Reviravoltas escrita por Bubblegoth


Capítulo 6
(Especial Passado) II - Sasuke


Notas iniciais do capítulo

Especial importante para o seguimento do enredo. Por favor leiam. Na ordem.



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Passado 2 ~ Sasuke

 

-NÃO! NÃO! – Eu gritava desesperado em frente a casa – NÃO!  Mamãe! Papai! I-Itachi! – Eu ainda os podia ouvir gritarem desesperados dentro da casa, enquanto a mesma caía em chamas.

 

Deixei-me cair de joelhos no chão. Chorava lágrimas grossas. Até minutos atrás estava tudo bem. Eu estava brincando no jardim da frente, e meus familiares estavam lá dentro. E de um segundo para o outro, quando eu fui pegar minha bola que tinha rolado para a rua, eu ouvi um ‘BUM’. Olhei para trás e ouvi os gritos desesperados de meus pais e irmão. A casa tinha simplesmente começado a pegar fogo numa questão de milésimos de segundos, pelo menos aos meus olhos.

 

Agora eu ouço sirenes. Chamaram os bombeiros. De repente, eu vejo a água que começava a cair sobre minha tão amada ex-casa.  Sobrara apenas parte do primeiro andar. Os jardins laterais e do fundo haviam sidos destruídos pelas chamas, e o que mal sobrara foi a entrada da casa com a sala de estar. Então eu sinto uma manta sobre mim. Eu olho e vejo-o, Orochimaru, o desprezível amigo de meu pai.

 

-Acalme-se Sasuke-kun, eu cuidarei de você. – disse ele com um olhar estranho, sorrindo. Nunca gostei dele, e agora menos ainda. Tudo nele parecia sarcástico, irônico, e aquilo me dava raiva. Balancei os ombros e me desvencilhei dele. Levantei-me, e fui correndo de volta para a casa. O fogo já havia sido apagado com o rápido trabalho dos bombeiros.

 

Entrei na casa, vi tudo destruído. Não sobrara praticamente nada, nada. Meu irmão estava lá em cima. Olhei para a onde deveria ser a escada, só restara seu início. Onde diabos ele havia ido parar? ONDE? De repente eu vejo uma silhueta ao fundo, e sorrio com um pingo de esperança. Corri até lá, e vi que era um dos bombeiros. E ao seu lado outro. Os dois estavam... Eles estavam... Colocando na maca o que restara do copo carbonizado de minha mãe. Eu olhei aquilo paralisado, com os olhos arregalados de terror, de medo, pavor, dor.

 

-MÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAE! – Eu me joguei no chão tentando chegar até o que restara dela. Fui em vão, um dos bombeiros me segurou, e pediu para que eu me acalmasse e saísse dali. – COMO ASSIM SAIR? ESTÁ LOUCO? É MINHA MÃE, É MINHA FAMÍLIA... – Solucei com o choro – É a minha família – repeti pela última vez baixinho e desmaiei.

 

-x-

 

Acordei horas depois num lugar escuro, estranho. Nunca havia estado lá. O quarto tinha paredes roxas, com um listrado estranho. Era iluminado apenas por velas. Sem janelas, e com uma porta de ferro, trancada por fora. “Fui raptado?”


Não me lembrava de muita coisa. Estava brincando no jardim, então ouvi um barulho e me virei; e... – NÃO! É MENTIRA! NÃO ACONTECEU! DE MODO ALGUM! – Levantei-me e corri até a porta, socando-a, gritando desesperado. Onde estava? O que aconteceu com todos eles? Foram agonizantes minutos, até que me cansei e escorreguei pela parede indo ao chão, chorando. Segurava minha mão que agora tinha alguns pontos sangrando. Chorava desesperadamente, pedindo para que aquilo tudo fosse mentira. Mas, infelizmente não era.

 

Meia hora depois, ouvi a porta sendo destrancada, e esperei ver quem seria. Entrou, e eu vi um par de óculos, e um cabelo grisalho. Olhou direto para mim, nos olhos. Senti um frio subir minha espinha, e uma sensação de... Receio, talvez.

 

Ele olhou para a vela, e a deixou em cima do móvel que ali tinha. A assoprou e o cômodo voltou a ficar mais escuro. Virou-se e trancou a porta colocando a chave em cima da mesa também. Tirou o casaco, a camisa, a calça e descalçou-se. Ele me olhou com um olhar possessivo, vingativo, obcecado, psicótico. E eu comecei a tremer, cada vez mais.

 

-Levante-se! – Ele ordenou, e eu voltei a chorar. Ele não poderia fazer o que eu achava que ele iria fazer. Não podia! – LEVANTE-SE AGORA! – Ele tornou a ordenar dessa vez gritando. Eu me apavorei mais ainda. Levantei-me tremendo dos pés à cabeça.

 

Ele se aproximou do mim, e sussurrou no meu ouvido:

 

-Já foi estuprado alguma vez, Uchiha Sasuke? – eu arregalei os olhos apavorado. E o que se seguiu ali foram cerca de vinte minutos de gritos ensurdecedores.  


-x-

 

Passaram-se dois anos. Os dois piores anos de minha vida, sem sombra de dúvida. Fiquei morando, obrigado, no subterrâneo de Orochimaru. Nesse meio tempo, mal estudei nem me alfabetizei. Passava meu tempo no quarto, trancado, ou em outros aposentos, fazendo favores sexuais para Kabuto, Orochimaru ou quem quer que fosse da vontade deles.

 

Não via a luz do dia há muito tempo. Não sei exatamente quanto, mas devem ser mais de um ano e meio, julgo pelo meu crescimento. A última vez foi quando tentei fugir. Fiquei por dias sem poder andar de tantos que foram os castigos. Nunca havia sofrido tanto em minha mínima e desprezível vida. Nem certeza tinha se sobreviveria por muito tempo. Talvez tenha ficado doente por conta dos ‘serviços’ prestados.

 

Num dia qualquer, ouvi tiros e gritos. Encolhi-me na cama com mais medo do que de costume. Provavelmente algum prisioneiro havia fugido e estava recebendo seu castigo. E quando alguém fugia, Orochimaru descontava sua raiva em mim. Como sempre com mais sexo forçado. Havia vezes que vinham os dois, como eles diziam, impor a ordem sobre mim. Desprezíveis; infelizes; filhos-da-puta!

Então eu ouvi passos, pessoas se aproximando. Iria ‘ter a ordem imposta sobre mim’ novamente. Comecei a chorar, afinal era a única coisa, senão sexo, que eu fazia naquele lugar. Então, o barulho de passos cessou em frente à porta. Eu comecei a rezar baixinho. Sabia que não adiantaria, não era a primeira vez que tentava; mas nunca desistia. Então as trancas começaram e ser retiradas, e eu deitei no colchão duro. Apenas esperando o que eu sabia que aconteceria pela milésima vez.

 

Fechei os olhos, e a porta abriu. Esperei cinco segundos e nenhum avanço, nenhum puxar de cobertas, nenhum grito, nada. Abri meus olhos, temeroso. E então eu vi. Vi que finalmente minhas orações, minhas preces, haviam sido ouvidas. Vi dois homens vestidos com a farda policial. Não era ninguém que havia fugido, e sim eles que haviam arrombado o esconderijo, o presídio, que aquilo era.

 

-x-

 

Depois de passar por toda a burocracia, fui encaminhado a um orfanato e a um psicólogo por ordem do juiz. Estávamos quase no meio do ano, perto do meu aniversário, faria 15 anos ainda, e não poderia viver sozinho. Era menor de idade, e como se não fosse o suficiente, na visão de todos, ainda precisava ajuda psiquiátrica.

 

E assim aconteceu. No mesmo dia ‘uma tal de’ Tsunade veio me buscar. Loira, da minha altura, e com enormes seios. Havia sofrido o que sofri, mas não deixava de sentir ‘apetite’. E nem de sentir dor, quando levei um soco no rosto por ela ter notado minha observação.

 

Fim do Especial


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Notas finais do capítulo

Primeiramente quero dizer que, sim, a ideia do especial era ser trágico desse jeito. Mas, a culpa não é minha. Eu também tenho uma beta sádica; olhem dois dos comentários que ela colocou no meio do especial:

Quando eu disse que às vezes iam os dois, ela disse: (Sasuke seria mais sortudo se tivesse uma vagina. Um em cada buraco, acabaria mais rápido a sessão de tortura.)

Quando eu falei 'dois homens vestidos de policial': (Orochimaru e Kabuto numa fantasia sexual. Nunca ouviu o que fazem com os mais fracos na prisão? Se liga, Sasuke)

Pois é; chorem com a beta sádica deste pobre menino. QQQQ-



Capítulo semi-betado por 'Vaah-chan'.
Ela viajou, então não foi terminada a betagem. Porém quando ela voltar, eu irei editar o capítulo e ele ficará betado. (Não precisarão voltar para ler de novo)



Sobre o especial, eu gostei de escrever, adoro tragédias. Espero que gostem.



Próximo Capítulo: Animal.
Próximo Especial: (Especial Passaso) III - Ino.

Nota: Não sei quando irei postar o da Ino, até por que ainda não o fiz.