Era quase de noite, por volta das 16. Syndra se vestia, e arrumava seu cabelo, olhando o relógio e vendo cada segundo como uma eternidade. Ela vestia uma blusa cinza claro, que descia de lado e deixando um dos seus ombros a amostra, um short jeans claro e um cuturno delicado rosa com detalhes dourados. Seu cabelo era preso com uma longa trança de lado, deixando uma mecha solta.

Syndra não parava de olhar o celular, para ver se Zed tinha mandado alguma mensagem. A cada segundo, ela ficava mais inquieta, seu coração palpitava mais e mais forte, e as borboletas tomavam conta de seu estômago. Finalmente, ela ouve seu celular tocar, e ela pula de susto, quase deixando-o cair no chão. Era Zed. O coração da albina foi a mil, e ela tentou parecer o mais natural possível ao atender a ligação.

– A-alô?

– Olá, Syndra – Zed parecia feliz ao falar com ela – Já estou aqui, na Doçura de Iônia.

– Ah, já estou indo. De-desculpa a demora.

Syndra apressadamente desligou o telefone, colocou seu perfune, conferiu se estava levando tudo o que devia e saiu de casa. Atravessou correndo o sinal, e conforme ia chegando perto de seu destino, ia ficando cada vez mais nervosa, até que chegou. Parou e ficou olhando para os lados para ver se Zed tinha chegado, e nada. Até que ela ouve uma voz atrás dela.

– Olá. – Era Zed.

Ele vestia uma blusa preta, e um jeans com um tênis. Ao encara-lo, Syndra notou que seus olhos pareciam mais escarlates do que a última vez que ela o viu. Zed sorriu, e agarrou e beijou sua testa, ficando ali com ela por um tempo até que a soltou.

– É bom te ver de novo, estava ficando com saudades.

– É... eu também. – Ela cora - Bem... O que gostaria de fazer agora? – Syndra perguntou. Ainda faltava duas horas para o show, e embora não parecesse, Syndra não gostava de ficar parada.

– Bem, tem um lugar que eu gostaria de te levar. – Zed pega a mão de Syndra e a conduz pelo o caminho.

Eles andam um pouco, e finalmente chegam ao parque. Era primavera, e logo, o parque estava cheio de flores, incluindo árvores de sakuras cheias. Ao vento bater nelas, suas pétalas voavam longe, deixando um agradavel cheiro no ar, e a grama que era um verde vivo, se tornava rosa. Crianças brincavam ao fundo nos escorregas e gangorras, havia alguns casais sentados de baixo das árvores e muitas, mas muitas sakuras.

– Zed... Como sabia que eu amo vir a esse parque? – Ela olhou pra ele surpresa sorrindo – Aqui é o meu lugar perfeito para pintar, e observar as pessoas...

– Não sabia – Zed a olha com certa surpresa – Só que desde que cheguei aqui, eu venho aqui pra esvaicer... É como se todos meus problemas sumissem ao ver a beleza desse lugar.

Zed e Syndra caminharam um pouco, atravessando a pequena ponte que ligava a parte do parque a outra, atravessando o lago, enquanto conversavam e finalmente se sentaram debaixo de uma árvore. Zed deitou no colo de Syndra deixando sua cabeça apoiada em suas pernas. Zed ficou olhando o parque enquanto a albina o encarava. Ela se perguntava como ele tinha conseguido aquela marca. O moreno sentiu que ela o fitava mais do que normal, e a encarou.

– Porque me encara, ein? – ele pegou a mecha que ela tinha deixado solta e começou a cariciar.

Syndra pareceu meio insegura de perguntar aquilo. Ela não sabia como ele iria reagir, e resolveu mudar a sua pergunta.

– O que está achando daqui?

– Hmm... – Zed pensou um pouco antes de responder – Estou gostando bastante, embora eu tenha deixado cinco anos da minha vida pra trás. Deixei muita gente que conheci no passado, lugares, essas coisas, sabe? – Ele pegou uma sakura e ficou olhando para ela, como se naquela pétala, havia memórias que quisesse esquecer. – Syndra, quantos anos você tem? – Ele volta a olhar a albina,e tenta mudar de assunto. - Nos conhecemos há um tempinho e nem se quer sabemos a idade um do outro. – Ele deu uma risada.

Syndra cora ao saber desse fato. Ela o conhecia há um pouco mais de um dia, e nem se quer sabia da idade dele. Isso a fez pensar, o que mais ela não sabia sobre Zed? Ela se perguntou se estaria certo em confiar em alguém que ela não conhece direito, mas mesmo assim, sentia que estava fazendo a coisa certa.

– Tenho 20 anos. E você?

– Tenho 22.

Depois disso, Zed e Syndra ficaram conversando ainda, sobre diversas coisas. A albina descobriu que ele sabia cozinhar, que ambos amavam música, e que assim como ela, Zed tinha uma queda enorme por animais. E mesmo assim, ainda falaram de seus defeitos. Syndra contou a ele como ela era fria às vezes com as pessoas, mesmo não querendo, e que isso a distanciava, mesmo que sem querer das pessoas. Contou sua vida no colegial, que não era nem a nerd da escola, nem a popular, suas notas eram na média, e mesmo assim, tinha conseguido alguns amigos, mas que com o tempo, seguiram caminhos diferentes.

Já Zed, contou a ela como ele se estressava fácil às vezes, o que lhe rendeu muitos problemas. Ele também costumava ser frio, e muitas vezes evitava contato com as pessoas. No colegial, ele foi suspenso por brigar com uma professora na sala de aula, e ria enquanto contava isso para a albina. Ele chegou a pensar em fazer faculdade de física, mas desistiu quando viu sua nota no último ano de ensino médio. Ele contou também que desde o fundamental, ele tinha a rivalidade com um garoto da mesma classe que a dele, o que gerou muitas brigas. Então Zed começou a falar da cidade onde passou seus 5 anos, e falou que lá era lindo.

Havia muitas luzes nos prédios, e muitos restaurantes. O seu preferido, era um sushibar, que ficava perto da avenida principal. Syndra perguntou a ele se sentia falta daquilo tudo, e ele disse que estava melhor agora em Iônia do que nos cinco anos naquela cidade.Eles pararam um pouco e olharam o céu. A lua iluminava o lago do parque, que dava uma cor incrível às sakuras que cairam no lago. Ao ver a lua, Syndra se assustou a se lembrar que havia o show.

– Zed, que horas são?

– São 18:10!

– Ahh não, vamos perder o show!

Zed se levanta em um pulo, e puxa Syndra pelas suas mãos ajudando-a a se levantar. De mãos dadas, eles vão caminhando até o local do show, conversando e rindo.