Chuva de flores escrita por tenten25689


Capítulo 28
Fim de um sonho.


Notas iniciais do capítulo

Chegando com o capítulo da semana!
Desta vez caprichei u.u
Beijos para o sinx!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/548278/chapter/28

– Michele! - gritou Miguel querendo chegar na amiga, mas Renato barrou.
– O jogo ainda está rolando. Se você entrar, nós perdemos. - Miguel afirmou com a cabeça. - O que aconteceu com a Michele? Ela tava andando e simplesmente virou o pé!
– Antes, uma pergunta: você não acha estranho o fato de ela ser talentosa em outros esportes e só investir em natação?
– Agora que você disse, realmente é estranho. Por quê?
– Michele possui um problema no pé. Até hoje não sabemos o que ela tem, ela já foi no médico, mas eles não sabem dizer o que é. O pé dela vira do nada, e torce sozinho.
Michele estava sentada no chão, e começou a tirar o tênis. Era visível seu pé inchado.
– Ainda bem que não tenho chulé - Michele murmurou. Ela estava com muita dor.
Fernando estava parado no mesmo lugar, sem reação. Então, ele seguiu até a bola, a pegou e... Passou para o lado adversário, entregando o jogo. Então se aproximou de Michele, e disse a todos:
– Não sou covarde. Posso não saber perder, mas jamais faria algo assim. - então se virou para Renato. - Você e Michele não serão mais expulsos. Poderão fazer o que quiserem na escola, Renato pode falar comigo se quiser. Novo rico - e se virou para Miguel -, você não perderá as regalias do F4, mas pode voltar a falar com Michele. E você - e se virou para Michele desta vez, encarando-a nos olhos - vem comigo.
– O quê? - Michele ia dizendo, mas Fernando a pegou no colo.
– Ouvi o que o Miguel disse do seu pé. - ele murmurou. - Vou te levar para o hospital, ver se meu ortopedista consegue descobrir o que você tem.
Então ele a levou para o carro, e Andreia veio atrás trazendo o tênis de Michele.
– Cuide bem dela, ok?
– Pode deixar, mana.
Quando todos deixavam o Elite, Alex e Lion vieram falar com Renato e Miguel.
– Essa foi por pouco, hein? - comentou Alex.
– É, mas vocês não deram mole para nós - disse Renato, quando eles chegaram nos vestiários.
– Estávamos interpretando! - tentou se defender Alex. - Caso precisasse, daríamos um jeito... Mas aquilo nos surpreendeu.
– A todos nós, isso eu te garanto.
Enquanto isso, Michele e Fernando chegavam até o médico.
– Por que fez isso? - questionou Michele.
– Ouvi o Miguel falando sobre o seu problema, não pude deixar de me preocupar... - ele começou, mas ela cortou.
– Não. Por que desistiu?
– Já disse. Não sou covarde.
Michele suspirou. Logo mais, eles chegaram até a sala. O médico, doutor Marcos, era um homem de meia idade, de cabelos castanhos curtos, alguns fios de grisalhos. Ele era um pouco mais baixo que Fernando, e era magro, com alguns músculos definidos. Michele contou ao médico sobre seu pé, e ele começou a examinar.
– Desde quando isso acontece?
– Não sei, doutor... Faz muito tempo já.
– O que você estava fazendo hoje, quando torceu?
– Estava numa competição esportiva, jogando queimada. Fui andar para lançar a bola, e ele virou.
Ele deu mais uma examinada, e disse:
– E você não sabe o que acontece com seu pé? Já foi a outro ortopedista para ver?
– Não, não sei. Já viram, mas nunca descobriram.
– Bom, espero que seu sonho não seja se tornar uma atleta, pois isso me parece bem grave. Para melhorar a dor, irei te passar um anti-inflamatório. Mas evite de fazer algum esporte, ok?
Michele afirmou com a cabeça, chateada.
Fernando falou para seu chofer a levar para casa, e Michele perguntou:
– E você?
– A clínica é do lado de casa...
– Não vai me acompanhar até em casa?
– Não. Acho que você está confundindo as coisas... Eu não te perdoei, apenas quis te ajudar.
Ele se aproximou do rosto dela, e o tocou com seus dedos, depois segurando seu queixo, e trazendo-a para perto. Michele então percebeu que era uma provocação, e foi mais rápida: o beijou. Mas foi só um selinho, então ela se afastou e sorriu, dizendo:
– Também sei provocar.
Mas ele virou o rosto para outro lado, e disse:
– Sai. Não fale mais comigo.
Ela seguiu para o carro, em silêncio. Mas os dois não pararam de tocar os lábios, relembrando aquele breve mas delicioso beijo.
***
No dia seguinte, enquanto Michele jogava videogame com o Iago com o pé enfaixado, recebeu uma mensagem no celular. Pausou um momento para ler:
Oi Michele, como está o seu pé? Renato aqui.
Ela falou para o irmão esperar um momento, e respondeu:
Oi Renato, está bem dolorido, mas logo passa. O médico do Fernando me passou um anti-inflamatório.
Enquanto ela esperava, voltou ao videogame. Felizmente, a próxima mensagem veio quando acabou a partida, então Iago a ajudou a ir até o quarto, onde ela se sentou na cama, pegou seu notebook e, enquanto ligava, leu a mensagem:
O ortopedista dele é muito bom. Ei, acha que vai dar pra ir pra escola?
Ela se ajeitou na cama, e respondeu:
Sim, a dor não é tanta a ponto de me impedir de ir para a escola.
Ela botou um filme para assistir, quando chegou a resposta:
Entendi, fico feliz... Domingo você já estará melhor?
Ela olhou, e ficou curiosa para saber o que era:
Provavelmente sim... Por quê?
Logo veio a resposta:
Queria dar uma volta com você, seria possível? Logo é o fim das aulas, e eu vou viajar, e nunca saímos juntos...
Michele pensou. Não conseguiu imaginar porque não, afinal, o Fernando disse que não queria mais vê-la.
Ok, onde iríamos?
A ansiedade tomou conta dela enquanto ele não respondia. Talvez estivesse pensando em um lugar.
Que tal no parque do Ibirapuera?
Ela já foi tantas vezes no Ibirapuera, mas gosta de ir lá.
Ok, Ibirapuera. Que horas?
E prontamente, a resposta:
14 horas, ok?
E ela depois respondeu:
Perfeito, 14 horas.
***
Chegou enfim o domingo. Michele já estava com o pé bom, e deu graças a Deus por isso. Escolheu uma roupa básica, de caminhada: blusa branca, calça jeans, tênis preto, cabelo preso em uma longa trança. Fez uma maquiagem básica, gloss nos lábios, delineador nos olhos, rímel, e foi para o parque, com água e um lanchinho, como ela está acostumada a ir.
Chegando lá, viu o Renato, com uma roupa parecida, mas parecia mais arrumado, e a blusa era azul.
– Você está linda, Michele - disse Renato, quando ela chegou perto.
– São seus olhos - Michele ficou sem graça, ainda mais pelo fato que ele estava muito mais bonito.
– Vamos dar uma volta?
– Vamos...
***
Mais tarde, Renato acabou encontrando Fernando, Alex e Lion.
– Olá, rapazes.
– Olá. - disse Fernando, secamente.
– Acabei de voltar de um encontro com a Michele.
Fernando olhou para a cara dele.
– Ela estava tão linda... E o beijo dela? Tão doce...
Fernando virou e deu um soco na boca do Renato.
– Era mentira. Eu apenas queria ver sua reação.
Fernando olhou sem acreditar.
– Eu realmente saí com ela hoje, mas apenas demos uma volta. Nem andamos direito, só ficamos olhando cada um para um canto. Ela estava com o pé doendo ainda, e preferiu voltar para casa.
Fernando ficou olhando, e acabou começando a rir.
– Não acredito que me fez dar um soco em você, por nada. Justo alguns meses apenas após eu ter dito que, se alguém te enchesse o saco na França, era só me ligar que eu daria um soco nessa pessoa.
Renato começou a rir também. Alex e Lion seguiram os amigos, e os 4 saíram abraçados, andando pela rua.
***
Na segunda, Michele estava na escada, e Renato veio, com o machucado na boca onde Fernando havia lhe acertado o soco.
– Que houve? - perguntou Michele.
– Levei um tombo. E aí, o que achou de ontem?
– Gostei, mas podíamos ter aproveitado mais...
– Podemos ir, quando seu pé estiver melhor, o que acha?
Renato se aproximou do rosto dela.
– Ok, pode ser... - Ele se aproximou mais, quase a beijando, e Michele empurrou o rosto dele, encostando na ferida. - Desculpa...
– Não foi nada... Eu fiz isso para fazer você ver que não é isso que quer.
Michele simplesmente suspirou, e foi para sua sala.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Chuva de flores" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.