Diamante Bruto escrita por Natsumin


Capítulo 9
Capítulo Oito - Pedras Invalidáveis


Notas iniciais do capítulo

Etapa final! Também gosto desse capítulo, na verdade, gosto dessa fase dos clubes... Traz uma nostalgia...
Boa leitura!



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— Ambre? — Li ajeitou o uniforme de basquete no corpo, em seguida, estalou os lábios após passar o batom vermelho. — Algo estranho está acontecendo. — Ela guardou-o na bolsa vermelha. Seus olhos negros alongados nas laterais, traço oriental, encaravam o fundo do ginásio.
— C-Como? — Ambre terminou de encurtar o short branco e agora dobrava a regata vermelha para que seu umbigo aparecesse. — O que quer dizer com isso?
— Ali. — Charlote pronunciou, apontando com a cabeça para a direção para qual Li olhava.
Ambre bufou, irritada por terem-na atrapalhado enquanto se ajeitava para impressionar Castiel. Ele gostava de garotas com roupas curtas. Ela focou os olhos verdes na direção em que Charlotte havia apontado. Sua blusa abaixou novamente, mas ela sequer se mexeu. Aquilo. Não. Podia. Ser. Possível.
A novata, Natsumin, conversava com Castiel. E, por incrível que parecesse, ela podia jurar que havia visto um sorriso em seu rosto. Castiel nunca sorria.
— Oh. Meu Senhor. — Li lamentou. — Então era verdade.
— Droga. — Charlotte completou.
O rosto de Ambre ficou rubro de raiva.
— O que vocês estão escondendo? — ela rosnou. Sua voz estava começando a ficar rouca.
— Tudo bem, Ambre. — Li começou, abaixando-se para amarrar os tênis e evitar encarar a expressão enfurecida de Ambre. — Sou sua amiga, então preciso ser sincera. — vagarosamente, ela puxava os cadarços brancos pelas mãos, fazendo e desfazendo nós fracos. — Você para eu trancar Natsumin na sala proibida, logo depois que a gente a viu entrar lá. Porque assim, ela seria punida e, talvez até expulsa. Bem... Foi isso que eu...
— Chega, Li. — Charlotte cortou-a. Charlotte nunca foi uma garota de muitas palavras, mas, sempre que abria a boca, as palavras fluíam rudes demais. Ele percebeu isso, mas não se importou. — Escuta, Ambre, a idiota da fiscal mulher-macho disse que Castiel havia ficado trancado na sala proibida sozinho, mas depois a novata apareceu assumindo a culpa. Eu não sei o que aconteceu, mas a diretora acabou perdoando os dois e...
— E? — Ambre não conseguia tirar os olhos daqueles... ONDE ELES ESTAVAM?
Por um momento ela percebeu que Natsumin e Castiel haviam sumido. JUNTOS.
— Eles sumiram! — Ambre percorreu o olhar por todo o ginásio, mas não tinha sinal de nenhum dos dois.
— Calma amiga. — Li tentava acalmá-la.
— A novata está ali, Ambre. — Charlotte sibilou. — E sozinha. Não precisa se preocupar.
O rosto ainda mais rubro de Ambre— se possível— agora voltava lentamente à cor original.
— Continue, Charlotte. — Ambre respirou fundo.
— A gente não viu o Castiel entrar. — Li reiniciou. — A única pessoa que eu vi foi a novata, juro!
— Então como...? — Ambre tentava entender.
— Os dois ficaram presos juntos. — Charlotte soltou. — E, parece que depois disso, ficaram mais próximos.
Ambre fechou as duas mãos em punho, contendo o grito que estava preparada para dar desde o início. Sua raiva apenas crescia no peito. Como podiam ser tão estúpidas? No único dia em eu ela não pode fazer a façanha com as próprias mãos, elas justamente fazem sem ao menos olhar quem estava dentro?
Ela lembrou-se em estado de cólera do sorriso de Castiel para Natsumin. Ela nunca o havia visto sorrir daquela maneira mesmo conhecendo-o em... Oito, nove anos?
Ela definitivamente não podia permitir que aquilo acontecesse.
— Charlotte, Li. — ela gesticulou para que as duas se aproximassem. Ela tinha um sorriso sarcástico na boca, o que não indicava um bom sinal. — Eu tenho um plano.
***

30 minutos antes...
Natsumin sentiu-se estranha pelo fato de seu coração bater desesperadamente naquele momento.
— Você o conhece? — Alexy indagou. — Sabe? O ruivo.
— Hm? — Natsumin havia se perdido completamente em meio aos diversos pensamentos que haviam surgido em sua cabeça.
— O ruivo, Natsumin. Você o conhece? — Alexy sorria, as íris rosadas em seus olhos brilhavam intensamente. E os belos olhos azuis de Armin pareciam curiosos.
— Não muito. — Natsumin confessou. Na verdade, ela não conhecia nada dele. — Apenas o vi ontem, no meu primeiro dia de aula e... — ela não iria falar que eles haviam ficado trancados. Não mesmo. — E ele estava na sala da diretora quando eu fui entregar minha papelada da inscrição.
— Ah. — Alexy aprecia aliviado. — Eu nunca mais falei com ele. Não depois de quase ter apanhado ao chama-lo de ruivo. O nome dele é Castiel, não é? Ele não é muito...
— Sociável. — Armin completou. — Eu queria muito ter visto isso. — ele sorriu, dando outra cotovelada em Alexy, que reclamava, empurrando-o. — E eu nunca mais pergunto a ele sobre jogos. — ele sorriu, inocentemente. — Na última vez, ele quase quebrou meu Nintendo novinho!
— Há! Há! — Alexy ria intensamente. — E eu queria muito ter visto isso!
— Isso não tem graça. — Armin sibilou. — Queria ver se ele rasgasse um dos seus casaquinhos Armani. Aí sim seria um final épico! Há há! Como God of War!
Alexy desmanchou o sorriso imenso e empurrou Armin com o ombro. No mesmo momento, Armin revidou, dando uma cotovelada no irmão. Os dois riam e brigavam ao mesmo tempo.
Natsumin sorriu, suspirando ao mesmo tempo. Família. Ela sentia falta disso.
Por um instante, seu olhar se pousou num ruivo que estava na porta do Ginásio. Ele gesticulou, jogando a cabeça para o lado, como se pedisse que ela o seguisse. Natsumin observou Alexy e Armin ainda brigando e decidiu não incomodá-los. Em seguida, partiu em direção à porta do Ginásio.

***
— Oi. — Natsumin parou de frente para Castiel. — Ainda aqui?
— Claro que não. — Castiel parecia de mau humor. Ele passou a mão direita pelos cabelos vermelhos, em seguida ajeitou a blusa preta. Ele cheirava a... Castiel. Sim, um cheiro misterioso, de algo que ela nunca havia sentido na vida. Mas era bom. — Até porque hologramas são muito comuns fora dos filmes.
Natsumin notou o tom de ironia na voz de Castiel. Mas, ainda assim, não conseguia definir se ele estava realmente brincando, ou, apenas achando a sua pergunta idiota.
— Eu vim negociar. — Castiel pronunciou antes mesmo que Natsumin pudesse dar uma resposta. — Sobre a nossa aposta. — ele agachou-se e pegou o uniforme de basquete, jogando-o no ombro.
— Oh. Claro. — Natsumin preferiu esquecer o receio de dar alguma resposta que piorasse o seu mau humor de Castiel. Ao contrário de muitas pessoas em Sweet Amoris, ela não tinha medo dele. — Até porque apostas são tão comuns quanto hologramas. — ela completou.
Castiel sorriu. Um sorriso de coiote. E um coiote bem articulador.
— Só porque passou um dia comigo, acha que tem o direito de fazer piadinhas de mim? — seu sorriso de coiote não saía do rosto.
— Desculpe. Acho que sai naturalmente... — Natsumin sorriu.
— Não se desculpe. — ele se aproximou dela. — Eu gosto disso.
Natsumin limpou a garganta. Em seguida, afastou-se dele.
Castiel começou a rir.
— O que foi, novata? — ele abaixou a cabeça na direção dela. — Por um acaso achou que eu iria beijá-la?
Natsumin não falava nada. Tinha a expressão séria.
Mas Castiel não. Pelo contrário. Ele continuava a rir, como se gostasse de fazê-la de idiota.
— Sinceramente, Natsumin... — ela parecia perder o fôlego de tanto rir. — Como eu iria beijar uma tábua de passar como você?
Natsumin aproximou-se repentinamente dele, segurando firme seu pescoço. Em seguida, ficou na ponta dos pés para que seu nariz alcançasse a boca dele.
— Você bebeu. — Natsumin soltou o pescoço de Castiel, que agora, parecia estar ruborizado.
— Você está louca? — ele parecia furioso.
— Vá beber café ou qualquer outra coisa. — Natsumin aconselhou. — Se a diretora, ou Taylor perceberem algo, você estará...
— Não tenho medo delas. — Castiel segurou o pulso de Natsumin. — E você não tem o direito de se meter na minha vida.
— Acho que você tem razão. — Natsumin afirmou, puxando seu pulso para si, arrancando-o dos dedos de Castiel. — Eu não tinha nem mesmo que ter vindo quando você me chamou.
— E você pergunta isso para mim? — o sarcasmo na voz dele era transparente. Arrogante.
Natsumin simplesmente deu de ombros, voltando ao encontro de Alexy e Armin.

***

— Onde esteve, Natsumin? — Alexy perguntou, com o sorriso deslumbrante.
— O que andou fazendo nesses quinze minutos? — Armin também sorria, enquanto pronunciava algo nas entrelinhas.
— Nada de importante. — Natsumin afirmou, olhando para o fundo do ginásio, que agora se encontrava vazio. Ele não estava mais lá.


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Notas finais do capítulo

Por favor, para me ajudarem não se esqueçam do blá blá blá de sempre...Por favor, favoritem, acompanhem... enfim não lembro mais haha
Lembrando que também podem acompanha-la pelo Amor doce, link do meu perfil: http://www.amordoce.com/profil/Natsumin
Podem me adicionar tbm!
E, por favor, favoritem, comentem, enfim.. Obrigada desde sempre e boa leitura! o/



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