A Maldição de Pandora escrita por Ana


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Queridos Cupcakes,

Eu sei que demorei - demorei pacas, mas ok - Então fiz esse cap com algumas surpresas >:D Comentem o que acharem *u*

Se divirtam



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Dianne Green

Paramos na frente de duas entradas escuras depois de caminhar muito.

Elas pareciam portas de uma caverna que eu podia ter certeza que á qualquer momento um urso pularia de lá de dentro. Vejo a luz ficar mais forte e percebo que Leo está ao meu lado.

– Ajuda? – diz ele.

– Muita – respondo. Ponho o dedo em uma das linhas pontilhadas do mapa – Pelo que está aqui, estamos no caminho certo. Duas entradas. O problema é saber qual.

Annabeth e Jason se juntam á nós.

– Annie? – digo.

– Pode ser muitas coisas. – diz ela.

– Espera – digo. Pego o punho de Leo e o coloco acima do mapa – Olhem.

A trilha de cada caverna se dividia e depois se juntavam, voltando a ser um só caminho, como se...

– Nós tivéssemos que nos separar – indago. – Eu não esperava por isso. Na verdade, eu não quero me separar.

– É por isso que viemos em um quarteto. Talvez só possam entrar duas pessoas em cada lado – diz Annabeth – Melhor a gente ir logo, o tempo é curto – ela pegou um relógio de pulso velho em sua mochila – Os ponteiros não marcam hora alguma. Ficam rodando loucamente. Talvez nosso prazo já tenha até se esgotado.

Aquilo me assustou. Se o prazo acabou, tudo está perdido.

– Então vamos – diz Jason – E como vai ficar a divisão?

– Eu e você – diz Annabeth – Dianne e Leo, pela direita, a gente vai pelo outro lado.

Todos concordam.

Passamos pela entrada da caverna ao mesmo tempo. Depois de caminhar um pouco, Leo diz:

– Acho que daqui para frente, seremos uma dupla –, ele sorri e seguimos em frente.

Annabeth Chase

Jason e eu seguíamos pela escuridão, até pegar uma lanterna da minha mochila. A peguei em uma lojinha dentro do museu, sem que percebessem minha saída rápida. E ainda peguei o relógio de pulso com cor de bronze e o notebook no achados e perdidos. Eu voltaria lá para devolver. Liguei a lanterna, proporcionando luz.

– Estamos sem o mapa – diz Jason – como vamos seguir?

– Pelo que me lembro, é só seguir em frente. É um caminho único. – entrego á ele a lanterna e o garoto fica ao meu lado – Espero sairmos logo daqui. Esse lugar me trás péssimas lembranças.

Talvez uma versão mais feliz do Tártaro. O labirinto também me vem á cabeça. Desde que entramos, não paro de pensar que essa passagem subterrânea é um resquício do labirinto. É úmido e bolorento. As rochas claras em tom de areia se iluminam na luz branca da lanterna que Jason carrega. Paro de repente. Jason parece ouvir também. Ele desliga a luz e nos aproximamos, agachados, das vozes que estão á nossa frente. Ficamos atrás de uma rocha grande, apenas olhando para dois ciclopes.

Eles estavam sentados no chão pedregoso. Uma sala do mesmo material se expandia. Deveríamos passar por eles sem sermos notados. Noto uma lareira improvisada com madeira – como uma fogueira com crepitar leve - iluminando o lugar. Agora ficou ainda pior, por causa das sombras. Apenas aguço a audição para tentar entender as vozes roucas e graves dos grandes ciclopes.

– A garota da profecia está tentando fechar o jarro, chefe. Não quero ficar de guardião do portal. Tenho medo. – esse ciclope parece ser uma criança em um grande e musculoso corpo esverdeado.

– Pois bem, prove que você não é um inútil como seu irmão foi. Agora vá – ordena o outro ciclope. Ele tinha cicatrizes no rosto, e um enorme olho cor de âmbar. Havia algumas trancinhas descendo pelos seus ombros.

O outro sai cabisbaixo e o chefe se senta de costas para a lareira e fecha os olhos.

– Aquela garota não está nem no início. Espero que ela morra, assim poupará meu tempo – enquanto fala, permanece de olhos fechados. – Não quero ir até lá para não abrir esse jarro.

Jason quer partir para o ataque. Eu também quero, mas não seria racional. Isso chamaria a atenção do outro ciclope que não deveria estar muito longe e logo teríamos duas encrencas e mais tempo a se perder. Ponho a mão em seu ombro e ele parece entender.

Enquanto o ciclope murmura, passamos arrastados pelo chão, tentando não fazer barulho. De repente, o ciclope se vira e nos olha, dando um sorriso de envenenar qualquer pessoa.

– Vejo que alguns semideuses querem fazer parte da briga junto com Pandora, não é?

Antes que eu pudesse fazer algo, Jason faz um ataque contra a cabeça do ciclope, que por minha vez, o acompanho enquanto mais 3 ciclopes surgem pela porta.

Dianne Green

Fiz questão de guardar o mapa. Era apenas seguir em frente.

Leo vinha ao meu lado, em silêncio. Achei aquilo estranho, já que Leo nunca estava em completo silêncio. Assim que desviava o olhar, eu o pegava me observando e disfarçando.

– Então – diz ele, quebrando o silêncio – a gente nem se conhece direito. Que tal a gente fazer perguntas e respostas? Pelo menos não fica nesse silêncio.

– Vamos – sorrio – Quer começar?

– Seria uma honra, milady – se curva e eu reviro os olhos. – Qual seu filme favorito?

– Hm...eu tenho vários. Que tal dizer terror e comédia? Acho que assim vale. E o seu?

–Star Wars – ele sorri – Já preguei uma peça com um mega fone – eu o olho confusa – Longa história. Algum livro?

– Vários. Mas eu leio muito devagar, porque é tortuoso você ler milhões de vezes a mesma página e ter que reler porque não entendeu.Se a gente sair disso, te levo na minha livraria favorita de Nova York, a Dreams & Books. Sabe, nos dias frios, eu gosto de ficar lá o dia todo quando não tem nada para fazer. Eles ligam o aquecedor e vendem chocolate quente. Você ia adorar. Minha tia Cindy trabalha lá. – eu o cutuco com o cotovelo – Sabe – sussurro – eu recebo chocolate quente de graça lá.

Ele sorri.

– Espero que a gente divida – sussurra ele de volta. – Por que não é só você que gosta de chocolate quente.

– E quem não adora chocolate quente? – ele sorri. - Comida favorita? – digo.

– Hambúrguer. Mas se não tiver ketchup não tem graça. Não dá para jogar em ninguém sem molho. Nunca faça isso com os filhos de Ares. Eu já fiz. Experiência própria.

Eu começo a rir tentando imaginar a cena.

– A minha é panquecas com muito mel. Apesar de que odeio abelhas.

– Abelhas? De tudo nesse grande planeta você odeia o ser mais minúsculo do mundo? Elas só são... Abelhas.

– Já sentiu a picada de uma? Então. Eu sou alérgica, gênio.

– De todas as alergias desse mundo você...

– Eu já entendi. Eu sei.

Ele sorri e seguimos o caminho. O resto foi assim, perguntas e respostas. Parecia que o caminho não teria mais fim. Esse pensamento me deixou um pouco feliz, pois saberia um pouco mais sobre Leo.

– Laranja e vermelho – diz ele.

– Verde e roxo. Suas cores são muito óbvias. Fogo, Hefesto. Toda essa coisa.

– Pode até ser. Se você fosse filha de Hefesto, concordaria comigo. Essas cores são demais! – ele faz uma espécie de tocha com o outro punho fechado, sorrindo. E eu adorava o seu sorriso.

O caminho pela caverna tinha acabado. Corremos até a saída, mas Annabeth e Jason ainda não estavam lá. Ficamos esperando. E esperando. E esperando. Nada. Não podíamos entrar na caverna da esquerda, já que só duas pessoas passavam por lá. Nos sentamos, relaxando o corpo encostados na parede. Leo fez uma fogueira com alguns pedaços de madeira de seu cinto de ferramentas.

Estávamos nós dois, ali, sozinhos. Não sei no que Leo estava pensando, mas ali, no silêncio daquela perturbadora caverna, senti um calafrio percorrer minha espinha. Um pressentimento ruim. Comecei a estralar os dedos e esfregar minhas mãos. Ainda estava com meu esmalte preto, porém descascando. Eu tinha que sair logo dali.

Leo segura minhas mãos, me fazendo parar de tirar o esmalte dos meus dedos com as unhas. Minhas mãos começaram a tremular, e uma garota, uma versão perfeita de mim mesma, estava de mãos dadas com Leo Valdez.

Quando notei, Leo me fitava de uma forma boba. “Ah, claro. Pandora tem que ser a garota perfeita. Argh”

– Leo – digo – Leo !

– ... Hã?

– Leo, essa não sou eu, é Pandora. Ela... Ela é irreal.

Eu fiquei como resposta um sorriso e o mesmo olhar bobo. Me levantei e me afastei. Ao me sentar um pouco mais á frente, notei duas coisas: Se Pandora estava ali, é porque já estava chegando a hora. E estava perto disso. Segundo: eu me senti mal por Leo achar Pandora no mínimo " bonita ". Se sentir mal não. Fiquei com um pouquinho de ciúme. Quando me dei conta, ouvi ruídos. Leo olhou para o mesmo lugar que eu. A caverna da esquerda. Uma Annabeth e um Jason todos acabados e machucados vinham correndo até nós, com mais alguns ciclopes atrás, gritando:

– PEGUEM ELES! NÃO DEIXEM QUE CHEGUEM AO JARRO!

Ambos passaram por mim e Leo, e nós quatro saímos correndo.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima *u* :*



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