Diamante Bruto escrita por Natsumin


Capítulo 56
Capítulo Treze - Loucuras, Calcinhas e quarto do desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Maratona!♥



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A vida não é cruel. É apenas regida por leis cruéis que fazem com que cada um colha aquilo que uma vez plantou.
Mas como podem reviravoltas detonarem as expectativas de um ser humano, deixa-lo tão frágil? Como pode o passado ainda influenciar arduamente seu presente e prejudicar o seu futuro?
Ela era um soldado abatido. Um pássaro com a asa quebrada. Não havia ninguém para socorrê-la, era ainda mais difícil fugir de si mesma. Daquele monstro que foi. Daquela coisa que matou os pais, que pensou apenas em si mesma e deixou que aqueles que a amavam de verdade se fossem para sempre. Por causa de um sonho estúpido, de um talento ingrato.
Aquela manha estava diferente. Seus pulmões estavam mais pesados, o ar entrava com dificuldade. Os olhos sempre aguçados, chamativos perderam aquela chama a gás de sua característica. A esclerótica estava avermelhada, as lágrimas deixavam a visão embaçada. O peito já não aguentava mais segurar aquele bolo que vinha se acumulando dia a dia. Natsumin esfregou o externo para melhorar a respiração e afagar aquele bolo de mágoa e dor. Droga! Estava conseguindo se virar bem. Ambre ainda não era um perigo, apesar de ser a única a saber de seu segredo, não havia outros vestígios de seu passado em seu caminho, tinha uma vida restruturada. Amigos novos, lugares novos, vida nova.
— O que está acontecendo comigo?
Ela olhou para o céu. Tão límpido. O sol iluminava seu rosto de boneca, ela parara de correr na esquina de sua casa. Não iria entrar agora. Seu corpo se deleitaria na cama, ela ficaria por ali o dia inteiro e não era isso que queria. Natsumin não era assim. Tinha que superar, não podia desistir tão fácil. Estava presa ao reverso, mas sabia como contornar e voltar a seguir em frente.
A rebelde.
Sim, estivera trancada por tanto tempo. Natsumin não era s]essa garota sem graça que estava sendo agora, não era esse peso que estava sendo a todos, a garota órfã e traumatizada. Sempre fora animada. Sempre gostava de enxergar apenas a parte boa das coisas. A rebelde estivera silenciada esse tempo todo. Sua rebelde interior parecia chorar também. Mas Natsumin sabia muito bem como despertá-la. Sabia quem poderia.
Castiel.
Ela voltou a correr para Sweet Amoris.
Parou.
Era loucura.
Não, não é; A rebelde teimosa agora voltara a falar.
Voltou a correr.
Parou.
Sim, era loucura.
O que ela iria fazer? Agarrar e beijar Castiel no meio da escola? Dizer a ele que ele era a melhor maneira de fazê-la voltar a ser quem era? Que ele era sua única esperança? Que sua primeira música depois da morte dos pais foi composta para ele? Dizer o quanto amava I Will Crumble e que de certo modo pensava que era para ela? Secretamente?
Loucura, loucura, loucura.
A rebelde não gostara muito. Dava uns ataques, tentava puxar os cabelos, mas tinha pena porque aquelas mechas negras eram bem bonitas. Tentava puxar os cabelos de Natsumin, mas era impossível, porque estava dentro dela. Não havia solução. Ela era a chefe.
Natsumin voltou para casa.
Ombros pesados, olhos também. Recusou-se a deitar na cama e entregar-se à dor. Quando abriu a porta do quarto Kovu veio até ela, miando, os olhos azuis brilhantes e vivos. Ela pegou-o no colo, encostou o nariz no pequenino focinho dele e acariciou aquele rostinho fofo. Pegou aquelas patinhas negras e tão pequeninas. Do tamanho de sua unha, se duvidar. Sentou-se no tapete ao pé da cama. Beijou Kovu, brincou com ele, fez cosquinhas em sua barriga. Talvez aquele pequeno animal também fosse sua esperança. Afinal, coisas m]boas vêm de quem menos esperamos.
Miauu
Ele correu até o armário dela e de alguma maneira conseguiu entrar nele.
— Oh, Kovu! — ela levantou-se e abriu a porta do armário. Um violão velho e preto de cordas de náilon caiu. Dentro da boca do violão, estava um gatinho. — Oh meu Deus. — ela pegou o violão e tirou Kovu de dentro dele. Encarou o instrumento por longos minutos.

 — Sol, sol, sol. Não é tão difícil aprender essa coisa!
Natsumin tinha cinco anos. Estava com um amigo de infância um ano mais velho. Ele tinha o cabelo negro mais legal do planeta e os olhos castanhos mais lindos do universo.
— Não é difícil pra você que aprende tudo, Nats! — ele sorriu e tomou o violão dela. — Sol, sol, sol. — eu detesto ter que tocar isso!
— E por que toca então? —Natsumin levantou-se e sentou-se na frente dele. Eles estavam na praça perto de suas casas, ele era seu vizinho. Fugiam todos os dias para lá. Ela ia para andar de balanço e vê-lo tentar treinar violão. Natsumin não sabia por que mas aquele instrumento era fascinante. A praça tinha um gramado verde baixo, amendoeiras altas e troncos caídos que serviam de bancos. O amigo estava, inclusive sentado em um. Não havia muitos brinquedos senão balanço, escorrega e gangorra. Não havia celulares, tablets ou I Phones. Era uma infância boa. Algo que não irá voltar.
— Meu pai e meu avô tocam. — ele deitou o violão no colo e cruzou o braço.
— Não tem que tocar porque eles tocam. — Natsumin sorriu a abraçou as perninhas pequenas, balançando-se na grama. — Deixa eu tocar um pouco?
— Pode ficar para você. — ele disse com sinceridade naqueles olhos castanhos.
— Jura? — Natsumin abriu o sorriso banguela de um dos dentes de baixo mais lindo. — Obrigada! — ela abraçou-o com vontade. — Eu amo você.
Ele arregalou aqueles olhos castanhos. — Natsumin pode fechar os olhos? — ele pediu.
— Por que? — ela já estava fechando. Poderia ser algo bom, não queria esperar.
E sentiu lábios molhados nos seus. Tocaram e saíram.
— Ohhhh! — Natsumin levou as mãos à boca. — Você roubou meu primeiro beijo! — ela estava muito brava. As sobrancelhas negras estavam duramente franzidas. Crianças tem sempre expressões bem marcadas.
— Agora toma o violão. — ele sorriu, como quem não se importasse. — Eu também amo você, Natsumin.
Ela ainda limpava os lábios com as costas das mãos. Que nojo, que nojo, que nojo!
— Natsumin?
— Que é seu ladrão de beijos?
— Vamos escrever nossos nomes aqui? — ele sorriu. Um sorriso também banguela, mas de dois dentes. Apontou para uma árvore bem alta e, talvez a mais antiga da praça.
— Para que? — ela levantou-se, certificando-se de que os lábios estavam bem limpos.
— Nós nos amamos, certo? — ele perguntou e ela balançou a cabeça confirmando. — Temos que deixar nosso amor gravado.
— Tudo bem!
E ela sorriu. Aquele sorriso Banguela mais uma vez.

Natsumin + ...

Natsumin sorriu mais uma vez. Um sorriso com todos os dentes, dessa vez.
Kovu miava em seu colo, queria entrar no violão mais uma vez. Ela acariciava aquele corpo pequenino e não o deixava entrar. Colocou o gatinho na cama e o violão no colo.
Sol.
Colocou os dedos nos lugares certos para formar o acorde. Com o polegar da mão direita, deslizou a pele sobre as cordas.
Uma lágrima grossa desceu por seu olho, caindo sobre a madeira bem polida e pintada daquele violão. Estava tão bem conservado que Natsumin podia ver seu reflexo nele. Era uma imagem que não a agradava muito. Por que o reflexo não a mostrava quem ela realmente era? E por que ela não se lembrava do nome daquele amigo? Do menino que foi seu primeiro beijo? Odiou-se por não ser uma garota comum que escrevia em diários. Ela nunca o fez. Suas escritas eram apenas composições. Não era tão romântica quanto Tsubaki ou Ayuminn. Também não era tão boa quanto elas. Por isso tornara-se esse monstro!
Segurou o violão pelo braço. Ia arremessa-lo, mas pensou. Colocou-o no colo novamente. Começou a tocar a última música que fez parte de sua vida. Em todos os sentidos.
***
Continuou calado. As palavras dela não poderiam alterar seu coração dessa maneira, por que estava acelerando? Por que a droga da sua respiração estava mais rápida também? Por que a presença dela ainda o afetava? Mais que merda!
— Fui uma pessoa terrível, eu sei. — ela foi se aproximando, ele percebeu pelo som dos saltos batendo contra o chão. Ela esperou a resposta dele, estava treinando a melhor cara de culpada e humilhada que poderia fazer. — Mas fiz isso porque fui atrás de meu sonho. Consegui, gatinho e voltei para você. Você é meu único amor..
— Debrah.
Ele finalmente virou o rosto. Trincava os dentes, as expressões eram firmes. Castiel estava ainda mais bonito do que da última vez que o viu. Mais musculoso também. Ela poderia aperta-lo, se quisesse.
— Não voltou só por mim. — ele concluiu, levantando-se. Tateou os bolsos, ia tirar um maço de cigarros, mas percebeu que não estava ali. — O que você quer.
— Não, gatinho, você está errado. — ela aproximou-se, pousou as duas mãos no peito dele, percebendo que estavam bem mais fortes mesmo. — Vim exatamente por você.
— O que quer comigo? — Castiel olhou para as mãos dela em seu peito, depois para seu rosto. Debrah estava muito bonita. O corpo se desenvolvera, tinha mais curvas do que antes.
E, é claro, não podia deixar de reparar no decote. E na alça do sutiã que caía para o lado.
— Finalmente consegui o que você sempre quis, meu amor, consegui por nós dois. — ela sorriu, um sorriso aparentemente dócil e gentil. — Com a minha influência nesse mercado, você pode vir comigo, pode ser meu guitarrista, ganhará fama e prestígio e depois poderá ser quem você quiser, gatinho.
Castiel afastou-se.
De fato, sempre quis aquilo. Não a fama. O prestígio. Ele acreditava que a fama era apenas uma consequência. Castiel queria subir nos palcos, dar o melhor de si, ser reconhecido pelo que fazia, por suas músicas, por sua paixão.
— Tem razão. — ele balançava a cabeça positivamente.
— Então aceita? — um brilho maior cresceu naqueles olhos azuis escuros dela.
— Me dê a proposta e irei pensar. — ele estendeu a mão, pedindo o documento. Debrah tirou da bolsa que carregava uns papeis dobrados com cuidado.
— Têm todo o tempo do mundo para pensar, gatinho. — ela acariciou a mão dele antes de colocar os documentos nela. Poderá assinar quando se sentir confortável. — ela sorriu.
Castiel assentiu e guardou os documentos no bolso da calça. Cruzou os braços. Os olhos negros a olhavam. Não, ele não podia voltar a olhá-la daquela maneira. Ela o havia magoado, ele não podia aceita-la tão facilmente.
— Castiel? — ela treinara isso muito bem. Os olhos já estavam com lágrimas grossas descendo vagarosamente.
Castiel olhou para seu rosto. Ela quase nunca o chamava pelo nome.
— Senti tanto a sua falta! — ela abraçou-o, os braços entrelaçaram-se na nuca dela. Castiel por um momento ficou estatizado, os braços no ar. Os olhos negros estavam arregalados, mas foram normalizando-se. Ele deu um sorriso pequeno, escondido. Os braços abraçaram a cintura dela. O rosto estava colado ao dela.
Castiel afastou o rosto. Os olhos estavam fixos nos dela.
Não podia fazer aquilo, ele estava sendo um imbecil. Mas toda aquela raiva que sentia dela, na verdade era uma ilusão perdida. Um amor desejo transformado em mágoa. Ele não sabia se a amara algum dia. Acreditava que não, sentira muito desejo por ela, mas não a amara nunca.
Ela foi rápida. Aproximou os lábios, deixando-o sem alternativa. Por um momento ele também queria aquilo. Os lábios foram de encontro aos dela. Mas Castiel não seria um Diamante Bruto se tivesse cedido tão fácil.
— Obrigado pela proposta. — Ele solou a cintura dela, pronunciara com os lábios a centímetros dos dela. — Amanhã poderemos conversar melhor. — deu de ombros e já ia descendo as escadas para ir embora.
— Posso ir à sua casa hoje à noite? — ela indagou com os olhos em chama.
— Não, não. — ele sorriu e foi embora.
***
— Você foi à sala dele de... Calcinha? — Melody tinha os lábios tristes virados para baixo e as bochechas rosadas. Estava com vergonha pela garota.
— Nem é grande coisa... — Tsubaki revirou os olhos. — Pior seria se eu viesse nua. — levantou os ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo. Aparecer de calcinha na sala dos representantes.
Melody apenas balançou a cabeça.
— Mas calma aí, ele te contou algo? — Tsubaki franziu o cenho. — Vou matar aquele representante mequetrefe, eu falei que era para ele pensar que não era uma calcinha!
— Ele não falou nada... — Melody disse com um tom de voz ainda mais baixo. Ela não podia contar a verdade, era loucura.
— Ah é? Então como é que você soube...Hm.. Qual o seu nome mesmo? — Tsubaki apertou os olhos. Fazia isso quando estava com dúvidas, mas, principalmente quando tentava se lembrar de algo.
— Melody. — ela respondeu com voz e cabeça baixas. Não podia dizer que estava observando Nathaniel pela porta depois que Bia disse que viu uma garota entrar de calcinha na sala dele. Ela ficara preocupada, Nathaniel poderia estar... Tento... Fazendo... Com alguém, afinal que entraria de calcinhas na sala dele? Melody não podia deixar uma desconhecida tomar Nathaniel para sempre! Bia disse que isso podia acontecer!
— E então... Melody? — Tsubaki levantara uma sobrancelha. Estava impaciente.
— Eu a vi... saindo. Ia entrar na sala, porque também sou representante, mas... mas... ele estava... ocupado então... esperei você sair. E então... vi.
Tsubaki abaixou a sobrancelha. Melody gaguejava demais.
— Quer saber? — Tsubaki agarrou suas fichas com força para ir logo embora dali. — A velhota me dispensou hoje mesmo por estar de calcinhas e por... chama-la de velhota. — Tsubaki sorriu sozinha com o pensamento. Cara ela deveria ganhar um prêmio só pelo dia de hoje. — Então... Hasta la Vista, Mellanie.
— Melody...
Que seja! Tsubaki apenas deu de ombros e foi embora. Só guardava nomes de pessoas importantes mesmo. Tipo... Nathaniel.
***
O céu daquela noite estava límpido. Sem estrelas. A lua era cheia, uma brisa tomava conta das ruas e um cheirinho de chuva estava próximo. Ayuminn finalmente retirara as malas do Hotel barato, não podia imaginar quanta sorte havia tido de encontrar Rosa. Era uma menina tão legal e gentil. Ayuminn ficaria até feliz de trabalhar para ela. Teria comida e casa e um salário. Era a melhor coisa que poderia ter acontecido.
Na verdade, a melhor coisa foi ter visto Natsumin.
Mesmo de longe, mesmo Ayuminn acenando com um sorriso forçado para não chorar. Ayuminn não via a hora de poder abraçar Natsumin, perguntar como ela estava, o que havia acontecido com ela, afinal. Nada fora explicado, Natsumin falara sobre notícia no jornal na última ligação, mas nem Ayuminn, muito menos Tsubaki haviam entendido. Estava tudo tão confuso, tão perdido. Ayuminn podia se lembrar muito bem de Tsubaki pedindo para Natsumin não ir, chorando. Mas Natsumin pegara aquele avião e dera as costas. Ayuminn não ficara com raiva porque vira dor naqueles olhos azuis. Uma forte dor.
As calças jeans roçavam em suas pernas. Estavam um pouco apertadas, fazia um tempo que não comprava roupas, estava poupando dinheiro para a faculdade. Carregava uma mala no braço e arrastava a de rodinhas pela calçada. Na mão, segurava o celular e o GPS indicava que estava perto. Andou pelo menos uns quatro quarteirões antes de finalmente chegar.
Checou o nome da rua e o número da casa. Checou mais umas duas vezes. Depois mais cinquenta. Não, brincadeira, cinquenta não. Checou, checou, mas ainda não acreditava. Ia morar numa mansão! Respirou fundo antes de subir a pequena escada branca na frente do portão de ferro, pintado de dourado com alguns toques vitorianos. Tocou a campainha.
Rosa atendera usando um roupão de cor roxa.
— Ayuminn? — ela cumprimentou-a com um sorriso. — Ainda bem que veio!
— Ou aqui, ou um hotel barato e horroroso. — Ayuminn sorriu. Rosa também.
— Ah, esse é meu Leigh. — ela sorriu e apontou para um rapaz alto, muito bonito de cabelos e olhos negros, postura firme e traços marcantes do rosto. Ele deu um sorriso sem mostrar os dentes. — Leigh, foi dela que te falei. Conseguimos uma ajudante que faltava.
Ayuminn ficou feliz por Rosa dizer ajudante e não empregada.
— Podemos explica-la o que ela irá fazer e tirar as medidas para o uniforme. — Leigh sugeriu extremamente calmo.
— Hoje não. — Rosa sorriu, um sorriso maldoso. — Vamos continuar de onde paramos, Leigh querido. O Lys fofo pode explicar depois.
Leigh ruborizou.
— Portanto vamos leva-las às outras ajudantes, Rosa. — ele desceu as escadas e pegou-a delicadamente pelas mãos. — Do contrário ela ficará desorientada.
— Tudo bem. — ela beijou o rosto dele. — Deixa que eu levo, pode subir.
Ele sorriu. E subiu.
***
— Belinda, Celeste, Hanna e Sandra. — Rosa. Foi apontando para cada senhora que estava no hall. Todas tinham acima dos trinta anos e usavam o mesmo uniforme. Vestidos longos e pretos com aventais de renda brancos e aqueles chapeuzinhos fofos de empregadas. Todas pareciam felizes por trabalharem ali.
— Podem voltar a dormir agora meninas e podem culpar Ayuminn depois por fazê-las vestir esse uniforme adorável. — Rosa concluiu. Depois sorriu. — Brincadeira, culpem Leigh que não quis esperar até amanhã.
As senhoras sorriram.
— Vem comigo, Ayuminn. — Rosa puxou-a pelo pulso. Guiou-a até as escadas, enquanto subiam, Ayuminn admirava-se com a decoração vitoriana da casa, tão antiga e delicada. Escadas de madeira bem envernizada. Paredes límpidas, quadros lindos e harmoniosos, em maioria representavam o campo. Chegaram à porta mais distante da escada, a mais próxima provavelmente era do quarto de Rosalya.
— Como não estávamos preparados para encontrar você, seu quarto está lotado de bagulhos. — Rosa sorriu e abriu a porta do quarto mais adorável de todo o planta. Grandes cortinas brancas iam até o chão e tapavam uma varada cercada de vidro com a vista apara a noite. A cama era de casal, king, com forros de cor branca, suaves, como de um hotel cinco estrelas. A decoração ainda era vitoriana, o piso de madeira mais sofisticada, bem polido. Um tapete vermelho ao pé da cama. Um armário de madeira sofisticada, com detalhes rústicos e preciosos. — Meu cunhado não estará aqui essa noite. Deve voltar depois do almoço, portanto não se preocupe.
— Rosa, não posso, ele irá... Ele poderá... — Ayuminn estava ruborizada e nem sabia o motivo, mas não podia sustentar a ideia de acordar e ter um cara que nunca viu na sua vida ao seu lado. Ou pior, um homem enfurecido porque ela estava invadindo a privacidade dele!
— Shhhhh... — Rosa empurrou-a para dentro do quarto. Tem um banheiro aí. Tome banho, se acalme e vá dormir. — Rosa fechou a porta.
Ayuminn suspirou. Já estava ali mesmo. Só tinha mesmo que dormir.


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Notas finais do capítulo

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