Capitulo 7: “É de Confiança”

Os quatro entraram na mansão, as três garotas já estavam em posição de ataque.

–não tem mais nenhum zumbi aqui... –o garoto riu. –vamos pegar os suprimentos, e depois vamos para o avião.

Subiram a escada vermelha e foram para o segundo andar. O garoto entrou em um enorme quarto, e pegou duas mochilas.

–Já coloquei toda a comida e armas aqui. –ele colocou uma mochila nas costas e outra levou na mão. –vocês tem mais algum suprimento?

–sim, eu e Thalia vamos buscar no carro, já que Annabeth já trouxe a mochila dela... –disse Rachel,

–a pista de pouso é ali atrás- disse Percy, Rachel e Thalia concordaram e saíram.

Ambos olharam em volta a procura de mais alguma coisa que pudesse ser útil.

–acho melhor irmos para o avião... –disse Annabeth

Percy concordou, e juntos saíram da casa e foram em direção ao avião.

Chegaram a pista de pouso no fundo da casa. O avião era pequeno, como um jatinho particular.

–parece que seu pai é bem rico. –disse Annabeth

–é... Ele é. –o garoto disse com certa melancolia.

–ei, o que foi? – Anne perguntou querendo ajuda-lo.

–não é nada, é que... meu pai não passava muito tempo aqui, umas horas no máximo. –ele colocou uma das mochilas no chão.

–ele devia trabalhar bastante então, certo? –Annabeth encarou o moreno.

–é... mas ele realmente não gostava de ficar aqui. Ele achava-se culpado pela morte da minha mãe, e tentava se manter longe de mim para não falarmos nada relacionado a isso. –Percy arrumou o cabelo.

–ele se preocupava com você. Isso que importa. –Annabeth sorriu amigavelmente para Percy.

Ele sorriu de canto.

–vamos colocar isso no avião. –ele disse na evasiva.

Bagunçou os cabelos de Annabeth e correu pegando a mochila do chão.

–EIIII –ela gritou, revoltada, correu até o avião prateado e entrou.

–eu odeio voar, sabe? É como se alguém não me quisesse nas nuvens. -ele disse rindo, acompanhado por Annabeth -mas meu pai queria que eu aprendesse.

A visão a surpreendeu, do lado esquerdo da porta estava a cabine do piloto, e do direito um luxuoso e aconchegante local dos passageiros.

Havia quatro mesas embutidas com quatro poltronas também embutidas, o chão era forrado com carpete, e no fundo havia o que parecia ser um quarto.

Percy jogou as duas mochilas em uma das poltronas, em seguida abriu uma delas e tirou uma arma, colocando na cintura.

Annabeth desceu do avião e viu Rachel e Thalia se aproximando.

Correu ate elas.

–pegaram tudo? –perguntou Anne colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

–sim –Rachel ergueu a mochila cheia. –o garoto é de confiança?

–aparentemente sim. –disse a garota. Muitos achavam que Annabeth era aquele tipo e garota que se apaixona por todo mundo, porem, era totalmente o contrario, por trás dos olhos doces havia uma garota realmente perigosa. Ela poderia facilmente matar qualquer um que a ameaçasse, e estudava muito bem seus amigos e inimigos. Não confiar em ninguém era algo que Annabeth seguia, e assim era sua vida, não podia se dar ao luxo de gostar de alguém, garotos eram apenas passatempos, e assim era seu dilema, analisara Percy muito bem, havia algo por trás daquele rosto angelical, e Annabeth estava desposta a descobrir, mas tinha que saber como.

–ótimo. –disse Thalia. –puts! Esse cara deve ser muito rico. –exclamou ao ver o jatinho.

Elas subiram a bordo do avião.

–acho que estamos esquecendo um pequeno detalhe. –disse Thalia –quem vai pilotar o avião?

–eu. –disse Percy se dirigindo a cabine do piloto.

–você sabe dirigir isso? –perguntou Rachel

–Uhum –Percy sorriu do tipo “tenho 32 dentes”

–se esse avião cair e eu morrer, Percy. –disse Thalia. –eu mato você. –ela o fuzilou com o olhar.

–vish... Preciso de um copiloto. –disse ele. –você sabe dirigir, certo? –perguntou à Thalia

–sei dirigir carro com direção automática. –ela revirou os olhos.

–serve. Eu vou precisar da sua ajuda. –disse Percy. –bem garotas, vamos com destino a uma pequena cidade dos Estados Unidos, onde possivelmente está Charles Seilaoque. –Percy fez uma imitação barata e ruim da voz de aeromoça. –apertem os cintos. – ele entrou na cabine.

–eu vou lá aprender a dirigir isso. –disse Thalia e entrou na cabine.

Annabeth e Rachel sentaram-se em uma das mesas, uma de frente para a outra.

–o que descobriu sobre ele? –perguntou Rachel

–quase nada, o pai dele é rico, e blá blá blá. –gesticulou Annabeth

–hum. Descubra mais, não devemos confiar em ninguém. –foi sentido o tom de desprezo em sua fala.

–eu sei. Pode deixar que eu sei o que faço. –havia um leve tom de irritação na frase de Annabeth

–ótimo. –falou Rachel e sorriu, como um pedido de desculpas, que também foi retribuído.