13 Rotas escrita por Um Moletom Cinza


Capítulo 2
Marcel - Repudio. 2/3


Notas iniciais do capítulo

E eu acordei assustado, era um sonho estranho e geralmente nunca lembrava dos meus sonhos, e eu lembrei bem do rosto do menino, o tal Marcel, ele era um dos rostos das fotos da caixa, ele tinha uma aparência jovem, um menino bonito, estatura mediana, magro, cabelos negros como a noite. E fiquei pensando nele, até que adormeci novamente. E voltou tudo.



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{A partir de agora, capitulo narrado pelo personagem Marcel}
O jantar ocorreu perfeitamente bem, tomamos banho e eu fui colocar meu pijama enquanto Ele estava terminando de se banhar, saiu do banheiro com a toalha envolto a cintura, sentou-se na cama e começou a me olhar, eu não entendi muito bem aquele olhar dele, era um olhar vazio, um olhar sem sentimento, um olhar morto, ele olhava para o nada.
Eu o abracei, perguntei se ele estava bem, ele não me respondeu, só olhou para baixo e eu percebi que Ele não estava bem, perguntei se queria desabafar, ele me olhou com os olhos cheios de lagrimas e disse que não poderia falar, mas que mesmo assim me amava, e era por esse amor todo que não poderiamos continuar juntos, então ele disse que queria terminar. Na hora minha reação foi estatica, eu fiquei imóvel sentado na cama, ele me olhando com as lagrimas caindo pelo rosto, eu não esboçava nenhuma ação, enquanto ele só chorava, ele se aproximou de mim, me abraçou e me perguntou se eu estava bem, e foi ai que bateu o choque de realidade, eu comecei a soltar o braço dele de mim, eu comecei a chorar, eu comecei a gritar com ele, comecei a chorar, e batia nele enquanto perguntava o porque, ele me olhava e dizia "Um dia você vai entender". Mas o que eu queria de verdade naquele momento era que ele sumisse, para que eu pudesse digerir, eu batia no peito dele, dava socos, tapas na cara, chutes e inúmeros xingamentos, e ele balançava a cabeça e me pedia para parar, tentava me segurar, mas parece que ele queria que eu o batesse, pois logo em seguida me soltava.
Acho que parte da minha raiva não foi canalizada porque ele não reagia, uma parte de mim queria que ele reagisse, me jogasse na cama, e me fizesse parar já a outra parte de mim queria que ele dissesse que era mentira, que ele nunca ia me abandonar, que íamos realizar nossos sonhos juntos.
Ele virou pra mim e disse:
– Pode me bater, me espancar, até me matar Marcel acabou, não vai dar pra gente ficar junto, tenho meus motivos, eu te amo, mas tenho meus motivos para isso, espero que um dia você entenda.
Eu em prantos, comecei a gritar, comecei a expulsa-lo do meu apartamento, ele me estendeu o braço, pediu um ultimo beijo, eu recusei, eu estava me sentindo um lixo, o pior tipo de ser humano, mesmo sem motivos.
Ele foi pra sala em passos lentos, olhava para cada canto do apartamento, de novo entrei em conflito comigo mesmo, parte de mim queria que ele fosse embora logo, e acabasse meu "sofrimento" do termino sem motivo, mas também a outra metade de mim queria que ele ficasse, me beijasse, me pegasse no colo como inúmeras vezes ja fizera, me deitasse na cama e me daria uma noite de prazer. Porém dessa vez foi diferente, ele não o fez, eu fiquei parado na porta do quarto, vendo ele partir. Ele ainda vestia aquela camiseta velha, um jeans rasgado, cabelo molhado e bagunçado, os olhos vermelhos de tanto chorar.
Segundos após ele fechar a porta meu mundo desabou, cai no chão, comecei a chorar, não queria acreditar que aquilo tinha acontecido. Não no dia que eu pedi ele em casamento, comecei a me culpar. O máximo que eu consegui fazer naquele momento foi me levantar e ir para a minha cama, fiquei deitado chorando, não conseguia parar de chorar.


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