– OLIVER!!!

Ele virou-se no momento que ouviu o grito e o que viu deixou-o em pânico.

Tres brutamontes maltrapilhos estavam ao redor dela e um deles a segurava pelos braços, Felicity esperneava tentando se soltar mas o homem era mais forte que ela.

Oliver saiu do mar com cara de poucos amigos:

– Soltem ela, agora!

Os três riram alto e enquanto o que estava com Felicity a levava para a mata e o outro lhe dava cobertura, o mais forte foi para cima dele.

Oliver se preparou para o impacto, o homem a sua frente era treinado.

Ele desviou de alguns golpes e desferiu outros. A luta era equilibrada. Percebeu que seu oponente mancava levemente na perna esquerda e aproveitou-se da fraqueza para lhe desequilibrar e acertar um golpe para desacordá-lo.

Assim que o fez Oliver correu para a mata atrás do rastro dos que estavam com Felicity.

Deus, não deixa nada de ruim acontecer com ela! Permita-me chegar a tempo! Era só o que ele pensava enquanto seguia o rastro.

Felicity sabia que Oliver viria em seu socorro. Por isso, e só por isso, não estava completamente apavorada.

Eles haviam parado numa clareira e como estava anoitecendo acenderam uma fogueira. Ou eles eram burros ou estavam tentando atrair Oliver para uma armadilha, porque aquela fogueira poderia ser vista da praia.

Ele estava seguindo os rastros dos três que pareciam uma luminária no meio da mata. Ou eles tinham certeza que o grandão o derrotaria ou eles não acreditavam que ele os seguiria.

Oliver avistou a fogueira assim que foi acessa. Estava perto. Aproximou-se devagar e escondeu-se para observar.

Uma lembrança invadiu sua mente...mas era Shado que estava ali...e naquele dia ele estava fora de si. Agora ele havia conseguido um controle e um discernimento que só se adquire depois de muita luta e de muito sofrimento.

Não faria besteira correndo o risco de colocá-la em perigo...ela precisava dele e ele estaria ali para ela.

Observou o acampamento e avistou Felicity apoiada num tronco. Ela estava com a cara fechada e ele pode perceber que ela estava com raiva.

Um dos homens dormia a sono solto e o outro estava quase lá...seria fácil....fácil demais.

Oliver encontrou uma frutinha perdida no chão e lançou com precisão do lado dela que olhou em sua direção e esboçou um sorriso.

Ele fez sinal para ela esperar, ele acentiu.

Oliver procurou algo que pudesse usar como corda, encontrou alguns cipós...eram grossos e iriam servir. O problema era cortá-los....isso não daria certo.

Bolou outro plano...seria arriscado...mas não havia outro jeito.

Nesse meio tempo Felicity estava impaciente. Aqueles dois eram uma piada. Quando sua paciência se esgotou ela simplesmente levantou e começou a andar em direção ao local onde tinha visto Oliver.

Mas ela equivocou-se ao pensar que os dois estavam dormindo.

Um deles agarrou seu pé e a puxou para o chão e para sua grande surpresa ele sacou uma arma.

Ela congelou e ficou onde estava. Precisava avisar Oliver que o homem estava armado.

Mas não precisava, para o desespero de Oliver ele viu quando o homem a agarrou puxando-a para o chão e quando sacou a arma.

Merda! Porque ela nunca pode esperar???

Bom seu plano teria que dar certo...

O homem havia acordado seu parceiro e nesse momento Oliver gritou por Felicity.

O que estava armado ordenou que o outro fosse atrás de Oliver.

A mata era mais densa onde Oliver estava e ele aproveitou-se da pouca luz para tirar vantagem. O homem veio devagar e atrás da voz dele que continuava a chamar por ela.

Ao mesmo tempo em que chamava o nome dela ele jogou uma pedra para o outro lado, fazendo com que o inimigo virasse na direção do som. Nesse momento Oliver acertou sua cabeça com força com um galho deixando-o desacordado.

Voltou correndo para o acampamento e viu Felicity com a cara mais amarrada ainda e por incrível que pareça discutindo com o seu sequestrador.

– Você é um idiota! Nem me amarrou...nem ficou de guarda do jeito que deveria...

– Cala a boca, senão estouro seus miolos!

– Se você tivesse coragem...

Pelo amor de Deus! Fica quieta, Felicity!! Oliver não podia acreditar!

– ...e eu acho que seu amigo não vai voltar....na verdade acho que ele já deve estar longe daqui....fugiu...e você devia fazer o mesmo...

– Por Deus, mulher! Cala essa boca ou eu mesmo vou fazer...

Ele foi em sua direção e Oliver viu ali a oportunidade para atacá-lo pelas costas...

O homem foi atingido com toda força pelo golpe de Oliver e virou-se para tentar defender-se, mas quando percebeu era tarde demais...num impulso ele disparou a arma que com o disparo e a sua queda caiu da sua mão...dando margem para Oliver nocauteá-lo.

Felicity assistiu a tudo desesperada! Ela viu e ouviu o disparo e viu também o projétil passar pelo braço de Oliver deixando um rastro de sangue.

Assim que ele conseguiu se livrar do homem ela correu em sua direção e pulou no seu colo o abraçando com força.

Oliver a pegou no colo e retribuiu o abraço suspirando de alívio por tudo ter acabado bem. Mas ainda precisava amarrar os dois homens. Procurou no bolso do que estava aos seus pés e encontrou um canivete.

Quando terminaram de amarrá-los eles os deixaram ali e voltaram para a praia.

Estava escuro e Oliver ia devagar. Felicity estava agarrada a sua mão. Ela observava a ferida no braço dele e estava preocupada, ele não havia a deixado olhar, pois queria voltar para a cabana logo.

Oliver ainda tinha na cabeça a visão do homem armado indo em direção a Felicity e ele tinha certeza que o homem iria machucá-la.

Ele estava irado! Ela tinha se colocado em perigo. Droga! Será que ela não sabia o quanto era importante para ele?

Quando chegaram à cabana ela foi procurar algo para poder limpar a ferida e poder fazer um pequeno curativo.

Oliver parecia um leão enjaulado...estava remoendo o fato dela não ficar quieta...

Ela se aproximou para olhar o machucado e ele a afastou.

– O que foi agora, Oliver?

– O que foi? Eu vou te dizer o que foi.... – ele se aproximou com uma expressão dura no rosto – porque simplesmente você não pode ficar quieta e me deixar fazer as coisas?

– Como assim?

– Por Deus! Você sabe quantas coisas ruins passaram na minha cabeça no momento em que aquele homem foi em sua direção armado? Eu estava ali... – ele gritava – e você só precisava ficar quieta!!

– Ah! Então quer dizer que eu tinha que ficar sentadinha enquanto aquele brutamonte ia atrás de ti armado quando você estava sem arma nenhuma?? Desculpa se eu tentei distraí-lo enquanto você se aproximava!

– Não era para você fazer nada!!!! Nada!!! Eu não posso te ver em perigo....não posso te perder – ele ainda gritava, mas o tom em sua voz era de desespero e num impulso, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa ele a agarrou e a beijou com fúria...

Felicity se rendeu a ele antes mesmo dele a beijar...será que ele não entendia que pelo mesmo motivo dele ela fez o que fez?

Ela sentiu o beijo mudar...agora era desejo, paixão...ela se agarrou a ele como se fosse o ultimo dia de sua vida e tentou colocar no beijo todo amor que sempre sentiu.

Oliver a amava com todo o seu coração e ao sentir novamente o medo de vê-la em perigo não suportou.

Ele precisava dela....ali...nesse instante...precisava sentir seu corpo colado ao seu e sentir seu coração pulsar no mesmo compasso.

Parou de beija-la e segurou seu rosto com as duas mãos.

– Nunca...nunca mais faça uma coisa assim! Eu não consigo imaginar minha vida sem você...eu preciso de você como preciso de ar...

– Oliver...você nunca vai me perder...porque eu sempre fui sua...

Ela o beijou e os dois se entregaram ao amor que sentiam.

Oliver tirou a blusa que ela usava e com adoração acariciou sua barriga e seus seios. Ela suspirou e tirou a camisa dele se deliciando com a sensação de acariciar seu corpo.

Ele a jogou na cama e com todo carinho a livrou das calças a deixando somente de calcinha e sutiã. Ela perdeu-se nele e ele nela.

O desejo e o amor confundiam-se...

Ele livrou-se de suas roupas e tirou a lingerie dela, deitou-se em cima dela e faz com que ela olhasse para ele:

– Felicty – ela o olhou com os olhos brilhando de emoção – Eu amo você!