomando banho. Ainda assim adicionou, decidido a convencer Dumbledore que era incapaz de dar umas simples aulas de Potions o fato é que estou velho, Albus. Um velho cansado que conquistou o direito a uma vida tranquila e a alguns confortos materiais.
Você ainda não tem a minha idade, Horace replicou Dumbledore.
Toma pensou Amber.
Bem, então você também deveria pensar em se aposentar disse Slughorn.
Se Dumbledore se aposentasse não teríamos chances algumas contra Voldemort retrucou Amber, em voz baixa.
Estou vendo que as reações já não são o que eram disse Slughorn, tentando fingir que não havia escutado a garota, mas estremeceu ao ouvir o nome do bruxo das trevas.
Você tem toda a razão. Sem dúvida, estou mais lento. Mas por outro lado... concordou Dumbledore, dando de ombros.
No momento em que o diretor espalmou as mãos, Amber percebeu que ele também estava um anel na mão enegrecida. No choque da Privet Drive só percebeu a cor da mão, não parou para observar o resto, até porque o diretor impediu-a.
O anel era feito de ouro e continha uma pesada pedra negra meio rachada. Slughorn e Harry também pararam seus olhares no anel, o professor enrugou a testa.
Ele e o diretor logo voltaram a conversar, mas Amber estava atenta à pedra. Ela seria a culpada pela mão do diretor? Se fosse assim, por que o bruxo ainda a usava? A pedra era dura e pesada, como ficou rachada?
Imagino que iriam querer que você empregasse o seu considerável talento para coagir, torturar e matar. Você está realmente me dizendo que eles ainda não vieram recrutá-lo? dizia Dumbledore.
Por que eles precisariam de outro preparador de poções? Eles já tem Snape! pensou Amber.
Não lhes dei chance. Não parei de viajar nesse último ano. Nunca me demoro mais de uma semana no mesmo lugar respondeu Slughorn, meio hostil. Isso explicava Mudo Ed uma casa de muggle para outra, os donos desta casa estão de férias nas Ilhas Canárias. Tem sido muito agradável, terei pena de partir. É bem fácil uma vez que se aprende, um simples feitiço paralisante nesses absurdos alarmes que usam em vez de bisbilhoscópios garante que os vizinhos não vejam ninguém entrar carregando um piano.
Engenhoso. Mas está me parecendo muito cansativo para um velhote incompetente e alquebrado que procura uma vida calma. Agora, se você retornasse a Hogwarts...
Amber voltou a perder-se em seus pensamentos confusos, enquanto contornava o ornamento do porta-retrato com a mão. Então seus pensamentos saíram do anel para Oliver, novamente. Isso estava ocorrendo com muita freqüência. Não queria nem pensar como seriam nas aulas se ficasse se desconcentrando dessa forma.
Então foi isso que ela fez? Que mulher idiota! Jamais gostei dela disse Slughorn.
O professor parecia quase a vontade com o diretor, mesmo que a causa pela qual ele estivesse ali o impedisse de ficar menos alerta.
Era idiotice pensar que Dumbledore seria capaz de expulsar Umbridge de Hogwarts como Peeves fez.
Harry riu baixinho com o que Slughorn disse, fazendo os dois homens lembrassem de sua presença.
Desculpem ele disse, apressado. Por que ele tinha essa mania de pedir desculpas por tudo? É que... Eu também não gostava dela.
Você e todo mundo retrucou Amber.
Dumbledore levantou-se rapidamente, nem parecia ter cento e sei lá quantos anos.
Você já está indo? perguntou Slughorn, esperançoso, como se Dumbledore desistisse tão facilmente.
Não, será que eu poderia usar o seu banheiro? perguntou Dumbledore educadamente, mesmo que o banheiro não fosse exatamente do ex-professor.
Ah disse desapontado Segunda porta à esquerda, seguindo pelo corredor.
Amber teve vontade de xingar, era evidente que Dumbledore estava tentando usar o seu irmão como forma de convencer o professor a retornar a Hogwarts. Assim que a porta da sala fechou-se, o ambiente ficou silencioso.
Logo em seguida, Slughorn levantou-se perdido, lançando um olhar rápido para Harry, antes de dirigir-se para perto da lareira e virar de costas para se aquecer.
Não pense que não sei por que ele os trouxe até aqui disse bruscamente.
Amber, finalmente, afastou-se da prateleira onde jaziam os portas-retratos e andou até ficar atrás do sofá onde o irmão estava sentado.
O professor observou o rosto de Harry atentamente.
Você se parece muito com o seu pai ele parecia não saber como começar a conversa.
É o que dizem.
Exceto nos olhos. Você tem...
Os olhos de minha mãe, eu sei.
Amber deu-lhe um leve aperto no ombro, mas entendia a sua irritação. O professor observou-a atentamente pela primeira vez desde que entrou na sala e empalideceu levemente.
Enquanto você... começou.
Não tenho os olhos do meu pai interrompeu Amber, dando um leve sorriso de lado.
Era uma piada interna que ela, Sarah e Marlene tinham desde que as comparações começaram. Também com Harry, desde que ele descobriu no verão que passaram na Noble Ancient House of Black. Harry levantou uma sobrancelha a ela como se dissesse: Eu não posso, mas você pode?
Eu quase não acreditei quando li o Daily Prophet do ano passado continuou o professor, tentando estender o assunto Quando vi a foto, podia jurar que estava vendo a foto de sua mãe.
Havia foto? Agora ela realmente se arrependia de não ter lido a matéria. Como Skeeter conseguia tirar foto estando na forma de um besouro? Ela pediu ajuda a algum aluno da Slytherin?
Um professor não devia ter alunos favoritos...
... Mas você tinha vários. Deveria contar isso a Snape completou-o mentalmente.
... Mas ela era um dos meus. Sua mãe. Lily Evans. Uma das mais inteligentes a quem lecionei. Viva, sabe. Uma menina encantadora. Eu costumava dizer a ela que deveria ter ido para a minha casa. E, sabe, costumava me dar resposta petulantes.
A quem isso me lembra? murmurou Harry, mas foi escutado da mesma forma.
Você retrucou Amber, sentindo seu rosto ficar quente.
Qual era a sua casa? perguntou Harry, ignorando-a.
Eu era o diretor da Slytherin. Ah, vamos disse Slughorn, ao ver a expressão de Harry Não deixe que isso o influencie contra mim! Vocês devem ser da Gryffindor como ela, não? É, em geral, está no sangue. Mas nem sempre. Já ouviu falar de Sirius Black? Deve ter ouvido... Tem sido notícia de...
O senhor poderia, por favor, mudar de assunto? interrompeu Amber.
Slughorn pareceu surpreso e curioso com o pedido da menina.
Como era professor dos nossos pais, deve saber que Sirius era um grande amigo do nosso pai. Este é um assunto delicado continuou.
É, todos pensavam que ele era o culpado por... disse Slughorn.
Nem todos disse Amber.
Me desculpem disse Slughorn, parecendo entender e tentou apaziguar a situação De qualquer forma, toda a família dele era da minha casa, mas ele acabou na Gryffindor. Estranho como essas coisas acontecem, não? Sua mãe, naturalmente, nasceu muggle. Não consegui acreditar quando soube. Eu achava que devia ser puro-sangue, era tão inteligente!
Uma das minhas melhores amigas é muggle e é uma das melhores alunas da nossa série interviu Harry, pegando a mão da irmã por cima do ombro e apertando-a levemente.
Engraçado como isso às vezes acontece, não é?
Não acho.
O professor pareceu por fim perceber o seu tom frio. Ele não estava conseguindo a simpatia dos irmãos.
Você não deve pensar que sou preconceituoso! Não, não e não! Não acabei de dizer que sua mãe foi uma das minhas alunas favoritas? E tive também Dirk Creswell, uma série acima, agora chefe da Seção de Ligação com os Duendes, naturalmente, outro muggle, um estudante muito bom que ainda hoje me passa excelentes informações sobre o que acontece internamente no Gringotts!
Ele parecia satisfeito por ter ensinado a ele, como Marlene lhe dissera: tratava a todos como troféus. Ele apontou para a prateleira onde Amber esteve observando, haviam várias fotos de ex-alunos de Slughorn, além de seus pais.
Ele continuou vangloriando-se por Gwenog Jones, Ambrósio Flume e Barnabas Cuffe.
E todas as pessoas sabem onde encontrar o senhor para lhe mandar presentes? perguntou Harry, expressando a curiosidade de Amber.
Claro que não protestou Slughorn Há um ano que não tenho contato com ninguém.
O professor pareceu perceber o que havia dito e hesitou, antes de dar de ombros e entrar no assunto sobre ir a Hogwarts, dizendo que seria como declarar que pertencia a Order of the Phoenix. Isso irritou Harry que, inconscientemente, ajudou o diretor a fazê-lo refletir sobre a proposta.
...Não posso fingir que a morte de Amélia Bonés não tenha me abalado... murmurava Slughorn e Amber teve que concordar, ela era uma mulher honesta Se ela, com todos os seus contatos e proteções no Ministério...
Nesse momento, Dumbledore entrou estrategicamente (ou não) na sala, assustando Slughorn.
Ah, aí está, Albus disse Slughorn, tentando recompor-se Ausentou-se por um bom tempo. Ruim do estômago?
Não. Só dando tempo a Harry para te convencer pensou Amber, ironicamente.
Não, estava lendo revistas muggles. Adoro as revistas de tricô. Bem, Harry, já abusamos demais da hospitalidade do Horace; acho que está na hora de partir.
Era engraçado imaginar Dumbledore aprendendo a tricotar. Harry logo levantou-se, não parecendo arrependido por ter que ir embora, ainda segurando a mão de Amber. Slughorn olhou-os surpreso.
Vocês já estão indo? perguntou.
Para um homem que antes queria que eles fossem embora... Harry era um perigo. Graças a Merlin não era assim com as garotas.
Estamos. Acho que sei reconhecer uma causa perdida quando a vejo disse Dumbledore.
Perdida...? perguntou Slughorn, um pouco nervoso.
Harry soltou a mão da irmã para fechar o casaco, enquanto Dumbledore recolocava sua capa de viagem.
Bem, lamento que não queira o emprego, Horace disse Dumbledore, balançando a mão intacta em um gesto de adeus Hogwarts teria se alegrado com o seu retorno. Apesar das medidas mais rigorosas de segurança que tomamos, você será sempre bem-vindo se quiser nos visitar.
Ah... Bem... Muito gentil... Como digo...
Adeus, então.
Tchau responderam Harry e Amber em uníssono, antes de entreolharem-se.
Okay, Harry. Parou! murmurou a garota.
Muito bem, muito bem, eu vou! gritou Slughorn, quando o diretor tocou na maçaneta.
Então Slughorn seguiu-os até o portão exigindo um aumento de salário e tudo o mais para o diretor que estava sorridente com a aceitação.
Muito bem, Harry elogiou Dumbledore.
Antes que o irmão pudesse dizer qualquer coisa, Amber adiantou-se.
Harry não é nenhum troféu, pare de usá-lo como se fosse disse irritada.
Mas é exatamente assim que Slughorn trata seus alunos, como creio que Marlene tenha lhe dito disse o diretor, calmo.
Desculpe disse Amber, mesmo ainda estando irritada.
O que eu fiz? Eu só fui até lá! exclamou Harry.
Isso já é o suficiente... resmungou Amber.
Mostrou o Horace o que ele tem a ganhar se retornar a Hogwarts. Gostaram dele?
Ahn... fez Harry.
A primeira vista ele me parece um pouco preconceituoso disse Amber, diretamente.
O professor Dumbledore começou a explicar o jeito do agora atual colega de profissão. Era difícil para ela decidir se gostava mais de Snape ou Slughorn. Pelo menos esperava que o novo professor fizesse o seu irmão aprender mais sobre a matéria.
Eles pararam diante da igreja e aparataram para The Burrow.


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Notas finais do capítulo

*Saiu meio duplo sentido, mas não arrumei frase melhor para colocar :/
Eu odeio ter que ficar copiando trecho do livro sem modificar muito, mas a Amber já foi deixada de lado em muitas situações na vida do Harry, então eu não tinha como pular a parte do Slughorn. No capítulo da batalha no Ministério, não consegui encaixá-la na luta contra Voldemort e Bellatrix como eu planejava, então deixei tal como estava. A partir de agora, a Amber estará mais presente nessas situações.
Pergunta: Eu sou a única que escuta fanband de Harry Potter? Vocês nunca escutaram Oliver Boyd and the Remembralls ou Ministry of Magic?



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