Starling City

– Droga! Droga! – Diggle resmungava andando de um lado para o outro na cava.

– O que houve? – Roy tinha acabado de entrar.

– Annn...digamos que houve uma pequena falha no meu plano!

– Como assim?

– Naquele plano? – Sarah já entrou perguntando.

– Sim... – Diggle suspirou - na verdade o objetivo não foi prejudicado....mas os meios é que não foram exatamente o que eu havia planejado...

– Ainda não entendi John...conte-nos com calma.

– Ok! Lembra que meu amigo ia enviar uns caras para simular uma situação de perigo?

– Sim...

– Pois é...o fato é que quando eles chegaram lá já havia três homens ameaçando Oliver e Felicity.

– O que? – Sarah se levantou assustada.

– Como assim? – Roy só pensava em quando Oliver voltasse – Agora sim ferrou tudo!

Diggle levantou as mãos pedindo calma.

– Os três pegaram Felicity e Oliver derrubou um deles na praia e foi atrás dos outros dois na mata. Os meus amigos chegaram quando tudo estava acontecendo a como viram que a coisa era seria ficaram acompanhando de longe para ajudar se fosse o caso. Houve bastante confusão, mas Oliver deu um jeito em todos....

– E? – Sarah estava preocupada.

– E...bom parece que Felicity discutiu com um dos caras, o que é bem a cara dela, e ele a atacou...Oliver que estava por perto o partiu pra cima dele nocauteando-o mas levou um tiro de raspão no braço.

– Mas e agora?

– Bom meus amigos recolheram os três e levaram para a policia por invasão de propriedade particular, eles foram lá para roubar...Parece que Oliver e Felicity voltaram para a cabana e eles ouviram discussão...mas não sabem de mais nada pois foram embora...porque afinal o que eles tinham ido fazer lá já tinha sido feito.

Roy botou a mão na cabeça e exclamou:

– Ele vai matar a gente quando voltar!!!

– Não vai não!! Vai agradecer. Esta mais do que na hora daquele cabeça dura tomar uma atitude...vamos esperar mais dois dias...qualquer coisa vamos buscá-los...

– Eu acho que você está certo, John...vamos esperar mais dois dias...

Na Ilha...

– Felicty – ela o olhou com os olhos brilhando de emoção – Eu amo você!

Uma lágrima de alegria desceu pelo rosto dela e Oliver a secou com o polegar.

– Acho que eu te amei desde a primeira vez que você disse meu nome... – ela confessou.

Ele sorriu e a puxou para mais um beijo...se amaram intensamente com todo ardor do desejo e do amor reprimidos.

Estavam abraçados, em silencio...Oliver acariciava o braço dela e ela tinha a mão em seu peito.

– Felicity?

– Huum...

– Você consegue me perdoar por ser um estúpido e por te magoar por tanto tempo?

Ela levantou e ficou sentada do seu lado, acariciou seu rosto e lhe deu um beijo leve nos lábios.

– Oliver...não há nada o que perdoar. Algumas coisas tinham que acontecer do jeito que aconteceram...Slade precisava ser detido...e sabe? Eu acredito piamente que tudo, qualquer coisa nesse mundo, tem seu tempo para acontecer...e ao final, tudo nos leva a isso...

Ele sorriu e a puxou para mais um beijo...

– A gente, por exemplo...precisamos passar por muita coisa para sermos quem somos agora...você não era a pessoa certa para mim e nem eu para você quando nos conhecemos...somos mais fortes hoje, sabemos que seja o que for que aconteça, conseguiremos dar um jeito...

Ele concordou com a cabeça...

– Sim...me sinto um herói do seu lado...você revela o que há de bom em mim. Não teria conseguido nada sem você ao meu lado...e quando eu digo nada...eu me refiro ao fato de quase ter desistido de tudo várias vezes e você ter ido me buscar, você ter dito as palavras certas...seu abraço naquela noite foi o combustível para que eu pudesse lutar...e sobreviver..

– Você sempre foi um herói....

Emocionado Oliver a abraçou forte...

– Quando você me abraça o mundo gira devagar...tudo parece mais lento..nada mais importa!

– Oliver...você tá se transformando num romântico...

Ele riu.

– Por você eu faço qualquer coisa!

Adormeceram abraçados e quando Felicity acordou sentiu o abraço protetor e possessivo de Oliver ao redor de sua cintura.

Sorriu ao lembrar-se da noite de amor intensa que tiveram e de quando ele disse que a amava.

Suspirou, feliz e com cuidado desvencilhou-se dos seus braços e foi fazer o café.

POV Oliver

Senti sua falta no mesmo instante que ela saiu dos meus braços. Desde a ilha tenho sono leve, mania...rotina...o que for...

Imagino que ela tenha ido para a cozinha.

Ela me ama...eu sempre soube, tudo nela emana amor. Por todos...John, Roy, Thea, Sarah...e por mim. E sei que é um tipo diferente de amor.

È o amor que cura, que fortalece, que completa.

Ouvi-la dizer em voz alta transformou meu mundo.

Quando falei que com ela eu me sento realmente um herói , é verdade. Quando disse que a amo só revelei em voz alta o que meu coração e meu corpo há tempos já sentiam.

O que me incomoda e me preocupa é o risco que ela corre sendo minha. Eu sei que é uma besteira e uma desculpa que dou e mim mesmo.

Mas ela é a coisa mais pura e preciosa da minha vida.

Mas como o John me disse várias vezes: a decisão não é minha. È dela.

Tenho certeza de que nunca serei bom o suficiente para Felicity....mas por Deus! Não posso mais ficar sem ela.

Ela voltou para acordá-lo, mas ao chegar na porta do quarto parou para observá-lo.

POV Felicity

Meus Deus! Ele é lindo! E uma pessoa maravilhosa.

Talvez ele só precise parar de achar que a culpa de todas as catástrofes do mundo é dele.

O que temos aqui, corre o risco de ficar aqui...como na Rússia.

Sei que provavelmente ele vai tentar me afastar ao primeiro sinal de perigo.

E isso é uma grande merda!

Pode até ser que eu realmente corra riscos por estar com ele. Mas a decisão é minha...só minha.

Depois de hoje vai ser difícil permanecer longe. Não quando o amo tanto e sei que sou correspondida.

Mas ele é cabeça dura o suficiente para achar que não me merece ou algo assim.

Às vezes ele é um idiota! Mas eu o amo com todas as minhas forças...e por isso eu vou lutar com e por ele.

Ele abriu os olhos e a viu, ali parada com os dedos nos lábios e um sorriso neles...e ela o olhava...

Ele retribuiu o sorriso e a chamou abrindo os braços...

Felicity correu para ele e se acomodou no calor daquele abraço.

– Por onde você andou? Senti sua falta...

– Fui fazer nosso café...

– Huummm...agora que você falou, eu estou mesmo com fome!

– Então vamos lá...

Ela fez menção de se levantar mas Oliver a puxou de volta.

– Hey! Não tais esquecendo nada?

Sua expressão era de cachorrinho caído de um caminhão de mudanças. Ela sorriu...fez que pensou...se aproximou...mordiscou o lábio inferior dele numa provocação descarada e depois o beijou com desejo.

Seus corpos acenderam e eram só desejo e amor.

O café da manhã ficaria para mais tarde!