Diamante Bruto escrita por Natsumin


Capítulo 7
Capítulo Seis - Os Clubes


Notas iniciais do capítulo

Contagem progressiva! Mais três e pararei no dez! No dez explico o motivo... rsrs
Espero que gostem do capítulo! Boa leitura!



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— TODOS OS ALUNOS, POR FAVOR, QUERIAM SE SENTAR.
Uma festa de barulhos de cadeiras sendo arrastadas se iniciou. Natsumin havia chegado mais tarde ao colégio, uma vez que decidiu voltar para casa e tomar banho. Havia ouvido com calma os sermões da tia, mas sabia que ela iria entender. Sua madrinha era a pessoa mais compreensiva que ela conhecia. Mesmo quando já sabia que ela estava mentindo.
Natsumin sabia que sua compreensão era fruto da piedade que ela sentia. A pobre menina tinha acabado de perder os pais, coitada. E a adolescência é uma fase complicada.
Natsumin deduzia os pensamentos da tia em silêncio, já que a conhecia mais do que ninguém. Mas, o mais interessante era que nenhuma das duas havia falado nada muito detalhado a respeito. Sem explicações. O sermão da tia se baseou em “Onde você estava?” e “Não sabe que é perigoso?”. Natsumin havia respondido que sim, sabia, mas que estava em segurança.
E nem mesmo teve necessidade de explicar os motivos. Visto dessa maneira, ela tinha um pouco de sorte.
Um pouco.
Natsumin retirou a mochila das costas e sentou-se na primeira cadeira que viu. Por coincidência, estava ao lado de Iris, a garota simpática do primeiro dia de aula. Iris sorriu e acenou. Natsumin fez o mesmo.
— Todos sentados? — A diretora estava de pé, dentro da sala de aula, de costas para o quadro negro. Seus olhos atentos verificavam se todos os alunos da sala já tinham tomado seus devidos lugares. Ela deu duas batidinhas no microfone à sua mão, em seguida, ronronou, para aquecer a voz. — Ótimo. Como sempre, os veteranos já sabem, mas estou aqui especialmente para os novatos. — ela olhou para Natsumin e sorriu e, nesse momento, Natsumin sentiu que a senhora gostava dela. — Todo anos, três meses após o início das aulas, nós damos entrada aos clubes. Aqui, em Sweet Amoris, temos dois clubes: O de basquete e o de Jardinagem. Cada aluno será responsável por ajudar um dos clubes. Repito. Apenas UM dos clubes. Agora, vagarosamente, vocês irão formar uma fila e assinar nessa lista seu nome e seu respectivo clube — Ela levantou uma folha de papel quadriculada, com uma grade de clubes dividida em dois: Basquete e Jardinagem.
Assim que a diretora terminou o discurso, uma leva de alunos levantou ao mesmo tempo, causando um verdadeiro alvoroço na sala. A diretora irritou-se e pediu Taylor para organizá-los. Assim que Taylor manifestou-se, mais da metade dos alunos se afastou, com medo. Dessa forma, a fila foi formada. Civilizadamente.
Natsumin foi a última da fila. Não estava com pressa e ainda tinha dúvidas com relação a que clube escolher. Quando finalmente chegou sua vez, optou por basquete. Qualquer coisa era melhor do que jardinagem.
— Agora que acabaram, por favor, busquem o local de seus respectivos clubes.
Natsumin esperou, mais uma vez, todos os desesperados saírem primeiro. Quando finalmente a sala ficou vazia, ela passou pela porta azul de ferro.
Mais uma vez ela se via nos corredores de Sweet Amoris. Iris havia desaparecido em meio à multidão e ela ficou à deriva. À sua esquerda, uma plaquinha de aço brilhava pendurada na porta. “Sala dos representantes”, ela leu para si. E entrou.
— Com licença. — Natsumin avistou um garoto loiro logo no fundo da sala, próximo a uma pilha de formulários. Ele virou-se para ela. Tinha um rosto angelical e um sorriso tímido.
— Posso ajudar? — ele perguntou.
— Meu nome é Natsumin. — Natsumin estendeu a mão para que ele a apertasse. — Eu sou novata e não conheço a escola muito bem. Você poderia me informar em que lugar fica o clube de basquete?
— Claro. — o garoto respondeu com a voz doce. — Eu me chamo Nathaniel. — ele aperta a mão dela. — Prazer em conhecê-la, Natsumin.
— O prazer é meu. Obrigada.
Os dois soltam as mãos e Nathaniel coloca o envelope pardo que segurava em cima da mesa.
— O clube de basquete fica no ginásio. — ele diz sem tirar o sorriso do rosto.
Natsumin trincou os dentes e abriu um sorriso forçado, encarando os olhos castanho-claros do garoto.
— Oh. Você também não sabe onde é o ginásio? — ele sorriu, passando a mão direita pelos fios dourados de seu cabelo.
— Hm. Hm. — Natsumin balançou a cabeça em negativa.
— Hm...Tudo bem. — ele coçou o queixo, em seguida, contornou a mesa, ficando ao lado de Natsumin. — Sabe onde é o pátio?
— Sim. — ela respondeu.
— Ótimo. — ele colocou a mão no ombro dela. — Vá em direção ao pátio e em seguida, siga a trilha de árvores, próxima a um banco de mármore. O ginásio estará à sua esquerda.
— Muito obrigada, Nathaniel. Acho que você salvou a minha vida. — ela sorriu. O garoto também.
— Sei como é. — ele pegou novamente o envelope pardo. — A diretora lhe mataria se não ajudasse o clube, não é?
— Você leu minha mente. — ela sorriu. — Obrigada novamente. — ela abriu a porta.
— Não há de que. — Nathaniel acenou, cruzando a pasta contra o peito.

***
Eram nove e meia da manhã. Castiel trincou os dentes, pressionando o vidro fino do copo contra a mesa de madeira. POR QUE DIABOS ELE NÃO CONSEGUIA PARAR DE PENSAR NELA?
Era tão simples para ele esquecer as garotas. Ele sabia muito bem como manipular seu coração. E isso era bom para ele.
Depois de Debrah, ele preferiu nunca mais se relacionar de forma tão séria com ninguém. E ele realmente não podia. Castiel não se apaixonava. Não mais. Seu coração frio negava qualquer sentimento, ele era dissipado antes de sequer perceber. Apesar de ter certeza de que não amava aquela víbora que o traiu, em todos os sentidos, ele sabia que era louco por ela. Era louco por seu corpo, seu toque, suas gírias, sua voz...
Natsumin tinha uma bela voz. E muito melhor do que a de Debrah.
— Droga. — ele fechou as duas mãos em punho. Sua voz havia saído como um cuspe. Áspera e amarga. Ele tinha que parar com isso. Por que Natsumin estava surgindo em sua mente mesmo quando ele se lembrava de Debrah? Ele não iria permitir. Não, não mesmo. Não podia. Não podia deixar-se pensar nela de forma... Diferente. Seu coração era pesado e áspero demais para suportar.
Era óbvio que a única coisa que ele podia sentir por ela era o desejo carnal. E ele sabia que tinha um desejo carnal por Natsumin. Um desejo obscuro e egoísta, que sempre fez parte de sua vida. E era assim que devia ser. Ele deseja que aqueles olhos de topázio azuis o olhassem assim como seus olhos negros olhavam para ela. Com desejo. Desejava aqueles cabelos negros, aquela pele branca, aquela personalidade forte, aquela voz...
Mas era um desejo comum. Um tipo de desejo que ele sentiria por qualquer outra garota em Sweet Amoris.
Natsumin definitivamente não tinha aquele desejo. Não se jogava para cima dele como as outras garotas. Ela era diferente. Era ocupada, independente, não era chorona, não reclamava à toa, não fazia questão das coisas. E, principalmente, não era alcançável. Nem mesmo a ele.
Mas ele precisava mudar isso.
A aposta foi uma boa ideia. Se Natsumin não se apaixonasse por ele antes, ele arrumaria argumentos para que ela perdesse a aposta. Dessa forma, morando com ele, ele iria fazê-la se apaixonar.
Naquele momento, Castiel sentiu uma necessidade brusca de vê-la. Ele queria beijá-la, mas sabia que não seria fácil.
Calma. O que ele estava pensando? Beijá-la, abraça-la? Cristo, aquilo tinha que ser efeito do álcool.
Ele sabia que não seria fácil. Não mesmo. Ainda mais beijá-la. Ele havia tentado na noite anterior e havia sido rejeitado. Eles estavam sozinhos. Seria tão fácil...
Mas Natsumin era difícil. Tremendamente difícil. E era disso que ele gostava nela.
Ele tomou outro gole de Vodca. O líquido desceu por sua garganta, arranhando-a, queimando-a, arrebentando sua alma negra.
Ele não iria mudar. Por ninguém. Sua vida estava ótima da maneira com que ele estava lidando. Não queria e não admitiria outra Debrah em sua vida.
Não iria mudar mesmo. Nem mesmo por Natsumin. Uma garota que ele havia acabado de conhecer.
Ele bufou. Já chega. Ele não iria beber mais. Não queria ficar bêbado. Não hoje.
Ele levantou-se e olhou o relógio. Nove e quarenta e cinco. Hoje, provavelmente, seria o dia da apresentação dos clubes. E esse dia era o único dia em que ele gostava de ir à escola.
Castiel jogou a quantia de dinheiro no balcão de madeira do bar. Era menos do que ele tinha que pagar, é claro. Ele coloca logo três balas de menta na boca. Odiava o cheiro do álcool, apesar de gostar de beber.
Ele direcionou-se à porta. Nove e quarenta e seis. Ainda tinha tempo.


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Notas finais do capítulo

Por favor, para me ajudarem não se esqueçam do blá blá blá de sempre...Por favor, favoritem, acompanhem... enfim não lembro mais haha
Lembrando que também podem acompanha-la pelo Amor doce, link do meu perfil: http://www.amordoce.com/profil/Natsumin
Podem me adicionar tbm!
E, por favor, favoritem, comentem, enfim.. Obrigada desde sempre e boa leitura! o/



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