Heroes Of Tomorrow escrita por Thea


Capítulo 11
Torunn Thorsdottir.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAS DO NYAH!

TEM COMO EU ESTAR MAIS FELIZ? NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

Voces já devem ter percebido mas... ESTAMOS DE CAPA NOVA!!!!!!

A CAPA DO HOT FOI (PER)FEITA PELAS DAMAS DO PHOTOSHOP!

ESPERO QUE GOSTEM DO CAP E DA CAPA (COMENTEM O QUE ACHARAM DA CAPA NOVA!)



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Voar de dia em pleno céu de Nova York era perigoso? Sim, era, mas, naquele momento, nada disso importava.

Eu já tinha voado na Torre Wander. Mas era um "voar" mas no sentido de ir da cozinha ate o quarto sem tocar os pês no chão. Voar, do verbo ficar em pé na janela do quarto da casa de Peter Parker, saltar e começar a flutuar, eu nunca tinha, de fato, feito.

Que se dane o que esses meros mortais iram pensar quando olhassem para o céu. Eu não me importava. Não me importo. Que se dane o que meu pai, o "grande" Thor vai pensar. Não me importo mais.

Não mais.

Ele também não deve se importar, certo? Porque, se ele se importasse comigo ou com os outros, teria impedido Lucian de levá-los, não? Ele é o Deus do Trovão! É óbvio que poderia te-los salvado!

Eu sempre fui uma boa filha, não? Eu, Torunn Adler Thorsdottir, sempre fiz tudo que uma boa Asgardiana faria. Sempre falei com sotaque Asgardiano, sempre segui os ensinamentos de Asgard, tudo... Então, se eu era uma filha tão boa, porque ele não salvou a mulher que é, praticamente, minha mãe?

Olhei para baixo e vi que os prédios, carros e pessoas de Nova York foram substituídos por florestas ao redor de uma estrada, fina, bem no meio. A quanto tempo estou voando?

Me inclinei para baixo e avistei um lago azul perto da estrada. Eu nunca tomei banho de lago. Ou rio. Ou mar.

Eu nunca vi o mar.

Nem eu nem os outros nunca, jamais, saímos da Torre Wander e, por isso, nunca fizemos nada normal pela nossa segurança. Mas, bem, nos não somos normais.

Principalmente eu.

As vezes eu me pergunto quem é minha mãe. Será que ela era loira como eu ou eu puxei do meu pai? Será que ela tinha olhos azuis como eu ou eu puxei do meu pai? Será que ela tinha o meu temperamento ou eu puxei do meu pai? Ela era alta? Baixa? Gorda? Feia? Magra? Bonita? Gentil? Essas são perguntas que eu nunca pude responder.

Nos meus melhores e mais profundos sonhos minha mãe é uma linda mulher ruiva com um sorriso tímido sincero e um abraço caloroso. Quase como a Tia Natasha.

Não, ela era a Tia Natasha. Não importava como eu imaginava, a minha mãe sempre era a Natasha.

Sempre.

Me inclinei mais e voei na direção do lago, mergulhando de cabeça quando o lago ficou mais próximo.

A água gelada foi jogada contra meu rosto enquanto minhas roupas eram molhadas pela água do lago. Era uma sensação... Satisfatória. Tão satisfatória que tenho quase certeza que em Asgard não tem lagos.

Fiquei submersa por alguns segundos, sentada de pernas cruzadas enquanto meus cabelos loiros voavam para cima. O ar me faltou e eu levantei a cabeça para respirar.

— Ei, loirinha — disse uma voz masculina — Não pode ficar aqui.

Eu abri os olhos e encarei um garoto moreno encostado em uma caminhonete laranja. Ele parecia ser uns dois anos mais velho que eu, com os cabelos pretos devidamente penteados e os olhos azuis penetrantes. Ele usava terno preto e blusa branca.

Ele não me era estranho. Eu já tinha visto ele em algum lugar.

— Quem é você? — ele perguntou.

A frase "Eu sou Torunn Thorsdottir, seu mundano insolente" quase escapou dos meus lábios. Mas... Eu odeio esse sotaque, não? E, já que meu pai ta pouco se lixando para mim, eu posso falar normal.

Não é?

— Torunn — eu disse simplesmente — E você?

— Sou o Carter — ele disse, na mesma simplicidade — Carter Daves. Bem, Torunn, não pode nadar aqui, é fundo demais.

— Ah — eu disse — Foi mal.

Sai do lago como uma pessoa normal: andando. Pensei em sair voando mas o tal de Carter estava ali, não seria boa ideia.

— Então... Você sabe onde eu estou? — perguntei, tirando a água dos cabelos.

— Não sabe onde está? — ele perguntou, surpreso.

— É, eu... Eu tava caminhando e acabei saindo da minha trilha — eu disse — Tava com calor e decidi mergulhar.

— Mesmo vendo a placa? — ele perguntou, apontando para a grande placa escrito "PROIBIDO NADAR NO LAGO"

— Ah — eu disse, novamente — Foi mal.

Carter riu e passou a mão pelos cabelos.

— De onde você é?

— Nova York — eu disse.

— Bem, você está em St. Cloud, Minnesota — disse ele.

— Isso é longe? — perguntei.

— Só umas 20 horas daqui até Nova York — disse ele, sarcástico.

Agora ele me lembrava o Collins.

— Como caminhou 20 horas e não percebeu? — ele perguntou.

— Hã... Eu... Eu estou treinando para uma... — qual é a palavra mesmo?Maradona. Isso, estou treinando para uma Maradona.

— O técnico de futebol ou a corrida Maratona? — ele perguntou.

Maratona — eu disse, disfarçando — Foi isso que eu disse, Maratona.

Carter me olhou desconfiado mas, depois, deu de ombros e ignorou.

— Parece que você ganhará... — ele disse — E aí? Como vai voltar?

— Andando — eu disse e ele arqueou as sobrancelha.

— São quase 2 da tarde, você só vai chegar lá amanhã — disse ele — Posso te dar uma carona até um certo ponto, mas depois...

— Eu vou andando — eu insisti — Está tudo bem.

Eu comecei a andar na intenção de me livrar de Carter Daves. Ele não me era estranho, não. Os cabelos pretos penteados para trás e os olhos azuis eram familiares. Eu já tinha visto essas feições em algum sonho.

Não, melhor, eu já vi essas feições em algum pesadelo.

— Espere — ele foi até mim e me entregou um papel — Me ligue se precisar de ajuda.

Peguei o papel, relutante, o rasguei em milhões de pedaços, depois os jogando no lago.

— Não preciso da tua ajuda, mundano que se intitu-la Carter Daves — eu disse, usando o sotaque Asgardiano para assusta-lo.

Me virei e comecei a andar a passos largos, furiosa comigo mesma por não lembrar de onde já vi aquele rosto.

Foi possível ouvir a risada de Carter Daves atrás de mim.

— A audácia deve estar na nossa família, priminha — ele disse, rindo.

Eu me virei para encarar Carter e sua declaração sem sentindo mas, quando me virei, Carter não estava mais lá. Nem Carter nem o carro, os dois sumiram.

Ignorei esse fato e peguei impulso para voar e voltar a Nova York.

Mas, ainda sim, a voz ele ecoava na minha cabeça.

"A audácia deve estar na nossa família, priminha"

Quem era Carter Daves de verdade? De onde eu conhecia ele? E porque diabos ele me chamou de "priminha"?


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Notas finais do capítulo

E ai? Já descobriram que é Carter Daves?