Reviravoltas escrita por Bubblegoth


Capítulo 5
IV - Querer Tirar a Vida De Alguém




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Capítulo IV - Querer Tirar a Vida De Alguém

 

Naruto estava deitado em sua cama, ouvindo música, estava cansado. Foram quase três horas seguidas fazendo as tarefas escolares, e só estava na metade. Decidiu que deixaria para fazer o resto amanhã. Pensou, então, o que iria fazer nesse sábado? Sua rotina estava trocada. Ele, agora, estaria indo até a casa de Sakura, e depois iriam ao cinema ou algo do tipo. Mas, e agora? Estava sem namorada, mas... Não iria ficar em casa. De modo algum.


Decidiu, depois de contar todos os prós e contras, ligar para Ino. Não era típico dele, mas, quem se importa? Depois do que aconteceu consigo ontem, nada mais lhe fazia algum sentido.


Pegou seu celular. Lembraria depois de agradecer a Sasuke por sempre esquecer o dele, e pedir para Naruto gravar o número de Ino no seu celular. Começou a procurar o número, e quando ia apertar o botão para ligar, parou.


O que diabos eu vou dizer a ela? ‘Oi, estou sem ter o que fazer e decidi te ligar pra sairmos, quer?’ Não. Obviamente não! ‘Oi Ino, sou eu, lembra? Quer sair um pouco?’ Não, claro que não. Até parece que ela não se lembra de mim, nos vemos todos os dias. ‘Ino, quer sair comigo?’ Normal... Antes isso, do que piorar.


Apertou, pôs o celular no ouvido, e esperou pacientemente ela atender. Ou nem tanto.


-Moshi-moshi - ouviu-a dizer do outro lado da linha.


-Ino? - perguntou automaticamente. ‘Não Naruto, é o ‘Barney’’ pensou.


-Naruto? É você? - ela disse tão surpresa, que Naruto quase se arrependeu.


-Eu mesmo. HEHEHE’ - riu sem-graça - Quer... - parou por um segundo, ainda podia mudar a frase -... Sair hoje? - podia, mas não queria.


Ino se surpreendeu do outro lado do telefone. Então, Naruto tinha ficado com vergonha mais cedo, e agora estava a chamando para sair. Era, definitivamente, uma das coisas que nunca pensara em ouvir.


-Ou... Você já tem alguma coisa para fazer hoje à noite? - Naruto perguntou apreensivo.


-N-não, não iria fazer nada esta noite mesmo... - Ino falava de um modo estranho, mas até para Naruto isso era incomum.


-Então... Te pego aí daqui à uma hora, pode ser? - uma hora? Estava maluco.


-P-pode; claro que pode. Pode sim. - Talvez uma hora fosse o certo, então.


-Então, ta. Até lá...


-Até, tchau...


-Tchau - e ela desligou.


Deus, o que faria agora? Tinha a convidado para sair, e nem tinha em mente para onde ir. Levá-la ao parque de novo ficaria repetitivo. Sabia que não gostava muito do Ichiraku. A outro restaurante, mais caro? Mas não podia gastar o dinheiro que tinha; não podia, tinha que guardá-lo para aquilo. Afinal o aniversário dele estava chegando, ou seja, ela precisaria de mais dinheiro. Iria levá-la aonde então? Cinema? Talvez. Rezava para que um filme bom estivesse passando.


-x-


-Tchau - ela ouviu a despedida dele, e desligou o telefone. Ele a tinha chamado para sair. Deus, as coisas estavam indo rápido.


Subiu para o quarto, com o celular na mão. Iria ligar para Sakura... SAKURA! Deus, eu ia sair com ela. Droga.


Não paralelamente ao seu pensamento, o telefone tocou. Era Sakura. Preciso parar com essas premonições. Isso está ficando estranho...


-Ino, só liguei para avisar que estou saindo de casa, e que em 15 minutos estou ai, ok? - falou Sakura, para o desespero da loira.


-Não, Sakura. Não saia de casa. - disse dando um tapa na sua própria testa. Droga!


-Não? Por quê?


-É que... O Naruto me ligou agora, e... Me chamou pra sair, e eu disse sim. - suspirou, e apreçou-se em dar uma desculpa - Mil desculpas, Sakura, mas é que... Na hora... Eu nem me lembrei de você... Desculpa?


-Har, INO! Poxa, nem pra me avisar antes? - Sakura disse indignada do outro lado da linha.


-Mas, é que ele me ligou agora, desculpas, Sakura.


-Ah, ta, ta. E toma cuidado, hein. De santo ele não tem nada. - riu­ - Não se preocupe, eu falo com Sasuke e a gente dá uma volta...


­-E quem disse que eu estava preocupada com você? - segurou a risada.


-Escrota!


-Uh, TPM! - começou a rir. E aumentou a risada quando viu que Sakura tinha desligado o telefone na sua cara...


Jogou-se na cama, e ficou olhando para sua cabeceira. Olhou o cofrinho de urso que tinha na cabeceira juntamente com o vidrinho de perfume e o relógio... PUTA QUE PARIU, FALTAM 55 MINUTOS! TÔ PERDIDA!


Com esses pensamentos foi para o banho, atropelando-se nas suas próprias pernas. Como podia ficar tão ansiosa assim? Afinal era o Naruto. E talvez por ser ele, por ser tão impensado e imprevisível, que era assustador. Nunca pensou que isso pudesse acontecer. Com todos os meninos que havia saído antigamente, ela sempre tivera total controle da situação. Mas não dessa vez. Foi pega de surpresa. Com os outros meninos, Ino já previa que algo aconteceria ou alguma amiga sua lhe dava um toque para que soubesse de algo. Já foi pega de surpresa, claro, mas nunca tão forte. Gostava de se manter no controle, mas nessa situação não tinha o mínimo disso. Estava sem nada, e era por isso que estava tão nervosa.


Saiu do banho com uma toalha enrolada no corpo, e outra na cabeça, secando seus cabelos.  Olhou para o relógio, faltavam trinta e cinco minutos. Por incrível que pareça, tomou um banho relativamente rápido dessa vez. Voltou para o banheiro, escovou seus dentes e tirou a toalha dos cabelos, os enxugando melhor para depois jogar a toalha em cima do vaso sanitário. Foram cinco minutos penteando o cabelo, e quando achou que estava bom, saiu do banheiro, e foi até sua gaveta de roupas íntimas.


‘Se eu usar vermelho pode parecer vulgar, se eu usar preto vai parecer sombrio, se usar branco... Coisa de velho. Mas, o que eu estou pensando... Ele nem vai ver! Ah!’ Com esses pensamentos, pegou um soutien e uma calcinha lilás claro, apesar de um “eu acho” gritar em sua mente.


Foi então ao seu armário. Iria de saia ou vestido? Estava relativamente calor. Pegou uma saia preta com alguns enfeites pratas um pouco brilhantes. A vestiu, e passou a mão por sua bunda.  Sentiu que a saia deixava bem marcada, dando noção do tamanho. Sorriu, afinal estava pensando em seduzi-lo? Riu sonoramente alto com esse pensamento meio erótico que passou por sua cabeça. Abriu o outro armário, e olhou. Seus olhos voaram num tomara que caia branco, com leves enfeites escuros. Sorriu largamente; nem pensou, pegou. Vestiu-o e o arrumou no corpo. Olhou-se no espelho. Estava bonita, principalmente com seu piercing de umbigo. Dava-lhe um charme extra.


Pegou um banquinho que tinha no canto do banheiro, e levou ao seu quarto. Subiu e viu seus sapatos. Pegou um de salto fino preto e branco, e desceu do banco, fechando o armário. Separou o calçado para calçar antes de sair. Foi até seu estojo de maquiagem, bijuterias, e afins. Passou uma leve sombra azul nos olhos, realçando seus olhos azuis, brilhantes. Colocou um par de brincos de argolas médias, prata. E passou batom de uma cor avermelhada, mas clara; algo não muito espantoso, discreto. Terminou de se maquiar e foi ao banheiro, olhou no espelho, parecia bonita.  


Aperfeiçoou os últimos detalhes, e sentou-se na sua cama, olhando a hora; faltava menos de 3 minutos para ele chegar. Respirou calma, conseguiu se arrumar a tempo. Fechou os olhos se acalmando, mas os abriu exasperada quando ouviu a campainha tocar. ‘Ainda faltam dois minutos, não é justo!’ Pensou rindo internamente. Calçou seus sapatos, e desceu as escadas. Gritou um ‘já vai!’ e correu para o banheiro. Olhou no espelho grande que lá tinha, dava pra se ver de corpo inteiro, gostou, orgulhosa de si mesma.


Andou, ou melhor, desfilou até a porta, e parou novamente. Respirou, sorriu, e abriu a porta.


 

-x-


Sasuke estava em sua casa, ou mansão, sem ter o que fazer. Entediado em seu quarto, deitado na sua gigante cama de casal vendo, ou simplesmente olhando, para a televisão gigante na parede do outro lado do quarto. Apertava os botões para mudar de canal freneticamente, nada lhe interessava. ‘Que saco, mais de duzentos canais nessa merda de TV por Assinatura e nada, nada que preste! Malditas propagandas enganosas!’


Depois de mais cinco minutos quase afundando os botões do controle-remoto, finalmente desligou. Levantou, e foi para o banheiro. Tirou a roupa, e entrou debaixo do chuveiro. Depois que saiu da casa de Sakura no dia anterior não sabia o que fazer. Estava feliz, isso não podia negar. Amava-a muito, principalmente agora que podia provar do amor que nutria.  Mas pensava em Ino.  Chegou a sentir uma pequena paixão por ela, chegando inclusive a pensar em esquecer Sakura. Mas o que sentia por Ino não chegava aos pés do sentia pela outra. E, de qualquer modo se preocupava com a loira.


-Só aja, Sasuke. - disse para si mesmo enquanto ensaboava seus cabelos.


Saindo do banho, penteou seu cabelo, se arrumou, pegou seus pertences e saiu de casa, trancando-a. Foi caminhando para a casa de Ino, queria falar com ela, ver se ela estava bem. Sakura deveria ter ido falar com ela hoje, como ele havia aconselhado no dia anterior, e se tivesse acontecido algo fora do comum, ele saberia. Por isso ficava um pouco mais aliviado.


Estava andando há cinco minutos, quando sentiu seu celular vibrar e começar seu toque típico. Tirou-o do bolso, e olhou o identificador, dizia em maiúsculas: ‘Sakura’. Sorriu, e atendeu.


-Oi, amor - respondeu provocando-a. Sabia que ela ficava com vergonha quando ele a tratava assim. 24 horas de relacionamento, mas já sabia o suficiente para poder provocá-la.


-O-oi, Sasuke - podia sentir a vermelhidão da namorada pelo outro lado da linha - Eu te liguei pra saber se você queria sair... Eu ia sair com a Ino, mas ela me ligou a pouco cancelando - Sasuke se surpreendeu com o que Sakura disse. Se elas iriam sair juntas, isso é bom sinal.


-Com a Ino? Que bom! Isso quer dizer então que vocês não brigaram, certo? - confirmar não custava


-Uhun - ela disse do outro lado da linha. Parecia estar com a boca cheia.


-Está comendo? - Sasuke perguntou observador.


-Uhun - respondeu igualmente, ainda mastigando algo.


-Estou ouvindo movimento, está no shopping?


-Uhun - respondeu continuando seu lanche.


-Não sabe falar outra coisa? - Sasuke disse com falsa irritação.


­-Uhun - e começou a rir. - E você? Está aonde? Ouço pessoas falando.


-Estava indo para a casa de Ino, fiquei preocupado, você sabe como ela saiu ontem lá de casa, e etc.


-Nem de longe. Eu também tinha ficado preocupada, mas quando eu cheguei lá, ela tava toda alegrinha. - Sakura disse lembrando-se da afobação da amiga procurando seu urso gigante.


­-Menos mal... E porque ela cancelou a saída de vocês?


-Ela vai sair com o Naruto... ­- disse ainda sem acreditar muito.


-O QUÊ? - veio o grito surpreso do moreno. ­- Naruto... Com a Ino? Impossível! - disse desacreditando na namorada que falava do outro lado da linha.


-Estou falando sério! ­- disse rindo - Mas não se preocupe você não foi o único que teve essa reação...


Sasuke ainda não tinha acreditado muito; isso era algo muito improvável de se acontecer. Sasuke ouviu sua namorada explicar-lhe toda a história que Ino a havia confessado de dia, cada vez ficando mais surpresa com aquilo. Depois de conversarem mais um pouco, Sasuke, que agora não tinha mais o que fazer nem para onde ir, disse para Sakura esperá-lo em frente ao shopping. Iria pegá-la para levá-la até sua própria casa. Coisa que a menina tinha curiosidade de conhecer. E assim foi.


-x-


Naruto estava nervoso. Estava pronto para sair de casa há cinco minutos. Mas ainda faltavam outros dez até dar a hora para sair, e chegar no tempo a casa de Ino. Ele tremia levemente se nervoso e ansiedade. Havia comprado um bouquet de flores para Ino. Rosas vermelhas. Mas foi em vão. Se fossem pessoas, as rosas, de vermelhas, passariam a ficar roxas, de tanto que o dono delas não parava de apertá-las. Naruto olhou para baixo, e viu que nem rosa sobrava mais. As sufocou tanto que não passava de um amontoado de pétalas sobre sua mão. Suspirou. Teria que comprar outra antes de chegar à casa de sua pretendente.


Olhou para o relógio, nove minutos para sair de casa. Não agüentava mais esperar, não podia. Droga. Levantou e saiu assim mesmo. Ainda teria que passar na floricultura antes de chegar à casa da loira. Essa era uma das vantagens de se morar em uma cidade grande. Lojas 24 horas. Até mesmo floriculturas.


Já estava na porta de sua casa, trancou-a, e apalpou seus bolsos certificando-se que não tinha esquecido nada.


-“Celular, confere. Chave, confere. Dinheiro, confere.” -  parou e olhou para o seu interior - “Respiração, confere. ... Nem tanto”


Começou a andar em passou apressados para a floricultura que havia ali perto. Entrou e pegou rápido um bouquet de rosas brancas e vermelhas, alternadas, um belo bouquet “Ótimo para dar para namorados”. É o que havia escrito embaixo das flores. Parou, pensou. Ela não era sua namorada, não podia dar algo assim para ela. Devolveu o bouquet ao seu lugar, e pegou outro totalmente vermelho. “Ótimo para recém-casados”. MAS QUE MERDA! O pensamento passou por sua cabeça, o deixando nervoso.


-Não sabe que cor escolher? - indagou a atendente segurando o riso, atrás do balcão vendo a insegurança de Naruto.


-Er, não. - Naruto respondeu com um pouco de vergonha por ter sido ‘descoberto’.


-As rosas transmitem virtude e pecado. Assim como seus arranjos, ficando belíssimos representam o amor e suas nuances. Mas... - a atendente saiu de trás do balcão e foi andando, pegando as flores enquanto explicava - cada cor representa algo diferente.  As vermelhas significam amor intenso e paixão. As amarelas a amizade a felicidade. As brancas a paz e a pureza. As rosas expressam o carinho, a gratidão, o charme, a doçura... E as de cor champanhe, um branco alaranjado, dizem o respeito e a admiração que você sente pela pessoa a quem as entrega. - terminou e sorriu para Naruto que ficou abobado com aquela explicação simples, rápida e direta. - Já escolheu a sua ou quer ajuda?


Naruto a olhou sem saber o que fazer. Parou e pensou no que poderia entregar a Ino. Admiração, paz, respeito, doçura, amor, paixão, tantos significados para uma cor. Achei que fosse mais simples...  Olhou para a moça, sorriu e pegou uma.


-Não, obrigado, já me decidi! - e dizendo isso, pegou seu bouquet, pagou, e saiu da loja sorrindo. Aquilo poderia representar um passo a mais, um passo a frente, na sua relação com ela.


-x-


Sai estava em seu quarto com seu livro de estudos a sua frente. Não necessariamente estudando. Sempre fora um garoto muito frio, seco, e até insensível, diga-se de passagem. O quarto estava escuro, como Sai gostava, sendo iluminado apenas por uma pequena vela. Sabia que não tinha muito noção dos seus sentimentos. Mas, lembrando-se do que lia, chegou à conclusão de que: Querer tirar a vida de alguém era o mesmo que sentir ódio da pessoa.


E se sabia que era algo ruim, porque simplesmente não parava de sentir-se assim? Tentava, tentava, mas era tudo em vão. Bastava pensar naquele loiro, naquele ser desprezível aos seus olhos, que tudo a sua volta ficava escuro. Sentia como se o mal, o ódio, a raiva, e tudo de ruim, começasse a se aconchegar perto, dentro dele. Bastava pensar naquele homem, naqueles olhos irritantemente azuis, naquele cabelo desprezivelmente loiro e naquele sorriso que o fazia querer vomitar. Como podia sentir tantas coisas ruins para com uma pessoa em tão pouco tempo? Como? Simplesmente não entendia... E também não queria entender. Apenas queria fazê-lo sumir. Desaparecer da sua frente. E então seus problemas estariam acabados.


E tudo o que sentia contra Naruto, era refletido de modo contrário para Ino. Aquela menina, ou melhor, aquela mulher, o seduzia só com o ato de respirar. O ato de subir e descer sua caixa torácica. Caixa torácica, que na opinião dele estava muito bem protegida pela frente. Tinha um amor que nem ele mesmo compreendia. Ao menos achava que era amor. Mas no íntimo sabia que não era só isso. Sempre leu que o amor era puro, sem mais intenções. No entanto, também a queria na cama, cavalgando nos seus prazeres. Assim como a queria só para ele. Ela deveria ser só dele, obedecer só a ele, fazer as vontades só dele, e ser só dele, de mais ninguém.


Achava que era amor, mas na verdade era possessão, obsessão.


Cansou-se de ler aquele irritante livro que falava do corpo humano, e o jogou na parede. Queria ser médico. Mais para entender sobre os humanos do que qualquer outra coisa. Entender corpo e mente. Ele queria poder se sentir superior quanto às outras pessoas. Calcular seus próximos passos para então pisar nelas como se fossem simples poeiras que estavam sujando o chão abaixo de si. Se estivesse em uma história em quadrinhos, e tivesse poderes, seria o vilão querendo conquistar o mundo, e fazer todos se subjugarem diante dele. Como se fosse um rei.


Riu alto com aquele pensamento. Devia estar ficando maluco. Apesar de não negar que gostaria da ideia. Pegar Ino e fazê-la de donzela em perigo, sequestrá-la, e estuprá-la. Lambeu os lábios com seu pensamento insano. Como seria bom.


-Como sou tosco! - ergueu-se e foi até a mobília no canto do quarto, onde seria sua “cozinha”. Pegou a faca, e olhou seu reflexo através da lâmina. Passou o dedão por ela, e sentiu um leve corte. Precisava aliviar a tensão. Passou novamente a faca, dessa vez afundando mais, e soltou um gemido de dor e prazer. Olhou para baixo, e viu a gota de sangue escorrendo pela cortante. Sorriu; como aquilo era bom.


Jogou a faca na pia, e pegou seu canivete de bolso, e o guardou consigo. Saiu. Iria falar com Kabuto. Ele saberia como o ajudar a aliviar sua tensão. Só por pensar nisso, já sorriu. Um sorriso distorcido, cheio de sentimentos contrários por trás. Mas um sorriso. Com escárnio, ironia, sarcasmo, mas um sorriso. E de dar medo.

 

-~ Fim do Quarto Capítulo ~-


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Notas finais do capítulo

Capítulo betado pela: "Vaah-chan"



Eu realmente não gostei muito deste capítulo. Achei ele monótono. Mas próximo trás altas emoções sobre Sai.

Próximo capítulo terão cerca de 5 personagens novos e conheceremos nossa vilania. A história vai dar uma pequena andada (finalmente). Eu não tenho ideia de quantos capítulos a fic terá, mas acho que vai passar de 10

Acho que é isso.
E, ah, no meio da semana tem mais um especial, só que acho que será postada na quinta e não na quarta. E será sobre o - trágico - passado de Sasuke. (.



Próximo Capítulo: Animal.