Dramione - Acorrentados escrita por sgculture


Capítulo 25
Compras de Natal


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap pra vocês, dedicado principalmente a Juh, por ter recomendado a fic! Sua lida, eu sempre amei os seus comentários e essa recomendação foi tipo... UAU! Muito obrigada mesmo!
Sem mais delongas... Boa leitura (:



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POV Hermione Malfoy

Me expôr para Draco daquele jeito foi um tanto humilhante e doloroso, sei que devíamos contar as coisas um para o outro, mas eu não queria que ele soubesse disso. Mas no final das contas eu acabei me sentindo bem e protegida, partilhando isso com ele. Sei que ele se esforça bastante e faz quase tudo para nós ficarmos bem, mas para mim é meio complicado confiar totalmente em alguém, confiei nos meus pais e eles fizeram isso, confiei em Rony e ele me traiu, agora não há mais ninguém com quem contar, só Draco e isso me assusta.

Estávamos nos arrumando para ir ao Beco Diagoal, fazer as compras de Natal. E apesar de termos passado a maior parte da noite discutindo o que daríamos aos nossos amigos e familiares, eu não sabia o que ia dar ao Draco. A conversa, apesar de leve, me deu um certo medo, pois foi a primeira vez que tomei a consciência de que eramos um casal realmente.

Flash Back On

Eu não sei o que vou dar ao Harry. Quero dar algo que ele goste – Eu disse.

– Ele não gosta de Quadribol?

– Sim – Eu disse rindo, era obvio. Mas Draco não podia ver a minha expressão, estávamos deitados na cama, eu me encontrava deitada parcialmente em seu peito.

– Porque não dar a Firebolt 3.0? Aposto que ele ia gostar.

– Essa é nova, não é? Deve ser caro, é lançamento de Natal e não acho que tenho tudo isso de dinheiro.

– Ah não Hermione, não vamos começar a discutir sobre isso. Já disse que o que é meu é seu. Assim que você disser sim no altar, vai ser uma Malfoy e vai ter tanto direito quanto eu ao dinheiro.

– Mas Draco, não é isso. Quero comprar com o meu dinheiro... - Eu tentei argumentar, mas ele estava irredutível. No final ele me convenceu de uma forma que eu acabei me sentindo bem em me privilegiar com o dinheiro da família, que agora também é minha.

– Além disso – Ele disse – Acho que o Potter ia relevar mais comigo, se nós dessemos essa vassoura. - Ele disse tão naturalmente que eu me espantei.

– Como assim nós? - Minha voz soou muito aguda devido a surpresa.

– Somos um casal Hermione, noivos. É natural que os presentes estejam em nosso nome. No nome do casal.

Engoli em seco, não sabia que já estávamos nesse ponto. A realidade de que eu iria casar daqui alguns meses me inundou, não eramos um casal comum de namorados. Eramos um casal comum de casados. Me senti tão velha por uns instantes. Reencontrei a minha voz e disse a ele.

– Ah tudo bem, só achei que ainda não estávamos nesse ponto, mas tudo bem.

Flash Back Off

Essa conversa também me fez notar que Draco entrou de cabeça em nosso relacionamento, tinha que ter cuidado em não magoa-lo.

– Está pronta Hermione? - Ele disse ao meu lado, chamando a minha atenção.

– Sim, estou. - Me voltei para ele sorrindo.

– Ótimo – Gritou Bella – Nos vemos no Beco Diagonal então. - Ela mal acabou de falar e ela e Ciça aparataram.

Logo depois foi nós dois, em literalmente, um piscar de olhos e estávamos no Beco.

– Crianças, eu e sua tia vamos para esse lado comprar o que falta para o banquete. O que vão fazer? - Disse Narcisa.

– Temos que comprar os presentes que vamos dar – Disse Draco.

– Tudo bem então, nos encontramos na Sorveteria Florean Fortescue
em duas horas. - Disse Bella.

Então nos despedimos e nos separamos.

– Por onde começamos? - Eu disse

Artigos de Qualidade para Quadribol

Revirei os olhos para ele, mas seguimos para lá. A loja estava lotada de garotos falando alto e gritando.

– Olá em que posso ajudá-los? - Um velho senhor, que se aproximou, disse.

– Queremos a nova Firebolt. - Draco disse um tanto quanto emocionado, e olha que nem era para ele. Ele gostava muito de voar. Senti pena dele, o que eu faria se a nossa situação me impedisse de fazer algo que eu gostasse muito? Eu ia ser um verdadeiro pé no saco.

– Vamos querer duas – Eu disse sem pensar muito.

– Porque? - Draco me olhou confuso.

– Bem, eu sei que você quer voar em uma dessas, então, vou fazer um esforço para voar com você. É o minimo que eu posso fazer.

– Hermione, você não precisa fazer nada...

– Claro que preciso – Impedi de ele continuar – Se só você se privar das coisas por mim, esse relacionamento nunca vai para frente. Tem que ser os dois, lembra?

Draco me fitou com certa ternura, ele apenas assentiu.

Compramos as vassouras e mais dois kits de manutenção. Sério espero que o Harry me dê algo muito legal, porque né?!

Depois seguimos para o Boticário íamos comprar um kit novo de poções para Blás, porque ele adorava. Chegamos lá e fiz o pedido, Draco implorou para levar um pra ele também:

– Eu quero um também! - Ele disse meio irritado.

– Mas já compramos uma vassoura pra você! - Eu tentei persuadi-lo.

– Mas Hermione, eu quero um desses também. - Estava me sentindo a mãe de uma garoto de cinco anos mimado! Mas como dizer não a ele? Compramos os dois kits e fomos atrás do presente de Gina.

O da ruiva, com certeza, era o mais fácil. Eu ia comprar um par de botas pretas com o maior salto agulha que existisse. Porém Draco encontrou um salto fino, verde ácido com uma cobra prata enrolada no salto, ele quis porque quis levar esses. Eu também achei legal a ideia, não saberia dizer se Gina ia ficar contente com a exclusividade do presente ou surtar pelas cores e pela cobra. Mas levamos.

Agora só faltava o de Luna e das família Malfoy, iria comprar todos na joalheria. Fomos para lá rapidamente. A loja era grande e havia várias opções de joias e bijuterias. Havia colares amaldiçoados, colares para mudar de forma e até colares com poções do amor. O que me chamou atenção foi um grande e extravagante colar prata, com uma bela safira azul como pingente.

– Quero o colar do mostruário – Eu disse a uma velha senhora que estava em um balcão.

– Ah, olá – Disse a senhora – Nem vi vocês chegando. Você fez uma excelente escolha. Só isso?

– Não – Disse Draco – Vamos dar uma olhada por ai.

Nos aproximamos das peças que estavam exposta no balcão de vidro. Draco se abaixou para ver umas peças mais lá em baixo, e eu fiquei em pé observando as de cima. Uma peça me chamou atenção, era um cordão masculino, muito parecido com os que os soldados usavam nas guerras para serem identificados.

– Esse cordão aqui? Do que é ele? - A senhora viu para onde eu apontava e sorriu.

– Bom é um cordão de prata lavrada. Não se sabe de onde vem, mas acreditasse ser de uma rica família. É uma peça trouxa.

Minha boca se escancarou em um perfeito 'O'. A senhora sorriu pra mim.

– Sim, querida sei no que está pensando. Mas tem uma história, dizem que na época da Primeira Guerra Mundial trouxa, todos os homens tinham que lutar e precisavam usar esses colares de identificação. Uma mulher muito rica, viu seu homem partir para Guerra, então mandou preparar-lhe um colar de prata com o nome dos dois gravados atrás, mas que na frente se parecesse com os dos outros soldados, pois todos os pertences pessoais dos soldados eram recolhidos na hora da batalha. O colar chegou ao tal cavalheiro, mas ele usou apenas uma única vez, pois foi morto em batalha. O colar foi devolvido a nobre mulher. Anos depois, na década de 70, a filha do casal se viu na mesma situação que sua mãe. Seu marido iria partir para a Guerra do Afeganistão, a moça corroída de dor pediu a mãe o colar do pai e deu ele ao seu marido. Antes, ela mandou gravar uma mensagem por cima do nome dos pais. Acontece que esse homem não era um trouxa, e sim um bruxo. Sua guerra não era no tal país e sim a Grande Guerra Bruxa. O homem morreu, sem nunca ter voltado para casa, o colar foi recolhido por amigos e guardado em memoria deste. Acho que veio parar aqui pela mão de um descendentes desse.

Em meus olhos, brotaram lágrimas involuntárias. Aquele colar conhecia a dureza da guerra, a dor, o sofrimento, mas também conhecia o conforto do amor, o carinho e a paixão dessas mulheres e de seus homens. Eu pedi a ela para ver o tal colar e lá atrás estava escrito: “Volte sempre para sua Herlene”. Mais lágrimas brotaram em meu rosto. Era uma a peça masculina mais delicada que eu já tinha visto. Lancei um olhar a Draco, que parecia imerso em pensamentos enquanto avaliava várias peças a sua frente, e decidi que esse era o presente ideal para dar a ele.

– Quanto custa? - Eu perguntei, lançando um ultimo olhar para ele e virei-me parqa a senhora.

– Eu nunca consegui vendê-lo a ninguém. Pode ficar com ele – Ela disse sorrindo docemente.

– Mas eu não posso aceitar, diga o preço por favor. - Eu insisti.

– Querida, essa é uma peça feita de amor, não acho que algo assim deva ser vendido. Leve-o e dê ao seu garoto. - Eu fiquei tão corada divida entre agradecida e o calor que se espalhou por ela ver Draco como o meu garoto.

Muito, muito obrigada mesmo!

Enquanto eu agradecia, Draco pareceu ter escolhido o que queria. Rapidamente, a boa senhora, pôs o colar em uma caixa de veludo vermelho e me entregou, logo a coloquei em minha bolsa, bem a tempo.

– Hermione, olha isso. - Ele me mostrou um bracelete de couro – É um chicote que se transforma em bracelete. Perfeito para tia Bella.

– Uau, acho mesmo que ela vai gostar. Só não vamos ficar muito perto, quanto você der isso a ela. - Eu disse sorrindo e limpando discretamente o vestígio de lágrimas.

POV Draco Malfoy

O dia começara muito bem, saímos às compras e fiquei muito contente em ter feito Hermione aceitar o dinheiro de minha família (em breve a dela também), como um direito dela. Temi que discutíssemos ainda mais por causa disso.

Fiquei intensamente contente e agradecido por ela ter resolvido comprar uma vassoura para mim, quer dizer para nós. Estava louco para montar aquela maravilha e havia uma parte de mim que se recusava a aceitar que Potter a montaria e eu não. Então ela vem e me surpreende, como sempre. Na loja de poções, sei que fiz birra, mas eu amo kit de poções. Com elas é possível inventar novas ou aprimorar poções existentes. Outra hora que Hermione me surpreendeu, foi quando me deixou escolher o presente de Gina... quer dizer Weasley. A ruiva era meio maluca, mas eu acho que ela iria gostar e sinceramente ela ganhou um pouco da minha afeição.

Agora estávamos na loja de joias, onde Hermione achou o colar de Luna e eu achei presentes adequados para papai, mamãe e para a tia Bella. Sabia que devia comprar presentes para Pansy e Austória, pois elas estariam em nossa casa e era meio uma tradição de Natal. Mas nem eu, nem mamãe e muito menos tia Bella, teve coragem de dizer isso a Hermione, então achei melhor deixar isso para lá.

– Vamos querida? - Eu disse para castanha, que estava conversando com a velha dona da joalheria.

– Obrigada, mais uma vez – Senti uma emoção de ternura tão grande vinda de Hermione, que me deu vontade de chorar – Claro Draco, vamos.

Saímos da loja e me virei para ela:

– Pode me dizer o que aconteceu lá.

– Não aconteceu nada – Eu a encarei sério e ela suspirou derrotada – Tudo bem, mas você só vai saber depois, e não fale mais disso.

Ela disse como uma tenente dirigindo seus soldados. Eu sorri e deixei para lá. Seguíamos para a sorveteria, mas quando passamos em frente a Floreios e Borrões, vimos um tumulto de pessoas por lá. Havia até repórteres do Profeta Diário.

– Draco, Hermione – Nos viramos e avistamos a minha mãe vindo, afobada, em nossa direção – Sua tia Bella está ai dentro, parece que a Sabrina Blaicely está autografando o novo livro dela sobre as mui nobre e antigas famílias francesas. Draco, você sabe que ela é louca por linhagem bruxa.

– Calma Ciça – Hermione disse, se aproximando de minha mãe e a ajudando com as sacolas – Ela lhe deixou e veio correndo?

– Obviamente – Respondeu a minha mãe, recuperando o folêgo.

– Tudo bem mãe, acho melhor você voltar para a mansão com todas as compras e nós ficamos para escoltar a tia Bella de volta – Eu sugeri.

Logo chamamos nosso elfo doméstico para ajudar com as compras, quando ele e mamãe desaparataram, eu e Hermione entramos, ou pelo menos tentamos, entrar na loja. E acredite, foi uma péssima ideia.

Assim que tentamos passar pelos primeiros fotógrafos, eles me reconheceram. Eu e a castanha, estávamos de mãos dadas e nessa hora parece que nossas alianças reluziram, pois todos entenderam na hora:

– OH MEU MERLIN É O SENHOR MALFOY COM A AMIGA DOS POTTER – Gritou uma loura velha.

Os flashes nos cegaram. Hermione tentou empurra-los, mas eu a segurei.

– Assim não Hermione – Eu sussurrei para ela. A nossa aproximação, confirmou o que eles queriam saber.

– ESSA É A SUA NAMORADA?

– A QUANTO TEMPO ESTÃO JUNTOS?

– O QUE ESTÃO FAZENDO AQUI?

As perguntas não paravam e estávamos cercados, sem poder voltar e nem seguir em frente.

– SRTA. GRANGER COMO É NAMORAR O MALFOY?

– COMO VOCÊ SE APAIXONOU POR ELE?

Hermione já estava choramingando, ela se encolheu no meu peito e se recusava a ser fotografada. Tentei guia-la para fora to tumulto, mas não fui bem sucedido.

– OS MALFOYS SABEM QUE ELA É UMA NASCIDA TROUXA? - A mesma loura velha que começou essa confusão, disse.

– NASCIDA TROUXA É ESSA SUA PERUCA HORRENDA SKEETER! - Gritou uma voz bastante conhecida por mim. Tia Bella olhava enfurecida para tal Skeeter. - DEIXEM O MEU SOBRINHO E A MIONE EM PAZ, SEUS RATOS JORNALISTICOS!

A fama de minha tia de louca, ajudou bastante. Quando ela disse isso, foi abrindo caminho para chegar até nós. Eles se afastavam ainda fotografando.

– Crianças vocês estão bem? Cadê a Ciça? - Ela perguntou quando se aproximou.

– Ela já foi. Hermione está irritadiça. Vamos aparatar logo – Eu disse pra minha tia.

– UMA DECLARAÇÃO! POR FAVOR! DESDE QUANDO ELES ESTÃO JUNTOS? - Gritavam insistentemente.

– VOCÊS QUEREM UMA DECLARAÇÃO? OLHA AQUI A DECLARAÇÃO! - Tia Bella empunhou a sua varinha e fez todas as lentes e vidros quebrarem.

Ela gargalhou e aparatamos. Assim que chegamos a mansão, minha tia correu para avisar a mamãe do acontecido. Hermione parecia abalada, mas agora o que prevalecia era raiva.

– Eu odeio aquelas baratas tontas do Profeta. Principalmente a sonsa da Skeeter! - Ela resmungava furiosamente.

– Calma Hermione. Você sabe que isso só vai piorar – Eu disse baixo.

Não queria que ela se assustasse, mas a minha família sempre viveu sob os holofotes. E o casamento do único herdeiro Malfoy, com uma nascida trouxa, vai dar o que falar.

– Eu sei Draco – Ela sorriu fracamente – Só não queria ser pega de surpresa. Não gosto disso, se tem que haver uma batalha, eu gosto de estar preparada.

Engoli em seco, então essa era hora pra falar.

– Hum, querida, então acho que tenho que lhe dizer uma coisa. - Ela me lançou um olhar confuso e aguardou – Er... A Pansy e a Austória, vem passar o natal aqui. As famílias delas, na verdade.

Ela me olhou como se não entendesse, então ela compreendeu. Sua raiva e repulsa foram tão fortes que me pegaram de surpresa:

– VOCÊ TÁ ME DIZENDO, QUE EU ACHO QUE ESTÁ ME DIZENDO?


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Notas finais do capítulo

E então? O que que acharam? Já estou escrevendo o próximo, porém demore a postar, estou doente x.x e também fui convidada pra escrever outra fic em parceria com a Larissa Black Malfoy, confiram: http://fanfiction.com.br/historia/547622/Dramione_-_They_Dont_Know_About_Us_/
Então... é isso!