Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 71
O novo professor


Notas iniciais do capítulo

Ooieee meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que siim! ❤
Esse capítulo era para estar sendo postado há alguns dias, mas sabe quando você acha que alguma coisa havia sido resolvida, mas na realidade não foi e você tem que ser forte para que outros com quem você se importa muito consigam aguentar a barra? Então, tive alguns problemas de família e isso é um resumo do que aconteceu. Não quero entar muito em detalhes, mas acho que vocês merecem uma explicação para o meu sumiço. Me desculpem, eu espero que não aconteça de novo okay? ❤
Obrigada por comentar, favoritar, acompanhar e recomendar, vocês são incríveis! ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550234/chapter/71

~Pov Nina

—Então...? –Cleve perguntou enquanto andávamos pelo corredor. Meus pensamentos ainda estavam em Chris, em como eu sentia falta de sentí-lo tocar minha pele. –Nina? –Chamou me tirando de maus devaneios.

—Sim?

—Você aceita ir a Hogsmeade comigo?

—Eu... Acho que ainda não estou pronta. –Falei colocando a mão no lugar onde antes esteve a dele. –Sabe que eu e o Collins... É muito recente.

—E você ainda gosta dele? –O asiático perguntou olhando para mim.

—Sou uma idiota, eu sei. –Suspirei dando de ombros.

—Não, não fale assim. Eu entendo perfeitamente. –Me virei para encará-lo franzindo o cenho.

—Está falando sério? Pensei que fosse me encher até que eu cansasse de dizer não. –Cleve riu.

—Só porque entendo não significa que eu desisti. –Ele piscou o olho. –Sei esperar, posso fazer isso por você, mas vou te encher se tentar me afastar. –Ouvir aquilo me fez rir, o que eu não fazia há dias.

—Obrigada, fico feliz que não terei que estuporá-lo então.

—Amigos? –Ele estendeu a mão.

—Amigos. –Eu retribuí, e assim que minha mão tocou a sua o garoto de cabelos pretos a puxou me surpreendendo com um beijo na bochecha.

Seguimos juntos conversando sobre Quadribol até o salão comunal, onde alguns alunos – inclusive Annia, Ronan e... Chris – estavam. Minha amiga me lançou um olhando com as sobrancelhas arqueadas ao me ver ainda com Bowen, mas eu não fui até ela, não queria me aproximar novamente do idiota de olhos incrivelmente verdes que estavam de frente para a Malfoy.

—Podemos nos sentar ali se quiser. –O Sonserino ao meu lado disse indicando o sofá e eu assenti seguindo com ele.

Os olhos de Chris agora estavam em mim, eu podia sentir, mas não me deixaria abalar. Pelo menos não aqui, não agora. Ele não precisava saber que eu chorava, que eu sentia a ferida sendo aberta toda vez que o via. Por isso me forcei a sorrir e voltei meus olhos para Cleve, mesmo que meu coração estivesse com um idiota de sobrenome Collins.

~Pov Chris

Nina se sentou com o artilheiro do time sem nem ao menos olhar pra mim. Percebi Annia e Ronan se entreolhando quando parei de falar e apenas baixei os olhos respirando fundo.

—Ela vai sair com esse idiota não é? –Perguntei a morena indicando os dois com a cabeça.

—Eu não sei. –Ela respondeu.

—Apenas diga se há chances de ela aceitar.

—Você sabe que ela está magoada com o que fez, não pode culpá-la por querer esquecer. –Annia defendeu a amiga. Eu sabia que ela estava um pouco chateada comigo pelo que houve, já que também não acreditava em mim. E eu não a culpava por isso, quero dizer, eu não sabia ao certo o que aconteceu, eu não me lembrava!

—Eu não sei se realmente aconteceu Annia, não me lembro daquela noite! –Me defendi ríspido. Passei os olhos pela sala até encontrá-la mais uma vez e suspirei. –Ela não pode fingir que não tivemos nada!

Como se querendo piorar a situação Amélia desceu as escadas com os olhos em mim. Um sorriso em seus lábios e os olhos brilhantes não passaram despercebidos por ninguém naquele salão, eu sabia que até mesmo Nina a olhava agora. Não demorou muito até que a ruiva se despedisse de Bowen e subisse as escadas.

—Se não quer que Nina aceite sair com Cleve comece fazendo algo para que a Goulartt pare de te olhar assim. –A Sonserina disse.

—Vou para o quarto pensar se já é a hora certa de me jogar da torre de astronomia, até amanhã. –Me despedi subindo as escadas.

Por um momento pensei em ir até o quarto dela, mas parei diante da porta encarando-a quando a ouvi chorar. Ela não acreditaria em mim, me mandaria embora. Voltei para o quarto e o que eu vi só me deixou ainda mais irritado.

Amélia estava sentada em minha cama com um sorriso divertido. Eu a ignorei e tirei minha camisa pegando as coisas para tomar um banho, talvez se eu fingisse não me importar com a presença da garota ela fosse embora. Lógico que isso não seria tão fácil se ela resolvesse abrir a boca.

—Tão rápido baby? Pensei que gostasse das preliminares.

Não a estupore, por mais que ela mereça, ela só quer provocar você.

Eu repetia para mim mesmo totalmente focado em minhas roupas enquanto pegava alguma calça para dormir. Me virei pronto para entrar no banheiro, mas Goulartt veio correndo e parou na frente da porta, me impedindo de passar.

Não a estupore, por mais que ela mereça, ela só quer provocar você.

—Vai me ignorar até quando? –Sua expressão agora era mais séria, como se ela realmente tivesse o direito de exigir explicações. Respirei fundo buscando calma e mais uma vez tentei passar. Ela me impediu e tudo o que consegui foi me aproximar mais. –Pare de agir como se não tivéssemos nada, droga!

Não a estupore, por mais que ela mereça, ela só quer provocar você.

—Eu sei que está tristinho por causa da Weasley perdida, mas fingir que não aconteceu já é demais não acha Collins? Transamos, isso acontece, então pode baixar a guarda, por favor?

—Não transamos! –Briguei segurando seus braços.

Não a estupore, por mais que ela mereça, ela só quer provocar você.

—Okay, se prefere continuar fingindo eu não vou me meter, então me solta. –Amélia disse levantando as mãos em sinal de rendição e eu a soltei.

—Vá embora. –Mandei, mas ela parecia se divertir com a situação, tanto que se jogou em minha cama mais uma vez, tirando um envelope de debaixo do meu travesseiro. –O que é isso?

—Com o que se parece? –A Sonserina irritante disse e eu revirei os olhos seguindo mais uma vez para o banheiro, então ela começou a ler, me fazendo parar. –“Querido Chris, sente saudades? Aposto que sim. Gostaria de anunciar que em breve serei oficialmente sua madrasta. É, eu vou me casar com seu pai. Não é ótimo? Somos uma família agora! Eu, seu pai, você e sua irmã...” Parabéns pela nova madrasta.

Não a estupore, por mais que ela mereça, ela só quer provocar você.

—Me dá a carta Goulartt. –Falei sentindo a raiva crescer dentro de mim. –Agora.

Mas ela não hesitou ou fez uma chantagem como eu achei que faria, simplesmente se levantou e estendeu o envelope pra mim. O peguei antes que a garota desistisse da ideia e então ela se aproximou mais, passando os braços em torno do meu pescoço. Não me movi.

—Pode estar com raiva, mas não sou a megera que pensa só porque acabei com seu namoro com Nina. Você é tão culpado quanto eu, então encare as coisas como um homem e não fingindo que não aconteceu ou que não se lembra. – Deu uma mordida no meu lábio inferior e saiu do quarto, me deixando sozinho.

Peguei a carta sentindo nojo de meu pai por tê-la pedido em casamento. Nem quis terminar de ler, apenas queimei aquele pergaminho e me joguei na cama. Por que tudo parecia cada vez pior? Será que minha mãe já sabia disso? Se sim, como ela estava se sentindo? Eu sabia que, apesar de tudo o que houve, ela ainda faria qualquer coisa por meu pai.

—Por que tenho um pressentimento de que algo ruim aconteceu? –Ronan perguntou entrando e se sentando em sua cama.

—Meu pai vai se casar.

—Sinto muito. –Balancei a cabeça soltando o ar. –Goulartt acabou de sair daqui.

—O que ela queria?

—Me provocar. –Depois de um tempo em silêncio finalmente resolvi falar. –Ouvi Nina chorando quando fui até o quarto dela.

—Você entrou? Ela o viu lá? –O loiro perguntou e eu neguei.

—Acredita em mim quando digo que não me lembro?

—Acredito, mas isso não muda o fato de que pode ter acontecido. –Meu amigo respondeu.

—Não aconteceu.

—Como sabe?

—Não pode ter acontecido! Ronan, eu nunca faria isso com ela! Eu a amo! Sei que já fiz uma vez, mas eu não sabia o quanto me importava, e agora que tive uma chance por que eu arriscaria perdê-la?! – Foi quando ouvi um gemido de frustração vindo da porta.

Ela estava parada ali com os olhos cheios de lágrimas e como se prestes a bater. Me levantei rapidamente, mas ela desviou o olhar para o corredor, dando a Anthony licença para entrar no quarto.

—Eu... Me desculpe, foi um erro vir aqui.

—Nina espera! –Chamei, mas ela pareceu não ouvir. Deu as costas e seguiu seu caminho, descendo as escadas e saindo do salão comunal.

Sem me importar fui atrás dela, pegando-a pelo braço quando chegamos ao corredor. A ruiva tentou se soltar, mas ela não fugiria dessa vez, eu não permitiria.

—Me solta! –Mandou olhando para qualquer lugar, menos pra mim.

—Acredita em mim, por favor!

—Acreditar que não se lembra? E depois o quê, você faz de novo e usa a mesma desculpa? Eu não aguento mais sofrer por sua causa Collins! Tem sido assim desde o 4º ano! Enquanto você ficava com outras garotas, dizendo a elas a mesma coisa que me dizia, tudo o que eu conseguia fazer era chorar feito uma idiota! Estou cansada de tudo isso!

—Me desculpe, eu nunca quis fazê-la chorar! Nina eu amo você, nunca jogaria fora o que temos por causa dela!

—Irônico, porque parece que isso foi exatamente o que você fez Christian.

Eu não tinha mais argumentos, então apenas a soltei e deixei que ela fosse embora. Quando voltei ao quarto Ronan estava na mesma posição. Ele me olhou como se perguntando o que havia acontecido, mas eu não respondi, apenas peguei minhas coisas e entrei para o banho.

~Pov James

De mãos dadas com Alison eu ia andando pelos corredores de Hogwarts para terminar a coisa “explosiva” que faríamos na noite seguinte. Aos poucos a loira foi se animando cada vez mais com a ideia, até ajudou com algumas coisas o que me surpreendeu.

Os convites já estavam nos quadros de aviso da Sonserina e da Lufa-Lufa, faltavam apenas nossas casas, onde colocaríamos assim que fossemos dormir. Nós caminhamos rindo enquanto conversávamos sobre a reação dos outros quanto ao plano, a de Minerva era a que mais a fazia gargalhar.

—Se ela me expulsar eu juro que mato você James Potter.

—Ela não vai. –Falei puxando-a mais pra perto e beijando o topo de sua cabeça. Apesar de alta ela ainda era menor que eu. –Já fiz coisas piores e ainda estou aqui. Não se preocupe girafa.

—Girafa? –A loira cruzou os braços. –Veela já ouvi, mas girafa?

—Alta e desengonçada, combina com você. –Abrindo a boca e levando a mão ao peito Ally fingia que estava ofendida enquanto eu a puxava abraçando-a. Continuamos assim até sermos chamados categoricamente por uma voz um tanto familiar.

—Senhor Potter, senhorita Roberts... –Eu a soltei e nós nos afastamos nos virando para encarar a diretora ainda tentando segurar o riso. –O que está acontecendo aqui?

—Nada de mais diretora. –Minha namorada respondeu lançando um breve olhar a mim.

—Nós nem estávamos nos beijando. –Completei e o olhar da loira se tornou de censura, mas apenas dei de ombros.

—Já deveriam ter ido para o salão comunal.

—Nós estávamos...

—A escola é realmente incrível, diretora. –Um homem saindo de uma das salas me interrompeu. –Vou me perder algumas vezes devido ao tamanho, mas tenho certeza de que aos poucos saberei me virar por aqui.

—Fico feliz que tenha gostado senhor Lance. –Minerva respondeu.

Eu ainda me perguntava quem era o cara, mas pelas sobrancelhas arqueadas de Alison tive a impressão de que ela o conhecia. E eu não estava errado, quando os olhos pousaram sobre ela um pequeno sorriso se formou em seus lábios, o que realmente não me agradou.

—Alison, que surpresa. –O homem de cabelos castanhos que aparentava ser um pouco mais velho que eu estendeu a mão para ela, que não retribuiu, apenas acenou com a cabeça.

—Você não faz ideia. –A loira murmurou.

—E você é...? –Disse se dirigindo a mim.

—James Potter. –Respondi.

—Potter? Meu Merlin! –Ele sorriu. –Sou Tucker Lance, o professor substituto de trato de criaturas mágicas.

—O que houve com Hagrid? –Perguntei a Minerva.

—Precisou fazer uma viagem. O meio irmão gigante teve um filho e ele queria estar lá.

—Então, terei o prazer de dar aulas aos filhos de Harry Potter? Seu pai é uma lenda garoto.

—É, eu acho que terá sim. –Respondi. –Vamos Ally? Já está tarde. –A loira balançou a cabeça e eu peguei sua mão, movimento que não passou despercebido por ele. Com um aceno de cabeça me despedi e juntos seguimos em direção ao salão comunal da Corvinal.

—De onde conhece o novo professor? –Perguntei.

—Ele ficou um tempo na minha antiga escola como professor substituto e nós namoramos.

—E por que terminaram?

—Ele não era o meu escolhido, além disso, fico em duvida se estava comigo porque gostava de mim ou por curiosidade.

—O que quer dizer?

—A matéria dele é trato de criaturas mágicas. –Ela deu de ombros. –Quando descobriu que havia uma Veela na escola começou a fazer várias pesquisas, era estranho.

—Imagino. –Murmurei e ela me puxou, me beijando apaixonadamente, fazendo com que eu esquecesse todas as minhas preocupações naquele momento. Já havia tido uma crise de ciúmes uma vez, não precisava ter outra.

—Não se preocupe com isso, eu amo você.

—O que acha de passar a noite na sala precisa? Amanhã antes de todos acordarem colocamos os convites no salão comunal e continuamos o plano.

—Acho uma excelente ideia. –Ally disse sorrindo, passando os braços em torno de meu pescoço e me dando um selinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acham meus amores? Sentiram saudades? Mereço recomendações? Comentários? Deixem pra mim ❤❤❤ Beijooos!