Laços de Guerra - 3ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 11
Capítulo 11 - Amizades Conturbadas


Notas iniciais do capítulo

Eu peço desculpas. No momento, estou digitando no dia 27 de Novembro. O meu plano era digitar o último capítulo e postar o 1º da 4ª temporada que eu já tinha escrito há um tempo atrás para completar Janeiro, mas não deu tempo. Só tem capítulo até o dia 15/1. Não sei quando postarei novamente, espero que a internet estabilize.



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5 de Janeiro de 1997.
Os dias se passaram e chegou o dia em que eles voltariam a Hogwarts. Como Marlene havia dito, o Ministério conseguiu conexão pela Rede de Floo até o escritório da professora McGonagall. Embora, Amber ainda não tinha certeza se era realmente para todos os alunos ou só para eles por causa da segurança de Harry.
Somente a Srª Weasley e Fred estavam lá para se despedirem, já que o Sr. Weasley, George, Bill e Fleur voltaram para seus trabalhos.
— Fred, você deveria estar no trabalho — disse Sarah, embora estivesse feliz de que ele estivesse lá, enquanto o abraçava.
— George e Verity já estão cuidando da loja — disse Fred, dando de ombros.
— Tente não aprontar tanto, querida — pediu a Srª Weasley, com um sorriso carinhoso entre as lágrimas, após se despedir de Rony e Ginny.
— Não lhe peça o impossível — disse Amber, enquanto Sarah se afastava de Fred.
— Eu tento, Srª Weasley, mas tem pessoas que pedem para serem azaradas — disse Sarah.
A Srª Weasley negou com a cabeça, antes de abraçar a Harry.
— Prometa-me que você vai se cuidar... Se manter longe de encrenca — pediu.
— Eu sempre me mantenho, Srª Weasley. Eu gosto de uma vida calma, a Srª me conhece — respondeu Harry, enquanto devolvia o abraço.
— Vocês dois precisam se cuidar muito. Você agora é o alvo, mas Amber é sua irmã e Voldemort uma hora ou outra virá atrás dela.
Harry estremeceu levemente com isso e a Srª Weasley afastou-se para se despedir de Amber, que escutou o que ela disse.
— Tome muito cuidado você também — disse a Srª Weasley, dando um abraço rápido nela — Tente fazer Sarah estudar e afastar o seu irmão de problemas.
— Eu posso tentar, mas não garanto nada — respondeu Amber, abaixou a voz para que só ela escutasse — Não se preocupe por Percy, ele vai voltar quando você menos esperar.
— Isso é o que eu espero — disse a Srª Weasley, voltando a soluçar.
Harry pegou um pouco de Pó de Floo e jogou na lareira, fazendo as chamas ficarem verdes, pegou mais um pouco e jogou ao mesmo tempo em que dizia:
— Hogwarts.
Segundos depois, as chamas o lançaram para cima, fazendo-o viajar pelas lareiras.
— Agora você, Rony — indicou a Srª Weasley, estendendo o pote de Pó de Floo.
Rony pegou um pouco e fez a mesma coisa, logo depois foi Ginny, Amber e Sarah. Quando todos chegaram ao escritório da professora de Transfiguration, se retiraram e foram caminhando até a Torre da Gryffindor.

6 de Janeiro de 1997.
No dia seguinte, um aviso foi fixado no mural de todos os Salões Comunais.

“AULAS DE APARATAÇÃO
Se você tem um dezessete anos ou vai fazer dezessete antes do próximo dia 31 de Agosto, você está habilitado para um curso de doze semanas de Aulas de Aparatação com um Instrutor de Aparatação do Ministério.
Por favor, assine abaixo para participar. Custo: 12 galeões”

Como Amber estava atrasada com as aulas, ela só assinou de noite, depois das aulas.
— Eu tenho a impressão de que tanto a Ginny quanto Rony estão ficando cansados dos seus “namoros” — disse Sarah, enquanto a amiga sentava-se do lado dela e elas começavam uma partida de xadrez bruxo.
— Rony está mesmo, mas Ginny? — disse Amber, olhando para Rony que subiu as escadas do dormitório, parecendo irritado com Lavender.
— Ela fala tão desanimada sobre ir se encontrar com ele — disse Sarah, enquanto indicava o peão a se mover dois quadrados para frente.
— Ela nunca gostou dele desse jeito, vamos combinar.
— É... E eles têm brigado muito. Eu até conversei com a Ginny sobre o Harry, mas ela ficou um pouco nervosa.
— Por quê?
— Ela ficou com raiva porque agora que ela está tentando refazer a vida dela o Harry começa a prestar atenção nela.
— Bem, as atitudes dela com Dean têm dito o contrário.
— Vocês ruivas são bipolares.
— Não me meta na bipolaridade da Ginny!
Antes que elas pudessem estender o assunto, Harry entrou no Salão Comunal quase vazio.
— Harry! — exclamou Amber, levantando-se — Onde você estava até agora?
— Vai levar ao pé da letra o que a Srª Weasley pediu? — perguntou Sarah, fazendo a sua jogada.
— Estive com Dumbledore — disse Harry, olhando significativamente para ela.
— Menos mal — disse Amber.
— Ai, meu Deus! — exclamou Sarah, levantando-se rapidamente — Olha só que horas são!
— E desde quando você se importa com horários, Sarah? — perguntou Amber, estranhando.
— Desde que o meu primeiro tempo é com o Snape — retrucou Sarah, correndo rapidamente para o dormitório feminino com o tabuleiro nas mãos.
— Eu tenho a sensação de que ela vai aprontar — disse Amber, abaixando a voz — Mas quais foram as memórias?
Ele contou sobre a memória de Tom Riddle conhecendo a Morfin Gaunt e a memória adulterada de Slughorn.
— Dumbledore me pediu para pegar a memória verdadeira — sussurrou Harry.
— Porque ele confia mais em você do que em Dumbledore — disse Amber, no mesmo tom.
— Mas não tem como fazer isso de um jeito que ele não fique irritado. Se ele não quer mostrar a memória a ninguém...
— Eu sei que você vai arranjar um jeito. Você sempre arranja.
Ela subiu as escadas para o dormitório apressada.

7 de Janeiro de 1997.
Ginny apressou-se para se aproximar de Sarah e Amber.
— Temos que conversar com Hermione, ela está insuportável — disse Ginny.
— Engraçado você perceber isso já que não desgruda do Thomas — cuspiu Sarah.
— Quem visse, pensaria que você está com ciúmes — brincou Ginny, abraçando-a de lado.
— Eu tô falando sério, Ginny. Você e Hermione estão insuportáveis — continuou Sarah, antes de se afastar para falar com Kevin.
Ginny bufou, virando-se para Amber. Nesse momento, Hermione afastou-se de Harry, indo na direção contrária.
— Se quisermos falar com Hermione, é melhor irmos agora — aconselhou Amber, puxando-a pelo braço.
— Eu realmente não quero ficar todo o tempo com Dean, ele me sufoca, mas ele é meu namorado — reclamou Ginny.
— Então diga isso para ele.
— Eu já disse. Acha que ele mudou?
Elas correram pelo corredor e puxaram Hermione pelos ombros.
— O que deu em vocês? — perguntou Hermione, com raiva.
— Isso é o que deveríamos perguntar a você — disse Ginny, ríspida — Não é porque o Ron tá com a Brown que você tem que fingir que ele não existe.
— Você não sabe de nada! — gritou Hermione, jogando a mochila para o chão.
— Eu não sei de nada? O meu namorado quer controlar a minha vida e o garoto que eu sempre amei nunca deu bola para mim, mas pelo menos eu estou tentando seguir a minha vida. Estou sendo civilizada com ele, já você fica de ignorância com o Harry, sendo que ele não tem nada a ver com o seu amor não correspondido.
— Ginny! — gritou Amber, chocada.
Hermione ficou olhando de boca aberta para Ginny com os olhos cheios de lágrimas.
— Só assim para ela se tocar! — retrucou Ginny para Amber — O Harry e o Rony são melhores amigos desde que se conheceram no trem, você não pode simplesmente fazê-lo escolher entre a amizade deles e a sua.
— Não estou pedindo para que ele escolha nada — gritou Hermione, recuperando a sua voz — Eu só não quero falar com o Ronald.
— Claro! Muito maduro de a sua parte fingir que ele não existe — debochou Ginny.
— Você lida com o seu amor platônico de um modo, eu lido de outro — disse Hermione, enquanto se abaixava para pegar a mochila — Toma conta da sua vida.
— Não, eu não tomo porque eu sou sua melhor amiga e é a minha responsabilidade lhe avisar quando está bancando a ridícula. O colégio inteiro já percebeu que você tem uma queda de penhasco por ele, principalmente com você agindo desse jeito.
— O colégio inteiro menos ele.
— Então vai continuar agindo assim?
Hermione não respondeu, sentindo algumas lágrimas descerem pela sua bochecha.
— Ótimo, então não reclame se perder a amizade do Harry também — disse Ginny, virando-se para sair.
— Você concorda com ela, não é? — perguntou Hermione, girando para Amber.
— Não com as palavras que ela disse — disse Amber.
— Mas concorda.
— Você está colocando Harry em uma situação complicada. Já não basta tudo o que ele está tendo que enfrentar com a ascensão de Voldemort? Ele precisa de amigos que o apóiem e não que fiquem brigando entre si.
— Não tem chances de eu...
— Tudo bem. Se você quiser continuar assim, eu não posso fazer nada.
Amber foi à mesma direção em que Ginny havia ido, deixando Hermione sozinha.

Aula de Potions.
Amber foi sentar-se com Harry e Rony quando o professor Slughorn entrou apressado na sala, pedindo silêncio.
— Sentem-se, sentem-se, por favor! Rápido, agora, temos muito trabalho pela frente esta tarde. A terceira lei de Golpalott, alguém pode me dizer qual é? — perguntou o professor.
— O antídoto para uma mistura venenosa será maior do que a soma dos antídotos para cada um de seus elementos — disse Amber, rapidamente, antes que Hermione pudesse abrir a boca, fazendo a garota lançar-lhe um olhar fuzilante.
— Exatamente — disse Slughorn, radiante — Dez pontos para a Gryffindor! Agora, se nós aceitarmos que a terceira Lei de Golpalott é verdade, significa que, claro que assumindo que nós venhamos a conseguir a identificação correta dos ingredientes pelo Scarpin Relelaspell...
Harry olhava confuso para o professor e Rony olhava para o livro com a boca meio aberta.
— Você vai usar o Specialis Revelio na poção para identificar os ingredientes usados nela — explicou Amber para Harry, enquanto Slughorn continuava falando — Então você vai criar um antídoto para cada um desses ingredientes mais um componente que vai unir esses elementos.
— Ele não podia simplesmente explicar assim? — murmurou Harry.
— É uma matéria complicada, Harry — disse Amber, voltando o olhar para Slughorn.
— ...Eu quero que cada um de vocês venha aqui e pegue um desses frascos em minha mesa — disse Slughorn — Vocês criarão antídotos para o veneno dentro dele antes do fim da aula. Boa sorte e não se esqueçam de suas luvas protetoras.
Os alunos demoraram um pouco para acatar a ordem, mas rapidamente levantaram-se para pegar os frascos.
“Specialis Revelio” pensou com força, segurando o frasco de poção. Em sua mente lhe veio os nomes dos ingredientes que eram usados somente para Veneno de Dragão. Olhando para o lado, percebeu que Harry não estava indo muito bem e Hermione parecia satisfeita com isso.
“Grande amiga” pensou Amber, com raiva. Afinal, que amiga ficaria feliz quando seu amigo está em apuros?
Pousou o veneno na mesa com especial força, segurando-se para não explodir a poção dela nela e foi até o armário procurar os ingredientes que precisaria: bezoar, 2 acônitos e pele de ararambóia picada.
Não precisava abrir o livro para se lembrar do que deveria fazer. Colocou o veneno dentro do caldeirão, já que esse era o procedimento padrão, e começou a preparar a poção por cima do veneno.
Colocou a pele de ararambóia no caldeirão e deixou ferver por 20 minutos, depois tirou o caldeirão do fogo, colocou um dos acônitos e mexeu no sentido horário, fazendo a poção ficar com a cor lilás. Ela voltou a colocar o caldeirão no fogo e esperou 30 minutos, Harry correu para o armário de ingredientes. A poção ficou na cor vermelha, ela tirou do fogo de novo e colocou o último acônito, mexeu no sentido anti-horário.
— O tempo acabou! — gritou Slughorn, fazendo Amber colocar a poção que ficou da cor roxa apressadamente para dentro do frasco vazio.
Ela não tinha criado uma poção especial contra aquele veneno, mas uma poção para a maioria dos venenos. Esperava que isso fosse o suficiente para um Veneno de Dragão.
Enquanto o professor passava por todos os alunos, Amber se sentiu vingativa ao ver Hermione tentar enfiar mais ingredientes em sua poção de 52 ingredientes não terminada.
O professor, por fim, passou pela mesa deles, cheirando a poção de Ernie e afastando-se rapidamente da de Rony.
— E você, Harry? — perguntou — O que você tem para me mostrar?
Harry simplesmente abriu a sua mão onde tinha um bezoar repousado em sua palma. Slughorn olhou-o fixamente por dez segundos antes de começar a gargalhar, pegando o bezoar da mão dele. Amber sorriu aprovadoramente para Harry, porque ela tinha certeza de que ele não tinha pegado essa ideia do livro.
— Você é ousado, garoto! — elogiou Slughorn, ainda rindo e mostrando para toda a turma ver — Oh, você é como sua mãe... Bem, eu não posso criticá-lo... Um bezoar certamente agiria como antídoto para todas estas poções!
— E você pensou no bezoar sozinho, não pensou, Harry? — perguntou Hermione, invejosa, entredentes.
Amber pegou o livro de Harry e o jogou para Hermione enquanto Slughorn continuava a elogiar Harry.
— Pode procurar. Foi ideia do Harry — ela retrucou.
Hermione realmente revirou o livro para cima e para baixo, mas realmente não tinha nada lá. Então Harry pegou o livro de volta ao perceber que estava com ela.
O sinal tocou para sorte de Hermione, que tinha uma poção tão desastrosa quanto a de Rony, mas continuava olhando ressentida para Harry.
— Tempo de guardar o material! — disse Slughorn — E dez pontos extras para Gryffindor pela mudança ousada.
— Professor, o senhor esqueceu de ver a poção da Amber — observou Rony, enquanto guardava o material.
— É verdade! Me desculpe — disse Slughorn, virando-se para pegar o frasco de Amber, observando-o sobre a luz — Um Antídoto para Venenos muito eficaz. Nem mesmo um aluno de 7º ano conseguiria fazê-lo de primeira! Mais dez pontos para a Gryffindor.
— Obrigada, professor — disse Amber, já colocando a mochila no ombro.
Rony saiu andando com Hermione sem falarem mais nada, também olhando irritado para Harry.
— Boa sorte, Harry — ela sussurrou, lhe dando um beijo na testa, antes de sair da sala de aula também.
Mesmo ressentidos com Harry, Rony e Hermione não conversaram um com o outro. Amber passou rapidamente pelos dois e deu um empurrão de propósito em Hermione, ainda estava irritada com a garota.
Com o passar dos dias, o ressentimento de Hermione por Harry foi substituído por decepção ao revirar a biblioteca e não encontrar o significado de “horcruxes”, mas Amber sabia que não teriam livros assim na biblioteca.
De qualquer forma, Dumbledore já sabia o que eram horcruxes, só queria saber se na conversa entre Riddle e Slughorn estava quantas horcruxes ele pretendia fazer.

1º de Fevereiro de 1997.
A primeira diferença que deu para notar na primeira aula de aparatação foi ao chegar ao Salão Principal, onde as quatro mesas deram lugar a um espaço aberto onde todos os alunos do 6º ano de todas as casas se amontoaram. Amber aproximou-se de Hannah e Susan para aguardar as instruções.
O bruxo do Ministério, Twycross, começou a dar a introdução. Explicou que Dumbledore liberou o Salão para aparatação e quando pediu para que todos deixassem cinco passos de distância a sua frente, os professores tiveram que intervir para organizá-los.
Quando todos se acalmaram e estavam organizados, Twycross moveu a sua varinha fazendo arcos de madeira aparecerem no espaço.
— As coisas importantes para se lembrar quando aparatar são os três D’s — disse Twycross — Destino, Determinação e Deliberação! Passo um: fixe sua mente firmemente no destino desejado. Neste caso, o interior de seu arco. Passo dois: foque sua determinação em ocupar o espaço visualizado! Deixe este seu anseio inundar sua mente e partir para cada partícula de seu corpo!
Amber tentou se concentrar olhando para dentro do arco, antes de Hannah lhe dar um cutuque rápido. Ela olhou para a amiga que apontava para Ernie com uma mão na boca, segurando a risada. Voltou o olhar para o arco tentando não rir, mas era impossível. Ernie olhava tão fixamente para o arco que tinha a cara rosa e parecia a ponto de colocar um ovo.
— Passo três e somente quando eu der o comando — enfatizou Twycross — Imaginem aquele mesmo lugar, tentem não sentir mais nada, movendo-se com deliberação. Em meu comando, agora... Um... Dois... Três...
A maioria dos alunos acabou perdendo o equilíbrio, Amber fechou os olhos e aparatou para o centro do arco, mas foi a única. Tiveram várias tentativas, mas nenhum outro aluno conseguiu. A pior parte foi quando Susan estrunchou e a perna dela ficou separada do corpo.
— Até sábado que vem a todos, e não esqueçam: destinação, determinação e deliberação — disse Twycross, desapontado com os resultados.
— Ele não esperava realmente que todos conseguissem da primeira vez, não é? — perguntou Amber, incrédula.
— Você conseguiu — apontou Hannah, enquanto tentava acalmar a Susan que tinha ficado com medo de tentar aparatar novamente.
— É diferente — murmurou Amber — Marlene me ensinou para caso houvesse alguma emergência.
— Se eu vivesse o perigo de que uma psicopata tentasse me matar, eu também ensinaria isso aos meus filhos — concordou Hannah.
— Eu não vou conseguir — disse Susan — Não depois do que aconteceu.
— Calma, Susi — disse Amber — Foi só a sua primeira vez...
— E você evidentemente estava com a cabeça no Ernie — completou Hannah, divertida — Sorte sua que não aparatou no arco dele.
— Ora, cale a boca — murmurou Susan, tão corada quanto o cabelo dos Weasley.
— Será que as pessoas tomaram café da manhã hoje? — perguntou Hannah, olhando em volta — Porque nós ocupamos o Salão Principal.
— Acho que ninguém acorda esse horário no Sábado... — disse Amber — E todos conhecem a existência das cozinhas.
Ela viu Harry e Rony correndo para fora do Salão Principal, apressados.
— O que será que esses dois estão aprontando dessa vez? — perguntou Amber, resignada.
— Essa é uma pergunta que toda Hogwarts faz desde o 1º ano e nunca conseguimos a história completa — disse Susan, aliviada porque elas pararam de falar sobre Ernie.
— Mas esse ano a Granger não está com eles — observou Hannah, vendo Hermione sair sozinha do Salão Principal.
— Ela está insuportável desde que Rony começou a sair com a Brown — disse Amber.
— Eu também ficaria se fosse com o garoto que eu gosto — disse Hannah.
— Diga logo de uma vez: “eu ficaria se fosse com o Neville” — implicou Susan — Você pensou que ele gostasse da Luna durante as reuniões ano passado.
— Isso não é verdade! — protestou Hannah, corada.
— Eu não posso falar do Ernie, porque eu nunca conversei muito com ele... — disse Amber, vendo como Ernie conversava com Justin — Mas ele não tira os olhos de você, Susan.
— Você é uma cupida incorrigível! — acusou Susan, andando para fora do Salão Principal.
— Eu só quero ver as pessoas felizes — disse Amber, seguindo-a.
— E não é como se ela estivesse mentindo... — murmurou Hannah, pensando em ter uma conversa com o seu amigo.

22 de Fevereiro de 1997.
Amber subiu para o quarto de Sarah, que estava se arrumando para descer.
— Se você estava esperando encontrar com Fred no mês que vem, pode esquecer — disse Amber.
— Do que você está falando? — perguntou Sarah, colocando o casaco.
— Hogsmeade foi cancelada. Acabaram de colocar o aviso no mural.
— Não podem fazer isso!
— Bem, fizeram. E não sei por que está surpresa! Katie Bell ainda não voltou do St. Mungus. Eles temem que aconteça alguma coisa pior.
— Eu preciso arrumar um jeito de sair do castelo!
— Não inventa, Sarah. A Tonks não vai poder te acobertar sempre!
Mas Sarah não lhe deu ouvidos.
— Ei, Sarah! Você voltou a falar com a Ginny? — Amber mudou de assunto.
— Fazer o que? Nós dividimos o mesmo quarto — resmungou Sarah — Ela me contou da conversa que tiveram com a Hermione. Pelo visto não adiantou porra nenhuma, né? Pelo menos a Ginny deu uma melhorada.
— Pois é... — disse Amber — E como dividimos o dormitório com a Brown, o clima está impossível. Outro dia ouvi elas discutindo, a Brown estava jogando na cara dela o namoro com o Rony.
— Mas não presta mesmo — murmurou Sarah, sentando-se na cama.
Nesse momento, Parvati apareceu na porta do quarto.
— Oi, Amber. Eu estava te procurando — disse desnecessariamente — Você poderia me ajudar com uma coisa?
— Desculpa, Parvati. Eu estou meio ocupada agora — disse Amber, sem nem olhá-la.
— Olha, eu sei que vocês não estão nos melhores momentos com a Lave, mas eu não tenho nada a ver com isso — disse Parvati — Eu só preciso da sua caligrafia para poder fazer um dever de Divination.
— Pega o meu dever de History of Magic, acho que eu coloquei todas as letras do alfabeto ali — disse Amber, mais simpática.
— Ok. Onde é que está?
— Eu deixei na minha mesa de cabeceira. Vê se está lá.
— Obrigada, Amber.
Parvati saiu de vista, subindo as escadas para voltar para o seu dormitório.
— Incrível como a Trelawney coloca uma matéria por semestre nos anos anteriores — disse Sarah — E a partir do 6º é uma matéria por mês.
— O fato de o Firenze estar dando aulas dificulta o planejamento dela — disse Amber, dando de ombros — Ele só ensina Divination através das condições climáticas.
— Quem parece decepcionada pela divisão dos professores são elas — disse Sarah.
— Só eu que nunca tive um fetiche por nenhum professor? — perguntou Amber.
— Nem na escola muggle? — perguntou Sarah, com uma sobrancelha levantada — O professor de esgrima de Beauxbatons era um gato.
— Uma coisa é achar bonito, outra coisa é ter uma paixão platônica — disse Amber, divertida.
— Esse assunto morre aqui — disse Sarah, seriamente.
— Claro, imagino a reação do Fred ao saber desse professor de esgrima.
— Espero que essas aulas sejam úteis para algum dia...
— Mais úteis do que equitação.
— Não se você montar em um testrálio, como fizemos ano passado.
— Você mal conseguiu enxergar para montar.
— Que bom, não é? Isso significa que eu não vi ninguém morrendo até... Aquela época.
Ela desviou o olhar para a janela, sentindo os olhos se aguarem. Desde o re-encontro com a sua mãe no Natal, esteve um pouco mais sensível do que antes.
— Você viu os testrálios — afirmou Amber.
— O véu acabou o matando, não? — disse Sarah, passando o dedo embaixo do olho e se levantando — Que droga, eu vou borrar o lápis.
Ela se apressou para entrar no banheiro, mas deixando a porta aberta.
— E agora? O que eu vou fazer? — se perguntou, enquanto abria as gavetas da pia procurando a caixa de maquiagem — Era a única oportunidade que eu tinha para encontrar o Fred até o final do ano. Aposto que nem vão nos liberar para a páscoa com os últimos acontecimentos. Kevin me disse que um funcionário do Ministério foi até a casa dele para acompanhá-lo pela Rede de Floo para voltar para o colégio, parece que não fomos só nós.
— Calma, Sarah. Fala com a professora McGonagall ou com Dumbledore — disse Amber — Eu aposto que eles vão ajudar.
— Até parece! — retrucou Sarah, apoiando-se na pia — Eles não entenderiam. Só deixariam se fosse a minha mãe.
Ela desistiu de procurar a caixa e abriu a torneira da pia para tirar a maquiagem.
— Você não tem aula de aparatação agora? — perguntou, jogando água no rosto.
— É verdade! — exclamou Amber, meio indecisa se iria ou não.
— Pode ir, eu vou ficar bem — disse, pegando a toalha para secar o rosto — Depois me conta o que aconteceu.
— Tá, eu vou avisar a Parvati. Ela deve ter perdido a hora também — disse Amber, saindo do quarto.
Sarah olhou o seu rosto no espelho e suspirou. Nesse momento, Ginny entrou no quarto com uma sacola nas mãos.
— Você falou com o Fred, não foi? — perguntou Sarah, resignada.
— Na verdade falei com George — disse Ginny — Ele era o único que poderia arrumar um jeito de contrabandear isso para cá sem termos que dar explicações.
— Tá, como é que funciona? — perguntou Sarah, saindo do banheiro e trancando a porta do quarto.
— É um pouco nojento — disse Ginny, tirando uma caixinha de dentro da sacola e estendendo a ela.
— Eu estou com medo... — confessou Sarah, a ponto de chorar de novo.
— Calma. Faz o teste e você vai ver que é só um alarme falso.
— E se não for?
— Eu conheço a minha mãe e Fred. Ela não vai te criticar e ele te ama, vai te apoiar.
Sarah demorou um pouco mais para se acalmar, mas logo pegou a caixinha e se trancou no banheiro. Quando ela demorou muito, Ginny bateu na porta, preocupada.
— Sarah? Tá tudo bem aí? — perguntou.
A porta destrancou-se e Ginny entrou, vendo como Sarah olhava para caixa e levantava o olhar aliviada.
— Eu não estou grávida. Deu negativo.
— Mas isso serviu de aviso para vocês dois tomarem cuidado — disse Ginny, também soando aliviada — Agora vamos jogar isso fora porque se alguém vir vai dar problema...
— Obrigada, Gin — agradeceu Sarah.
— Eu quero ser tia, mas não tão jovem — brincou Ginny, antes de guardar a caixinha de volta na sacola — Vou jogar no lixo do banheiro da Myrtle. Assim ninguém vai poder associar ninguém.
— Tá bem... Eu vou tentar fazer os deveres de CMC.
Ginny saiu do quarto enquanto Sarah pegava o pergaminho e a pena para fazer o dever que Hagrid tinha pedido. Mal tinha completado 5 centímetros de texto quando Ginny voltou correndo para dentro do quarto.
— O que aconteceu? — perguntou Sarah.
— Você não vai acreditar em quem eu vi no banheiro da Myrtle! — exclamou Ginny, incrédula.
— Quem?
— Draco Malfoy.
— No banheiro das meninas?
— Conversando com a Myrtle.
Sarah olhou para o relógio que estava na parede, acima de uma das camas vazias e disse:
— É melhor contarmos isso para a Amber quando a aula dela acabar.
— Boa ideia. Ela sempre sabe o que fazer e Malfoy deve estar aprontando alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

O capítulo especial já veio, mas desejo um feliz natal a todos (de novo)!



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