Heroes Of Tomorrow escrita por Thea


Capítulo 12
Ally Banner.


Notas iniciais do capítulo

Ei gente!

Desculpa a demora! Eu tinha coisa pra fazer e tava sem imaginação.

SORRY!



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— John! — eu gritei no meio da escuridão — John cade você!?

Estava escuro, muito escuro. Eu não conseguiu enxergar nada e, quando olhava para baixo, não conseguia enxergar meu corpo.

— John! — gritei de novo — John?

— Johnny não vai te salvar, Allyson — disse uma voz masculina.

Os olhos verdes de Collins apareceram na escuridão. Era como se não existissem corpo, apenas os olhos.

— Colin? — perguntei, tentando me mexer — Collins! Me ajuda!

Eu tentei me mover mas algo segurava meus pés. Estava muito escuro para eu ver o que era.

Os olhos verdes de Collins piscaram e foi possível ouvir sua risada.

— Porque eu te ajudaria, Ally-Medrosa? — ela perguntou, rindo.

Eu estremeci ao ouvir o apelido de criança que ele e Rhee me deram. Eu odiava aquele apelido, sempre odiei... Torunn nunca se importou, Hyden sempre foi distante. John era o único que me protegia.

Talvez fosse nessa época que eu comecei a amá-lo.

— Collins... O que você... — eu gaguejei, preocupada.

Collins gargalhou.

— Sempre tão medrosa, Ally-Medrosa — ele riu — A mais fraca do grupo, a que mais merecia morrer.

Eu engoli a seco. Collins sempre foi mal comigo, mas... Cruel? Nunca.

— Collins...

Os olhos verdes de Collins se fecharam e a escuridão voltou. Os olhos verde-grama de Rhee apareceram atrás de mim.

— Rhee! — eu gritei — Rhee onde estou? Não consigo achar o John, e o Collins... Ele foi tão...

—... Cruel? — riu Rhee— Sempre a mais sentimental da Torre Wander. Sempre a mais... Mimada. "Papai, Rhee roubou minha boneca, estou ficando com raiva!" Sempre usando a sua mutação contra tudo e todos.

Senti minhas pernas, escondidas na escuridão, tremerem.

— Rhee...

— Parece de gaguejar, Allyson! — disse Rhee, severa — Allyson Banner, a Garota-Hulk, a garota que nunca virou a Garota-Hulk. Pra que ter medo do mundo, Ally-Medrosa, se você nunca o viu?

— Rhee... Por favor... Me ajude...

Rhee fechou os olhos e a escuridão voltou. Rezei a Deus para que John aparecesse, que ele voltasse.

Os olhos cinza-brilhantes de Hyden apareceu e eu suspirei aliviada. Hyden nunca falaria nada tão cruel, não como Rhee e Collins.

— Hyden... — eu suspirei, aliviada, e tentei tocar seus olhos.

— Não me toque — ele disse, mais frio do que Rhee ou Collins — Seu toque me enjoa, Ally. Mas do que de qualquer outro.

— Não — eu resmunguei, quase chorando — Não, não Hyden, Hyden você não...

Ele fechou os olhos e o tom de azul-aqua dos olhos de Torunn apareceu.

— Torunn! — eu gritei — Torunn... Por favor... Me ajude...

— É tudo que lhe resta, tua mundana imunda? Implorar? — perguntou Torunn — Você é tão fraca a esse ponto que tem que implorar por ajuda, Allyson? Você me enoja. Pessoas como você fazem sua espécie ser enojada por todos de Asgard.

— Torunn! — eu berrei, segurando as lágrimas.

Os olhos de Collins, Rhee, Hyden e Torunn apareceram na escuridão. As cores azul, verde e cinza colorindo a escuridão negra.

— Ally-Medrosa, Ally-Medrosa, ela é tão medrosa... — eles cantarolaram — Tão medrosa quanto um gato assustado, tão fraca quanto um esqueleto. Ally-Medrosa, Ally-Medrosa, porque é tão medrosa...?

A música de quando éramos crianças me causou dor de cabeça e, como um passe de mágica, eu comecei a ser sulgada pelo chão.

— John! — eu berrei — John!

Os olhos azul-céu de John apareceram diante aos meus olhos como um milagre. Eu chorei de felicidade e sorri.

— John — eu sorri — John, graças a Deus você chegou. Me ajude!

— Você é fraca, Ally — ele disse, brutalmente — Você é tão fraca que chega a ser... Irritante.

Eu comecei a chorar, as lágrimas de verdade se misturando com as de alegria.

— John... — eu resmunguei, o chão já tinha sulgado meu queixo — John... Mas John... John eu te amo! — eu disse, em um ultimo suspiro.

John riu, um sorriso maldoso.

— Eu não te amo — disse ele, sorrindo — Como eu posso amar um monstro?

E, com essas últimas palavras, o chão me sulgou.

~*~

Eu levantei da cama com um pulo. Os lençóis em um tom de violeta estavam encharcados de suor, igual a minha testa e meu cabelo, e minhas pernas tremiam. Tinha sido apenas um... Um pesadelo.

Levantei da cama do quarto de Peter e fui para o banheiro, ainda assustada. Enchi a água na pia e enfiei a cabeça la, com calor.

Era refrescante, muito. Tirei a cabeça de la e sulguei todo o ar que pude com a boca e tentei me acalmar.

Foi só um sonho. Só um horrível e estúpido sonho. Rhee nunca faria isso, muito menos Colin, Torunn ou Hyde. John nem cogitaria fazer isso... Certo?

Olhei para a cama ao meu lado e vi que Torunn não estava lá. Provavelmente ela devia estar com Rhee. Rhee devia estar com Collins. Collins com John e Hyden no cantinho. Tudo está normal.

Tirei a roupa de ontem e achei um par de roupas vermelhas de May no quarto. Talvez fosse errado que vesti-las...

Que se dane, disse uma voz na minha cabeça, ela não vai se importar mesmo.

Peguei a roupa e vesti ela. Sai do quarto e encontrei Hyden e John, em silêncio, na sala.

— Hyden? — eu perguntei.

John me encarou com uma expressão curiosa. Eu não queria falar o nome de John, não depois daquele sonho.

— Oi — disse Hyden, encarando o nada.

— Você viu, hã, a Rhee, o Collins ou a, hã, Torunn?

— Collins e Rhee saíram — disse John — Não vi Torunn.

— Nem eu — disse Hyden com voz rouca. Devia ter acabado de acordar.

Havia um espaço no sofá em que Hyden e John estavam. Um do lado de Hyden outro do lado de John. Sentei do lado de Hyden, ainda com medo do sonho. Apesar que, no meu sonho, Hyden também foi cruel comigo.

Mas John foi muito mais.

Agora foi a vez de Hyden me encarar de modo estranho, olhando para mim e me lançando um olhar desconfiado. Depois ele voltou a encarar o nada e o silêncio reinou.

— Vamos sair um pouco? — chamou John — Tipo... Não conhecemos nada daqui.

— Claro — eu disse, nervosa — Vou ver se May quer também, ela pode nos mostrar coisas.

Eu me levantei e vi John se levantar também.

— Na verdade eu tava convidando você — disse ele — Só você.

Encarei John com os olhos, minimamente, arregalados e a boca entre-aberta. Eu estava surpresa com o convite.

Hyden se levantou, em silêncio, deixou eu e John sozinhos na sala.

— John...

— Só... Só vamos dar uma volta — disse John, saindo do apartamento comigo atrás.

Ela saio do prédio e andou pelas ruas meio desnorteado e encantado com tudo, mesmo não querendo deixar isso transparecer. Ela não podia se encantar tão facilmente com prédios. Não, John Rogers não.

Ele foi andando comigo atrás por um bom tempo até me puxar para um beco meio fazia e me perguntar:

— O que ouve? — ele perguntou, me encarando.

Eu engoli a seco, John nunca sido tão... Direto.

Encarei John sem expressão.

— Não ouve nada — eu disse, tentando sair daquele beco.

John não deixou.

— Eu te conheço Ally, sei quando mente — ele disse, me encarando — Seus olhos castanhos perdem o brilho quando você mente. O que ouve?

Eu encarei John surpresa e feliz. Ele prestou atenção em algo que nem eu sabia.

— Foi um sonho — eu disse — Um sonho muito estranho com o Colin, a Rhee, o Hyden, a Torunn e... E você John.

John me encarou confuso por alguns segundos, como se não tivesse me entendido e então, do nada, me abraçou.

— Foi só um sonho — ele sussurrou calmamente — Foi do um sonho, Allyzinha.

Relaxei ao ouvir o apelido que John me deu e afastei dele, saindo do beco. Ouvi a risada de John enquanto passava a mão na minha cintura. Estranhei aquilo. John nunca foi moderno ele sempre foi... Cavalheiro.

— John — eu sussurrei, tentando sair dele — Por favor, tem gente olhando.

— E dai? — ele sussurrou, mordendo minha orelha.

— John — eu disse, alarmada — John, por Deus, sai!

Eu o empurrei bruscamente e fiz ele sair de perto de mim. Encarei John assustada e vi que o mesmo sorria de um jeito... Diferente.

— Ally...

— Sai — eu disse, me afastando — Sai John. Agora.

— Ally, eu não ia...

— Sai! — eu gritei e, quando vi várias pessoas me encarando, corri para longe daquele loiro que eu pensei conhecer.

Desde quando John Bucky Rogers era assim?

Esbarrei em algumas pessoas e, desnorteada, esbarrei em um carro preta parado na frente de uma loja. Resmunguei um "desculpa" para qualquer pessoa e vi dois homens engravatados sair do carro.

Um homem branco de cabelos loiros e outro homem moreno e careca pararam na minha frente e me encararam. Ambos usavam óculos escuros e tinham um símbolo estranho no ombro. Quase como que um gavião abrindo as asas, só que só mostrando do peito para cima.

— Allyson Hannah Ross Banner? — perguntou o homem negro.

— Sim — resmunguei.

Queria me dar um soco na mesma hora que disse aquilo. Gideon, disse a voz de Rhee na minha cabeça, eles podem ser capangas de Gideon!

Com certeza Rhee, Torunn, Hyden ou, até mesmo, Collins diriam isso.

Até John falaria, mas eu não queria pensar nele agora.

— Desculpe Srta. Banner — disse o homem loiro — Mas agora você é propriedade da S.H.I.E.L.D.

Então eles puxaram a gola do meu vestido e me jogo no carro.

~*~

A sala onde os dois homens tinham me colocado era prateada em todos os lados: paredes, chão, a única mesa e as duas únicas cadeiras que tinham dentro da sala.

Burra, burra, burra, eu resmunguei mentalmente, Gideon te pegou sua burra! Fraca! Você era e é um peso morto para todos na Torre Wander!

A porta se abriu e os dois homens do carro estavam junto com um outro homem moreno e careca. O loiro na esquerda do homem e o moreno na direita.

O homem moreno e careca usava longas e pesadas petas e de couro. Ele usava luvas pretas e tinha um jeito duram de ser. Ele me lembra Tia Natasha e Tio Clint, instantaneamente me fez lembrar de Rhee e Hyden.

Ah, esqueci de um detalhe:

Ele usava um tapa-olho no olho diretório.

— Allyson Hannah Ross Banner — na voz dele havia satisfação e... Alívio? — Você não faz ideia de a quanto tempo eu te procuro.


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