Soluço, o líder de Berk: A guerra pela paz escrita por Temperana


Capítulo 21
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Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Pensaram que eu não iria mais postar hoje??? Desculpa, mas esse horário de verão me confundiu e eu tinha que estudar ainda... Mas vamos ao capítulo...
As coisas estão esquentando queridos... Até as notas finais...



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Quando cheguei ao Grande Salão para o jantar, todos já estavam lá, com exceção da Astrid que ainda não havia chegado. Porém ela chegou mais tarde.

–Boa Noite pessoal – eu falei. Eu sentei-me ao lado da minha mãe. – Olha, levem os seus escudos e suas armas, sejam espadas, machados ou clavas amanhã. Treinaremos combate direto entre nós pilotos.

–Isso era legal, adora intimidar o Perna de Peixe – Melequento disse e Perna de Peixe lançou lhe um olhar de reprovação para ele e também intimidador.

Astrid finalmente entrou no Grande Salão e sentou-me ao meu lado na grande mesa do Grande Salão.

–Boa noite milady – eu falei.

–Desculpe o atraso. Do que falavam?

–Teremos combate direto amanhã no treinamento – respondi.

–Que legal, temos mesmo que treinar isso. Espero que esteja preparado para perder – ela lançou para mim um olhar desafiador.

–Ah, só para lembrar, na última vez eu ganhei – ela revirou os olhos. – A proposito, o que houve? Chegou atrasada.

–Tive que esperar a Tempestade dormir se não ela não me deixa sair.

–Isso é sério?

–É – eu ri e ela também.

O jantar foi bem tranquilo, conversamos e relaxamos um pouco. Afinal, nós havíamos recebido uma carta do Drago e fomos até a Ilha dos Exilados no mesmo dia. É muita coisa em um dia só. Mais tarde estavam todos dormindo em suas casas.

Ou quase todos...

Eu não consegui dormir direito naquela noite. Parecia que eu pressentia que algo ruim iria acontecer. E infelizmente iria...

No outro dia acordei bem cedo, sem ter dormido muito na realidade. O Banguela pareceu ver que eu estava preocupado e acordou certo também junto comigo.

–Desculpa amigo, eu não queria te acordar tão cedo.

Ele pareceu não se importar muito com isso. Eu coloquei a minha armadura e descemos para tomar um café rápido. Minha mãe apareceu, descendo as escadas.

–Bom Dia Soluço. Eu que te pergunto hoje: de pé tão cedo?

–Ah, eu não consegui dormir direito essa noite. Estou com uma sensação estranha, como se algo fosse acontecer – minha mãe olhou-me preocupada. – Não, não se preocupe. Não deve ser nada. É só uma preocupação com a guerra, nada demais. Vou indo, tenha um bom dia.

–Para você também querido.

Montei no Banguela e fui para a Academia. Não tinha ninguém lá ainda, obviamente. Era muito cedo. Entrei na minha sala e percebi que tinha um bilhete na minha mesa.

–O que é isso? – perguntei-me e então me sentei comecei a lê-lo.

E a contagem chegou à zero, grande treinador de dragões. Eu tenho pena da loirinha. Pensei que fosse mais esperta. Bastou um bilhete seu pedindo para te encontrar na floresta para ela sair correndo. Parece que você gosta mesmo dela não é? Vou te dar um conselho: o amor às vezes cega a nossa consciência. Então, ouvi dizer que vocês vão se casar. Esse anel no dedo dela não pode ser pouca coisa. Então te darei outro conselho: acho melhor correr, ou não terá noiva para o casamento. DSB.

Dessa vez eu não tremi. Dessa vez eu não me descontrolei. Apenas saí correndo e montei em Banguela, deixando o bilhete para trás.

*******

Astrid andava rapidamente pela floresta, com seu machado em punho. Havia recebido um bilhete tecnicamente “meu”, o que vocês sabem que não era. Ela desconfiava sim do bilhete. Mas pensou que poderia enfrentar quem viesse. Queria enfrenta-lo sozinho.

Astrid me encontra na floresta, Soluço, dizia o bilhete em sua porta naquela manhã. Como eu sei disso tudo? Ela me contou tudo depois. Mas isso não vem ao caso. Continuando...

Ela decidiu não levar a Tempestade, para que ninguém desconfiasse que ela desconfiava de algo (ninguém leia Drago). E também para o caso de ser eu mesmo e eu quisesse dar um daqueles passeios malucos com o Banguela. Porém eu não mandava bilhetes propondo encontros, eu ia à sua casa mesmo e chamava-a. Mas essa era uma alternativa muito vaga em sua cabeça. Mas mesmo assim gritou:

–SOLUÇO! – ela gritou para as árvores. – SOLUÇO! ONDE VOCÊ ESTÁ?

Você imagina que obviamente eu não apareci. Ao invés de mim, outra voz soou entre as árvores.

–Olá Astrid.

Ela empunhou rapidamente o seu machado em posição de ataque.

–Quem está aí? – e nessa hora, as desconfianças em relação ao Drago e os Incontroláveis ganharam forças.

–Como você é burra loirinha. Pensei que era mais esperta, mas é apenas uma piloto insignificante. Será fácil – eu daria um conselho: nunca fale uma coisa dessas na frente da Astrid. Ainda mais se ela estiver com seu machado, caso tenha amor à vida. E muito menos escondido.

–Mostre sua cara e você verá a minha insignificância!

Um homem alto com uma armadura de metal, um cabelo preto curto e com o rosto pintado com algumas listras apareceu das árvores. A semelhança com Dagur era iminente.

–Quem é você? – Astrid perguntou sem sentir-se intimidada. Vikings não se intimidam com pessoas maiores que você, já que na Vila a maioria das pessoas são... Maiores que você.

–Eu sou Labor, filho de Dagur, o Grande.

–O grande idiota, só se for.

–Não fale assim do meu pai! – ele exclamou e apontou a espada para ela. E segurava-a com a mão esquerda. E era canhoto como eu. Um ótimo espadachim. Ótimo, eu ironizo.

–Eu falo do jeito que eu quiser de quem eu quiser! – ela retrucou e apontou seu machado desafiadoramente. – O que você quer comigo? – ela perguntou mesmo sendo meio óbvio até para ela.

–Eu quero vingar meu pai, Astrid. Ele quis tanto matar aquele Fúria da Noite. A vida inteira. Porém morreu de desgosto, coitado – ele fala enxugando uma lágrima falsa do canto de seu olho direito. A Astrid revirou os olhos. – Mas prometi vinga-lo – ele girava em torno da Astrid, que o acompanhava. – Vou tirar tudo daquele Soluço. Tudo que ele ama.

–É mesmo? O que te faz pensar que poderá fazer algo contra ele? Ele tem um Fúria da Noite e é de longe o melhor guerreiro de Berk.

–Ele é inseguro demais pelo que Drago disse. Se ameaçar matar você... Drago fará questão de mandar um bilhetinho para ele. Intimidador tenho que dizer.

–Drago? Ele não morreu? – ela perguntou com a cara mais inocente que conseguiu. Ela iria arrancar informações, ou não se chamava Astrid Hofferson. – Vocês se uniram?

–Digamos que sim. E temos o mesmo objetivo. Destruir Berk. Destruir o Soluço. E vamos começar sequestrando você...

–Como ousa? – ela interrompeu. – Não irá conseguir sequestrar-me.

–Como é valente e fala bonito. Concordo que sozinho não. Porém trouxe reforços.

Uns dez guerreiros inimigos, com o símbolo dos Incontroláveis no uniforme, cercaram a Astrid. Enquanto isso Labor ria.

–Ainda acha isso Astrid? – ele perguntou.

Astrid olhava de um lado para o outro. E teve a péssima ideia de render-se para conseguir informações.

–Confesso que não Labor – e enfim decidiu que era o melhor a fazer. Não a culpo já que estava cercada mesmo. Mas quem começara indo sozinha até a floresta foi ela.

–Você se rende loirinha?

–Primeiro: se você chamar-me mais uma vez de loirinha, eu juro que te jogo no mar – ele afastou-se um pouco. – E segundo: eu me rendo Labor – ela sorriu da forma mais desafiadora que pôde. Levantou os braços com o machado ainda nas mãos.

Com isso, os guerreiros pegaram seu machado e amarraram cordas e mais cordas ao redor dela. Levaram-na até a praia e a jogaram em um barco (adivinhem o símbolo nas velas? É isso aí!).

–Como conseguiram entrar em Berk? – ela perguntou.

–Não saímos. Fizemos aquela armaçãozinha na Academia e ficamos escondidos. Perdemos alguns guerreiros nas suas armadilhas, mas nos mantivemos escondidos e os barcos também. Agora fique quieta aí. Vamos para casa pessoal! Para a Ilha Incontrolável!

*****

Fui até a casa da Astrid. Tentei manter a calma, para não preocupar a Senhora Hofferson. Bati na porta o mais suave possível. Estranho a minha calma? Eu também achei. Mas eu tinha que estar calmo para salvá-la.

A Senhora Hofferson abriu a porta depois de um tempo.

–Bom Dia Soluço. Tudo bem?

–Bom Dia Senhora Hofferson – eu tentei não gaguejar. – Onde está a Astrid?

–Ela recebeu seu bilhete e foi até a floresta encontrar com você.

–Ah, claro. Havia me esquecido – óbvio que eu não havia esquecido nada.

–Está tudo bem?

–Na medida do possível. Eu vou encontra-la não se preocupe.

–Tudo bem então. Até mais.

–Até – ela fechou a porta. – Eu vou resgatá-la das mãos do Drago - eu sussurrei firmemente. Montei em Banguela que rosnava. Ele já sabia o que estava acontecendo.

–Que tal uma visitinha ao Drago ou quem quer que esteja com a Astrid Banguela? – ele concordou obviamente e fomos até a Academia.

Quando eu cheguei à Academia, peguei meu escudo e estava preparando-me para sair. Alguém entrou na minha sala.

–Eric? – ele apareceu. - Desculpe, mas não vai me impedir agora. Acho que a Astrid não está vindo para Academia, eu presumo.

–Não tenho a intenção de te impedir. Infelizmente eles pegaram-na.

–Muito bem, eu já vou indo.

–Não vá sozinho Soluço.

–Não posso arriscar a vida de mais ninguém, Eric.

–Então me deixa ir com você.

–O quê? Como assim?

–Você deixa eu te ajudar? Eu posso te ajudar...

–Eu...

–Ótimo eu te encontro na ilha dos Exilados.

–Não, espera! – mas ele já havia ido embora. E nada o faria mudar de ideia em todo caso. – Droga! Vamos amigo – o Banguela saiu e eu fechei a porta.

E então, como se nada já não estivesse complicado, os outros chegaram.

–Onde você está indo Soluço? – Eret perguntou.

–Eu vou atrás do Drago.

–O quê? Você está maluco?

–Ele sequestrou a Astrid Eret. Ele foi longe demais, e eu não admito isso.

–Mas espera, você não pode ir sozinho. Nós vamos com você.

–Não! Essa briga é comigo. Não quero que ninguém se machuque. Fiquem aqui e tomem conta da Academia e defendam Berk. Fale com a minha mãe e ela cuidará de Berk. Eu volto logo. Se preparem para o caso deles atacarem Berk. Fiquem em alerta.

–Por que você está falando isso para mim?

–Porque eu confio em você. Eu preciso ir. Se algo acontecer com ela... Eu... Eu nunca mais vou me perdoar.

–Eu te entendo, mas ir sozinho enfrenta-los é loucura.

–Eu vou ficar bem. Tchau, vamos Banguela!

–Soluço! Espera...

Eu montei e saímos a toda velocidade para a Ilha dos Exilados. Acabei deixando o escudo para trás.

–Eu estou chegando, Astrid!


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Notas finais do capítulo

Não me matem!! Gostaram???? Eu amei escrever a Astrid sarcástica...
É, será que o Soluço vai salvá-la??? Até o próximo capítulo amores...
Obrigada pelos reviews!! Um beijo, Temp