Como 'isso' foi acontecer?! escrita por Maria Gabriella


Capítulo 10
Espere, esses dois?


Notas iniciais do capítulo

Olá, players! Então, podem ver os motivos pelos quais o jogo ficou no pause nas notas da história :/
Bem, essa fala também é do Yasuo, quando ele encontra a Riven, lembram?
Espero que gostem!
Bom jogo:



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"Eu tenho a melhor das intenções."

Depois daquilo que aconteceu o beijo na Ahri, a morte de Teemo... Nós três continuamos a caminhada até Piltover.
Não nos arriscamos a falar um "A". Só suspiros. Eu estava levando o corpo de meu amigo Teemo no colo. (Foi quando me ocorreu todos aqueles pensamentos do capítulo anterior).
Já estava de manhã quando chegamos em Piltover, se eu estava morto de cansaço, imagine Ahri. Ashe não demonstrava nada, mas de nós três era a mais acabada fisicamente.
–Vamos arranjar algum lugar para dormir.-Ahri cortou o nosso longo silêncio.
–Pode ser.-Correspondeu Ashe, e eu assenti, de cabeça baixa.
Não andamos mais de duas quadras e encontramos a delegacia, ao lado do "Hotel's Vi". Eu fui entrando sem dar satisfação, sabia que elas me seguiriam mesmo.
Assim que passamos pela porta, um sino tocou. Vi conversava com Caitlyin logo na bancada. Quando ouviram o sino, pararam tudo e ficaram nos olhando. Sujos, com um morto no meu colo, feridos, não causamos uma boa impressão:
–Olha Cait, uns clientes.-Sorriu Vi.
–Vo... Vocês querem algo?-Perguntou Cait.
Assenti. Coloquei o corpo de Teemo no sofázinho que havia lá. Vi questionou:
–Que isso?
–Teemo.-Respondi seco.
–Ele está...?-Cait se surpreendeu.
–Sim.-Confirmei-Ele está morto.
Um silêncio perturbador ficou por uns dois minutos, quando Caitlyn recuperou o fôlego e explicou:
–Não podemos aceitar mortos aqui. Quem o matou? Podemos prender os vândalos. Ou vocês são cúmplices? Podemos prende-los também!
–Calma.-Pediu Ashe-A gente encontrou o Rengar, o Gnar e o Warwick... Não se preocupe, só queremos passar uma noite aqui, o Teemo já está morto também.-Fria e seca, como seu reino.
–Bom...-Completou Vi- Então, a gente pode se livrar do corpo?
–Não!-Respondi como que em um instinto protetor.-Ele fica.
–Yasuo...? Ele está morto.-Ahri me lembrou o que eu já sabia, colocando a mão no meu ombro.
–Hum...
Ficamos nos olhando por algum tempo. Mas eu defendi minha opinoão:
–E dai? Eu não vou jogar o corpo dele no lixo, como se meu amigo fosse um nada.
–Não foi isso que eu quis dizer...-Ahri se afastou de mim.
–Mas foi o que eu entendi.-Respondi com a voz cansada.
–Entendeu isso porque quis.- O tom de provocação de Ahri se sobrepôs a qualquer dúvida, com relação a nossa discussão.
–Não vou discutir com você...
–E nem deve-Interrompeu-me Vi-porque ela está certa, o corpo do Teemo pode ir para a delegacia, onde será feito uns laudos idiotas e depois será enterrado, dignamente.
–Acho que vocês não entenderam. O corpo do Teemo vai ser enterrado em Yordle Land. E vai ser um funeral digno de um yordle!-Aumentei o tom de voz.
–Yasuo, para de ser criança!-Ashe se irritou.-Só vamos poder dormir aqui, se você deixar o corpo dele lá. Vem logo, Yasuo, você é o mais cansado de nós.
Caitlyn, Vi e Ahri assentiram, com um olhar que demonstrava toda a "compaixão" por mim e pelo meu amigo morto.
–Se é assim-Peguei Teemo no colo-vou deposita-lo lá na delegacia e já volto...
–Vamos esperar-lo. Creio que quer privacidade.-Completou Ahri.
Não respondi. Minha vontade de conversar com a donzela mostruosa depois da discussão era nula. Sai carregando-o. Havia mentido sobre minhas intenções, eu podia dormir em outro lugar.
Não pense que eu fui "Infantil", como meus... Colegas de viagem insinuaram. Tente entender meu lado. Eu sei e sabia naquela hora, que seria quase impossível de achar um lugar para dormir, mas também não era difícil sairmos vivos dos noxianos? Eu beijar a Ahri? O Rengar tem um grupo? O Zed é noxiano? Então pronto.
Em relação a minha "criancisse", pense que seu melhor amigo acabou de morrer. Ahri, Ashe, Vi e Caitlyn, são muito é insensíveis. Parei e pensei bem, por que eu estava andando com elas? Já que eu era criança, a donzela não precisava mais de minha ajuda. E a Ashe é capaz de ir até Bandle City. Naquele momento, me enfureci tanto com a sensibilidade e compaixão inexistente dos meus colegas, que decidi deixa-los e voltar a andar só, como era há alguns anos atrás, antes de Teemo me conhecer. Eu estava com uma mistura de decpeção, tristeza, magóa e raiva. E um Yasuo armargurado e cheio de ressentimento pode fazer qualquer besteira, com relação a vidas alheias.
Mas, por coincidência, advinhem só o quê, ou melhor, quem, eu encontrei? Sim, os sumidos e sucumbidos (só para rimar, pois de sucumbidos, eles nada tinham), Zilean e Heimerdinger! Na realidade, não foi bem assim...
Eu enfurecido e triste, conforme dito acima, resolvi andar para o outro lado de Piltover e invadir a primeira casa que eu vesse. Por sorte, essa casa era um laboratório, e não foi preciso invadir nada, para que me deixassem entrar.
–Yasuo!-Gritaram em coro, quando viram que eu batia na porta.-Tudo bem...?-Completou Zilean receoso.
–Nada. Nada bem, Zilean. Será que eu posso entrar?
Não estava afim de explicar, conversar ou algo do tipo. Minha cabeça doia, eu estava cansado, com frio, fome, sede, já era de manha, meus olhos ardiam, meu HP estava baixo, minhas pernas tremiam a cada passo, Teemo parecia pesar trezentas toneladas, havia brigado com a pessoa que me beijara, ainda sentia certa nostalgia ao lembrar de Fiora, e se não estivesse daquele jeito, certamente estaria a chorar pelo Yordle.
Abriram espaço para que eu entrasse. Arremessei Teemo no sofá pedindo:
–Deixem-o ai. Quando eu acordar explico o que aconteceu. Ele está morto.
Doeu-me muito, o fato de ter que falar que Teemo estava morto pela décima vez em menos de vinte e quatro horas, desde a morte dele. Deve ter escorrido uma lágrima. O que custou bastante para meus olhos cansados. Já sem conseguir ouvir os questionamentos que devem ter ocorrido da parte de Zilean e seu yordle, que talvez nem tenham acontecido, pois eles são demasiadamente compreensíveis, ao contrário de Ahri... Joguei-me na cama. Devo ter desmaiado. Mas sonhei.
Sonhei que estava numa rua... Acho que era em Ionia. Eu tinha dez anos e Teemo estava correndo atrás de Yone, querendo mata-lo. E só eu podia impedir, eu tinha que matar meu yordle. Mas eu não conseguia. Não por ser fraco, ou por preferir Teemo que meu irmão, mas porque no sonho, eu simplesmente era grudado ao chão. Não conseguia me movimentar, a gravidade era muito alta, e Yone gritava pedindo socorro.
Não era bem um sonho, era mais um pesadelo, mas qual é mesmo a diferença entre os dois? Para mim, já não havia muita. A cada trinta noites, uma eu sonhava. E a cada quinze sonhos, um não era pesadelo. Pode me chamar de perturbado, eu era meio que isso. Mas não me importava, nem temia, meus pesadelos. Eram ilusões soníferas da minha mente pouco fértil e inútil, quando o assunto era me assustar.
Devo ter acordado por fome. Porque por mim, se eu não precisasse me alimentar e nem beber, dormiria até o dia seguinte, ou mais. Acordei com os olhos melhores, não doíam nem ardiam, era só cansaço. Minha perna ainda sentia um pouco de formigamento, mas nada demais, devia ser porque nós últimos três ou quatro dias, eu já havia sido pego e preso por noxianos. Fugido. Desmaiado duas vezes. Lutado pela sobrevivência umas quinhentas. E me alimentando quando dava certo.
Fiquei pensando, agarrado ao travesseiro, e dói-me admitir que algumas lágrimas escorreram.
Me levantei em seguida, curioso em relação ao tempo. Fui até a cozinha (tive que procurar um pouco) e fiz um sanduíche, a verdade é que eu estava morto de fome, mas não queria jantar. Bebi um copo de água e um pouco da cerveja de minha garrafa. Nada como molhar a garganta e encher a barriga.
Logo Zilean chegou a porta:
–Yasuo! Que bom que acordou, achamos que você...-Parou um pouco para pensar e mudou de assunto-Como está se sentindo?
–Bem, eu acho. E também creio que devo satisfações.-Dirigi-me para a sala, onde o corpo de Teemo permanecera e pude visualizar o relógio de parede que marcava cinco horas da tarde.
–Suspeito que sim.-Heimer apareceu do nada, me assustando um pouco, já que ele não fica invisível...
–Mas antes me digam, o que aconteceu com vocês?
Eles me explicaram que estão estudando juntos. Não quiseram dar detalhes ou esclarecer os estudos. Quando perguntei sobre o corpo de Fiora, Zilean mudou de assunto rapidamente, questionando a morte de Teemo:
–E o corpo da Fiora?
–Por falar em corpo, como o Teemo...?
–Ah, a gente teve de lutar contra o Rengar. Depois que eu, a Ahri, o yordle e a Ashe saímos de Freljord, encontramos o Rengar, o Warwick e o Gnar, juntos. Acho que o Warwick está seguindo a mim e a Ahri. Ele quer caça-la.-Fiquei pensativo-Enquanto ao Gnar, não sei que ele fazia com o Rengar, mas está morto.
Heimer ficou me olhando e pediu para que eu esperasse na sala, ele e Zilean precisavam debater alguma coisa que não quiseram me contar. Eu não sou de ouvir atrás da porta, até porque a porta bateu desesperadamente. A casa não era minha, mas fui atender.
–Abre Zilean! Heimer!-Era uma voz um tanto quanto familiar, mas eu estava distraído.
–Já vai.
Abri a porta e visualizei Ahri, com Ashe, Vi e Caitlyn.
Na hora eu guardei a garrafa que estava na minha mão. Ela quebrou qualquer gelo que viesse a existir:
–Yasuo!-Exclamou com êxtase.
–Ahri.-Minha resposta pareceu com um questionamento, "Ahri?", mas não o foi.
Sem mais delongas, deixei-as entrarem após elas perguntarem como eu estava, onde havia dormido, sobre o corpo de Teemo, etc, etc.
Zilean e Heimer chegaram a sala de estar, cumprimentaram a xerife, a Vi, a rainha do gelo e a donzela. Logo, disseram que gostariam de jogar conversa fora com todo mundo ali presente, mas precisavam voltar aos estudos. Pediram para que eu permitisse que eles utilizassem o corpo de Teemo, como o de Fiora, para estudar. Respondi que somente se me contassem o misterioso estudo deles que atraíra a curiosidade dos noxianos. Me enrolaram, me enrolaram, e tudo que consegui foi:
–A gente quer ver se funciona com diferentes espécies...
Acabei concordando. Sempre achei que Teemo gostasse mais de ser enterrado em Bandle City, por ser a terra natal dele, não que eu quisesse ser enterrado em Ionia, mas o Teemo não havia sido exilado. Mas, por teimosia dos cientistas, curiosidade minha e "amor a ciência", acabei permitindo, acho que seria isso de qualquer forma.
Já havia me esquecido (não literalmente, mas esquecido de não querer mais) o plano de voltar a andar só. Claro que viajar com essas duas presenças poderia ser deveras irritante, mas tudo bem.
Sai com elas, basicamente, no dia seguinte. Jantei como se fosse mesmo aquele tal de Urjyvan, um rei esfomeado. E depois de me hidratar bem, dormir como se não estivesse a dormir desde que entrei na casa. Evitei ao máximo conversar com Ahri e Ashe, já que, Vi e Caitlyn tinha mais o que fazer, e quando foram convencidas de que Teemo havia morrido por selvagens, tiveram que voltar ao trabalho. Enquanto Zilean e Heimer, estavam de plantão nos estudos, só podia ser, não saíram da parte da casa que era um labóratorio.
Por falar nisso, eu ainda não descrevi a casa. Ela era enorme. Tinha dois andares, o de cima era só de livros, máquinas estranhas, e uma sala de testes maluca. O debaixo era uma casa normal. Tinha um elevador que subia e descia. Mas o curioso era que todas as coisas do segundo andar eram falsas. Os livros, nenhum era de ciência. O elevador levava para um porão, que não podemos ir, lá sim devia estar tudo que eles tanto estudavam. Me pergunto até agora, onde eles arranjaram aquela "casa"?
Mesmo tentando evitar falar com as duas, eu sabia que, tinha de responde-las, de forma que não percebessem minha hesitação e o fiz o melhor que pude. Mas quando Ahri me convidou para assistir televisão condigo, (e eu estava distraído, tocando minha flauta), acabei sendo grosseiro. Não foi nada mais do que uma resposta negativa e sca, e quando questionada a resposta, um silêncio da minha parte. Mas a donzela me olhou como se eu tivesse matado o próprio Kennedy.
No dia seguinte, pórem, fiz questão de acordar as duas princesas antes do sol nascer. Nos alimentamos e continuamos a jornada, sem despedirmos-nos dos estudiosos.
–Para onde nós vamos?-Perguntou Ashe, quando me viu com várias "mochilas-kit de viagem".
–Atravessar o deserto de Shurima, chegar em Yordle Land.-Respondi meio animado.
–Mas... O deserto é muito perigoso... E grande. Por que não chamamos alguém, como o Ezreal, que conhece bem o lugar, para nos guiar?-Gaguejou Ahri.
–"Você é tão grande quanto o inimigo que vai enfrentar, e tão pequeno quanto grande for o seu medo".-Respondi inspirado.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam da frase? É a fala do "Velho António" do livro "Chiapas", baseado em fatos reais.



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