Boneca Humana escrita por SweetAmmy


Capítulo 12
Capítulo 11 — Rainha da dança


Notas iniciais do capítulo

→ Dia de baile, bitches õ/



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Toda escola muda da água para o vinho quando é época de baile. E sim, depois de tantos anos e tantas mudanças na humanidade, ainda se fazem bailes escolares - que, na minha opinião, são apenas uma desculpa para você tirar aquele vestido empoeirado do armário e tentar impressionar alguém. O baile de verão de Sweet Amoris estava fazendo todas as meninas da escola se arrumarem mais para conseguirem ser convidadas o mais rápido possível. Se eu fosse humana, estaria com alergia de tantos perfumes diferentes (e fortes) que eu sentia no corredor e na sala de aula. Além de mim, a única que não estava ligando muito para o baile era Wendy. Ela dizia que a única coisa interessante no baile era a comida de graça, e que iria de qualquer jeito para comer, mesmo se não tivesse acompanhante. Mas quem ela queria enganar? Lysandre iria convidá-la e não precisa ser gênio para saber disso.

— Kaplan! — Ela me chamou na entrada da escola. — Você pode conseguir algumas coisas pra mim?

— Se não forem muito difíceis de se conseguir…

— Não são não! Quer dizer, pra você vai ser fácil. São coisas de Os Engravatados. — Ela disse, pegando uma listinha em seu bolso. — Preciso de 200 autógrafos de cada um, uma cueca do David, o lenço vermelho do Tyler, fios de cabelo de cada um e preciso que eles assinem um contrato para que eu tenha direitos únicos de fabricar produtos deles. Sabe? Camisetas, canecas, coisas do tipo.

Wendy era obcecada por muita coisa. Hambúrgueres, video-games, Harry Potter (sim, ainda faz sucesso décadas depois do lançamento), mas nunca pensei nela obcecada por uma boyband. Especialmente por Os Engravatados.

— Nossa! — Falei, sem muita reação. — Você gosta mesmo deles, hein?

— Ah, eles são legais. — Wendy respondeu. — Mas não é pra mim. Estou querendo juntar dinheiro para comprar um jogo novo. E o que dá mais lucro do que essas coisas de gente famosa?

— Hã… — É, eu já estava estranhando que Wendy fosse obcecada dessa maneira. — Vou ver o que eu posso fazer por você.

— Tenho que aproveitar agora que Os Engravatados são novidade na mídia e estão fazendo sucesso. Quando forem esquecidos, porque todo mundo é esquecido um dia, essas coisas não valerão mais nada! — Wendy guardou a listinha. — Ah, você já foi convidada para o baile?

— Anunciaram o baile ontem! — Falei. — Ainda nem deu tempo direito de os meninos convidarem alguém.

— Lysandre me mandou uma mensagem ontem perguntando se eu queria ir com ele. — Wendy falou. Eu sabia! — Ele é um pouco tímido pra falar essas coisas pessoalmente, mas eu não o culpo. E ele me mandou uma música também. Não tinha como recusar!

Eu me perguntava como os dois ainda se consideravam apenas amigos.

— Eu acho que vou convidar alguém. — Falei. — Não sou como essas menininhas que passam dois quilos de massa corrida na cara, jogam um litro de perfume pelo corpo e ficam esperando um convite cair do céu. Garotas que tem atitude são raridade hoje em dia!

— Com certeza! — Wendy riu. — Só não convido porque não gosto de forçar a barra. Quero dizer… Se eles quiserem ir comigo, irão me convidar.

"Disse a garota que jogou o irmão gay e um garoto hétero pra dentro de um quarto!", pensei.

— É… Mas, por outro lado, é bem mais difícil recusar o convite de uma garota. — Falei. — Já é um ponto a meu favor.

— Você não iria sozinha?

— E ficar dançando sozinha enquanto todo mundo tem seu parceiro? Isso eu posso fazer em casa! — Dei uma risada. — Tem coisa mais fácil do que colocar uma música no seu quarto e ficar dançando?

— Se você diz… — Wendy deu de ombros. — Boa sorte então!

Logo que entramos na escola, fui direto ao Grêmio Estudantil falar com Nathaniel. Na festa de Wendy, ele havia dito que não gostava muito de locais agitados demais porque se divertir faria os amigos julgarem-no depois. Eu queria convidá-lo para provar o contrário.

— Nathaniel? — Dessa vez eu bati na porta antes de entrar, porque da última vez não fui muito bem recebida.

— Kaplan? Entre! — Ele disse. E eu entrei. Melody estava lá, arrumando algumas coisas no ficheiro.

— Ah, oi Melody! — Cumprimentei-a e me virei para Nathaniel. — Posso falar com você lá fora?

— Nathaniel ainda tem que acabar de… — Melody começou, mas foi interrompida por Nathaniel:

— Ah, não tem problema. Acho que será uma conversa rápida e eu posso terminar isso depois. — Ele disse, deixando um documento de lado e me acompanhando até o lado de fora sob o olhar repreendedor de Melody.

— E então? Você vai ao baile de verão? — Perguntei.

— Bem… — Nathaniel coçou a cabeça, como se estivesse pensando em algo para responder.

— Acho que você deveria ir. — Falei. — É uma oportunidade para se divertir com seus amigos. Até o representante de turma precisa de uma folga! — Dei uma risada. — E se não tiver companhia, eu poderia ir com você!

— Hã… — Nathaniel pareceu meio surpreso com o convite. — Bem… Obrigado, mas… Melody me chamou para ir com ela hoje de manhã e eu…

— Oh! — Exclamei, surpresa. Melody tinha essa atitude? —Tudo bem.

— Se você quiser, eu posso…

— Não! — Falei, imaginando que ele diria que poderia cancelar com Melody. — Você já aceitou e é totalmente indelicado deixar uma garota na mão.

— Sim. Você tem razão. — Nathaniel disse. — Castiel já convidou alguém?

— Castiel? Em um baile? — Indaguei, duvidando muito de que Castiel iria ao baile de verão. — Seria mais fácil imaginar um peixe em uma banheira de óleo quente!

Mas não era apenas por isso. Desde o dia em que a diretora Shermansky mostrou a gravação original, provando que Debrah era a vilã da história e não eu, Castiel não falava mais comigo. Acho que a última vez que tivemos uma conversa foi quando ele me perguntou que horas eram no dia anterior.

Nathaniel riu.

— É, eu também não consigo imaginá-lo dançando valsa. De qualquer forma, boa sorte para achar um parceiro.

— Obrigada! — Agradeci, dando um abraço de despedida em Nathaniel.

Na aula, eu só conseguia ouvir cochichos sobre o baile. Pelo que parece, a maioria das garotas já havia sido convidada e estavam todas comentando sobre o tipo de vestido que iriam usar no dia do baile. O professor Faraize tentava conter a conversa, mas ela sempre acabava voltando.

E eu também estava tentando evitar Kentin desde a festa de Wendy. É incrível como minha única alternativa pra enfrentar os problemas é fugir deles. Sempre! E eu vivo aconselhando as pessoas a fazerem exatamente o contrário. Tinha uma suspeita de que ele estava apaixonado por mim e eu não queria criar mais confusão com Alexy. Principalmente porque ele ainda estava com raiva de mim por um motivo que eu ainda não compreendia. Que culpa eu tinha na história? Ele deveria ficar com raiva de Kentin e não de mim!

Mas eu não tive tanto sucesso. Kentin e eu trombamos no intervalo enquanto eu estava trocando os livros no meu armário.

— Desculpe ruiva, eu não vi você. — Kentin disse, me ajudando a pegar os livros. Assim que recolhemos todos, eu os coloquei no armário.

— Valeu pela ajuda. — Falei, me distanciando dele. Mas Kentin segurou meu braço.

— Por que está me evitando? — Ele perguntou. — Está brava comigo?

Não era legal ficar enrolando. Quanto mais eu enrolasse, mais Kentin iria atrás de mim para saber o que estava acontecendo.

— Kentin, eu sei que você está apaixonado por mim! — Me virei e falei para ele. — Não me leve a mal, você é um rapaz muito legal, divertido e é gato pra caramba! Mas ter Alexy como inimigo não me agrada nem um pouco. Já ouvi falar que homossexuais são 10 vezes mais perversos quando querem se vingar de alguém, então… Se importa de continuarmos sendo só amigos?

Kentin me olhou de forma confusa antes de começar a rir.

— O quê? Por que você acha que eu estou apaixonado por você?

— Ué! E não está? — Perguntei. Agora eu fiquei mais confusa do que ele. — Na festa da Wendy você confessou pro Alexy que gostava de alguém e quando o Alexy sai do quarto, veio brigar comigo. Como ser mais óbvio que isso?

Kentin continuava a rir.

— Ah ruiva, eu amo o seu senso de humor! — Ele disse. — Não se ofenda. Você é linda, divertida, mas não faz muito o meu tipo. Eu estou apaixonado pela Wendy.

Arregalei os olhos. Não sabia se ficava aliviada ou mais brava ainda. Se Wendy era a verdadeira paixão de Kentin, então por que diabos Alexy veio gritar justo comigo?

— ENTÃO POR QUE ALEXY ESTÁ COM RAIVA DE MIM E NÃO DELA?? — Falei o mais alto que pude. Eu não conseguia gritar direito por causa da briga no banheiro que tive com Debrah (valeu, vadia!), mas ainda podia falar alto.

— Por que você o incentivou a me levar pro quarto. — Kentin respondeu. — Alexy pensou que você sabia de tudo e estava fazendo aquilo só pra fazê-lo passar vergonha.

— E por que você não contou a verdade?

— Por que eu deveria? — Kentin perguntou, cruzando os braços. — Você me fez ficar bêbado com aquele joguinho americano e me mandou para o quarto com um garoto! — Ele disse de uma forma que fazia minha atitude parecer cruel. — Olha, você é uma ótima amiga e eu te adoro muito. Mas admito: Ver você ferrada depois de tudo é hilário!

Eu piscava incessantemente procurando uma resposta. Eu odiava o fato de Kentin ficar contra mim, mas o que ele disse não deixava de ser verdade.

— Eu odeio você por estar certo e odeio a mim mesma por admitir que você está certo! — Falei, me virando novamente para seguir meu caminho. Mas Kentin foi atrás.

— Não se sinta tão culpada. Quero dizer, você estava errada, mas não estou bravo com você. — Ele disse. — Dê um tempo para o Alexy, ele vai voltar a falar com você. Não fique brava com ele.

— Não estou brava com ele. — Respondi. — Estou brava porque você ficou contra mim. E o pior é que eu dei razão pra você ficar contra mim e agora estou admitindo que eu estava errada e você estava certo! Eu odeio quando isso acontece!

— Posso te compensar te convidando para ir ao baile? — Kentin perguntou, o que me fez parar e olhar para ele.

— Você não gostava da Wendy? — Perguntei.

— Ela vai com o Lysandre e como eu sei que você não tem um par…

— Como sabe que eu não tenho um par?

— Se tivesse, já teria falado. — Kentin respondeu. Ele estava certo de novo. Odeio quando isso acontece! — Então, Kaplan Foxy, aceita ir ao baile de verão comigo?

— Sim, Kentin Simpson, eu adoraria ser seu par! — Falei, dando uma risada.




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Já eram quase 8 horas e eu estava prontíssima para o baile de verão. Não levei muito tempo pensando em um vestido para ir, simplesmente passei em uma loja e comprei. Philippe, pra variar, reclamou que o vestido estava curto demais (como se as roupas que eu uso no dia-a-dia não fossem do mesmo tamanho) e, pra não ter que comprar outro, coloquei uma meia listrada das mesmas cores do vestido. Kentin prometeu me buscar às 8:15 para irmos juntos ao baile de verão.

Quando havia acabado de fazer a maquiagem, meu celular tocou. Era Kentin.

— Já está vindo? — Perguntei, atendendo à ligação.

— Kaplan… — A voz dele parecia fragilizada. — Eu não estou me sentindo muito bem. Lembra-se daqueles biscoitos que eu comi no intervalo?

Ah, eu me lembrava! Os biscoitos tinham uma calda de chocolate por fora que exalava um cheiro horroroso. Mas Kentin disse que o gosto era incrível. Bem… Não parecia tão incrível agora.

— Pois é. — Kentin continuou. — Não me fizeram nada bem.

— Eu não queria ter seu estômago! — Falei, me lembrando de que Kentin também havia vomitado na festa de Wendy quando bebeu demais.

— Acredite: Nem eu queria. — Ele respondeu. — Eu queria me desculpar, mas não vou poder ir ao baile de verão.

— Não pode nem tomar um remedinho e depois ir? — Sugeri.

— Desculpe, ruiva. — Ele disse. — Prometo que te recompenso depois.

— Tá, tudo bem. — Respondi. — Melhoras!

E desliguei o celular. Pobre Kentin… Mas é isso que dá se entupir de biscoitos fedorentos.

Pronto! Agora eu não tinha um par para ir ao baile. Eu queria tirar a maquiagem e o vestido e passar a noite em casa mesmo. Que diferença faria? Como eu havia dito para Wendy, se fosse pra ir dançar sozinha, eu poderia ficar em casa e fazer isso aqui mesmo. Mas… A verdade é que eu não queria ficar em casa. Eu já havia comprado o vestido, me arrumado e não iria andar para trás agora.

— Meu nome é Kaplan Foxy e eu não preciso estar acompanhada para me divertir. — Falei para mim mesma. E pedi para meu pai me dar uma carona até o local do baile.

O local não parecia um lugar romântico. Ao contrário, estava parecendo mais uma balada para adolescentes do que um salão de baile (menos pelo “arco romântico” na entrada, feito para os casais tirarem fotos).

A festa estava legal até começarem a tocar músicas românticas. Então todos pegaram seus pares e foram para a pista de dança. Quero dizer, todos menos eu, né? Essa é uma das desvantagens de não se ter par em um baile: Você fica sentada nas músicas lentas enquanto todo mundo dança.

Então reconheci uma pessoa indo para a pista de dança. Uma pessoa que eu jamais imaginaria estar nesse baile. Ainda mais vestindo um smoking!

— Castiel?

— Foxy? — Ele se virou para mim. Tenho que admitir que ele ficava muito sexy usando uma roupa formal. — Imaginei que estivesse com o Nathaniel.

— É, eu também pensei que estaria com ele hoje, mas parece que alguém foi mais rápida que eu. — Olhei para Melody. Ela e Nathaniel já estavam dançando.

— Que coisa feia, Foxy. Perdendo pra Melody Fletcher? — Castiel ergueu as sobrancelhas, me fazendo rir.

— Pois é. Nunca pensei que ela teria atitude o suficiente para convidar o Nathaniel. Você veio com alguém?

— Castiel, terminei. — Iris veio em nossa direção. — Meu olho esquerdo estava um pouco borrado de rímel, mas eu já consertei. Oh, oi Kaplan!

— Oi Iris! — Cumprimentei-a. — Vocês dois estão juntos?

— Bem… Eu não queria vir sozinha. Então pensei em chamá-lo, já que ele não queria vir. Achei que seria uma boa maneira de fazê-lo deixar de ser um resmungão, pelo menos por uma noite! — Iris riu.

— Viu só como ela é má? — Castiel riu também, indo com Iris para a pista de dança. Era estranho vê-lo rindo de uma piada. Ele e Iris pareciam ser muito próximos.

Voltei a me sentar, apenas observando os casais dançarem. Odeio admitir, mas era extremamente depressivo ser uma das únicas garotas sem par no baile.

— Com licença, senhorita? — Ouvi uma voz atrás de mim.

— Professor Faraize? — Perguntei, reconhecendo a voz. Ele parou em minha frente.

— Não me agrada muito ver uma aluna sozinha. Então… Gostaria de dançar comigo? — Ele perguntou, estendendo a mão para mim. — Sei que não sou o “Príncipe Encantado” que você estava esperando, mas acho que vão tocar músicas lentas por mais meia-hora ainda. Você não gostaria de ficar sentada por todo esse tempo, não é mesmo?

Bem… Alfred Faraize estava lindo e eu estava sozinha. Que mal faria dançar um pouco?

— É… Com certeza eu iria detestar! — Falei, rindo, e segurando a mão dele. Fomos juntos para a pista de dança e começamos a dançar.

Eu nunca havia dançado valsa antes, mas era impressionante como ele conduzia bem. Talvez ele tenha feito alguma aula de dança de salão, ou algo do tipo.

— Então… Por que o senhor veio sozinho? — Perguntei a Faraize.

— Eu ia fazer a mesma pergunta a você. — Ele respondeu.

— Meu par me abandonou de última hora. Ele comeu uma coisa no almoço que não lhe fez muito bem. Então eu decidi vir sozinha.

— Moças independentes são raras hoje em dia. — Faraize comentou. — A maioria das garotas, em sua situação, teria ficado em casa chorando ou assistindo a um filme dramático.

"E eu quase havia feito isso!", pensei, rindo.

— É verdade.

— É bom que tenha vindo. — Ele disse. — Assim você se diverte um pouco com seus amigos.

— Mas parece que todos eles estão acompanhados e eu prefiro não ficar segurando vela. — Respondi.

— Com licença? — Ouvi a voz de um rapaz, vindo em direção à nós. Era Alexy, que usava um terno azul-claro. Chegava a ser engraçado, considerando que seus sapatos eram verdes. — Posso roubar sua parceira por um instante, professor?

— Certamente. — Faraize sorriu e deixou a pista de dança. Alexy me levou para uma mesa ao lado da pista de dança e começou a conversar comigo.

— Acho que eu lhe devo desculpas, Kaplan. — Ele começou. — Kentin me explicou tudo mais cedo e eu estava errado em achar que você queria me mandar pro quarto com ele só pra me fazer passar vergonha. Você é minha amiga e só estava tentando me ajudar.

— É… Mas eu também tenho uma ponta de culpa. — Falei. — As melhores coisas acontecem naturalmente e eu não deveria ter forçado a barra entre vocês dois. E eu acabei usando o pior jeito pra fazer isso!

— Poooooois é. — Alexy disse. — Eu confesso que detestei ficar bêbado daquele jeito com o seu joguinho de pingue-pongue. Mas, ao menos as coisas foram esclarecidas e eu já consegui superar tudo.

— Sério? Tão rápido assim?

— Incrível, não é? — Ele deu uma risada.

— E como! — Concordei, rindo também. — Então… Não se sente mal em saber que o amor da sua vida, ou devo dizer, ex-amor, é apaixonado pela sua irmã?

— Obrigado por jogar na cara! — Alexy riu. — Brincadeira. No começo eu realmente fiquei mal e acabei descontando na pessoa errada. Você. Mas é como diz o velho ditado: “A fila anda”. Não vou ficar sofrendo por uma pessoa sabendo que tem um milhão de outros caras solteiros por aí. Bofes bem mais gatos, por sinal! E tem mais: a Wendy gosta do Lysandre. — Alexy e eu olhamos para os dois na pista de dança. — Vai ser engraçado ver o Kentin na friendzone, só pra ele aprender um pouquinho. — Alexy deu uma piscadinha para mim, rindo.

— Nossa! Como você é maquiavélico! — Também dei uma risada.

— Eu sei.

E então, começou a tocar uma música eletrônica. Depois de tanto tempo de músicas lentas, já estava mais do que na hora!

— E aí, Kap? Quer dançar? — Alexy convidou.

— Hum… Será que os tais “bofes bem mais gatos” não irão ficar com ciúmes de nós dois? — Brinquei.

— Tem lugar para todos. E reza a lenda que, se você ficar sentada por muito tempo em um baile enquanto todos dançam, sua bunda fica quadrada para sempre!

— Melhor não arriscar então! — Falei, voltando para a pista de dança junto com Alexy.

E então, começamos a dançar de forma super agitada. Nossa animação foi tão contagiante que todos largaram seus parceiros e foram dançar conosco.

Eu estava certa quando disse a mim mesma que queria vir ao baile porque não precisava de um parceiro pra me divertir. Confesso que fiquei um pouco enciumada ao ver Castiel e Nathaniel dançando com outras garotas, mas acabei percebendo que eu também estava feliz apenas em ver a felicidade dos dois - e, é claro, de suas parceiras, que tiveram sorte de terem sido convidadas por rapazes tão incríveis. Aprendi que professores também podem ser príncipes encantados disfarçados, apenas esperando uma oportunidade para nos tirarem da solidão e despertarem a princesa dançarina que existe dentro de nós.

Apesar de o baile não acabar da maneira como eu imaginei, acabou sendo espetacular só de eu estar com meus melhores amigos. Afinal, garotos vêm e vão na sua vida. Mas uma amizade verdadeira é para sempre!

E isso ainda não é o fim!


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Notas finais do capítulo

→ Aos poucos que shipparam Kaplan e Faraize, só tenho uma coisa a dizer:
Eu entendo kkkkkkkkkkkkkkkkk também shippo eles xD



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