Amor & Poder escrita por Isa Kross
Havia sangue, um rio de sangue correndo. Havia dor,um mar de dor no qual ela boiava. Aquilo nunca chegaria ao fim? Milhares de cortes, queimaduras e o riso constante dizendo-lhe que aquilo de estenderia por toda a eternidade. A agonia continuava presente sempre implacável. Sua família? Seus amigos? Onde eles estariam? Será que toda a sua matilha havia lhe deixado, abandonando a nas mãos daqueles açougueiros que usavam facas e tochas com tamanho deleite?
Estava totalmente indefesa, vulnerável aos homens desprezíveis que destruíam seu corpo. Ouvia os insultos, as intermináveis perguntas. Sentia a fúria neles quando se negava a reconhecer que eles estavam ali ou quando se negava a sentir a dor que eles infligiam-lhe. Queria morrer. Desejava a morte. E seus olhos frios como o gelo, nunca desviavam dos rostos deles, nem se quer piscavam, Eram os olhos de uma lobisomem. Esperando, vigiando, jurando vingança. Isso deixava s homens cada vez mais furiosos, mas mesmo assim, negavam-se a desferir o golpe final.
Seus torturadores tinham conseguido capturá-la, usando magia, paralisando-a momentaneamente de modo que ela ainda conseguisse sentir, mas fosse incapaz de se mover até chagar aquele porão escuro, suas memórias estavam curiosamente se apagando tornando-se obscurecidas pela dor infinita; a fome corroia suas vísceras. Fome que se fundia com a dor, transformando-se, ambas, em uma única entidade.
Sua pele não conseguia se regenerar devido a mistura concentrada da erva Matalobos, os homens forçavam a ingerir a erva diluída em água, quando ela não respondia as perguntas feitas, essa mistura venenosa em contato com o organismo da lobisomem, causava o mesmo efeito do acido corroendo o organismo humano. Suas cordas vocais estavam queimadas e já não respondiam aos seus comandos, e quando as mesmas se regeneravam os gritos e gemidos eram baixos de mais para serem ouvidos.
Os gritos baixos atingiram a audição aguçada de Niklaus um imortal, um hibrido original e seus ouvidos agora estavam atentos aos ruídos que saiam de trás daquela porta de aço reforçado, uma mulher sofria as lacerações de uma tortura cruel, o odor repulsivo de Matalobos vinha daquele local ele tinha certeza, a curiosidade martelava em seu interior, fazendo Klaus desejar ver o que estava acontecendo do outro lado da porta.
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