A Cereja Nerd e o seu Diário escrita por LovelessZénia


Capítulo 20
Mommys Boyfriend?


Notas iniciais do capítulo

Yo people tão transparente e discreto que nem aparece na minha caixinha de comentários! kkkk ^^
Sejam bem-vindos a mais um cap, este com mais um dilema na vida da nossa cerejinha-nerd. Não sei se alguém por aí vai entender a situação, mas de certo que, se alguém passou por isto ou por uma separação dos pais sabe do que a Cherry fala o.~
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550161/chapter/20

Naquela vez… sabes, no “Expresso Noticias”? Houve algo que não expliquei por falta de tempo (e atenção também).

Agora… preparem-se para a bomba que aí vem(!):

Sinto que a minha mãe está a namorar e não me quer contar nada…!

Sim, pois é! Esta vocês não esperavam, né? (riso fraco) Sinceramente não consigo ver muita piada…

Lembram-se, logo nas primeiras páginas, do trabalho que tive de apresentar sobre mim? Sabem qual foi o momento mais marcante que referi? Bem… não é fácil para mim dizer isto, mesmo já tendo passado alguns anos, mas como também não quero deixar estas páginas demasiado depressivas vou tentar ser rápida e direta! O momento que mais me marcou até hoje aconteceu já há pouco mais de dois anos… quando… quando… quando soube… que o meu pai tinha falecido…

Eu sei, eu sei! Pode parecer que sou demasiado dramática pelo que eu escrevo no meu diário (relembrando o acidente de automóvel com aqueles quatro garotos ou o pai violento da X…) mas eu precisava dizer isto aqui senão iria parecer que a minha mãe cometia adultério, ou algo do tipo!

Mas voltando ao assunto.

Sinceramente não tenho nada muito sólido, no entanto, mesmo com a minha lerdice, percebi que os sinais são demasiado fortes para serem ignorados.

Isto teve inicio já há algum tempo, talvez mais do que me lembro, possivelmente ainda no primeiro ano de luto ou no início do segundo, quando a minha mãe confessou que tinha um admirador. Disse que quando estava a entrar no carro, de regresso a casa, foi abordada por um homem que ela apenas conhecia de vista e que lhe entregou uma caixinha. Dentro da tal caixinha estava uma pulseira delicada com rosas coral e um bilhete com um número de telemóvel e um “Liga-me, princesa!”.

Nesta altura eu apenas sorri e soltei uma risada envergonhada. Não me pareceu nada sério já que nunca mais ouvi falar do tal admirador.

Foi então que começaram as “estranhas coincidências”. A primeira foi num fim-de-semana quando Nika pediu para ir até ao parque para brincar, mas eu tinha que estudar para uma prova importante e não pude ir. Coincidentemente o tal Henrique apareceu e, depois de conversar um pouco com a minha mãe, ofereceu um chapéu de equitação à minha irmã (que ama cavalos) e ofereceu-se para levá-la às mesmas aulas que a sua filha mais nova frequenta. A segunda coincidência foi num final de tarde, depois das aulas, quando a minha mãe me foi buscar à escola por estar com o dia livre e depois fomos juntas às compras. Coincidentemente… Henrique apareceu novamente.

A sério, mãe?! O teu “amigo” aparece magicamente do nada?! Arg! E ainda por cima a D. Heidi tremia de nervosismo! Queres ser mais óbvia que isso?!

Nunca mais o voltei a ver…

Veio então a noite da Véspera de Natal, altura em que descobri que o tal “amigo” tinha conseguido presentes para nós três: lindos colares de ourivesaria que não eram propriamente baratos (em especial o da minha mãe, claro!). Para não falar do facto que ela se ofereceu para me comprar a mesa digitalizadora da próxima vez que fosse buscar a filha mais velha à universidade. (Eu não recusei, é claro, mas expliquem-me como é que, magicamente, a minha mãe sabia que o tal Henrique podia fazer esse favor!)

Ultimamente as coisas estão mais calmas mas extremamente estranhas!

Há vários dias que não consigo ter uma conversa decente com a minha mãe ou apenas um tempo para vermos um filme juntas depois de jantar, como fazíamos sempre. Era uma espécie de ritual que tínhamos desde que eu era pequena! Acreditam que ela se tranca no quarto, sozinha e agarrada ao telemóvel?! Ou então espera que eu e a minha irmã acabemos de jantar para pegar no telefone fixo e fica tempos na cozinha.

Como se isto não bastasse, descobri que eles têm vindo a trocar dezenas de e-mails por dia já que no outro dia a minha mãe pediu-me ajuda por não conseguir apagar mails pelo telemóvel. Como não queria parecer curiosa, apenas ajudei o mínimo possível e, depois de todas já estarem deitadas, voltei à sua conta e li um ou dois das centenas de mails trocados por eles e a grande maioria utilizavam a palavra amor ou carinho pelo menos três vezes.

Eles até chegaram a discutir durante uma das conversas!

Creio já ter dito isto, mas não me chateio realmente se eles tiverem uma relação… digo, talvez até me chateie pois na minha mente esperançosa a morte do meu pai era apenas uma daquelas brincadeiras sem graça dos programas que pregam partidas (=pregam peças) nas pessoas… mas ele nunca voltou…

Apenas lamento, e muito, todas estas mentiras…

– Cherry


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Então? Muito bom? Muito mau? Muito mais ou menos? Mais para o mais ou mais para o menos? Comentem please!

Choco kissus!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Cereja Nerd e o seu Diário" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.