A Maldição de Pandora escrita por Ana


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Com essas datas comemorativas fiquei sem postar um tempinho, cupcakes. Vou postar o próximo logo :D

Divirtam-se *u*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/549482/chapter/11

Dianne Green

Me levantei, arrumei-me e fui tomar café. Pelo relógio de parede que estava em meu quarto, eram 7:35 da manhã. Apenas Jason se encontrava na mesa. Me sentei ao lado dele, e desejei minha comida.

– Bom-dia – dei uma garfada nas panquecas.

– Bom-dia. Dormiu bem?

Não notara até agora o reluzente óculos de ouro de Jason. Ele o ajeitara, fazendo o brilho do óculos reluzir nos meu olhos.

– Melhor impossível.

Não vou contar da idiotice de sair do quarto no meio da madrugada. Uma hora ele ia saber. Mas acho que não quero passar vergonha agora.

– Sabe – disse, largando o talher junto ao prato – Meus pensamentos me levaram a uma questão.

– E qual poderia ser? – Jason franziu o cenho, olhando para mim.

– Que você deveria me contar o que estava lhe deixando desconfortável, você sabe, antes de a gente sair para essa missão.

Ele se remexeu desconfortável no assento. Por fim, suspirou e disse:

– Para uma pessoa baixinha, você é bem insistente.

Isso é verdade. Não a parte de ser insistente, o que eu também não nego, mas por ser baixa. Posso até ser menor, mas ao lado de Jason me sinto inferior. Não só em tamanho, mas por superioridade. Mas eu devo compreender que ele já deve ter feito coisas incríveis, e eu no máximo ajudei a cuidar de Sue quando mais nova.

– Obrigada, filho de Zeus. – fiz um reverencia e sorri – Pode falar, sério. Não se preocupe.

– Se é assim, então ok.

A história era realmente longa. Mas tudo se resume á uma visão da adaga de Piper, Katoptris. Era realmente inacreditável. Pelos detalhes, a visão se encaixava nos meus sonhos. O mesmo solo pedregoso, o céu escuro com estrelas e o portal.

– Eu venho... Venho sonhando com isso todas as noites.

Jason me olhou e eu soube o que isso significava. Que esse era meu futuro e não tinha para onde correr. Pensei em tudo que eu poderia fazer. E se tinha alguém que eu confiava esse alguém era Jason.

– Eu sei que é meu irmão há uns dias, mas eu quero que saiba que foi muito especial conhecer você, Annie, Leo, Quíron... Eu jamais imaginaria em viver em outro mundo que não fosse o meu.

Abracei Jason e desconcertei seu óculos. Quando nos afastamos, senti que uma ideia se formava. Como nunca havia pensado nisso?

– Espera. Nem em meu sonho e nem na visão da adaga mostrava o outro lado do portal, certo?

– Sim... – Ele ajeitou os óculos e concertou a postura.

– Então não significa que tenho que ir sozinha. Ou que eu vá morrer. Vai ver não foi mostrado porque eu tenho que descobrir. – senti um calafrio percorrer minha espinha – Pandora também não me informou nada á respeito em um dos sonhos... Pelo jeito vou ter que descobrir.

Annabeth aparece, ainda bocejando. Ela se senta conosco e pergunta o que estávamos fazendo. Explicamos tudo e ela parece concordar.

– Falando nisso, eu descobri onde fica exatamente o museu. É um museu sobre a história da Grécia Antiga. Vamos deixa o Argo II no South Beach Harbor, bem afastado para que nenhum mortal pense ser um cruzeiro, ou algo assim. Então passamos pela rua principal e seguimos até o centro. Pronto. O museu é grande o bastante. Podemos pegar o que precisamos e voltamos para cá.

Observamos cada palavra de Annabeth. A cada explicação, ela apontava para pontos no mapa que estava á mostra na mesa. Mas ela parecia nervosa. Achei melhor não perguntar agora o que ela tinha. Logo depois, Leo nos pediu para irmos até o lado de fora. Estamos nos aproximando da costa de São Francisco.

Dianne Green

Descemos do Argo II e entramos no museu. Annabeth disse para ficarmos atentos á ataques de monstros ou algo semelhante. Mas estava tudo tão calmo que quase senti que aquilo não fosse uma missão.

O museu era idêntico ao do meu sonho. Senti meus pelos se arrepiarem. Toda a sensação que sentira no começo estava se desfazendo. Era como se eu estivesse sendo seguida, mas olhasse para trás e não houvesse ninguém, somente turistas. Ponho a mão no cabo da minha espada no cinto e a aperto com força.

– O que estamos procurando exatamente? – diz Leo. Ele para na frente da estátua de Afrodite, pelo que parece, e toca nos pés da deusa de mármore - É uma máquina. Dá para sentir as engrenagens.

– Como você sabe? – digo me aproximando da estátua, ficando ao lado de Leo. Relaxo um pouco, largando o punho da espada e pondo algo em minha cabeça: Você não está sozinha.

Ele arqueia uma sobrancelha e sorri de canto.

– Filhos de Hefesto sabem dessas coisas, princesa dos céus. Quem sabe você não é uma garota especial? – ele pega minha mão e põe com gentileza no mesmo lugar onde a sua estava. O mármore é tão gélido quanto um dia de neve intensa. Sinto um estalo no meu ouvido. Nada mais. Sem engrenagens.

– Acho que não sou especial. – Tiro a mão do mármore, esfregando-a com o polegar da outra mão, e me viro para Leo. - Sou apenas uma garota sem dons para saber se algo é uma máquina.

Ele sorri e sinto corar. Ponho as mãos no bolso e sorrio timidamente, indo até Annabeth, que estava sentada no degrau da estátua de uma deusa de armadura completa, com uma fiel coruja em seu ombro. Atena. Annabeth mexia em um notebook comum. Eu queria perguntar onde ela conseguira aquilo. Mas veja uma mochila ao seu lado, então apenas me sento próxima da garota.

– Leo pode te tirar do sério se você não tiver calma.

Aquilo me pegou de surpresa. Ela estava nos olhando? Bem, onde ela estava tinha total visão do museu, então creio que sim.

–Ah. Ah, ok – indago. – Então, o que você está fazendo?

Annabeth me olha nos olhos e sinto estar sendo analisada.

– Isso? Estava procurando algo mais que pudesse nos ajudar. Eu não tive sorte. For que o sinal aqui dentro é uma droga. Não quero arriscar indo lá fora. Algo aqui não está certo.

– Eu sei - diga baixinho - Eu senti isso também quando estávamos entrando na sessão dos deuses gregos. Quase não segui em frente. Tenho a sensação de estar sendo observada.

– Jason também - diz ela - assim como eu e Leo. Tem algo forte aqui, e é isso que eu quero descobrir. - Ela olha em volta - Jason se separou demais do grupo. Ela ia comprar um café para nós, mas até agora não tive sinal dele.

– Não se preocupe com ele. Acho que teríamos notado agitação se tivesse algo de errado. - digo - Nós ainda temos tempo? Sabe, aqui?

– Pouco. Não estamos achando nada que sirva como uma pista útil. Só que essas estátuas são engrenagens. Nada mais.

– Então vou dar mais uma olhada, se achar algo, volto aqui.

– Ok. – Annabeth sorri e volta a procurar informações em seu notebook preto.

Me distanciei um pouco e parei em uma enorme estátua de mármore. Era um grande e musculoso homem, com expressão de autoridade e com sobrancelhas franzidas. Segurava um enorme raio nas mãos e não havia expressão em seus olhos. Sentei-me em seus pés, que estavam em cima de uma grande placa de mármore preto, mesmo tendo uma placa dizendo “ Não toque, sente ou coloque copos perto das nas estátuas. Obrigada pela atenção”. Cruzei as pernas e fitei meus pés e pus minhas mãos nos joelhos. Havia uma cicatriz em minha pele nessa região. Passei o dedo por cima, sorri e disse:

– Sabe, eu me machuquei feio quando aprendi a andar de bicicleta – suspiro e murmuro - Eu queria que você tivesse me ensinando. Mas eu aprendi sozinha enquanto mamãe trabalhava. Senti muito a sua falta. Quando a gente ia ao parque ou tomava sorvete. Mesmo que tenha sido por pouco tempo, o resto sem uma presença paterna foi ainda mais triste.

As portas do museu se fecharam, e eu pude o porque: chovia forte do lado de fora. Ficara nublado rapidamente. Olhei em volta e vi um papel amarelado enrolado em um elástico logo abaixo da placa de aviso. Me aproximei e puxei com cuidado. Tirei o elástico e vi o conteúdo. Era um mapa. E tudo estava escrito em uma língua diferente. Francês? Italiano? Talvez russo?

O enrolei de novo, pus no bolso e fui até meu grupo. Nos reunimos dentro de uma lojinha de presentes do museu. Era pequeno e iluminado, com vitrines e cabides. Colares, blusas, bolsas, miniaturas, brinquedos personalizados. Havia de tudo lá. Um grupo de crianças entrou na loja, talvez fosse uma visitação escolar, com dinheiro nas mãos, e foram embora levando camisetas e brinquedos. As crianças entraram e saíram com uma nuvem carregada.

Nos sentamos em uma mesinha, e Jason estava com nossos cafés. Mostrei o mapa e dei um gole no café. Estava docinho e quente. Leo ficou um pouco agitado depois de tomar o seu, mas mesmo assim, não perdeu uma só palavra.

– Quer dizer que é um mapa e que a entrada disso é aqui nesse museu? - ele tamborilava os dedos na mesa de alumínio, como uma espécie de código - Isso tem alguma chance de dar errado? Sabe, não quero morrer tão cedo.

– Não vai, Leo - digo - As chances disso acontecer agora são pequenas.

– Agora? - indaga ele.

Annabeth analisa com cuidado o mapa.

– Parece uma espécie de passagem subterrânea. Eu aposto que deve ser ali - ela aponta para a estátua de Zeus.

– Annie, eu estive ali, não tinha nada.

Vejo mais pessoas entrarem. Só que agora era um grupo de idosas e uma menina que os guiava pelo museu.

– É isso que vamos descobrir.

Saímos dali, tomando cuidado para não esbarrar nas idosas, e paramos na frente da estátua.

– Aqui.

Annabeth dá a volta e se agacha atrás da estátua. Havia uma pena porta camuflada com o piso. Nós a levantamos e todos olharam para o poço escuro que se mostrava na entrada.

– Vamos? - diz a garota.

Entramos um de cada vez, e Leo acende uma chama em sua mão, como se fosse uma tocha. E eu o agradeço por isso. Não gostaria de encarar o a escuridão. Fecho a portinhola e vou até Annabeth, que está na frente de todos nós.

– Qual é o plano?

– Você é a líder nessa missão - ela me entrega o mapa - Nos guie, você consegue.

Olho o mapa atrás de respostas, e vejo que consigo ler o que está escrito. Os pontos nos levam para frente. A luz que Leo produzia era capaz de iluminar boa parte aquela caverna escura e úmida. Segui em frente, vendo que todos seguiam meus passos. Não posso errar. Não posso colocá-los em perigo. Respiro fundo, apesar de o ar ser horrível aqui embaixo, e sigo em frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem *u*

Até a próxima :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Maldição de Pandora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.