A Maldição de Pandora escrita por Ana


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oooooiiieee cupcakes *U*


Adivinha quem voltou? EEUUUU :3

Enfim, eu viajei, fiquei sem postar por MUITO tempo, e eu não me orgulho disso -q
Então... Esse capítulo está cheio de surprises para vocês *u* >:D Espero que gostem :3

Divirtam-se !



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Dianne Green

A sensação de ser perseguida parecia fazer com que meu corpo se movesse cada vez mais devagar. Sabe quando se está sonhando com você correndo de um palhaço assassino? Então. Annabeth, Jason, Leo e eu somos você. E o palhaço assassino são os 4 ciclopes querendo nos matar.

Senti alguém segurar a minha mão enquanto eu corria, e vi que Leo praticamente me puxava para frente. Jason e Annabeth estavam lutando mais ao fundo com os ciclopes por algum motivo aparente. Foi ai que paramos de correr. Estávamos na frente do portal. Do portal de névoa do meu sonho. Leo me trouxe até aqui. Os outros estavam me dando tempo. Vi minha mão, e não tinha mais aquele bronzeado perfeito. Eu era eu mesma de novo.

Um sinal na minha cabeça dizia: “Faz alguma coisa.” Eu acho que era Pandora, não minha consciência, mas ok.

– Leo, vê se fica vivo – ele sorri.

–E vê se volta logo. – senti corar.

Eu lhe dei um abraço. Logo ouvi vozes ao fundo.

– Valdez! – era Annabeth – Vem ajudar! – Ela desviou da mão de um dos ciclopes que a atingiria em cheio – Deuses!

– Vai logo – Eu o puxei e lhe dei um beijo. Logo o soltei e entrei dentro daquele portal. Senti tremular. Pandora. A última imagem de vi por trás daquele portal irregular foi à imagem de Leo correndo até Jason e Annabeth.

Dianne Green

O jarro estava logo á minha frente. O lugar era escuro, e tinha milhares de luzes no céu. Estrelas. Essa era a minha única fonte de luz. Na verdade, essa não era minha única fonte. O jarro estava totalmente aberto. Objetos luminosos – pareciam névoa em tons diferentes de azul, roxo e vermelho – rodeavam o lugar. Fui até o jarro, me agachei e o tampei. Tudo voltou ao normal. Senti uma fisgada nas minhas costas, e perdi o equilíbrio. Uma dor de cabeça me deixara tonta. Deitada no chão, me virei para o lado, e vi meu outro "eu".

– Pandora – sussurrei. Ela veio até mim com seu vestido grego arrastando de forma fantasmagórica pelo chão. Seu cabelo estava muito bem arrumado em um rabo de cavalo bem elaborado. Os mesmos olhos. Os meus olhos. – Acho que nós conseguimos – ela sorri e me ajuda a levantar, apesar da dificuldade de permanecer em pé.

– Eu tenho pouco tempo aqui. Eu posso voltar á ser névoa á qualquer momento. – diz ela.

– Mas... Eu nunca mais verei você? – eu me senti chateada. Queria que voltasse conosco para o acampamento, não que se transformasse em névoa.

Ela se aproxima, seu vestindo atingindo uma forma nebulosa. Abraço-a de volta.

– Eu sempre estarei com você. Afinal, ainda somos uma só, Dianne – e então, Pandora se foi, e minha única fonte de luz voltou á ser apenas as estrelas.

Dianne Green

Depois de levar o jarro para fora do portal, fiquei me perguntando quanto tempo estive lá e como havia estrelas em uma caverna. Tudo isso me pareceu estranho.

Quase deixei o jarro cair ao ver o ciclope de costas, segurando Leo como se ele fosse um boneco, apertando-o de forma muito agressiva. Jason e Annabeth estavam na outra mão, sendo ainda mais esmagados. Escondi o jarro atrás de uma pedra enorme e brandi minha espada.

– LARGA ELES, SUA ABERRAÇÃO – minha voz ecoou. Senti raiva por ele estar esmagando meu irmão e minha amiga. E senti mais um pouco por Leo estar ficando quase azul.

– Ora, ora, vejamos quem chegou para a festa – ele se vira para mim e Jason e Annabeth se sacodem e tentam golpeá-lo. Mas isso foi inútil, já que seus braços estavam colados ao corpo, sendo esmagados também.

– EU NÃO VOU ME JUNTAR Á NADA – eu vou correndo até ele, e me sinto dentro do meu próprio sonho. Me aproximo, e corto sua mão, fazendo-o largar Annabeth e Jason. Eles golpeiam o ciclope enquanto ele ainda está atordoado. Vejo que ele larga Leo, o fazendo cair com tudo no chão. Ele estava inconsciente. Já que Jason e Annabeth estavam “bem”, presumi que Leo esteve mais tempo preso na mão asquerosa daquele ciclope. Me sento no chão e coloco Leo nos braços.

– Leo? – o balanço, mas sem resposta – LEO? – ele tosse e respira fundo, abrindo um pouco os olhos.

– Eu não quero fazer um tour pela morte de novo – e ele sorri e eu me abaixo e o abraço forte.

– Não faça isso de novo – sussurro, enquanto sinto seus braços me envolverem também.

– Ei – diz Jason um pouco alto – Vamos embora logo, esse lugar parece que vai cair.

Parece que vai cair. Essa frase ecoa pela minha mente. Talvez essa caverna fosse de Pandora. Talvez, por ela ter virado névoa, esse lugar não permaneça mais em pé. Ajudei Leo á se levantar, e disse á Annabeth onde o jarro estava. Nós deveríamos levar para o acampamento, talvez Quíron soubesse direto o que fazer com o jarro.

Dianne Green

No caminho para o acampamento, falei para eles como fora do outro lado do portal. Contei sobre Pandora, sobre as imagens enevoadas que saiam do jarro. Fizemos as contas, e hoje era o prazo final. Nós cumprimos como eu diria, em cima da hora.

Dessa vez, a nossa viajem não demorou tanto, talvez porque não havia a pressão de “tenho que fazer isso, se não eu morro.” Dois dias e meios, e esse foi no máximo o nosso tempo de viajem em um navio da batalha grego voador e com um grande porte de armas. Falando assim, não parece real.

Na última noite, sai da minha cabine e subi até o deque. Isso já estava ficando comum. Todas as noites, antes de dormir, desde a morte de minha mãe, eu vejo as estrelas. Elas me lembram de sua essência. Livre, mas que sempre soube o seu lugar. Assim mesmo como as estrelas no céu. Eu ficava lá, parada, sentindo a brisa da noite, me sentindo feliz. Feliz por tudo já ter acabado. Por eu saber que, se as coisas boas passam, as coisas ruins não vão permanecer por muito tempo. Se minha mãe se foi, ela deixou um lugar no meu coração que jamais será preenchido, porque eu a amava demais. Eu sempre só a tive como família por perto. Família. Sue. Eu não vejo a hora de reencontrar minha irmãzinha. Contar para ela como foi tudo. Ver como ela ficou, se ela realmente está bem. Leo sai de sua cabine, dizendo alguma coisa. Algo como: “está no modo automático” ou “não quero que fique fora do controle.” Ele se aproxima de mim, se escorando na amurada do navio.

– Também não consegue dormir? – digo.

– Muita cafeína no sangue – explica ele – E você?

– Eu venho aqui todos os dias, já devia estar acostumado – ele sorri.

– Ah, eu tenho uma coisa para você – eu me viro de costas para a amurada, ainda escorada, e Leo mexe com cuidado no bolso. De dentro, um colar, mais certamente uma cordinha de couro, com um pingente. Um anel feito com fios de cobre, com alguns desenhos nele. A cordinha passava por dentro do anel. É lindo.

– Leo, como você...

– Simples. Não foi difícil. – Ele levanta o colar – Me faz as honras?

Me viro de costas para ele

– Por favor.

Leo coloca o colar em mim, dando um pequeno nó para que o colar não caia.

– Que cavalheiro você é, Valdez.

– Sempre fui, Milady.

– Ah, claro. Desculpe. – eu o abraço e nos sentamos no chão.

Ficamos um curto tempo em silêncio.

– Leo, o que será que vai acontecer agora?

– Eu não faço a mínima ideia. Vai por mim, não tente decifrar o futuro.

Eu o olho.

– Por que não?

– Para um semideus, isso é como pedir a morte. Apenas deixe levar. As vezes, não é o que a gente espera que seja. Pode até ser o oposto.

Nunca o ouvi falar tão sério. Eu quase comecei á rir. Até eu me lembrar do meu sonho. Tudo estava completo. Menos a parte de Sue. Eu senti um soco no estômago. Ela não poderia estar morta.

Segurei a mão de Leo com força.

– Dianne?

– Eu acho que...

– Meus deuses, não vá ter um ataque nervoso agora – diz ele.

– Claro que não, eu só tive...

– Um pressentimento ruim?

– Um pressentimento horrível.

Dianne Green

Descemos do Argo II, passando pelos campos de morango e pousando logo depois da floresta. Estava tudo muito quieto no acampamento. Passamos pelos chalés, que pareciam estar com poucos campistas. Será que houve alguma atividade importante? Passei na frente do chalé de Apolo, e vi que uma garotinha, da mesma idade de Sue, soluçava. Willa, eu acho. A filha da Apolo que era amiga da minha irmã.

– Oi Willa – disse, me agachando e ficando ao seu lado – o que houve?

Ela me encarou, mas não respondeu nada. Ela se levantou e entrou correndo para dentro seu chalé.

– Estranho – disse Annabeth.

– É – respondi. - Ela não pareceu feliz em nos ver. Algo deve ter acontecido.

– Talvez Quíron saiba alguma coisa – interfere Jason.

Fomos até a Casa Grande, onde Quíron andava de um lado para o outro.

– Oi, Quíron! - disse - Trouxemos o jarro.

–Oh! - ele sorri, mas não parece á vontade - Que bom que estão bem. - Quíron se vira para mim - Dianne, podemos conversar á sós? – O centauro parecia nervoso. Ouvi Annabeth largar o jarro no chão de madeira. Todos os três se encontravam atrás de mim. - Eu gostaria de saber com detalhes como fora tudo.

– Tudo bem. - Olho para tás e digo "já volto" para eles. Ambos assentiram e me deixaram sozinhos.

Se Quíron quer que eu conte como fora nossa missão, ele não deveria saber de nós quatro? Talvez porque ele não queira saber sobre a missão.

Nós entramos na sala do centauro. Eu me sentei e Quíron me ofereceu um suco de pêssego. Enquanto bebia, ele me observava.

– Onde está Sue? – Eu termino de beber o suco e o jogo na lixeira - Quero contar á ela como foi nossa missão. Ela queria ter ido junto, mas você sabe. Ela é de menor.

Quíron sorri, mas logo sua alegria volta ao estágio de antes. Nervosismo.

– Dianne, Sue... Ela não está aqui.

– Como assim, ela não está aqui? Ela está no chalé? Está colhendo morangos? Está na aula de artes?

– Dianne... Sue... Ela...

– O que aconteceu com ela, Quíron? Você não quer que eu conte sobre nada da nossa missão, não é mesmo?

Meu suco de pêssego estava voltando para a superfície.

– Sue desapareceu hoje pela manhã. Estamos á procura dela. Por isso não tem muitos campistas por aqui. Estamos fazendo ronda pelo acampamento. E não foi só ela que sumiu. Mais 3 campistas sumiram, em horários diferentes. E Sue foi a última. Esperamos que seja a última. Não conseguimos descobrir quem fez isso. Ainda.

Tampei minha boca com as mãos. Eu não conseguia chorar, gritar, me jogar no chão ou ter um ataque de raiva e sair por ai matando pessoas inocentes acampamento á fora. Eu estava sem reação. Eu não sabia o que fazer. Meus olhos não focavam em lugar algum.

Eu não posso ter perdido mais uma pessoa que era tudo para mim. E eu não perdi. Então eu saio correndo para fora da Casa Grande.


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Notas finais do capítulo

OOOiiiieee - de novo :3 Gostaram? Comentem, isso faz muita diferença para mim



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